Uma Nova Chance escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 23
Conto de Bruxas


Notas iniciais do capítulo

Hello, its me!!

Antes de tudo, PEÇO MIL E TREZENTOS E QUATROCENTOS E MILHÕES E MAIS OITO TRILHÕES DE "PERDÃO"
Meu bloqueio foi sério dessa vez (quem escreve o quanto isso desanima e acaba com a gente) e ele ainda veio carregado de duas semanas de provas :(

Espero que me perdoem novamente pela espera absurda! Agradeço áqueles que não desistiram da fic e sempre estão comentando!

Help! Temos leitores novos!! U.uuuu ♥ Obrigada amorecos por derem dado uma chance para UNC! Espero que estejam gostando.

Enfim, para quem não sabe ou não deu uma olhadinha no meu perfil, rs, pode surtar pois Para Ter Você, a fanfic da qual eu deixara a sinopse, já foi postada e aguarda leitores divos ♥ como vocês!

Obrigada pelos comentários e por estarem sempre por aqui, cookies!
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617960/chapter/23

 

Certas vezes pensei que não teria alternativas, nem teria o direito de escolher ou optar por algo ou alguém. Percebi que escolher entre o que parecia certo e o que realmente fazia meu coração saltar do peito era suicídio, porquê pensava que nada mais me faria feliz e quando o "alguém" finalmente chegasse era pois o mesmo era um obstáculo, um teste que eu deveria ultrapassar com louvor.

Sempre soube que em algum momento Tobias poderia mudar. Ele sempre foi um pouco carrancudo e irritadiço e confuso, mas, quando queria era o homem perfeito.

Li e reli o cartão que viera juntos com as flores que ele mandara dois dias atrás por horas até colocá-lo no criado mudo e aconchegar-me na cama, abraçando o travesseiro.

Meus pensamentos voaram longe naquela noite. Por um instante ele vagava pelas memórias vividas no passado, depois, para o futuro. O que eu queria que acontecesse quando ele fizesse um pedido oficial? Como eu reagiria? Eu seria a namorada/esposa perfeita? Após longos devaneios, acordei pronta para o grande evento daquele dia: o casamento de Caleb e Susan.

Ocupei minha cabeça com as últimas malas, dei banho numa Ana sonolenta e deixei tudo organizado para nossa viagem para Chicago.

— Você pegou sua boneca?

— Peguei sim, mamãe.

— Ótimo, agora precisamos esperar o papai, certo?

— Certo.

Ela desapareceu no corredor e pude sentar no sofá e enfim descansar. Tão logo estava acomodada, a campainha soou.

— Estava com saudades - Tobias estendeu um buquê de flores assim que abri a porta.

— São lindas, como as outras também. Muito obrigada.

Coloquei minha mão em seu rosto e grudei nossos lábios singelamente. Certos momentos, mesmo que simples, deveriam durar para sempre, pensei, enquanto Tobias enlaçava minha cintura.

— Não quer chegar atrasada no casamento do seu irmão, não é? - disse ele, dando-me um último beijo.

— Não, eu não quero. - sorri.

Desvie meus olhos dele para o urso de pelúcia tamanho gigante no chão.

— È para a Ana?

Tobias assentiu com um sorriso largo e sem dentes.

— Ela irá surtar - prossegui.

Ele pegou o urso no chão e o colocou sobre o sofá, indo chamar Ana no quarto.

— È meu? - disse ela, com os olhos brilhando.

Tobias concordou e imediatamente Ana correu até ele, abraçando-o.

— Obrigada, papai.

Aquela não era a primeira vez que vira um brilho diferente nos olhos de Tobias. Ele tivera a mesma reação e sorriso bobo quando Ana pedira para ficar sobre seus ombros, no jogo de basquete que ele nos levara para ver no dia anterior.

Com um sorriso nos lábios, peguei as malas com a ajuda de Tobias e as levamos para o carro de luxo.  Ana sentou na cadeirinha e fiquei no passageiro. Seguimos para o aeroporto e desembarcamos no de Chicago. Novamente dentro do carro, Ana dormia e uma música suave preenchia o silêncio do carro.

— Está nervoso?

— Apreensivo.

— È a mesma coisa - retruquei, desligando o rádio.

— Não é não - sorriu de lado. - Nervoso é irritar-se facilmente enquanto estar apreensivo é preocupar-se com algo ou alguém.

Dei de ombros.

— Então está preocupado com a reação da minha família, não é?

Suspirou, assentindo.

— Seu pai sabe que sou o pai da Ana?

— Não - falei. - Na época fiquei com medo de contar.

— Medo? De quê?

— Dele ir atrás de você e acabar com sua raça - ri-, mas logo fiquei séria -, eu não queria que você ficasse comigo por pressão.

Tobias estacionou em frente a minha casa antiga casa e olhou para mim.

— Não tem mais volta - disse.

— Não há desde que te vi no meu escritório, Tris. - ele beijou minha testa e tirou o cinto. - È agora ou nunca.

Abri a porta, sai e peguei Ana no colo.

— Deixe-me fazer isto - balbuciou ele, tomando-a nos braços. Pus então minha bolsa no ombro e segurei a alça lilás da mochila de Ana.

Rumei até o portão e apertei a campainha. Segundos depois vislumbrei meu pai saindo de casa com a chave nas mãos, um sorriso largo no rosto que logo transformou-se em confuso ao ver a companhia ao meu lado.

— Tobias? - suas sobrancelhas ergueram-se e ele abriu o portão. - O que está fazendo aqui?

Meu pai olhou para mim e um bolo se formou na minha garganta.

— Ei Andrew, por que a demora? Chame-a para dentro... - minha mãe estancou ao lado do meu pai. - Tobias?

Ele pigarreou e estendeu a mão ao meu pai.

— Senhor Prior - cumprimento-o.

Encarei o rosto confuso da minha mãe por alguns segundos e engoli o bile da garganta e dei o primeiro passo para que uma grande guerra se iniciasse.

— Pai, será que podemos entrar? Precisamos conversar.

Ele deu passagem e atravessamos o pequeno jardim da minha mãe, que já estava muito melhor desde que ela saíra do sítio. Tobias a acompanhou até um quarto para deixar Ana e coloquei as bolsas sobre o sofá de couro.

— Pai... - comecei. Dobrei os braços e ele sentou-se na sua poltrona, sério. - O Tobias, ele...

Passei as mãos nervosamente nos cabelos. Merda. Droga. Pior hora para perder a fala, querida.

Ele ergueu a mão, para que eu parasse de falar.

— É o pai da minha neta - apoiou a cabeça na mão e massageou a têmpora. - Não é? - murmurou.

Não sabia dizer se ele estava nervoso ou magoado. Apreensivo ou decepcionado. Talvez tudo junto, como numa bola de neve.

— Hein, Beatrice? Porque não disse antes? - bufou. - Acho que sempre soube. Mais que droga! Aquele idiota deixou você aqui, não foi? Por isso não quis me contar...

— Não foi nada disso, pai - apresso-me, mas ele levantou e caminhou para o corredor. - A culpa foi toda minha, entende? Pai! - chamei mas ele não deu ouvidos.

Segurei na manga no casaco dele e ele vira.

— O que você vai fazer? - disse receosa.

— Só me deixe em paz, Beatrice.

Meu pai se desvencilhou de mim e abriu a porta do escritório e a fechou com força.

— Querida? - minha mãe abraçou-me. - Sinto muito - sussurrou no meu ouvido. - Ele vai ficar bem.

Deixei-me ser abraçada e beijei sua bochecha. As coisas não deveriam ser como são. Um pouco contraditório, talvez, mas essa é a verdade. Se eu tivesse contado antes a ira do meu pai não teria diminuído, mas sua reação seria diferente. Ele só estava analisando a situação, procurando no fundo da mente aonde tinha errado e deixado passar o detalhe mais óbvio.

(...)

Joguei o vestido de pregas tomara que caia azul na cama e tirei a caixa de acessórios da mala. Tobias estava conversando pelo telefone com Zeke do outro lado do quarto e Ana estava dormindo agarrada ao cobertor.

— Não Zeke - disse. - Nenhum contrato com a W - uma pausa. - Que se dane... - outra pausa, dessa vez mais longa. - Eu disse que não! - ralhou baixo para não acordar nossa filha e saiu do quarto.

Fui até o banheiro e conferi se o babyliss permanecia intacto na cabeça e borrifei mais laquê. Olhei pela janelinha do banheiro e avistei o céu alaranjado das seis da tarde.

— Vai ficar tudo bem.

Tobias entrou no banheiro e abraçou minha cintura, beijando de leve meu pescoço.

— Hoje é um dia especial, não queria simplesmente deixá-lo daquele jeito. È o casamento do meu irmão! - lamentei. - Se eu tivesse c...

— Não adianta chorar pelo leite derramado, Tris. Ele vai superar o que for.

Fechei meus olhos e recostei no peito dele.

— Se precisar conversar, conte comigo - ele me virou e beijou meus lábios.

Segurei seu rosto, permitindo-me acalmar com o carinho. Uma lâmpada tão inoportuna quanto ser interrompido numa conversa particular brilhou incessantemente na minha cabeça e respirei fundo antes de desgrudar nossas bocas e fitá-lo.

— E a Molly?

— O que tem ela?

— Vocês tiveram algo, certo? - um bolo se formou na garganta.

— Bem... Nunca foi nada sério. Se não ficar chateada, vou conversar com ela, destruir qualquer esperança que ela tenha de me ter. Já tenho uma dona - sorriu. - È só isso?

Dei de ombros.

— Tem direito a qualquer pergunta, Eaton - beijei-lhe.

— O que foi? - indaguei, quando ele massageou a têmpora e me fitou seriamente.

— Você teve algo com Eric?

Neguei.

— Queria que me dissesse o porquê dessa divergência entre vocês. Até porquê, ambos têm muitos trabalhos juntos e com certeza outros virão.

— Não tenho mais nada vinculado ao Walker, Tris. Encerrei todos os meus projetos com aquele ladrão - revirou os olhos e prosseguiu: - Ele já tinha roubado da empresa antes, quando trabalhava como estagiário. Meu pai o achava excelente e depois da demissão dele, a WCompany foi criada e ele voltou a ter estabilidade financeira. Zeke e Will descobriram a poucos dias mais uma tentativa dele, já que tínhamos fechado outro contrato pelo meu pai, e agora meu pai não vai poder defendê-lo.

Minha queixo parecia ter caído no chão e voltado. Não por saber que ele não era um santo, isso eu já sabia de letra. O problema era não ter percebido a cara de pau dele.

— Ele sabe sobre seu passado - disse. - Então se conheciam a mais tempo.

— Estudamos juntos e fazíamos parte do mesmo time de basquete por dois anos. Você não chegou a conhecê-lo na época porquê ele saiu um ano antes de eu ir para o mesmo colégio que o seu. Mas mantínhamos contato, pouco, mas mantínhamos.

Assenti.

— Ainda bem que o que importa para nós é o presente, não é? - falou, brincando com uma mecha do meu cabelo.

(...)

— Ainda não acredito! Eu estou casada - mostrou a aliança no dedo. - Casada! Ai, Tris! Estou tão feliz que tenha vindo!

Susan tinha um belo sorriso estampado no rosto e alisou o vestido leve, pouco acima do joelho. O casamento fora no civil somente com os familiares e parentes mais próximos, o que fazia toda a família Prior sentir-se mais confortável.

— Quem está sou eu! Não posso acreditar que minha melhor amiga se casou com meu irmão - ri.

— Sendo assim, não poderia te contar nenhum detalhe sórdido - gargalhou. - Afinal, ele é seu irmão.

Rimos e bebi mais um gole do champanhe e coloquei a taça vazia numa bandeja.

— Então quer dizer que o príncipe voltou - Susan murmurou, olhando para Tobias que conversava com alguns convidados e Caleb.

— Ainda estou surpresa com tudo isso, Su. È tão mágico.

Ana correu até ele e foi pega no colo.

— Posso imaginar. Mas tome cuidado, contos de fadas fazem jus ao rótulo. Não acontecem com a gente e só nos iludem.

— Está dizendo a garota que acaba de se casar - brinquei.

— Eu sou um caso a parte. Não acredito em contos de fadas, aqueles que não têm possibilidade de acontecer. Acredito que podemos ser felizes sem restrições e com um para sempre ainda melhor. Sem anões e princesas presas numa torre. Sem maçãs envenenadas. Sem tear amaldiçoado!

Ela tinha olhos brilhantes e empolgados. Como aqueles que toda a noiva tem no dia que sela sua vida para sempre com outro homem. Quando minha hora chegasse queria estar com o mesmo semblante risonho e emocionado, que não desaparecesse nunca e lembrasse-me de que tinha a melhor pessoa ao lado.

— Finalmente, careta.

Virei-me e logo fui abraçada por Caleb. Ergueu-me do chão e beijou minhas bochechas inúmeras vezes. Minha visão turvou pelas lágrimas acumuladas e por pouco não transformei o quintal de trás da nossa casa numa inundação.

— Estava morrendo de saudades - disse. - Mas agora estou feliz - ri.

— Ainda bem - beijou minha bochecha -, mas nem avisou que traria companhia.

Ele ergueu uma sobrancelha, pedindo explicação.

— Podemos deixar isso para depois? Aproveitem o casamento, pombinhos.

— Com toda certeza! - Disseram em uníssono e deram as mãos, caminhando para cumprimentar o resto dos convidados.

(...)

Quando eu tinha uns oito anos, meu medo era mergulhar numa piscina e jamais sair dela. Aos nove, eu tinha fobia de aranha. Aos dez, medo de morrer. Com quinze, de repetir de ano após um 2,5 em sociologia. Aos dezenove, medo de não ser o suficiente para Ana. E aos vinte e dois, meu coração parecia falhar cada vez mais batidas e que suor escorria pela minha testa como uma cascata. Isso, porquê estava prestes a rever Marcus e Evelyn Eaton. Os tão aclamados pais do meu namorado não-oficial.

— Ainda não compreendo. Não podia deixar as apresentações para outra hora?

— Jamais. Esse é o momento - Tobias beijou-me.

Resmunguei. A ideia de fazer uma visitinha aos sogros não era muito bem vinda, pelo menos da minha parte. Era muito melhor ficar em casa. Sem pressão. Sem sogros metidos.

— Você é boa em fingir que é forte - Tobias continuou, quando abriu a porta do carro para mim. - Na verdade - corrigiu-se - você é tão forte quando aparenta ser. Os conhece o suficiente para saber que eles irão surtar ou dissimular que você não existe.

Assenti positivamente, juntando nossas mãos como força absurda. Tobias apertou a campainha e um mordomo atendeu. Alguns segundos depois, o grande portão de ferro foi aberto automaticamente e caminhamos pelo deck de madeira. Desviei meus pés atrapalhados das rosas e plantinhas ao lado do piso e ergui a cabeça, como sabia que Tobias gostaria que eu fizesse.

***

Trechinho especial da nova fanfic (Para Ter Você)

Ela acariciou a barriga de sete meses e me analisou dos pés a cabeça antes de revirar os olhos e voltar a apertar com força a caneta com capa de veludo, como aquelas estilo infantil com pompom rosa-choque em cima, sobre a agenda. Acho que ela a daria para a bebê.

— Bom dia, senhorita Schroeder .

— Não posso dizer o mesmo - disse amargurada. - Estou passando por uma fase terrível - passou um lenço na testa. - Enjoos, almoços de pedreiro e meus 'Manolo Blahnik' não entram nos pés. E ainda por cima sou obrigada a ver essa sua cara de manga logo de manhã.

— Não seja por isso. - digo, entrando rapidamente na sala de Tobias. - Até quando ela ficará assim?

— Só saberemos depois da licença maternidade - ele deu de ombros, sentando em sua cadeira de couro. - Veja.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uouuuuuuu!! Finalmente a Tris vai conhecer os sogrinhos, ui! Só quero ver, rs! O sr. Andrew parece não ter gostado da volta do Tobias, como será que eles irão se resolver?

Galera, mês que vem UNC completa UM ANO!! Isso mesmo! Um ano de novas chances para o amor de um casal que foi separado pelas circunstâncias! Então, se você ainda não deixou se review (sr ou sra. Fantasma) ou não favoritou/recomendou :3 Essa é a melhor hora! Um incentivo para uma autora que ama essa fanfic!
*Sem data para o próximo capítulo #SemTempo :( Mas bora torcer

Beijos com muito chocolate e pastel de carne (pq é bom)