Uma Nova Chance escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 17
Palmas para o destino


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Perdoem-me a demora, mas esse capítulo é muito especial e precisava de uns ajustes. Tinha tudo em mente desde o começo da fic, e agora que vou postá-lo acho que vou ter um infarto kkk, espero que vocês gostem! Além de ter outros projetos em andamento, prometo logo mostrar pra vocês! Agradeço a Bianca Alencar pela ajuda no capítulo (amiga, você é d+!!!)

Obrigada pelos comentários do capítulo anterior!! Logo logo eu irei respondê-los! Temos leitores novos u.u Sejam bem vindos! Os trechos em negrito são da música Beating Heart - Ellie Goulding (Que tem tudo a ver com o capítulo hehe).

Desejo um feliz ano novo atrasado e uma boa leitura!!



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Tomei mais um gole de chá antes de voltar a digitar outro relatório, o último que faria para a Eaton´s Company.

Eu tinha plena consciência de que fora longe demais ao me demitir, mas Tobias também não fora quando havia me beijado? Ele não podia sair por ai me dando beijos quando bem quisesse. Um rápido pensamento me fez parar o que fazia e suspirar.

"Não seja idiota, Tris, você queria aquele beijo!"

"Não, eu não queria."

Balancei a cabeça para distanciar as lembranças daquela noite e principalmente o fato de Tobias continuar beijando muito bem, bem até demais.

Ana assistia a tevê comendo um balde de pipocas e algumas vezes me chamava para ver junto com ela. Eu a buscara quando sua aula tinha acabado e depois do almoço, Chris fora muito boa em levar o resto dos meus pertences em casa. Não desconfiava mais dela, muito menos de Shaunna e Uriah - que tinha um certo interesse em Marlene (só um cego não veria) - Zeke e eu tínhamos um pé atrás um com o outro. Talvez pelo fato dele ser o melhor amigo do Tobias e o ter ajudado a catar os caquinhos depois que eu fui embora. Claro, se existisse cacos. Will era neutro. Ele aparecia para brigar com Chris e muitas vezes trabalhava fora da empresa.

Engoli outro gole de chá e enviei o e-mail para Tobias.

"Senhor Eaton, relatório da WCompany.

"Wcompany, foi fundada á 20 anos por Powel Walker. A primeira filial no Arizona. Agência de modelos e publicidade, além de uma ótimo contrato com a Hyperion Hunter´s, empresa de jornalismo.

Segue uma lista com os seguintes contratos recentes....

Espero ter cumprido meu dever,

Atenciosamente Beatrice Prior."

(...)

Abri a tela do notebook e entrei em meu e-mail procurando alguma mensagem ainda não vista. Coloquei os fones no ouvido e busquei por uma música que pudesse me acalmar. Beating Heart balançou minhas estruturas e minha mente viajou para minhas lembranças mais profundas, aquelas do colegial.

– Não viaja, ele nunca vai dar bola para você. - Leonor, uma das líderes de torcida esbarrou em mim e meus livros caíram no chão. - Ele é meu.

Olhei para ela caminhando sensualmente até Tobias e os outros jogadores.

"Porque ainda continua olhando para ele, Tris?" "Ele não liga para você, não seja idiota!"

Tobias piscou quando nossos olhos se encontraram.

Por de trás desse céu escuro, você olhou para mim

Eu fiquei caidinha por você como as folhas do outono

Senti uma mão tocar meu braço e me virei abruptamente, meus pensamentos se dissipando. Tobias se encontrava atrás de mim, dentro de um terno impecável.

– O-o que você está fazendo aqui?

– Vim ver você, Tris.

Ele saiu detrás do sofá e ficou na minha frente. Acariciou meu rosto e tirou alguns fios loiros que caiam, fechei os olhos instantaneamente.

– Você não pode - falei. - Não deveria me achar. - Sussurrei.

Segurou-me em seus braços, e me trazia para perto de si, sentia sua respiração ofegante e seu hálito de menta. Tentei empurrá-lo em vão.

Tobias me puxou pela cintura e me fez sentar em seu colo, roçando sua barba por fazer em meu pescoço.

– Tris, seja minha esta noite - sussurrou, mordendo levemente meu lóbulo.

– Nós não podemos, Tobias, vá embora. - Desci de seu colo e arrumei minha camisola.

Corri em direção a porta, iria embora até que ele sumisse de minha casa.

Os olhos se desviam com dificuldades

Suas esferas azul-escuro me fizeram questionar se eu estava fazendo o correto. Tobias se aproximou de mim novamente e fechei os olhos, suspirando e pedindo para que ele saísse de uma vez dali.

– Não faça isso comigo, linda - ele disse se aproximando.

– Saia.

– Você precisa de mim.

Fiquei confusa com suas palavras até que ele me puxou com suas mãos grandes e pesadas, e me levou a uma parede próxima encostando-me nela. Tobias começou a distribuir beijos pelo meu pescoço. Ofeguei e isso parece deixá-lo ainda mais animado.

– Você quer isso tanto quanto eu.

Ele me apertou ainda mais contra si e olhou firmemente em meus olhos. Eu não queria entrar em seu jogo novamente. Eu não cederia. Mas eu queria ceder, queria ser dele. Tobias tirou uma mão da minha cintura e a pôs em minha nuca.

– Diz que me quer - sussurrou. - Suas escolhas definem nossa felicidade, Tris.

Inevitavelmente toquei seus lábios. Aproximei-me mais dele, lentamente e relutante.

– Eu quero você Eaton.

E eu não sei para onde estou indo

Mas sei que vai ser por muito tempo

Tobias puxou minha nuca e nossas bocas finalmente se encontraram. Nossas línguas pareciam travar por espaço, enlacei seu pescoço e minhas mãos pararam em seus cabelos claros. Percebi o quanto sentia falta dele. Era uma sensação de "lugar certo", onde eu deveria estar desde o princípio. Quem sabe eu estivesse certa em deixá-lo atravessar minhas barreiras.

Nos beijávamos, e a ardência do momento nos consumia. Suas mãos subiam pelas minhas costas, e sua boca abaixava delicadamente a mangas de minha camisola, arrancando-me arrepios. Enquanto isso dizia coisas impróprias em meu ouvido, que me causavam risadas inocentes.

– Eu preciso de você - voltei a falar entre os beijos.

Quero aproveitar ao máximo o que nos resta, aguentar firme

E ouvir a batida do meu coração pela última vez

Eu lhe arranquei o terno, e sua gravata. Cansada de ficar em pé, joguei-o no sofá e sobre ele, abri o zíper de sua calça. Segurando-me pelo meu cabelo, Tobias me virou, encima de mim, empurrava com os pés a barra de sua calça, para que ela saísse mais rapidamente. Ele me olhava profundamente, e enquanto beijava-me retirava minha camisola, junto a minha calcinha e...

Um choro chamou minha atenção abri meus olhos, sentando-me em minha cama, suada e ofegante. Não acreditei no que estava sonhando, meu desejo ou o que quer que estivesse acontecendo comigo, estava saindo do controle. Levantei-me e corri até a sala, onde Ana estava encolhida no sofá segurando sua boneca, fungando.

– O que foi meu amor? - Indaguei pegando-a no colo.

– Dó mamãe, doí.

Coloquei minha mão em sua testa e a mesma parecia pegar fogo.

– Fala pra mamãe, dói quanto? - Perguntei.

– Muito - ela voltou a chorar.

– Calma meu amor, vou pegar um remédio.

Plantei um beijo em sua bochecha e corri para a cozinha. Abri o armário e peguei a caixa de primeiros socorros. Ana só ficara assim duas vezes, uma quando ainda era recém nascida e outra aos dois anos quando descobrimos que ela era alérgica a amendoim. Minha preocupação não era exageradamente grande já que Susan e minha mãe me ajudavam. Entretanto, agora eu estava sozinha. Procurei incansavelmente pelo seu remédio e não o encontrei. Senti o desespero tomar conta de mim e corri até Ana, pegando-a em meus braços. Fui até seu quarto e a agasalhei, vendo que uma chuva forte caia do lado de fora. Vesti o primeiro casaco que encontrei e peguei a bolsa. Fechei a porta e entrei no elevador, esperando que ele descesse logo. Agora eu entendia o que uma mãe era capaz de fazer por seu filho. Eu faria qualquer coisa por Ana. Minha princesa era única e sua felicidade significava a minha.

Corri o quando pude quando sai do elevador, assustando o porteiro. Corri até meu carro e praguejei-me quando a chuva caiu sobre nós. Tirei a chave da bolsa com dificuldade e coloquei Ana dentro do carro quando consegui abri-lo. Coloquei Ana sobre a cadeirinha e voltei para meu banco. Encaixei a chave na ignição e esperei o carro ligar. Nada. Tentei novamente e o mesmo continuou parado.

– Droga!

Bati a mão no volante e peguei a chave novamente, sai do carro e peguei Ana. Bati a porta com força e atravessei a rua. Ana colocou seus braços ao redor do meu pescoço, senti suas lágrimas caindo. Caminhei apressadamente pensando em meu erro. Se eu não estivesse ocupada demais com sonhos tolos, eu teria dado a devida atenção a minha filha. Era inevitável não dizer que Tobias estava bagunçando tudo em mim de novo, mesmo que não fosse de verdade. Eu não me lembrava de Ana ser tão pesada. Eu tinha a impressão de caminhar em areia movediça. Talvez não fosse ela, era a culpa.

Alguns minutos depois finalmente cheguei á farmácia. Estávamos encharcadas, porém entrei mesmo assim. Algumas pessoas me olharam com reprovação mas não me importei. Procurei pelas prateleiras o remédio que precisava e um termômetro novo. Caminhei até o caixa e paguei, sai com a sacolinha em mãos, tentando equilibrar Ana chorando em meus braços, minha bolsa a sacola e ver a rua. A chuva ainda caia, porém agora mais forte. Inspirei e aninhei Ana e entrei na chuva, caminhando o mais rápido e seguramente que podia. Uma mão tocou meu ombro e me virei.

Engoli em seco ao ver Tobias com uma expressão confusa no rosto. Naquele exato momento, Ana levantou a cabeça e coçou os olhos.

– Dói muito mamãe... Quelo ir pra casa, mamãe. - fungou.

Eu não tinha ideia se olhava para a cara do Tobias e esperava ele dizer alguma coisa, simplesmente voltei a andar deixando-o para trás.

– Eu levo vocês.

Ele passou o braço sobre meus ombros e me levou até seu carro. Tobias abriu a porta para mim e mesmo hesitante, com receio de molhar o estofado macio do carro de luxo dele, entrei. Ele logo foi para o banco do motorista e ligou o carro. Ana se aconchegou em meu colo.

– Vire a esquerda. - Disse.

Percebia Tobias olhando para mim pelo retrovisor. Eu queria muito, muito mesmo acreditar que ele não tinha descoberto sobre nossa filha. Era um segredo meu e que por quatro anos eu jurara deixar encoberto. E do nada ele apareceu.

"Parabéns destino, conseguiu o que queria?"

– È aqui? - Tobias indagou quando estacionamos em frente ao meu prédio.

– Sim.

Ele saiu do carro e abriu a porta para mim. Entrei no prédio e senti que Tobias me seguia. Entramos no elevador e coloquei o número do meu andar. Aquela porcaria nunca fora tão rápido, provavelmente queria ver o quanto antes o espetáculo que seria eu tentando explicar tudo á Tobias. Com certeza teríamos mais audiência que qualquer novela mexicana. Abri a porta do apartamento e a deixei aberta para que ele entrasse. Levei Ana até seu quarto e a deitei na cama. Tirei suas roupas molhadas e coloquei outras secas. Ela não queria tomar o remédio.

– È ruim, mamãe... - Fez careta.

– Mas vai fazer você ficar melhor, meu anjo. - Estendi a colher com líquido.

– Não... - Fez bico e dobrou os braços.

– Por favor, filha, podemos tomar sorvete depois. - Sorri ternamente.

– E bolo de chocolate?

– Também! Mas você precisa tomar isto.

Ela acenou e coloquei lentamente a colher em sua boca. Ana fez outra careta e depois me abraçou. Beijei o topo da sua cabeça e fiz com que ela dormisse.

Eu queria nunca mais sentir aquela sensação novamente, de imponência. Podia ser só febre mas era a pior sensação do mundo. Eu não suportaria que com um erro meu Ana saísse prejudicada.

Minha princesa já dormia a alguns minutos quando lembrei-me de que meu tormento me aguardava na sala. Sai silenciosamente do quarto e suspirei. Voltei até a sala e encontrei Tobias de costas para mim, pigarreei e ele se virou com um porta-retratos na mão. Reconheci-o de imediato. Era a minha foto com Ana no colo quando ela ainda era bebê dois meses depois do parto.

– Acho que precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Podem me matar. Eu deixo hehe! O que acharam do capítulo?! Finalmente o Tobias viu a Ana e agora quer explicações.... será que ela vai aceitar? Ficaria feliz se vocês comentassem e dissessem o que estão achando :3 Favoritem e recomendem, isso me motiva muito também ;) Beijos e até o próximo capítulo.