Uma Nova Chance escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 16
Quer saber? Chega!


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amoreeeeeees!!! Tudo bem com vocês?? Desculpem a demora mas precisava a inspiração foi embora e voltou do nada hehe. Peço para que segurem os corações pois hoje o capítulo promete ;)
Quero agradecer a linda da ErikaPrior pela linda, perfeita, recomendação que deixou!! Muito obrigada, flor! O capítulo é dedicado especialmente a você!!!
Boa Leitura!



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Anteriormente em Uma Nova Chance...

Aquilo ia além das expectativas dele e o que era muito mais agradável que ser rejeitada pelo herdeiro da Eaton´s, era ter saído da vida dele antes dele quebrar meu coração ainda mais.

Naquela manhã acordei indisposta. Ana dormia profundamente ao meu lado e eu sentia uma forte dor de cabeça. Levantei sem fazer barulho e segui para meu quarto, tomei um banho e me arrumei para um novo dia de trabalho. Faltava pouco para meu horário e não via sinais de que Marlene tivesse chegado.

Fiz panquecas e quando colocava alguns pratos sobre a mesa, senti alguém segurar minha perna. Olhei para baixo e sorri para uma Ana sonolenta, os cabelos desgrenhados e espalhados no pijama cor-de-rosa. Coloquei os pratos na mesa e a peguei no colo. Minha princesa enterrou o rosto em meu pescoço e brincou com meu cabelo.

– Tô com sono mamãe... - Murmurou ela.

– Mas você tem que se arrumar para ir para a escola, querida.

Coloquei ela sentada numa cadeira e servi um copo de leite. Ana dobrou os braços, irritada.

– Eu não quero!

– O que você não quer, filha? - Sentei-me ao seu lado.

– Quero ficar com você mamãe.... - Ela fez cara de choro, seus olhos se encheram de lágrimas.

Coloquei ela sentada no meu colo e a abracei. Ana podia fazer todo seu drama, mas eu precisa me manter firme e não ceder.

– Oh meu bebê.... Se você for, prometo que vamos tomar sorvete depois.

– Não!

Suspirei.

– Termine de tomar seu café, depois resolvemos isso, filha.

Levantei-me e corri para meu quarto, precisava ligar para Marlene e saber onde ela se metera.

– Tris?

– Marlene, onde você está? - Indaguei, aflita.

– Desculpe-me! Minha mãe foi internada essa manhã - ela fungou, estava chorando. - Eu.... Precisava vir e não consegui te avisar...

– Tudo bem Mar... Espero que sua mãe fique melhor, qualquer coisa me ligue, ok?

– Claro. Até mais.

Desligamos e suspirei. Eu estava preocupada com Ana e como faria para cuidar dela esta tarde. Rumei para a cozinha e terminei de tomar meu café, vesti Ana com agasalhos e peguei sua mochila e minha bolsa. Corremos para o carro, prendi seu cinto na cadeirinha e dirigi, atrasada, para sua escola.

No caminho fiquei, novamente, pensando como eu faria para sair do trabalho e ficar com ela. Dei um beijo em sua testa quando a deixei nas mãos da professora e corri novamente para o carro.

O caminho até a Eaton´s foi surpreendentemente rápido. Eu sequer tinha formulado uma ideia até ver Chris e Uriah conversando na porta do escritório, sozinhos.

Ambos acenaram ao me ver.

– Como você está, Tris? Ontem você foi embora e nem se despediu... O que aconteceu?

– Longa história, mas preciso da sua ajuda. È a Ana. - sussurrei a última parte para que só nós três ouvíssemos.

– O que aconteceu? - Ela perguntou.

– A mãe da Marlene está doente e ela teve que viajar ás pressas para a Califórnia.

– Está precisando que alguém cuide da Aninha.... Eu faço isso, vou falar com o Tobias e com certeza ele vai deixar.

– Ainda acho que você deveria falar logo pra ele - Zeke chegou com Shaunna, ouvindo a última parte da conversa.

Suspirei.

– Ainda não é o momento. - dobrei os braços.

– E quando será? - Uriah disse. - Não pode esconder isso para sempre.

– È mesmo Tris, uma hora ele vai saber. - Shaunna alertou calmamente.

– Quando ele souber, será pela minha própria boca.

Passei minha mão nervosamente pelo cabelo.

– Calma Tris, não leve isso como um modo de te pressionar, ok? - Chris me abraçou. - Agora vai trabalhar, o Tobias já chegou.

Nos despedimos e inspirei profundamente antes de sentar na minha mesa, agora fora do escritório de Tobias. Cara estava concentrada demais no telefone e Johanna chegaria mais tarde. Peguei minha agenda e revisei tudo que estava marcado para hoje.

Uma reunião via vídeo conferência com empresários chineses ás nove da manhã, reunião com Albert ás dez (decidir as últimas pautas do novo projeto), reunião com os sócios da empresa. Hoje seria uma dia bastante puxado.

O telefone em minha mesa tocou e prontamente o atendi.

– Sr. Eaton?

– Poderia trazer em dez minutos o relatório do projeto do Albert, senhorita Prior?

– Claro sr.

Desliguei o telefone ao perceber que ele não diria mais nada. Ouvi-lo me chamado pelo sobrenome não foi a pior parte do meu dia, eu podia continuar seguindo em frente. Tobias Eaton não exercia nada em mim. Mas não deixava de ser um fato bastante estranho e incômodo.

Digitei os últimos dados necessários e pedi para que o responsável pelas cópias ás fizesse para mim. Peguei o elevador indo até a outra sala.

– Aqui está Beatrice.

O rapaz, um moço de vinte e poucos anos, entregou as folhas dentro de duas pastas.

– Obrigada.

Sorri ternamente e corri para o elevador. Ajeitei o cabelo olhando para meu reflexo no espelho do elevador e ajeitei a saia branca que usava, acompanhada da camisa vermelha e saltos pretos. Eu precisava admitir: Eu estava bonita. Meu coque estava perfeito, minha maquiagem leve e apesar do nervosismo ao estar na frente da porta do escritório do meu chefe, nitidamente nervosa, eu esta me sentindo... bem.

Dei dois toques na porta e a entreabri, ouvindo um entre. Fechei a porta quando entrei, encarando-o em seguida.

Tobias estava concentrado no computador, os primeiros botões da camisa branca aberta e o cabelo castanho bagunçado - um charme incontestável desde o colégio.

– Sente-se.

Fiz o que ele mandou e me sentei numa das poltronas frente á sua mesa. Ele digitou mais algumas coisas até estender a mão e eu lhe dar as pastas.

– O que eu tenho que fazer hoje?

– Uma reunião via vídeo conferência com empresários chineses ás nove da manhã, reunião com Albert e outra com os sócios da empresa na parte da tarde.

Ele voltou sua atenção aos papeis e inspirei. Observei o local onde antes ficava minha mesa. Duas poltronas e uma mesa de vidro haviam tomado seu lugar e um quadro de um dos projetos turísticos no Caribe feito recentemente. Em meu período de trabalho, eu descobrira que além de ser uma das empresas de turismo mais conceituadas do país, com o passar dos anos, a Eaton´s Company se tornara também uma empresa de publicidade e fechava muitos negócios importantes com empresas de vários portes. Mas este era outro setor administrado pessoalmente por Evelyn Eaton. Ao qual eu não tinha trombado sequer uma vez.

– Você chegou atrasada. - Disse ele sem me olhar.

– Foi um descuido meu, ficarei mais tarde por aqui.

Ficamos num silêncio constrangedor. Suspirei e me levantei.

– Precisa de mais alguma coisa, sr. Eaton?

Ele ergueu os olhos da papelada.

– Sabe que não precisa de formalidades, não é Beatrice? - Meu nome saiu com um pouco de sarcasmo, deixando-me irritada.

– Prefiro assim, sr. Eaton

– Está brava por ontem? - Tobias se levantou. - Quer que eu peça desculpas ou o quê!? - Ele levantou as mãos para o alto. - Você não pode simplesmente explicar as coisas!?

Ouvi a porta se abri, mas não me virei.

– Eu não vou explicar nada! Primeiro você vem dizendo que quer só a mim e no minuto seguinte está beijando a Molly e então tenta se justificar e acha que pode tudo, sabe porque?! Porque você acha que só porquê tem dinheiro, é o dono da empresa e pode tudo! Sempre foi assim, não? - Eu já estava gritando.

– Eu quero uma explicação, Tris! Você está sendo infantil! - Ele saiu de trás da sua mesa para ficar ao meu lado, gritando.

– Eu não te devo satisfações!

– Sim, você deve sim!

– Eu não sou obrigada a nada! Você não manda em mim, Eaton - debochei.

– Aé? Quem é que paga seu salário Beatrice? O vento?

– Se esse é o problema, pode deixar, eu me demito! - Gritei.

Respondi, ofegante. Um pigarreio nos chamou a atenção e olhamos para a porta, onde Zeke, Chris, Shaunna, Uriah nos olhava com curiosidade.

– Ninguém vai se demitir. - Zeke foi o primeiro a falar. - Vocês estão de cabeça quente e...

– Vai pro inferno Zeke.

Pedi licença para sair do escritório e comecei a arrumar minhas coisas.

– Tris.... O que você está fazendo? - Shaunna indagou.

– Eu vou embora Shau. - Bufei.

– Vocês só brigaram, entende? Ele nunca te deixaria ir.

– Não Chris, esse é o problema. Eu preciso ir embora e ele não está nem ai. Aliás, eu nem ligo!

Joguei meu celular com toda a força possível dentro da bolsa.

– Você liga sim! - Chris olhou para Johanna e Cara que fingiam não ver. - Vocês poderiam descer um pouquinho?

Ambas assentiram e pegaram o elevador. Meu rosto enrubesceu e senti vergonha do que acabara de fazer. Eu havia acabado de gritar com meu chefe em meu ambiente de trabalho e eu tinha a certeza que toda a empresa estava ouvindo.

– Você não precisa ir embora.

– Eu preciso ir.

Coloquei minha bolsa no ombro.

– Vocês poderiam levar minhas coisas?

– Pode deixar. - Disse Christina.

Despedi-me das duas e segui para o elevador. Olhei para o espelho e me surpreendi ao ver que tirando os fios de cabelo desgrenhados, o rosto vermelho e a postura rígida, eu não chorara. Isso era bom, pensei. Eu estava sendo forte, pelo menos. O Tobias não merecia choro algum por ele, muito menos o meu. Porque sempre é assim: A pessoa acaba com você, destrói seu interior e depois quer que você esclareça as coisas, peça desculpas. Estava fazendo o certo em deixar a empresa. A porta se abriu e quando dei alguns passos para fora do elevador, um Albert apressado trombou comigo fazendo com que eu quase caísse no chão.

– Está tudo bem, linda? - Ele me fitou, segurando minha cintura.

– Sim.

Com sua ajuda fiquei de pé.

– Não é o que parece...

– Só problemas - sorri tristemente.

Caminhamos um pouco para fora da passagem do elevador e inspirei.

– Quer me contar o que aconteceu? - Levantou a sobrancelha.

Balancei a cabeça em confirmação.

– Me demiti.

Ele me olhou incrédulo.

– Como assim? Achei que.... O Tobias aceitou?

– Eu não me importo com o que ele aceita ou não - fui rude -, desculpe Al, não queria ser grossa com você.

– Tudo bem - ele sorriu ternamente. - E como vai a Ana? - Sussurrou.

– Muito bem.

Semanas atrás eu pedira que Albert fosse discreto sobre minha filha. Ele sabia que não podia contar á ninguém da empresa, mas não sabia o motivo.

– Tem alguma coisa para fazer esta noite?

– Sim Albert, ela tem.

Tobias veio até nós, as mãos dentro dos bolsos e uma expressão séria.

– Olá Tobias. - O mesmo acenou.

– A Beatrice não pode sair, ela tem outro compromisso.

– Tem? - Albert franziu a testa.

– Na verdade, Al - dei ênfase. - Não tenho nada para fazer. Tenho que ir.

Dei um beijo na sua bochecha e sai o mais rapidamente do prédio. Corri para o estacionamento e peguei minhas chaves, abrindo a porta do carro. Tentei dirigir não tão rápido quando pretendia. Minha cabeça estava á mil e eu só pensava em diversas maneiras de matar o Eaton. Ele não era ninguém para ficar mandando em mim e dizendo o que eu tinha ou não para fazer.

Quando cheguei em casa, não cumprimentei o porteiro simpático, não estacionei do jeito certo, não me importei em subir as escadas correndo. Descarreguei toda a minha raiva socando o travesseiro e por fim, cai na cama, exausta.


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Notas finais do capítulo

Não me matem por favor!! A Tris está de saco cheio e o Tobias também não colabora, né!? O próximo vem em breve ^^
Beijos!