Cybernetic Doom - Livro 1: O Mundo Cibernético escrita por FaheL7


Capítulo 3
Capítulo 3: O Começo do Caos part. 2


Notas iniciais do capítulo

Se você chegou até este capítulo eu tenho muito o que lhe agradecer.

Meu estilo de escrita é daquele tipo que prende o leitor palavra pós palavra em um capítulo e depois traz algo um pouco mais light no capítulo seguinte, evitando assim, que a leitura se torne massante. Porque não é sempre que estamos disponíveis ou animados para ler quase duas mil palavras apenas para descobrir que durante o capítulo inteiro, em meio à tantos detalhes, "a personagem" mal saiu do quarto onde estava no capítulo anterior, devido ao excesso na descrição emocional ou do ambiente.

Eu gosto de avanço no enredo, sem necessariamente precisar que o leitor memorize cada passo descrito no capítulo passado, fazendo assim, o mesmo ficar a vontade lendo um novo capítulo, como se fosse o primeiro.

Então, preparei para o próximo episódio, o nosso terceiro capítulo deste livro, algo light desta mesma forma. Como fora o segundo que diferente do primeiro não foi tão épico, mas, ainda sim, foi muito interessante para se compreender parte da história dos seres que vivem neste lugar que está prestes a mudar para sempre.

Espero que gostem. Tenham uma ótima leitura!



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Cybernetic Doom – Capítulo 3: O Começo do Caos part.2

— Atenção à todos! Eu me chamo Lord of Darkness e esta noite, todos vocês estão convidados para o meu show. _ Aquela voz séria e suavemente maligna parecia vir de todos os lados, anunciando algo que parecia não ser nada bom para ninguém.

Enquanto segurava um dos braços da Animated que estava com ele, Johany observara o caos se formando lá embaixo e a fumaça subindo cada vez mais, se espalhando entre todos os becos.

— Não me solte, por favor, eu estou com medo. _ Gritava a jovem dependurada no precipício.

Observando mais atentamente, o garoto notou sangue nos arranhões da garota que segurava em seu braço, ficando ainda mais alerta.

— Vai ficar só olhando? Me ajude a tirá-la daqui Ash. _ Ordenou ao seu outro amigo, New Human.

Juntos, eles conseguiram facilmente puxá-la de volta.

De repente o relógio da Torre da cidade começou a tocar, indicando a meia noite. Era o momento que todos estavam esperando quando os fogos de artifício subiriam explodindo em todas as direções.

E em meio às explosões, Fahel e sua querida namorada fugiam dos cães malignos que os perseguiam nos corredores estreitos entre as casas dos cidadãos da cidade. As pessoas fechavam as janelas tentando evitar que mais daquela nuvem de mal cheiro invadisse suas residências. Mas era algo muito em vão.

...

 

Lá fora, moradores e turistas tentavam sobreviver ao ataque das criaturas  famintas, enquanto no castelo os mestres de caça estavam reunidos tentando entender o que estava acontecendo, até que outro deles adentrou a sala real, onde estava o Rei, às pressas.

— Vossa excelência, Mestre Richard se apresentando. A situação é a seguinte. Dezenas de pessoas estão sendo esquartejadas nas ruas da cidade por criaturas do reino que parecem enfeitiçadas pela substância que sobe dos bueiros. Alguns moradores resgatados também disseram ouvir uma voz que vinha de dentro de suas cabeças pronunciando palavras malignas sobre vingança.

— Hehehehehe. Estamos num mundo virtual, porque todos estão tão alarmados se nós não podemos morrer? _ Perguntava sorridente o Rei. – Isto deve ser alguma surpresa que os programadores prepararam para nós na festa deste ano.

Para demonstrar que ele estava errado o homem pegou a ponta de uma lança de caça e feriu seu próprio dedo.

— Oh meu Deus! Isso é sangue! _ Exclamava agora, o Rei. - Alguém já tentou se comunicar com o Mundo externo para ver o que está acontecendo? _ Perguntava preocupado.

— Com licença, Vossa Excelência, me chamo Abinegail, da Torre de comunicação. Não temos contato algum com o mundo exterior. É como se alguém tivesse cortado nossa interação com quem está lá fora.

— Quem faria isso? Como e por quê? Que Diabos está acontecendo aqui? _ O Rei indagava cada vez mais espantado.

Foi quando as portas foram empurradas sem nenhum pudor e uma mulher adentrou o local à passos firmes dizendo:

— Ele se auto-intitula o Senhor das Trevas.

— Quem você pensa que é para invadir a sala real desta forma, mulher? _ Um dos outros guardas dizia em voz alta.

— Luíza... Que bom que está aqui. _ O Rei dizia um pouco mais aliviado.

— Precisamos ter cuidado papai, seja lá quem ele for ele, não está brincando.

— Que mancada novato. _ Um guarda mulher loira disse ao companheiro de serviço recém chegado que ainda desconhecia o rosto da filha do Rei.

— Eu.. eu... eu peço perdão Princesa. _ Falou o homem que antes havia lhe feito a pergunta com rigor, engolindo a seco.

— Não se preocupe. _ Ela disse, piscando um dos olhos, demonstrando fácil compreensão. – O nosso reino está em perigo e precisamos fazer algo. As pessoas lá fora não estão preparadas pra isso. Precisamos formar grupos de buscas e partir em busca daqueles que podem estar perdidos na cidade e trazê-los pro castelo. Há muitos lá fora que sequer sabem para onde ir.

— Mas quem de nós faria isso? Afinal, vocês mesmos falaram, há criaturas malignas lá fora. _ Um dos Mestres de caça perguntava com um sorriso meio desajeitado. Ele estava com medo de ser escolhido para a missão.

E não partia só dele, todos se calaram e abaixaram suas cabeças.

— Os únicos com habilidades para se defender ou matar alguma coisa neste mundo somos nós, os mestres de caça do reino e precisaremos de cada um de vocês. _ Proclamou Luíza.

— Mas as pessoas lá fora estão morrendo não é isso mesmo? _ Outro guarda indagava assustado.

— Eu como mulher, me vejo com o dever de sair daqui e ir até lá salvar aqueles que sequer conseguem segurar uma espada e você que é um homem deste tamanho, teme por sua vida? _ Ela indagou com olhar sarcástico, observando a altura daquele High Beast.

— Jamais Majestade. _ O homem com sorriso desconsertado, também engoliu a seco sua tentativa de se livrar de tamanha responsabilidade.

— Peguem seus arcos e espadas, se ninguém tem mais nenhuma objeção, devemos partir agora. _ Ordenou a moça com ar de Comandante.

...

Encurralado com sua namorada, Fahel estava agora apenas com uma pequena barra de ferro em mãos, esperando no fim de um beco sem saída por aqueles que os perseguiam.

— O que vamos fazer? _ Indefesa, Jaxy não sabia como reagir.

— Shhhhhh... Fica quieta e parada. _ Fahel sussurrava.

O Silêncio não persistiu por muito tempo...

— Arrrghhhhhh! _ Surgiu um rosnado.

 

À lentos passos, a criatura vinha caminhando. Emergindo vagarosamente da fumaça tom violeta. Ela demonstrava fome, derrubando ao chão algumas gotas de saliva.

Logo atrás, vinham outras quatro.

...

No mundo real, aquilo era notícia em todos os canais.

“- Esta se tornou uma noite apavorante para todos aqueles que habitam nos dois mundos.” _ Uma repórter contava.

“- Parece que algum tipo de hacker invadiu a central da imensa Black Tower, passando por todas as medidas de segurança.”

“- Apesar de não conseguirem abrir as janelas e se comunicar conosco, nós que estamos fora conseguimos acompanhar tudo.”

“- Estamos recebendo novas informações que indicam que o invasor se chama Steven S. Thompson, bisneto do Renomado pesquisador e diretor da criação da Imersão Virtual, Antony Thompson. Investigadores e policiais foram os primeiros à chegarem no local e disseram ter encontrado cerca de 22 corpos de seguranças espalhados nos corredores das instalações. Na sala de controle, seu próprio corpo estava preso ao capacete que dá total acesso ao mundo Cibernético. Por hora, programadores dizem ser impossível desconectá-lo, pois sua mente está presa naquele mundo de forma codificada. Se provocarem uma desconexão súbita, milhões podem morrer instantaneamente.”

“Aguardamos mais informações, mas todos podem acompanhar o que se passa aos seus familiares abrindo a “janela”. Desejamos e oramos à todos os que estão lá dentro, para que fiquem bem, que Deus nos ajude.”

...

Dentro de Freedom City...

— Saiam demônios. _ Fahel gritava tentando afastar os cães que tentavam abocanhar uma de suas pernas, quando conseguiu fincar dentro dos olhos de um deles a barra de ferro.

Furiosos, os outros logo partiram pra cima.

...

Desçam com cuidado! _ Johany e os outros já estavam descendo da Torre do castelo quando notaram no alto de um prédio, aquele ser obscuro.

Vestido com uma longa capa preta com escrituras douradas, uma armadura de metal também enegrecida cobrindo o peito, de cabelos negros longos e um sorriso diabólico, ele fazia “magia” e uma grande tempestade começava agora nos céus já escurecidos, sem presença de nenhuma das bombas festivas que o clareavam anteriormente.

...

Onde Jaxy e Fahel estavam, prestes a serem estraçalhados pelas criaturas, as mais velozes flechas passavam centímetros aos seus rostos, acertando mortalmente cada uma das quatro criaturas que partiam pro ataque.

— Luíza! _ Correu para abraçá-la.

— Você está bem maninho? _ Perguntava a Mestre em arcos, aliviada.

De repente toda a terra começou a tremer, prédios e casas rachavam e começavam a desabar e ninguém conseguia ficar de pé e dos céus mais altos uma enorme criatura saia das nuvens acinzentadas.

Era um gigantesco e tenebroso dragão negro que havia sido invocado pelo invasor do Cyber World. O maior já visto.

Como se não bastasse toda a cidade ser destruída pelas criaturas terrestres, agora havia mais um problema, muito maior.

— Voe Zurtron e acabe com toda a vida dessa cidade maldita. HAHAHAHAHAHAHA. _ Gritava alegremente Steven, o Lord of Shadows.

Apenas o bater de suas imensas asas, já era o bastante para derrubar todos ao chão. Aquela criatura parecia um verdadeiro Deus do Caos, pronto para cumprir a sua missão e destruir tudo. Foi quando, o terrível ser pegou impulso e voou ainda mais alto, trazendo algo que parecia vir do fundo de seu pulmão. De repente um brilho alaranjado começava a clarear o céu de sua boca e a horrenda criatura cuspia pra fora uma enorme gama de bolas de fogo, que caiam nas casas e prédios como verdadeiros meteoros, destruindo tudo o que alcançavam.

— Por aqui, corre! _ Luíza gritava para Fahel e Jaxy.

Mas, em meio à fuga, com os escombros caindo sobre si, Jaxy largou da mão de seu namorado, ficando para trás.

— Jaxy, nãooooooooooooooooooo!!!

Por alguns segundos tudo ficou devagar. Após a dor de tê-la perdido no acidente de carro uma vez quando ainda era vivo no mundo humano, o jovem jamais imaginou presenciar uma outra perda como aquela, que pudesse lhe causar tamanha dor novamente.

— Jaxy, por favor não durma. Fique comigo. _ Paralizado, ele parecia reviver aqueles minutos angustiantes, quando o veículo se chocou contra outro capotando várias vezes na estrada. Ao lado de todos seus amigos já falecidos, ele a encontrara presa nas ferragens gravemente ferida. Aos soluços e lágrimas ela dizia com todas as forças que ainda a restavam: Me desculpa meu amor, eu te amo.

...

— Vamos Fahel, não podemos fazer mais nada. _ Gritava sua irmã mais velha para ele. Despertando-o do transe pelo qual automaticamente havia se prendido.

— Não, eu não vou sem ela. _ Ele insistia em tentar voltar o caminho. Mas dois dos outros mestres de caça que estavam com eles o seguraram, e o carregaram à força para longe. - Jaxyyyyyyyy...

Atrás, presa entre os escombros e muito ferida, Jaxy não conseguia enxergar mais quase nada devido à poeira que se levantava, quando ouviu barulho de correntes e os grunhidos de mais dois daqueles ferozes cães malignos se aproximando...

...

No mundo real, os programadores buscavam uma forma de acabar com tudo aquilo, quando um estagiário deu sua sugestão...

— É nossa única chance! _ Alguém concordava.

...

A antes linda e magnífica cidade da Liberdade estava um verdadeiro inferno.

— Vocês já viveram tempo demais, muito mais do que deviam, agora é hora de voltarem a sentir a dor de estarem mortos. _ Steven, o mago diabólico falava na mente de todos os cidadãos ainda vivos.

Então, pronunciando palavras que pareciam uma magia oculta, ele preparava seu próximo e último ataque, que levaria todos que estavam ali, inclusive ele mesmo à verdadeira destruição.

Foi quando um imenso brilho surgiu clareando tudo como faz a luz do amanhecer, forte como um sol, fazendo aquela gigantesca criatura demoníaca invocada recuar e desaparecer em meio ao clarão.

O que é isso? _ Perguntava sem entender nada.

Então, da imensa luz que clareava como o dia, surgiu um homem, de aparência já mais velha, uma entidade superior, conhecida apenas como o GM.

O Senhor das Trevas observou mais e então não teve dúvidas. Aquele velho que saia das mais altas nuvens era Antony Thompson, o criador daquilo tudo, o seu bisavô, há muitos anos desaparecido.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Então, está gostando?

Deixe sua opinião após a leitura deste terceiro capítulo. Mesmo tentando evitar, às vezes fico com medo de apenas eu mesmo estar conseguindo visualizar tudo.

Será que os fatos estão embaralhados em sua cabeça ou você está apenas ansioso pelo próximo capítulo?

Por favor, caro leitor, vamos conversar. Sua opinião é muito bem vinda.

;)



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