Interrompidos escrita por MaNa


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei!!! Minha gente eu tô tão emocionada com as recomendações!!! Lara Overland Frost e Capuccino, vocês são maravilhosas!!! ♥ Muito, muito obrigada!
Gente, me desculpem a demora. infelizmente eu não posso escrever mais rápido. A faculdade e os outros projetos me consomem muito. Mas eu prometo que essa fic não será abandonada. Eu vou terminar essa história!

Deus, eu amo vocês!!!! Obrigada pelas recomendações, deram um novo gaz a fic!
Bjs



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Narrador: Onisciente

—Ok, mas primeiro... - Ele descongelou os pés e pegou o seu cajado ( esquecido, com a emoção do reencontro, no chão perto da sacada) e seguiu para uma cadeira perto da cama da rainha onde Elsa se encontrava de boca aberta e olhos arregalados.

Como ele conseguiu desfazer sua magia? O que raios estava acontecendo?

—C-como você...?- Jack sorriu e segurou as mãos dela.

— Não encoste!- Ela tirou as mãos rapidamente, mas Jack estendeu a dele em um pedido silencioso. Respirando fundo, a Rainha o tocou novamente.

—Eu vou lhe explicar tudo, prometo. Mas por favor, Elsa, não fuja de mim. Já passei muito tempo sem você,- acariciou os dedos da moça em movimentos circulares- preciso ter certeza de que é tudo real.

Ela fitou suas mãos entrelaçadas e depois olhou para o rosto dele. Estava muito diferente, trazia uma expressão alegre, entretanto, cansada, como se tivesse passado por muita coisa. O sorriso foi o que a fez aceitar aquele toque completamente e até retribuí-lo. Era o sorriso de Jack, aquele sorriso torto,irônico, que só ele possuía e fazia o coração da Rainha dar pulinhos animados.

Elsa começava a se dar conta de que tudo aquilo estava realmente acontecendo. Também precisava ter certeza de que não era um sonho. Segurou-se para não chorar novamente. Chega de lágrimas: agora queria uma explicação.

—Não vou me afastar, mas acho bom você iniciar sua história, antes que eu mude de ideia e o congele completamente.

—Eu me descongelaria de novo. - A desafiou. Os olhos brilharam divertidos.

Ela respirou fundo, revoltada. Menos de meia hora juntos e ele já a estava tirando do sério! Sim, era o Jack. Não tinha mais dúvidas.

— Sempre metido, Frost. Fale logo, antes que eu arranque esse sorriso besta do seu rosto. Aliás, como você se descongelou? Por que está tão diferente e...

Ele deu-lhe um selinho.

—Eu te amo.

Elsa ficou estática. Ah, não. Não, não ,não...

—Agora chega! Você não pode morrer ou desaparecer, já nem sei mais, completamente por anos e em uma noite qualquer reaparecer na minha sacada me falando essas coisas. Ah não, Jack Frost!- Ela puxou as mãos o fuzilando com os olhos- Eu fui no seu funeral! Eu passei meses me sentindo um lixo, acabada, amando você. Onde estava? Onde? Você tem ideia pelo que eu passei?

—Elsa...- Ela não o deixou continuar.

— Você que me prometeu. Prometeu que nunca me deixaria. Que eu sempre teria alguém. Mas não. Você morreu. Ou eu pensei que tinha morrido. Eu vivi tantas coisas desde então, eu precisei de você... sabia que eu já tinha o perdoado? Eu perdoei, porque , afinal, você não teve “escolha”, não morreu porquê desejou.- Ela riu revirando os olhos- Mas agora vejo que não. Jack, você sumiu porquê quis. Se não, por qual razão estaria aqui? Vivo! – Ela riu mais um pouco- Completamente vivo.- De repente os risos viraram as lágrimas que tanto tentara conter.- Vivo e eu não consigo evitar ficar feliz, feliz! Por que eu ainda o amo tanto... Deus, como tentei não amar.

Jack sentiu o estomago embrulhar. Foram poucas as vezes que viu Elsa se abrir daquela forma e se desesperar. Ela costumava ser racional e cuidadosa com as palavras, uma mulher forte, mas estava completamente transtornada.

—Mesmo você tendo quebrado tudo. A promessa. Me quebrado.

“Expondo sua fragilidade”, pensou o guardião. Sempre soube que, apesar de esconder muito bem e aguentar coisas que qualquer outra pessoa não teria suportado, Elsa era uma pessoa sensível. Notou que o quarto começava a congelar, expressando a tempestade que a rainha tentava conter dentro de si. Jack se sentiu um lixo. Ele tinha quebrado a promessa, como poderia se redimir?

—Você me quebrou Jack.-  O rapaz a abraçou e Elsa escondeu o rosto no pescoço dele, suas lágrimas escorrendo sem parar.- Eu tinha medo e você estava fazendo com que esse medo fosse embora. Com que eu tivesse confiança, quisesse tocar nas pessoas, conseguisse me controlar... e então morreu. Como pôde morrer? Como pôde me deixar? Jack eu me isolei de novo. Meus poderes saíram do controle. Eu achei que eu nunca seria capaz de encostar em outra pessoa sem congelá-la. Todo o progresso de anos convivendo com você ruiu com a sua morte.

Ele a abraçou mais forte.

—Anna foi quem me salvou. Mas você não morreu, Jack, você está aqui. Vivo!- Ela não cansava de dizer.- Vivo! O que significa que você me deixou por livre e espontânea vontade. E eu lhe odeio por isso Jack Frost, eu o odeio.- Estava falando em meio a agonia que crescia em seu peito- E mesmo assim eu estou tão aliviada por você estar vivo.

Ele á afastou um pouco, só para encara-la nos olhos.

—Eu não a deixei por livre e espontânea vontade. Nunca faria isso, Elsa.

Ela o fitou o confusa.

—Então... como...?

—Elsa, eu vou lhe contar toda a história. Por favor, só escute, espero que quando eu terminar você possa me perdoar.

A Rainha se sentou e cruzou os braços. Estava na hora de saber a verdade.

(...)

Longe Dalí, nas Ilhas do Norte, um príncipe embarcava no navio. Seus cabelos castanhos claros assanhavam-se com o vento, batendo nos olhos do rapaz, mas isso não diminuiu o grande sorriso estampado em seu rosto nenhum pouco! Estava prestes a encontrar a pessoa que seria a mais importante de sua vida.

—Diego!- A Rainha aproximava-se do navio com sua comitiva de guardas e damas de companhia- Não vá antes de beijar sua mãe.

O príncipe sorriu .

—Jamais me atreveria a cometer tal afronta minha senhora. – Deu um beijo na face da mulher.

—Tenha cuidado. Esse mar pode estar calmo, mas sei bem como o humor das marés mudam. Os pais de sua noiva morreram assim.

—Eu sei. Irei tomar todas as precações possíveis. – A Rainha ainda parecia apreensiva.

— Sim, sei bem. O conheço Diego, nada de traquinagens.

—Não sou mais uma criança.

A mulher assentiu e o rapaz fitou o horizonte, agora sério.

—Você acha que ela se lembra de mim?

A mãe suavizou a expressão... ah, os jovens...

—Não sei, querido, já faze muitos anos. Você era uma criança.

—Eu nunca a esqueci.

Ela sorriu.

—Tenho certeza que o amará. Como não amar?

O príncipe não tinha tanta confiança assim. Apesar de nunca ter esquecido os olhos azuis e os cabelos platinados , não tinha como ter certeza sobre as lembranças e os sentimentos da futura esposa.

—Mãe eu preciso ir.

—Eu sei. – O coração da mulher apertou, não entendia porquê.- Mas tenha cuidado.

—Certo mãe- Ele riu novamente revirando os olhos. Beijou-lhe mais uma vez antes de embarcar no navio.

A Rainha iniciou seu caminho de volta ao castelo.

Quando terminou de se acomodar Diego subiu até o convés e observou o mar. Estava calmo e a noite muito bonita, cheia de estrelas. Normalmente os navios só zarpavam de manhã, mas ele insistira que a embarcação saísse mais cedo. Precisou partir assim que a carta do Duque chegou pedindo que viesse imediatamente, cumprir o acordo ao qual fora submetido desde o nascimento.

“Arendelle estou chegando”, pensou enquanto lembrava mais uma vez dos belos olhos azuis.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?