Interrompidos escrita por MaNa


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Vou revisar, deve estar cheio de errinhos. kkkkk
Bom, resolvi continuar agora que estou de férias, hehe.

Bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617911/chapter/2

Narrador: Onisciente

Quando as lágrimas finalmente cessaram Jack respirou fundo. Ele a perdera. E não tinha como contornar esse fato, encontra-la ou qualquer coisa assim.

Poderia ter vivido sem essas lembranças.

Já era noite e o rapaz fitou a lua perguntando ao Homem por que não podia ser feliz. Quando finalmente tinha encontrado uma razão para viver, começando uma nova etapa de vida como guardião, sendo feliz e espalhando diversão por todos os lugares... aquelas lembranças voltaram.

—Ah, Elsa, me perdoe, - escondeu o rosto entre as mãos. - eu não voltei para você. Eu a esqueci... Homem da Lua, eu esqueci uma das pessoas mais importantes da minha vida, talvez a mais importante.

Ele não chorava, mas seus olhos, seu corpo, refletiam a angustia. O garoto jogado na neve tinha uma aparência triste e perturbada.

—O que ela deve ter achado de mim? Ficou sozinha. Eu a deixei sozinha!

Após várias horas Jack finalmente se levantou e seguiu até a fabrica de brinquedos. No caminho perdeu-se em pensamentos. Certas coisas começaram a fazer sentido. Seus poderes serem sobre o inverno, por exemplo. Antes achava que fora consequência de sua morte (afogado sob o gelo), mas agora entendia que não.

Tinha sido ela.

Ele a amou muito e aprendeu a amar, inclusive, seus poderes. Tanto que , de alguma forma, aquele gelo também fez parte dele, mesmo que de um jeito diferente. O guardião do inverno guardou por muito tempo o coração frio de Elsa e o esquentou com o seu cerne: a diversão. Nada mais justo do que seus poderes terem a ver com a neve, o lembrando, pela eternidade, da mulher que amou.

A fabrica de Noel estava reluzindo de felicidade e encantamento ( como sempre). Jack não parou para falar com os yetis, que muito estranharam seu comportamento, pois estavam habituados a um Jack animado, feliz e voando enquanto enchia, propositalmente, de neve as maquinhas de embalar presentes, dando aos ajudantes do bom velhinho mais trabalho. Hoje, no entanto, o rapaz estava calado, caminhando devagar, com um olhar vago repleto de tristeza. Algo estava errado.

— Jack, finalmente você chegou, venha quero lhe mostrar um novo, mega, ultra, maravilhoso carrinho de corrida que inventei! Nada dessas modernidades com controle remoto, essa juventude atual me tira dos nervos, mas... - o senhor do natal estava guiando o rapaz pelo braço quando notou o olhar morto do jovem-  o que aconteceu, Jack?

—Elsa.

—O quê?

—A mulher que eu amo. - As lágrimas que achou terem secado por completo voltaram a inundar seus olhos.

—Mulher que você ama? Jack do que você está falando?

— A... a Princesa do Gelo. – Sussurrou o rapaz.

Aquilo não fazia o menor sentido para o mais velho. Com calma, levou o jovem até uma de suas confortáveis poltronas vermelhas que ficavam no escritório.

Sentou-se também em outra de frente para o menino.

—Conte-me essa história direito, Jack, de quem você está falando?

E Jack contou. Contou cada detalhe, hora ou outra parando, porque sentia um vazio crescendo em seu peito ao mesmo tempo em que a agonia o invadia, o forçando a dar longas pausas em seu relato para buscar ar.

Quando finalmente acabou, Noel estava também com o olhar marejado e... preocupado.

—Elsa de Arendelle. Eu lembro dela. Me pedia livros para passar a solidão. – O velho nunca esquecia uma criança.

—Você nunca lembrou de mim.- Comentou Jack.

—Você nunca me pediu nada de natal.- Riu- Aliás, por quê?

—Não tinha necessidade. Estranhamente eu era feliz com o que tinha.

Os dois sorriram levemente.

—Sempre alegre, não é, Frost? De qualquer forma, você não teria saído da lista dos malcriados.  Bom...- Ele parou, parecia meditar sobre algo.

—O quê?

—O quê?

—Você falou bom, bom o quê?

Noel hesitou, mas, após um leve suspiro de desistência, contou aquilo que estava com medo de dizer.

—Arendelle era um reino mágico por causa da Rainha que teve. E ela, apesar de feliz... sim, Jack, ela foi feliz!- Falou antes que o guardião da diversão o interrompesse. – Tinha seus mistérios. Em um dado momento recebi um caderno, meus duendes me trouxeram e fiquei sabendo que ela tinha enviado. Mesmo já tendo 23 anos.

—Um... caderno?

—Sim. No entanto, quando fui visita-la, na noite de natal, ela não estava lá. A rainha do gelo desapareceu. Soube que a irmã, Anna, assumiu o trono com o marido, e só. Ninguém nunca descobriu o que aconteceu a Elsa.

—Como assim? Ela desapareceu? O que você acha que aconteceu? Norte, ninguém desaparece assim!- Jack já estava em pé, visivelmente alterado, elevando a voz enquanto andava e abanava os braços freneticamente.

—Calma! Se aquiete, rapaz.

—Não posso me aquietar. É muita informação... acho que vou explodir!

O velhinho suspirou.

—Olhe, se não se acalmar eu não vou lhe dar.

—Me dar o quê?

—Uma ideia está se passando pela minha cabeça e, talvez, eu finalmente tenha entendido a razão de ter recebido o caderno.

—O caderno...

—Sim, o caderno que mais tarde descobri se tratar de um diário.

Jack ficou mudo por segundos.

—Um diário, Jack, que vou dar para você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?