Interrompidos escrita por MaNa


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Então, capítulo de Junho! Como estou atrasada fiz um maiorzinho... Eu sei que não escrevo muito, mas juro que tentei.

Boa leitura.
P.s: amo seus comentários e teorias, por favor, continuem interagindo comigo!



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Narrador: Onisciente

“Eu o quero comigo para sempre”

“Eu terei de deixá-la. ”

Esses foram os primeiros pensamentos dos dois ao acordarem na manhã seguinte. As pernas ainda estavam entrelaçadas, os corpos nus buscando o calor um do outro. Elsa fingia dormir para continuar encostada ao peito de Jack, enquanto ele alisava seus cabelos platinados e lembrava da noite anterior. Um pequeno sorriso se instalou no rosto do rapaz. Ah, o guardião sabia que teria de deixa-la, mas não estava preparado para isso. Talvez nunca estivesse.

“Bum, bum.”

—O que foi isso? –  Em um reflexo, Jack pegou o cajado que estava encostado a cama e ficou em posição defensiva. Elsa sorriu, se espreguiçando.

—É só o Mashmallow, relaxe.

—Mashmallow?

—Sim, meu boneco de neve.

E, quase para comprovar o que a rainha dizia, o monstro de neve entrou no quarto. Primeiro encarou Jack com desconfiança, mas não demorou a reparar no estado em que sua senhora estava deitada, o que o deixou constrangido, e tratou de se retirar rapidamente do aposento.

—Uow, você fez aquilo? –  O guardião estava impressionado com os poderes dela. Nunca vira nada e nem criou algo sequer próximo aquilo.

—Ele protege o castelo. – Elsa ainda se espreguiçava na cama, mas Jack já procurava as calças esquecidas em algum lugar do quarto. Não demorou a acha-la junto ao pé da penteadeira e apressou-se a ficar apresentável.

—Não sei por que tanta pressa...- A Rainha resmungou.

—Não sei por que tanta preguiça.- Jack riu.

—Você sabe o porquê.- Ela fitou o peito nu de Jack com malicia e o rapaz precisou conter o instinto de beija-la.- Ora, venha aqui! - Elsa esticou os braços  e ele não resistiu, se jogando na cama mais uma vez, indo parar direto no colo da amada.

—Acho que podemos ficar aqui mais um pouco.- Sorriu antes de ser beijada por Jack e a dança recomeçar.

(...)

O navio chegou, a viagem durou pouquíssimo tempo, quase um recorde. O príncipe estava ansioso para reencontrar sua amada noiva.

“Foram tantos anos de espera”, não pôde deixar de pensar.  Suas bagagens já estavam sendo descarregadas no navio pelos dois criados que trouxera consigo.

—Senhor, senhor!- O pequeno homem roliço veio carregando duas das grandes malas. Estava vermelho pelo esforço.

—O que foi, Daniel?

—Isso é um absurdo! Onde estão todos? Deveria existir uma comitiva nos esperando... você é o futuro rei dessas terras, pelo amor de Deus! Isso não pode ser assim.

—Calma Daniel. Tenho certeza que alguém virá nos recepcionar.- Mas o homenzinho não parava de reclamar enquanto andavam pelo cais de Arendelle.

—Alguém? A própria Rainha deveria estar aqui! Isso é um absurdo, um ultraje, uma falta de respeito, uma...

 Diego revirou os olhos e parou de escutar as reclamações do criado. Daniel sempre fora assim, desde que os dois eram pequenos. Definitivamente era o funcionário mais íntimo do jovem príncipe, quase um irmão.

—Daniel, me dê uma dessas malas. Estão muito pesadas.- Estendeu uma mão querendo aliviar o peso do amigo.

—Não, não, senhor! Você é um príncipe e é meu dever carregar suas coisas.

—Mas Daniel...

—Sem mais senhor!

—Deixe de besteira.

Diego se esticou para pegar a mala e Daniel se esquivou. Continuaram a briga pelas bagagens por mais um tempo, quando o duque de Arendelle se aproximou com sua comitiva e a princesa Anna ao seu lado.

Vendo a cena cômica que se desenrolava ( o criado lutava para manter a bagagem longe do príncipe), o grupo parou para assistir. Felizmente, Diego logo notou e se recompôs.

—Duque!

—Olá majestade, seja muito bem vindo. Aparentemente os ventos foram seus amigos nessa viagem. Tudo estava ao seu agrado?

—Sim, sim, chegamos mais rápido do que o planejado, os navios de Arendelle são muito bons.

O Duque ergueu o peito em sinal de orgulho pelo seu reino.

Anna sorriu.

—Seja bem-vindo. Você é o suposto noivo de minha irmã? - Perguntou o analisando- Aquele que quer obrigá-la a aceitá-lo por causa de um contrato na infância?

—Princesa! - O duque a repreendeu, mas Anna colocou o seu melhor bico de indignada e continuou a fitar o convidado. O velho conselheiro havia contado tudo a ela sobre aquele contrato retrogrado. Diego sorriu.

—Princesa Anna.- Curvou-se em sinal de respeito,  retomando em seguida  a postura normal- Não venho para obrigar a sua irmã a nada. Se ela me quiser, serei dela. Se não, voltarei para o meu reino com o coração em pedaços, mas respeitarei a decisão da Rainha.

Anna sorriu. Ele parecia legal e, por hora, estava aprovado.

—Fico feliz em conhecer sua posição, majestade.- O informou com um pequeno aceno da cabeça.

—Sim, sim, mas isso não importa de verdade. O trato feito entre os reinos não pode ser rompido. É importante demais e a Rainha terá de ceder a isso.

Anna estufou o peito revoltada.

—Ora, claro que a Elsa tem opção, o senhor não pode obriga-la a nada!

—Sim, sim, eu não posso. Foram os SEUS PAIS que o fizeram.

A princesa engoliu em seco, o príncipe pensou que poderia tocar a tensão no ar.

—Bem, creio que eu e a Rainha precisamos conversar sobre isso não?- Falou Diego tentando os tirar da situação constrangedora que se instaurara.

—Sim, melhor seguirmos ao castelo...- Anna parou no meio da frase, o que não passou despercebido ao príncipe.

—O que foi, princesa Anna?

Ela desviou os olhos e suspirou.

—É que... Elsa não está no castelo.

—Como assim?

—Acredito que tenha saído para dar uma volta. Deve retornar rápido.- Pelo menos era o que Anna estava tentando se convencer. A cama de Elsa não fora desfeita durante a noite e a princesa sabia que a mais velha não era de sair sozinha nas madrugadas. O mal pressentimento começava a gerar um pequeno aperto em seu peito. – Vamos?

Eles subiram na carruagem oficial do palácio. Daniel fitava a todos com rancor pela demora em chegar ao porto, ao contrário do outro criado que parecia com sono, e não mantinha sequer as pálpebras abertas.

 Diego mal conseguia conter a empolgação: veria Elsa em breve, sua Elsa!

(...)

Jack e Elsa acabavam de se amar quando a Rainha se levantou rapidamente.

—Por Deus, que horas são?

—Ah agora se importa com a hora, é? - Jack sorriu colocando os braços atrás da cabeça e observando a mulher se vestir rapidamente.

—Tenho deveres, Jack, coisas para resolver. Meu Deus, como você me deixou convencê-lo a ficarmos aqui? - Resmungou.

—Eu? A culpa agora é minha? - Jack sorria mais ainda.

—Toda sua! – Ela estava furiosa. O rapaz admirava as bochechas de Elsa corarem. “Pelo Homem da Lua, ela é linda. ” O pensamento foi involuntário.

—Vamos?

—Vamos.

Não demorou muito e Jack a levou de volta para o quarto no castelo de Arendelle. Bem chegaram, e  Elsa já correu para a penteadeira, buscando arrumar rapidamente os cabelos em sua trança favorita. Ao mesmo tempo, Gerda entrou no quarto e tomou um susto ao ver a Rainha de volta. A princípio, a mulher teve medo que a governanta visse seu amante no quarto, mas logo relaxou ao constatar que Gerda não enxergava o rapaz jogado em sua cama. Ela não acreditava em Jack Frost.

—Finalmente você voltou!

Elsa respirou fundo.

—Olá Gerda, tudo bem? Bom dia para você também.

—Onde esteve menina? – A Rainha apenas riu e continuou a se olhar no espelho, vendo Jack piscar para ela pelo reflexo. Sorriu de novo. Conseguiria parar de sorrir algum dia?

—Não importa, ande se arrume, ele está quase chegando! Preciso falar com a cozinheira para dar um jeito no molho que deixei pré-feito e ela conseguiu estragar tacando sal e agora o almoço pode ser um desastre e...

—Ele? Do que está falando Gerda?

—Ora, não sabe menina? Falamos sobre isso ontem mesmo.

—O quê Gerda? - Elsa ainda estava feliz, mas agora prestava atenção em sua quase mãe.

—O seu noivo, Elsa. Ele já está a caminho do palácio. – O sorriso da Rainha sumiu repentinamente, suas mãos caíram para o lado do corpo e ela fechou os olhos. 

—Eu não sabia que ele chegaria tão cedo.

—Mas chegou. Agora se apresse.- Dito isso, a governanta saiu do quarto atarantada, precisava resolver o problema com o molho. Elsa ficou de olhos fechados por mais um tempo.

 Quando os abriu novamente ainda encarava o espelho. Fora seu rosto de espanto ainda havia mais uma expressão revoltada e confusa a observando intensamente pelo reflexo.

—Noivo? - Jack inqueriu e Elsa, ao invés de responder, preferiu fechar os olhos de novo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?

Bjs