Guerreiros escrita por L M


Capítulo 41
避難所


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!! :) Leitores novos, sejam bem vindos!



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Estavam todos envoltos da fogueira, menos Tadashi e Kohaku que se encontravam dentro de tendas onde conversavam em voz baixa. Havia um silêncio fúnebre perante todos, enquanto a fogueira esquentava os corpos debilitados do frio cortante que chegava vagaroso e impiedoso, a brisa refrescante já passara dando espaço a um vento frio e desumano.

Hana estava encostada em uma árvore, vendo alguns garotos mais afastados repelindo as lágrimas pelos companheiros mortos, era um sentimento que lhe doía presenciar. Poderia ser um de seus amigos mais próximos, a dor seria a mesma ou até pior. Ao longe Hana ainda teve que aguentar ver Takeshi esquentando Cho com seus braços, enquanto a menina ainda chorava e ele a consolava. Hana sentia o peito afundar-se ela se sentia pior e não havia ninguém para abraçá-la ou consolá-la.

Respirou fundo vendo o fogo se apagando jogando mais chakra dentro da lareira chamando a atenção dos garotos que a encararam, Hana apenas manteve o olhar baixo enquanto comia um bolinho de arroz que o doutor On distribuiu. Kyo estava com a perna envolta de faixas e Shiro levava vinte e seis pontos no ombro para parar o sangramento forte que se intensificara, Norio estava com uma faixa ao redor da testa deixando os cabelos azuis escuro soltos para tampá-la.

Hana encarou novamente Takeshi e Cho mesmo sua mente gritando para não fazer isso, a garota viu Takeshi acariciando o rosto da menina delicadamente enquanto a apoiava em seus braços, deitando-a em seu ombro. Hana se ergueu e saiu pisando fundo para longe assobiando para Shu que a seguiu enquanto os garotos se erguiam:

–Haruo!-gritou Hideo:-Doko ni iku no?

–Preciso de ar...-murmurou Haruo/Hana.

Hana foi caminhado com Shu perto de si, a garota estava com chakra d fogo emanado de suas mãos para iluminar a floresta escura, ela estava a caminho da cidade Imperial onde estava com o perigo constante de ser atacada pelos shibyō, e se fosse eles assassinariam o Imperador e tomariam o trono.

A garota se encostou em uma árvore e deixou-se cair sentada ali com Shu ao se lado sentado e atento a qualquer barulho que pudesse vir a acontecer. Hana ainda não estava boa na espada, não conseguia nem segurá-la, como conseguiria vencer em uma batalha com armas. Seu arco-e-flecha não irá salvá-la é uma arma de longo alcance para um combate mano-a-mano:

–Droga!-praguejou alto socando o chão.

Ela colocou as duas mãos em seu rosto, sentiu o cavalo se distanciando e olhou para o lado vendo onde o animal estava se dirigindo sem ao menos olhar para trás:

–Aonde vai?! Shu! Shu!-gritou Hana.

A menina xingou baixo e se ergueu seguindo o cavalo que nem ao menos notava sua aproximação, pois estava vidrado em seu caminho. Hana foi se escondendo e indo agachada até onde o cavalo estava indo, nunca vira Shu fazendo esse tipo de coisa, mesmo não o conhecendo muito, sabia que o cavalo não era dessas coisas.

A menina ergueu o rosto vendo aonde Shu estava e o viu junto a outro cavalo, mas não era qualquer cavalo, era o cavalo de Takeshi:

–Sore wa watashi ga hitsuyōna mono dakedeshita.-bradou Hana baixo:-Shu vai atacar o cavalo do Takeshi, o meu Deus.

Hana ficou ali parada esperando ouvir os relinchados e o barulho de corpos sendo brutalmente atacados, porém nada se escutou, um silêncio estranho tomou conta do luga. A menina estranhando ergueu novamente seu rosto e fitou a cena com os olhos arregalados, Shu estava ali junto com o outro cavalo de um modo, digamos... Sentimental:

–Ah, não acredito!-falou Hana voltando para sua posição anterior:-O cavalo do Takeshi, é uma égua?! E o Shu... Está... Jōnetsu-teki.

A menina sorriu de lado e saiu de mansinho para não assustá-los, ela apenas ficou caminhando de volta com as mãos fechadas em punho enquanto a brisa ainda mais fria abraçava a natureza mórbida. Hana não estava olhando para frente mantinha a cabeça baixa com os olhos tristes, o corpo ainda não estava totalmente recuperado e ela havia brigado hoje o que a deixou com o corpo levemente dolorido, respirou fundo e bateu em algo.

Ela ergueu o rosto rapidamente e viu os olhos azuis profundos lhe encarando em dúvida com os braços cruzados e uma expressão fria como era de costume do garoto. Hana apenas se recompôs e o encarou normalmente com um olhar, porém, severo de um jeito que ela tentava apaziguar.

Ficaram se encarando durante um tempo até Hana quebrar o silêncio desconfortável que se instalara sobre eles:

–O que veio fazer aqui?-perguntou Haruo/Hana:

–Eu lhe retorno a pergunta. Saiu rapidamente lá da fogueira sem motivo aparente.-falou Takeshi:

–Ima, kono... Saiba que me irrita profundamente essa sua mania horrível de responder com outra pergunta.-falou Haruo/Hana irritado(a):

–Por que o motivo da raiva?-perguntou Takeshi interessado de súbito:

–Ah, não! Não irei ficar aqui aguentando você me enchendo, passar bem!-falou Haruo/Hana saindo, porém Takeshi o segurou pelo braço a virando com violência desnecessária, causando dor, porém ela mordeu o lábio disfarçando:

–Tenha mais cuidado com o que fala, Haruo.-falou Takeshi:-Não vim em busca de briga.

–Mas eu estou louco para haver uma.-falou Haruo/Hana rebatendo:

–Qual o seu problema?!-indagou Takeshi irritado com o comportamento do garoto:

–Tenho vários, quer que eu liste para você?!-indagou Haruo/Hana irônico:

–Baka!-gritou Takeshi e seus olhos ficaram vermelhos. O garoto tapou o rosto com a mão e respirou fundo para se controlar e não acabar fazendo uma besteira. Hana via a dificuldade do garoto e se sentiu mal por descontar nele a raiva que ela estava sentindo pelo mesmo está com Cho, uma raiva esquisita e forte que ela não conhecia da onde vinha:-Watashi... Onde está Kasai?

–Perdão?-indagou Haruo/Hana cruzando os braços olhando os olhos ainda azui de Takeshi:

–Meu cavalo.-falou Takeshi sem paciência e Hana engoliu o riso encarando o garoto:

–Bom... Nesse momento o Kasai está namorando o Shu, meu cavalo.-falou simplesmente a garota:

–Nani tte iimashita no?!-indagou o garoto:-Seu cavalo é fêmea?!

–Não, idiota! O seu cavalo é fêmea e o Shu gosta dela.-falou Haruo/Hana:-O Shu e A Kasai estão em um sentimento romântico.

–É a coisa mais idiota que eu já ouvi.-falou Takeshi:

–Se não acredita, vai ver com seus próprios olhos.-falou Haruo/Hana:

–Nani?!-indagou Takeshi olhando para trás:-Machimasu!

–O que foi?-perguntou Haruo/Hana virando-se para trás:

–Eu... Eu vi o que você fez com os lobos hoje.-falou Takeshi desviando o olhar:-A técnica que Kohaku nos ensinou que Kabuto domina.

–O olho da cobra! O quê que tem?-perguntou Haruo/Hana:

–Você disse que me ensinaria.-falou Takeshi:

–Oh, claro! E se me recordo bem, você ficou de me ajudar com a maldita espada.-falou Haruo/Hana com raiva:

–Acho que houve uma pequena confusão.-falou Takeshi cansado e abaixando o rosto:

–Também acho. A gente treina amanhã quando pararmos a caminhada em descanso. E eu primeiro!-falou Haruo/Hana saindo:

–Nani?! Mas... Ah, está bem.-falou Takeshi cansado de brigar vendo Haruo voltando para o acamamento:-Haruo...

Takeshi falou tão baixo que não pensou que o mesmo fosse escutá-lo, porém Hana parou e se virou para trás o olhando com os olhos castanhos indecifráveis e com algo a mais que ele não conhecia:

–O que foi?-perguntou Haruo/Hana:

–Está com raiva de mim?-perguntou Takeshi.

Hana franziu o cenho e se virou para frente apertando os punhos e ignorando a dor em seu peito, ela não tinha o porque ter raiva dele, ela não significa absolutamente anda para ele. E então por que a raiva? Por que a dor? Ela não sabia responder, riu de lado e se virou para a frente:

–Não.-respondeu simplesmente retornando a caminhar.

Takeshi ficou parado ali vendo a silhueta do garoto sumindo na sua frente, o garoto apenas respirou fundo e o seguiu até o acampamento.

Hana chegou ao acampamento e viu Cho indo dormir junto do pai em uma barraca, enquanto os demais garotos dormiriam em sacos de dormir sobre as estrelas e a atmosfera fria ao seu redor. Kohaku saiu de sua tenda enquanto os garotos se serviam de frutas, carnes e peixes se alimentando e renovando suas energias:

–Senhores, vocês se revisaram em turnos esta noite.-falou Kohaku:

–É, o que?!-indagou Hotaru:

–Turnos.-repetiu Hideo:

–Exato! Como estamos a céu aberto, vocês vigiaram os demais. Dividam-se e fiquem dois de turnos de cada três horas e depois acordem os próximos, eu os desejo uma boa noite.-falou Kohaku voltando para a tenda enquanto os garotos ficaram parados encarando um nada:

–Ah... Tenha dó! A gente quase morreu enfrentando aqueles desgraçados, estamos todos quebrados e ainda temos que vigiar, é o cúmulo! Eu quero dormir!-gritou Hotaru e recebeu um tapa na cabeça de Hideo:

–Fale baixo, não quero ter que lutar novamente, idiota.-falou Hideo com os olhos fechados pegando sua comida:

–Bom... Temos que fazer o que o sensei Kohaku mandou.-falou Goenji:-Quem será primeiro?

–Qualquer um que não seja o Hotaru.-falou Daisuke:

–Hã?! Que trairagem é essa?!-indagou Hotaru encarando Daisuke:

–Não confio em você!-falou Daisuke:

–Não se preocupe, Daisuke! Eu vou ficar com o Huyata, não irá dormir senão meto a mão na cara dele.-falou Goenji:

–Tá! Vocês pegam o segundo turno, deixem o Hotaru dormir um pouco.-falou Norio:-Daisuke você vai como Jin, Eu irei com o Ran, Hideo vai com Haruo, Riki com Takeshi, Kyo com Shiro, Kotaro com...

Hana mal escutou o restou voltou-se para seu peixe que estava assando na fogueira e o comeu com gosto, enquanto os demais brigavam e protestavam com a ideia de Norio, alguns como Hotaru estava até ameaçando bater no coitado com um graveto.

Hana sentiu o garoto de olhos brancos se sentando ao seu lado com um meio sorriso batendo em seu ombro, Hideo não gostava de brigas e era o mais quieto dentre o grupo de amigos que ali estavam. O garoto estava com as mãos frias o suficiente para fazer todo o corpo de Hana se arrepiar com o toque da mão dele em suas vestes:

–Pegamos o último turno.-falou Hideo:

–Menso mal...-murmurou Haruo/Hana:-Kikimasu, Hideo... Por que suas mãos estão tão frias, está passando bem?

–Estou bem, isso sempre acontece conforme uso o elemento.-falou Hideo:

–Você foi impressionante.-falou Haruo/Hana:

–Agradeço, mas você também não foi nada humilde contra os lobos.-falou Hideo piscando para a menina e a mesma riu retornando a comer.

Logo todos os garotos se deitaram enquanto Norio e Ran se sentavam mais a frente em um tronco para ficar de vigia. Tudo o que restava para os demais garotos era o silêncio da noite, enquanto o frio apertava e as estrelas tentavam fazer-lhes visível em meio as nuvens que desenhavam o céu escuro da mãe noite.

Hana estava com os braços embaixo de sua cabeça mirando os céus, ela via os outros garotos fazendo a mesma coisa quase que involuntariamente olhando também para cima perdidos em pensamentos tentando fazer os olhos de pregarem e os levarem para um outro lugar onde estariam a salvo.

As chamas da guerras estavam se aproximando, mais inocentes morreriam de maneira brutal sem pena por espadas afiadas. Não seriam os únicos a sofrerem com a guerra, Hana apenas ficava pensando em como estava sua família. Seu pai, sua mãe, suas avós, Raiden, Natsumi.. Será que estariam bem? Sentiam a falta dela? Como tem passado os dias longe dela, sem vê-la, sem conversar com ela?

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Uma lágrima solitária escorreu pelos olhos de Hana enquanto a menina adormecia.

"Ela estava caindo.

Hana sentiu seu corpo, antes em queda, bater com violência contra o atrito da estrada de chão. Ela olhou ao redor e pegou a areia em mãos, ela estava com os cabelos grandes e com um vestido que ela costumava usar. A menina reconheceria aquela estrada em qualquer lugar, já havia passado por ela muitas vezes.

Hana começou a caminhar descalça sobre ela, sentia o vestido deixar suas pernas livres. Os cabelos voavam com o vento e ela sorria minimamente, seu corpo estava curado das dores e das cicatrizes que a marcavam como prova incontestável de sua estadia na guerra.

A garota viu a entrada com a marca de seu clã, sua casa, onde dali se via a família toda almoçando unidos sorrindo e Hana sentiu falta disso. Ela sorriu abertamente mostrando todos os dentes, enquanto suas mãos tremiam ao revê-los como antes ela via:

–Mama! Otōsan! O bāchan!-gritou a menina:-Estou de volta! Eu voltei!

Hana saiu correndo erguendo o vestido com suas mãos, enquanto corria em direção a sua família, porém eles não pareciam escutá-la, não pareciam vê-la sobre a janela:

–Natsumi! Raiden!-gritou com mais força:-Eu voltei! Watashi wa kaette kimashita!

A garota parou quando percebeu que quanto mais corria, mais distante ficava de sua família. Um vento forte soprava as folhas de outono para longe, enquanto ela gritava e corria o mais rápido que conseguia retirando as folhas de sua face para enxergar:

–Não!-gritou Hana parando caindo de joelhos quando uma linha de fogo alto e quente a separava de sua casa:-AHH!

Ela via as chamas consumindo toda a vegetação e não a deixando passar, Hana ergueu os braços com lágrimas nos olhos procurando alguma forma de passar, mas não via o fim do fogo:

–Não... O que é isso?!-gritou com todos os pulmões:-Watashi wa tsūka shitaidesu! Deixe-me passar!

Ela ouviu um rosnado alto e olhando para os céus ela viu o enorme dragão que antes era uma estátua, o símbolo de seu clã e o fogo oculto que os Honō ryū possuíam vinham do poder de chakra que a criatura possuía. A menina via as escapas negras com vermelho vivo, enquanto os olhos azuis como oceano profundo de um abismo não explorado a encaravam:

–Doragon...-murmurou Hana se colocando de pé com os cabelos em seu rosto, quase não dando para ver as lágrimas que desciam dos olhos da menina:-Por que?

–Um guerreiro não chora!-falou com a voz grave o enorme dragão:

–Dragões não existem, então eu acho que estamos os dois bem errados aqui...-murmurou Hana com raiva para a enorme fera:

–Por que negar o que você se tornou agora, pequenina.-falou o dragão abaixando o rosto para fitar Hana mais de perto, fazendo a menina ver seu reflexo nas enormes orbes azuladas do dragão:-Um homem.

Hana não estava se vendo, no lugar da menina com enormes cabelos e um vestido, estava um rapaz de cabelos curtos presos em um coque com um capacete em sua cabeça, com roupas de soldados e um olhar forte:

–O que é isso?!-gritou Hana:

–Você deixou de ser uma mulher no momento em que recebeu a cicatriz de seu pai! A sua escolha remete a vontade de poder e proteger que você possui que não pertencem a uma mulher!-gritou o dragão:-Honō ryū Hana está morta, e em seu lugar nasceu Honō ryū Haruo! Um homem de verdade que honrará e matará a todos em nome do clã Honō ryū Doragon!

–Não! Eu sou uma mulher! Meu nome é Hana e não Haruo!-gritou a garota em prantos:

–Nunca mais!-gritou o dragão exalando fogo e o jogando em Hana.

A menina sentia seu braço esquerdo sendo queimado, enquanto as chamas consumiam seus cabelos e os tornavam curtos e seu vestido dava lugar a uma roupa de guerra. Suas mãos trêmulas estavam tomadas por uma espada, enquanto ela sentia o sangue quente do braço sem pele escorregar pela lâmina.

Sua cabeça estava abaixada e em seu interior ela sabia que continuava a mesma, porém sua aparência mostrava Haruo.

Ela sentiu algo saindo dela como uma força fantasmagórica sugando algo para fora dela que deveria está dentro. A menina caiu no chão de joelhos sentindo ainda seus cabelos grandes estado de vestido, e a sua frente estava Haruo.

Hana arregalou os olhos e se colocou de pé a frente do homem no qual ela se transformou, ele estava sorrindo de lado para ela e se aproximou a medida que ela fazia o mesmo:

–Como...?!-indagou ela:

–Você sou eu, Hana! Juntos seremos invencíveis!-falou Haruo e Hana colocou as mãos na frente dos olhos:

–Não!-gritou Hana:

–A única coisa que te impede de triunfar, é o Wurochiha.-falou Haruo com ódio:-Como pôde deixá-lo dominar seu coração, como pôde ser tão fraca ao ponto de amá-lo?!

–Nani?! Eu não sinto nada por ele!-gritou Hana com raiva:

–Mentirosa! Não minta para si mesma, eu lhe conheço o suficientemente bem para descobrir tamanha afronta!-gritou Haruo:

–Não...-murmurou Hana:

–Mas você sabe que ele nunca se interessaria por você, porque eu existo! E mesmo assim, quem se interessaria por uma mulher que não passou na casamenteira.-falou Haruo e Hana sentiu dor:-Não passa de uma desonra!

–Cale-se maldito!-gritou Hana e inesperadamente ela está com um arco e flecha em suas mãos apontando para Haruo que estava sorrindo de lado a frente do enorme dragão que os acompanhava:

–Vai me matar?-indagou irônico Haruo e riu em seguida:-Se fizer isso, morrerá também. Não viverá se eu não existe aqui, garota!

–Desgraçado!-gritou Hana em lágrimas atirando a flecha, mas Haruo pulou desviando e a flecha se crava no peito do dragão que logo se transforma em Takeshi:-Nani?!

Haruo fica atrás de Hana segurando-a em seus braços, enquanto a garota vê com os olhos arregalados Takeshi se afogando no próprio sangue, ela grita e tenta se livrar:

–Olhe!-gritou Haruo:

–Takeshi...-murmurou Hana."

Hante acorda ofegante agarrando no pulso de Hideo pensando ser algum inimigo, o garoto de olhos brancos encara-a impassivo, enquanto tenta se soltar com calma dos aperto forte:

–Haruo! Você está bem?-perguntou Hideo:

–E-Eu... É claro que sim!-falou Haruo/Hana soltando o pulso de Hideo:-Apenas tive um pesadelo, já é nossa vez?

–Sim.-falou Hideo se erguendo e tomando caminho com a espada.

Hana pegou seu arco e flecha e foi acompanhando Hideo atém o tronco mais a frente onde todos estavam se sentando para vigiar. A menina se sentia ainda assustada e suas pernas tremiam levemente, a noite havia passado rapidamente enquanto ela sofria em seu mundo dos sonhos.

Ela colocou a mão direita aonde estava a queimadura que seu pai havia feito nela e a acariciou sentindo-a ainda doer. A garota xingou em pensamento, enquanto o fresco da madrugada ainda reinava:

–Seu braço dói?-perguntou Hideo sem desviar o olhar da frente:

–As vezes sinto dores.-falou Haruo/Hana:

–Sente raiva de seu pai por ter feito isso a você?-perguntou diretamente Hideo e Hana o encarou com os olhos levemente arregalados pela surpresa da pergunta:

–Shimasen.-respondeu seca e rapidamente ao menino:

–Por que?-perguntou Hideo e Hana o encarou novamente:-É uma queimadura bem feia que vai está aí para sempre, e sem contar se me permite reforçar a dor que você deve ter sentido.

–Talvez eu sentisse raiva, mas ele é meu pai.-falou Haruo/Hana:-Não perdoaria o seu se fizesse o mesmo?

–Não sei dizer, eu não o conheci.-falou Hideo simplesmente:-De certa forma, posso saber o que Takeshi e Jin estão passando no momento em perder uma pessoa tão importante para eles, apesar dele não merecer as lágrimas de ambos.

–O que aconteceu?-perguntou Haruo/Hana encarando Hideo suspirando:

–Foi morto protegendo nosso clã dos inimigos que queriam pegar nossos olhos.-falou Hideo:-Quando se faz parte de um clã histórico e com habilidades conjuntas a seus olhos é isso o que acontece. Você corre perigo. Eu tinha oito anos na época.

–Gomen'nasai.-respondeu Haruo/Hana:

–Eu também...-murmurou Hideo. O garoto ergueu a mão direita e água brotou em seus finos dedos, conforme ele balançava e desenhava:-Nossos sentimentos tendem sempre ao risco...

O garoto parou e seus olhos brilharam em um branco intenso, fazendo o líquido endurecer e se transformar em gelo puro:

–...De virarem gelo e se tornarem inexistentes.-falou Hideo:

–Pode ser, mas sempre existe alguém com o calor necessário para derretê-lo.-falou Haruo/Hana passando a mão levemente no gelo e o derretendo, fazendo Hideo ainda pegar a água agro quente em mãos:

–Tabun...-murmurou o garoto.

Hana parou ao ver o olhar impactante de focado de Hideo em uma direção a frente deles, conforme o dia clareava. O garoto transformou a água em gelo novamente e a lançou em uma direção a frente deles e logo em seguida o garoto se colocou de pé e Hana ficou também atônita:

–O que foi?!-indagou Haruo/Hana:

–Vi alguma coisa!-falou Hideo e Hana ouviu o barulho de passos:-É melhor parar!

Hideo sacou a espada e Hana saiu correndo atrás do garoto de longos cabelos em meio a mata, porém assobiou alto o suficiente para chamar a atenção de Shu que saiu correndo relinchando alto acordando os demais seguindo Hana.

Hideo estava na frente e havia visto duas silhuetas correndo se separando:

–São dois!-gritou Hideo:

–Rikai shimasu!-gritou Haruo/Hana pulando agarrando um galho e em seugida se soltar no momento em que Shu passou em baixo dela, caindo já galopando no animal.

Hana viu Hideo lançar a espada pegando na cocha do homem que gritou caindo, mas ainda sim tentou fugir e o garoto de olhos brancos fez gelo em baixo dele e o prender até o pescoço, o prendendo:

–Está com problemas, parceiro...-murmurou Hideo sério:

–Vou atrás do outro!-gritou Haruo/Hana.

Shu galopava na maior velocidade enquanto Hana via o fugitivo de longe, ele era incrivelmente rápido e ela logo ligou isso a manobra de elemento ar, e amaldiçoou sua sorte:

–Kuso! Por que sempre pego o mais difícil?!-gritou.

Shu apertou ainda mais passo, Hana prendeu as pernas com força ao redor do cavalo lhe fazendo ter equilíbrio ao mesmo tempo e mirou com sua flecha na panturrilha do homem acertando em cheio, fazendo-o cair e gritar de dor.

Hana pulou de Shu caindo ao lado do animal com a flecha em posição no arco pronta para atacar, Hideo já havia pego um então não tinha necessidade de mantê-lo vivo:

–Vocês não aprendem, certo?!-indagou Haruo/Hana:-Espero que você seja o último que eu irei me preocupar em matar nessas bandas, camarada.

–Meu comandante saberá disso!-gritou o homem velho e de aparência decadente:

–Não sei como já que você não irá ser aquele que contará a ele.-falou Haruo/Hana:-Senão eu mandaria um recado, mandando ele ir para o quinto dos infernos!

–Como ousa... Moleque!-gritou o homem juntando as mãos e rindo:

–Nani?!-gritou Haruo/Hana:-Shu! Afaste-se!

O homem lançou uma rajada de ar forte em direção a Hana a fazendo cair penhasco a baixo. A garota arregalou os olhos enquanto via-se ciando novamente de um penhasco e dessa vez, possivelmente, não conseguiria sobreviver.

Mas ela firmou as mãos e gritou forte, não poderia morrer dessa maneira.

Hana sentiu uma onda fria tomando seu corpo ao mesmo tempo, o fogo que ela sentia pleo chakra fora substituído pela sensação de frio pelo seu corpo e uma velocidade de adrenalina tomá-la em proporções absurdas. Ela gritou e se manteve no ar, arregalando o olhos Hana se viu voando!

Hana estava voando!

Porém o homem já estava com os olhos arregalados e pronto para fugir, quando Hana firmou o corpo para frente e saiu do desfiladeiro ainda no ar ela colocou a flecha no arco e disparou na cabeça do homem. A menina caiu de costas no chão e Shu correu até ela.

Hana estava ofegante com as mãos tremendo e uma dor forte e insuportável em sua cabeça, enquanto aos poucos ela sentia novamente o calor do seu chakra normal inundando-a novamente:

–O que foi... I-Isso?-perguntou para si mesma.

Virou-se para o homem e jogou fogo no corpo do infeliz, e Shu o jogou desfiladeiro abaixo. A garota subiu em cima do alazão e juntos retornaram vagarosamente até o acampamento, enquanto Hana ainda sentia as mãos tremendo e a cabeça parecendo que ia explodir.


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Notas finais do capítulo

:D ;)