Hana estava de braços cruzados encostada em um tronco de árvore, enquanto ouvia os gritos de dor e agonia pela tortura submetida ao homem que estava espionando o acampamento. Dentro da tenda se encontravam Tadashi e Kohaku o interrogando e Hideo o torturando, pois fora o mesmo quem o havia pego.

As mãos de Hana ainda tremiam e sua cabeça parecia que ia explodir, ela mantinha os olhos fechados, porém a cada grito de dor do homem era uma dor aguda e forte em seu cérebro. Ela foi tirada de seus pensamentos com a mão de Norio em seu ombro, ela sorriu de lado para o garoto de olhos cinzas:

–Você está bem?-perguntou o garoto.

Hana queria contar a alguém o que havia acontecido, mas isso poderia ser algo um pouco difícil e a última coisa que uma mulher, que está disfarçada na guerra em meio a vários homens correndo o risco de ser descoberta o que resultaria em sua morte... Bom, seria a última coisa que ela gostaria no momento . A menina encarou sorrindo de lado Norio e apenas acenou com a cabeça:

–Nani mo arimasen.-respondeu ele(a):-Não é nada, Norio.

Hotaru estava reclamando com um saco de gelo em sua cabeça, enquanto os demais garotos faziam mais uma ronda e arrumavam as coisas antes de partirem em caminho:

–Mas, o que afinal aconteceu?-perguntou Riki:

–Eu e o Hideo estávamos vigiando e vimos os dois espionando.-falou Haruo/Hana:

–Espera, tinha dois meu Deus do céu?! Ah, mais que merda, essas pragas brotam do chão, só pode!-falou Goenji com raiva:

–O problema foi, como nenhum de vocês não viram?-falou Haruo/Hana:

–Quem estava próximo do seu horário com o Hideo foram Takeshi e Riki, só se os dois se dispersaram.-falou Jin dando de ombros:

–O que quer dizer?!-indagou Riki abaixando o olhar:

–Não sei, diga-me Takeshi. Aconteceu algo?-perguntou Jin:

–Por que está me perguntando isso, não houve absolutamente nada!-falou Takeshi:

–Não falei para ofender. Acalme-se.-falou Jin:

–Hideo deve está dando uma boa surra no infeliz.-falou Daisuke:

–E merece mesmo!-gritou Hotaru:-Olha, vou te falar Deus não deve gostar muito de mim, não. Com tanta cabeça na frente da porra do cavalo do Haruo, a desgraça do bicho resolveu pisar aonde...?! Na minha cabeça! Juro, que nessa hora eu vi a luz no fim do túnel me chamando e quase que eu fui!

–Pare de frescura.-falou Ran:-Foi bom, acordamos com seus xingamentos e gritos e conseguimos ajudar o Hideo a levar o homem para o comandante Tadashi.

–Vá se ferrar!-bradou Hotaru:-Delicadeza Cho-chan...

Cho pressionava o gelo no enorme galo que se encontrava na cabeça de Hotaru, enquanto Hana apenas escutava mais gritos e sua cabeça doía a cada hora mais e mais. A menina chegou perto de Cho e agarrou seu punho chamando a atenção de todos, Hana estava com o olhar baixo e as vistas fechadas:

–O que foi Haruo-kun?-perguntou Cho:

–Onde está seu pai?-perguntou Haruo/Hana não aguentando mais a dor:

–Meu pa...-começou Cho:

–O que você tem?!-a voz de Takeshi foi mais forte chegando perto de Hana e colocando suas mãos nos ombros dela:-O outro cara de feriu?!

–Não... Minha cabeça... Está me matando de dor!-falou Haruo/Hana com as duas mãos na cabeça:

–Você caiu ou algo do tipo?-perguntou Norio:-Bateu a cabeça em alguma lugar.

–Não! Eu... Não sei o que houve!-falou Haruo/Hana:

–Onde está seu pai, Cho-chan?!-indagou Riki:

–Está na tenda.-falou Cho:

–Chama lá o homem, porque eu acho que o Haruo está desmaiando...-falou Hotaru encarando Haruo:

–Nani...?!-gritou Takeshi e foi o tempo dele pegar o garoto(a) em seus braços completamente mola:-Oh, chame logo o On!

–Doutor! Doutor! Doutor, pelo amor de Deus! Emergência!-gritou Daisuke correndo para a tenda do doutor, enquanto Riki ia na direção de Takeshi:

–Eu ajudo...-murmurou o garoto preocupado com Hana, mas tentando soar normalmente:

–Não precisa!-falou Takeshi com raiva:

–Não me provoca...-murmurou Riki:

–Não é hora para isso, seus retardados!-gritou Kyo avistando On se aproximando limpando os óculos:-Doutor, graças a Deus! O Haruo...

–Leve-o para a minha tenda, rapidamente.-falou o doutor On:

–Papai!-gritou Cho encarando a nuca de Hana:-Tá cheio de veias!

–Ainda bem, né Cho! Se não tivesse seria um problema.-falou Hotaru:

–Porra!-gritou Takeshi correndo com Hana desmaiada em seus braços para a tenda de On:

–O que houve?!-indagou o loiro:

–Veias roxas não são nem um pouco normais, Huyata.-falou Goenji.

Takeshi rapidamente colocou Haruo/Hana em cima da cama com travesseiros, enquanto On se colocou ao lado da menina pondo a mão na testa dela constatando um elevado de temperatura.

Ele já ouvira falar nessas veias rochas, mas nunca pensou que pudesse encontrar outra vez cara-a-cara, o homem pegou ervas e as amassou em um pote, enquanto os garotos entraram dentro da tenda vendo o corpo de Haruo/Hana se contorcendo e a testa se enchendo de veias roxas:

–O que está acontecendo com ele?!-grito Riki:

–Algo que eu não pensei tão cedo nessa geração.-falou o doutor On:

–Que seria?-perguntou Takeshi:

–Não posso revelar, mas sei que não é grave.-falou o doutor:-Pelo menos se eu puder fazer algo...

O homem amassou as ervas e as passou na testa e cabeça de Hana, em seguida retirou um soro e injetou na veia da menina, enquanto com água gelada tentava suprir a temperatura.

O homem se sentiu mais aliviado quando a temperatura começou a abaixar e a menina recobrar a consciência, os demais garotos ficaram mais aliviados porém retornaram para o centro do acampamento quando a voz de Tadashi fora escutada. Os garotos correram até o centro, deixando apenas On e Hana acordando em cima da cama.

O doutor passou um pano para retirar as ervas da testa, nuca e cabeça da menina, elas refrescavam e revestiam o chakra. O doutor colocou uma fumaça para a menina respirar, não tinha o melhor cheiro, porém era fundamental:

–Que.. Cheiro horrível é esse?-perguntou Hana:

–Camomila rocha do norte.-falou o doutor On ajeitando os óculos:-Desagradável, mas uma cura dos anjos!

A menina encarou o doutor a encarando com um olhar avaliativo que a assustou de início:

–O que aconteceu quando enfrentou aquele homem.-perguntou On:

A menina encarou o doutor e desviou o olhar, apertou os punhos ela ainda sentia a cabeça latejar não soube o que aconteceu, mas a dor era demais para ser contida:

–O que aconteceu comigo?-perguntou Hana:

–Só posso dizer com certeza se me contar o que aconteceu com você.-falou o doutor On:

–Doutor...-murmurou Hana se sentando vagarosamente:-Eu voei!

–Nani?!-indagou o doutor sem tanta surpresa:

–Não sei como. Eu domino o fogo assim como meu pai e todos do meu clã.-falou a menina com as duas mãos na cabeça:-E eu senti meu chakra esfriando do nada e eu flutuando no ar, assim como Hotaru faz, porém ele domina o elemento ar! Doutor, o que está acontecendo comigo?!

–Curioso, muito curioso...-murmurou o doutor On andando com a mão no queixo:

–Mōshiwakearimasenga, o que é curioso?-perguntou a menina:

–Eu já fui médico de muitas guerras, minha cara, e posso lhe garantir com total certeza que possuir dois chakras é a coisa mais rara que existe no mundo! Nenhum homem foi capaz de possuir um, que dirá dois!-falou o homem:-Mas eu encontrei casos semelhantes eu seu, possuidores de dois chakras que se achavam mais fortes por possuírem...

–Tem algo a vez com eu ser mulher, ou eles terem algo...-começou Hana mas o homem a interrompeu:

–Īe īe īe!-falou o doutor:-O sexo não tem nada a ver, muito menos doenças ou problemas! Isso vem dos ancestrais que dominavam outros elementos distintos...

–Ancestrais...-murmurou Hana se recordando de algo.

"Hong deu honra a sua família também, claro que não foi tão longe quanto Isamu, mas acredito que ele não foi porque não quis.-falou Azami:-Ele tinha o dom do ar, Hana, ele o conhecia e dominava; porém não quis. Ele apenas dominou o arco-e-flecha como nenhum guerreiro e domou seu falcão!"

–Meu Deus!-falou Hana:-Meu avô Hong, ele chegou a dominar o elemento ar, porém não foi para frente. O senhor acha...?!

–É claro que é isso, Hana!-falou o homem a encarando:-Você é uma possuidora de dois chakras! É uma rigorosa carga genética de quantidades absurdas de chakras que estão unidos em seu corpo, pode ser grandioso!

–Eu dominaria os dois...?!-indagou Hana:

–Nunca!-gritou o homem se aproximando ainda mais de Hana, enquanto a menina o encarava em total dúvida:-Fique somente no fogo, nunca mais torne a utilizá-lo! Em hipótese alguma!

–Mas, doutor... Por que?-perguntou Hana:

–A dor de cabeça que você teve foi seu cérebro não aceitando outro chakra! Não conseguimos ter dois, nosso corpo não aguenta tamanho poder. É como uma bomba relógio, quanto mais você usa... Menos tempo você tem.-falou o homem e Hana sentiu o peito gelar:

–Eu vou morrer, é isso?!-indagou Hana:

–Não, Hana-chan.-falou o homem:-Você terá uma vida longe, porém não pode mais usar o chakra do ar. Ele a matará! Você teve veias rochas pela testa, nuca e cabeça... É um sinal horrível. Precisa controlá-lo.

–Não irei usá-lo mais.-falou a garota:-Mas e se eu não conseguir.

–Terei que comunicar a Kohaku sobre isso.-falou o doutor On:-Apenas se você não conseguir.

–Arigatō!-falou Hana sorrindo de lado:

–Já está melhor?-perguntou o homem:

–Minha cabeça ainda dói um pouco.-falou Hana:

–É normal. Apenas mastigue essas ervas e vamos voltar ao caminho, vá em cima do Shu.-falou o homem:

–Sim.-concordou Hana:-Doutor...

–O que foi?-perguntou On:

–Os homens que o senhor conheceu que possuíram dois chakras... Como eles estão?-perguntou Hana:

–A maioria morreu por não aguentar os dois chakas. Mas também por não me ouvirem.-falou o doutor:-Não se preocupe, Hana. Não acontecerá nada, apenas se você utilizá-lo que virão os problemas.

–Sim, senhor!-falou Hana sorrindo e saindo da tenda.

Hana foi caminhando vagarosamente, conforme os guardas foram guardar a tenda do doutor On, Hana ia mastigando aquelas ervas horríveis e subiu em cima de Shu, mas uma mão forte e puxou para baixo e os olhos castanhos de Hana se encontraram com os frios e belos azuis que eram a ilusão doce e tortuosa de Hana:

–O que foi aquilo?-perguntou Takeshi com Hotaru e os outros garotos se aproximando:

–Hã...?-perguntou Haruo/Hana se fazendo de desentendida:

–Não se faça de idiota, o que foi aquela dor de cabeça do nada?!-indagou Takeshi:

–Vai com calma, cara.-falou Riki o fuzilando o que Takeshi o devolveu ainda pior, fazendo Hana franzir o cenho estranhando tal atitude:

–Aconteceu algo no seu combate que não nos contou?-perguntou Norio:

–É claro que aconteceu, para aparecer até veia roxa do nada na cabeça dele.-falou Goenji:

–Bom... Foi, foi isso.-falou Haruo/Hana:

–Por que não nos contou?-perguntou Daisuke:

–Ah, sei lá. Não quis falar porque fiquei sem graça.-mentiu Haruo/Hana:

–Ih, cara relaxa! Seu cavalo quase quebrou minha cabeça e nem por isso tive vergonha.-falou Hotaru:-Faz parte! Né seu pangaré vagabundo de uma figa?!

Shu relinchou para Hotaru que se escondeu atrás de Shiro:

–Foi isso mesmo?-perguntou Riki desconfiado, é claro que ele não engoliria essa desculpa:

–Foi! Eu já disse.-falou Haruo/Hana:

–E o que o doutor disse?-perguntou Ran:

–Que eu tenho que ficar de repouso e não forçar muito a cabeça.-falou Haruo/Hana:

–Faça isso então.-falou Kyo e Hana assentiu sorrindo:

–Haruo! Haruo!-a voz de Hideo ecoou por todos e o garoto dos olhos brancos apareceu com a camisa suja de sangue que fez Hana desviar o olhar:

–Matou o infeliz?-perguntou Goenji:

–O desgraçado era duro na queda, não queria dizer. Aí o fiz dizer da minha maneira.-falou Hideo sorrindo de lado:

–Fez bem! O que ele disse?-perguntou Ran:

–Parece que eles estavam juntos da equipe e tinham que ir embora rápido, mas não obedeceram e ficaram descobrindo mais coisas sobre nós, mas eu e o Haruo os achamos primeiro.-falou Hideo:

–Ā, tasukarimashita! Uma boa notícia!-falou Hotaru.

Tadashi se colocou em cima de seu cavalo e já estava de saída, os demais garotos se despediram e foram para seus respectivos cavalos. Takeshi ficou um tempo ainda encarando Hana que se sentiu presa, o olhar dele era forte o suficiente para fazer suas pernas tremerem:

–O que foi, cara?-perguntou Haruo/Hana:

–Vou descobrir a verdade, fica esperto.-falou o garoto indo para sua égua.

Hana suspirou cansada e se colocou em cima de Shu, ainda mastigando a erva aos poucos sua cabeça parou de doer, ela pôde respirar melhor e aliviada, porque a dor que sentiu mais cedo foi horrível. A menina sentiu seu estômago começar a reclamar conforme eles saíam da floresta e entravam na estrada.

Ela via as plantações ao longe das grandes fazendas, e sentia ainda mais fome, logo sentiu-se ser empurrada de leve vendo Cho com uma garrafa de bambu improvisada contendo água e um pratinho com bolinhos, que ela nunca havia provado, mas com a fome não interessava.

Ao longe a paisagem mudava totalmente, as montanhas com pequenos vilarejos e crianças que paravam para ver os soldados vindo, alguns se escondiam atrás dos pais e das mães que faziam reverência com a cabeça quado os mesmos passavam. Haviam plantações de arroz com água, onde mulheres trabalhavam arrancando olhares de todos os componentes femininos, menos Hana que mantinha o olhar para a frente sem ao menos notar as mulheres que lhe lançavam olhares assim como para todos.

O dia estava mais agradável e não tão frio quanto os anteriores que estavam insuportáveis, com um frio cortante, para alguém tão próxima do calor era algo difícil para Hana ter que aguentar o frio tão intenso das montanhas da estrada imperial.

A garota sente-se ser empurrada com violência para frente e Shu reclamar alto relinchando, ela olha para trás e vê Goenji encarando as mulheres que se mostravam para eles das plantações de arroz. O cavalo do menino estava andando sem um cavaleiro:

–Goenji!-gritou Haruo/Hana jogando sua garrafa de bambu vazia na cabeça do ruivo:

–Au! O que foi?!-indagou Goenji:

–Presta atenção na estrada.-falou Haruo/Hana:

–Ah, perdoe-me, mas tem uma vista encantadora olhando para mim.-falou Goenji acenando para a mulher:

–Ah, me ajuda né?!-indagou Haruo/Hana que para de falar no momento em que vê Hotaru beijando uma mulher ainda em cima do cavalo, em seguida o loiro pisca para a mulher corada e volta a andar, conforme todos os garotos o olham abismados:

–O que disse a ela?-perguntou Norio com a boca escancarada:

–Absolutamente nada, elas que vêm até mim.-falou Hotaru balançando os cabelos loiros com o vento:

–É, ele não disse nada se não quebraria o encanto das moças, coitadas.-falou Goenji e Hotaru o chuta.

Hana olhou para trás e viu Cho triste e Takeshi conversando com a mesma, fazendo-a encará-lo. A menina apenas revirou os olhos, enquanto Shu andava mais rapidamente.

Faziam horas que estavam andando embaixo de um Sol absurdamente quente, que fazia o rosto de todos ficarem vermelhos e as testas molhadas pelo suor excessivo. Os cavalos já demonstravam cansaço e sede, até que o som do cavalo e da carruagem das bombas parou com o sinal de Tadashi que se virou para todos descendo de seu cavalo:

–Vamos fazer uma pausa para almoçar.-falou Tadashi e esperando os guardas montarem as tendas, conforme o homem andava pelo território ao lado de Kohaku.

Hana desceu do Shu acariciando o mesmo, mas o cavalo saiu galopando rapidamente até a égua de Takeshi que saiu correndo ao ver o animal chegando. O garoto vem andando com passos rápidos e fortes na direção de Hana:

–Controle o seu cavalo, a Kasai não é para ele.-falou Takeshi visivelmente irritado:

–Epa! Esperaí, como assim o Shu não é para ela?! É o líder dos cavalos e o mais forte!-falou Haruo/Hana com raiva:

–Não a quero namorando e tendo filhotes, ela é está na guerra não há lugar para amor aqui.-falou Takeshi:-E muito menos lugar para uma mulher, não importa ser um animal ou não. Apenas homens deveriam está aqui, mulheres são delicadas demais.

–Acha isso mesmo?!-indagou Haruo/Hana:

–Akiraka ni, shimu!-respondeu Takeshi:

–Então por que não pede para Cho ir embora?-perguntou Haruo/Hana e Takeshi parou a encarando fortemente, com o olhar penetrante:-O que há?

–Por que quer que ela vá?! indagou Takeshi:-Se ela não pode ficar com você, não pode ficar com ninguém, é isso?! Quer brigar por ela?! Eu aceito o desafio!

–O que?! Não! Não!-gritou Haruo/Hana:-Já disse que não me importo! Epera... Está tão apaixonado assim por ela a ponto de brigar com seu amigo?

–Nani?!-indagou Takeshi nervoso:

–Ouviu muito bem, idiota! É isso?!-indagou Haruo/Hana:

–Não! Mas o amor de um homem vem em primeiro lugar.-falou Takeshi e Hana prendeu a respiração para as malditas lágrimas não descerem:

–Idiota!-bradou Haruo/Hana se afastando indo até Riki.

Hana estava indo para perto de Riki que estava sentado em uma pedra embaixo de uma árvore fugindo do calor, Hana sentou-se ao lado do garoto que sorriu para ela e em seguida sentiu o olhar penetrante de Takeshi em cima de si. Depois da discussão que tiveram durante a noite o que não os deixou perceber os dois homens ali espionando, o clima entre os dois estava bem pesado e Riki não exitaria em socá-lo.

"Riki havia acordado com Takeshi o chutando, o que já não colaborou para a paciência do garoto que se levantou com o olhar fuzilando fortemente Takeshi que nem ao menos ligou para o mesmo.

O garoto pegou sua espada e se dirigiu para a pedra onde Takeshi já se encontrava sentado com a espada bem presa em sua cintura, o garoto de olhos azuis encarou Riki se sentando lentamente na pedra e nem ao menos o garoto lhe dirigiu um olhar. Takeshi não suportava Riki, achava-o metido por nada, e ainda por cima tinha um afeto muito grande com Haruo que ele não possuía, apesar dele saber serem amigos e serem da mesma equipe. Não, não era ciúme da parte de Takeshi que já estava cansado de se bater na cabeça a noite para retirar esses pensamentos de si, já até pensou em ir em um exorcista retirar o espírito que o estava dominando por inteiro.

Riki encarou de lado Takeshi e viu o garoto segurando firme a bainha da espada e riu de lado:

–O que foi?-perguntou mau humorado Takeshi:

–Nada.-falou Riki secamente:

–Não brinque comigo, Nohara! Você não gosta de mim e eu te odeio, então não há brincadeiras que você faça que irão me fazer tirar essas conclusões, porque eu já sei!-falou Takeshi com raiva:

–Você perde a calma muito facilmente, Wurochiha.-falou Riki:

–Você está perdendo a noção do perigo.-falou Takeshi:

–Então, porque aceitou fazer dupla comigo?! Achei que seria o primeiro a dar um murro no Norio e não o Hotaru.-falou Riki:

–Algum de nós tem que ser homem o suficiente para isso.-falou Takeshi:

–Ah, não cara! Outra vez com esse papo de ser homem?!-indagou Riki:-Você é o menos homem de todos aqui.

Riki nem ao menos viu quando Takeshi se ergueu e apontou a espada para o pescoço do garoto. O menino se encontrava com os olhos rubros pelo ódio que estava sentindo do Nohara, quem ele pensava que era?! Porém Riki nem ao menos demonstrou surpresa, que dirá medo; o garoto apenas encarou Takeshi sorrindo minimamente, o que irritava ainda mais o Wurochiha:

–Messa suas palavras, seu infeliz. Eu eu mesmo terei que cortar essa sua língua afiada.-falou Takeshi:

–Você ainda não aprendeu que eu não tenho medo de você!-falou Riki se levantando:-Eu não exitaria nem por um segundo em arrancar a sua cabeça.

Takeshi gargalhou enquanto apertava ainda mais a espada a deixado quente, os olhos se tornando ainda mais vermelhos. Riki possuía o dom de deixá-lo com ainda mais raiva do que Jin:

–Você não é capaz de tanto, imbecil.-falou Takeshi:-Eu destruo tudo que você faz e ainda deixou morrendo aos poucos.

–Não sei como o Haruo o suporta.-falou Riki e o coração de Takeshi deu uma falhada tornando a acelerar, de tal modo que ele rezou para que o maldito Riki não o escutasse:

–Ele é meu amigo, e ganhará mais estando comigo.-falou Takeshi:

–Eu sou o melhor amigo, estou com ele desde criança. Você é o cara que ele fez amizade, grande coisa!-falou Riki e Takeshi sentiu uma raiva incomum crescer dentro dele. Por que, diabos, eles tinham que ser tão próximos?!

–Não o conhece como pensava.-falou Takeshi:

–Você não o conhece!-falou Riki:-É um perdedor!

Takeshi não pensou no momento em que queimou a espada e se Riki não tivesse desviado, Takeshi iria atravessar a espada no pescoço do garoto. Riki se ergueu conjurado rochas e, rezando para que ninguém ouvisse, lançou-as em Takeshi que queimou todas pela fúria que estava.

Em seguida se jogou em cima de Riki e ambos saíram se batendo pelo chão repleto de galhos, Takeshi socando Riki, enquanto o mesmo tentava socá-lo na face. Porém Takeshi para de supetão, conforme os olhos vão se tornando azul ele para de socar Riki e o olha:

–Não fique em meu caminho. Mato sem pensar!-falou Takeshi voltando ao turno:-Fique longe de mim, Nohara!

–Eu o odeio tanto...-murmurou Riki levantando."

Riki estava perdido em pensamentos, quando viu Hana o agarrando no braço encarando Goenji e Hotaru pulando de um penhasco voando e caindo dentro da cachoeira corrente que estava embaixo deles:

–São loucos!-indagou Riki:

–Voar é uma sensação incrível!-falou Hana pensando alto:

–Você sabe como é?!-perguntou Riki irônico:

–O que?! Não, claro que não! Por que eu saberia?!-indagou Haa disfarçando, mas Riki estranhou.

Hotaru e Goenji voltaram ensopados para onde todos estavam, e riam como dois loucos:

–Ah, a água está ótima!-falou Hotaru:

–Dá licença!-falou Daisuke:-Amadores!

O garoto com a enorme franja chegou até a beirada do penhasco e ergueu as mãos fazendo com que as águas começassem a se levantar, o garoto estava com as mãos tremendo e os olhos fechados enquanto se concentrava. Todos arregalaram os olhos ao ver as águas se erguendo, o garoto levou as águas até em cima das cabeças de todos e a fez descer em forma de chuva.

O garoto caiu sentado com a franja tapando seus olhos, ele sorriu conforme todos aplaudiam e se refrescavam pelas águas caindo:

–Muito bom, Daisuke!-elogiou Hideo:

–Excelente!-bradou Tadashi sorrindo e aplaudindo junto.

Hana é tirada de seu momento sorrindo com a mão de Takeshi puxando sua camisa para longe dali, Riki viu mas para não arrumar ainda mais confusão deixou-os ir.

Takeshi estava molhado assim como Hana e parou encarando a garota que tentava se soltar:

–Qual o seu problema?!-gritou Haruo/Hana:

–Vamos treinar, Haruo! Agora!-bradou Takeshi.