Melodia escrita por Hoshi


Capítulo 12
Doze




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Eu me acalmei antes de começar a falar. O Dc pediu para me acompanhar, mas quando disse que iria com a Marina ele falou que não iria mais.

– Mônica, quer que eu vá com você?

– Hum... A Marina vai junto. Você disse que não gosta de andar com muitas meninas.

– Isso é verdade. Não gosto de andar com meninas.

– An... É daqueles meninos que ainda não amadureceu e não gosta de chegar perto de meninas?

– Não. Quer dizer... É que elas são muito chatinhas e grudentas. Falam muito.

– Ei, eu sou menina, sabia?

– Estou sou brincando. Mas não vou atrapalhar o seu momento menina.

– Dc, se não gosta de ser amigo de meninas, por que é meu amigo?

– Porque você é diferente.

– Mas só fazem duas semanas que nós conhecemos.

– Exatamente. - Esse comentário me intrigou.- Ah, uma das suas amigas acaba de chegar. Ela tá na porta. E para de enrolar para arrumar esse material.

Aí eu terminei e vim para cá com a Marina.

– Professora?

– Mônica!- Ela me repreendeu.

– Desculpa, Alice.

– Prossiga.- Ela pediu.

– Então, Alice, eu vim falar a resposta da sua proposta. Aquela, sabe, do negócio da banda...

Um estrondo me interrompe. A porta se abre revelando ninguém mais que Cebola.

– Desculpa por ter aberto a porta com força. Então, Alice, me chamou para que? Foi por causa da vocalista da banda?!

– Cebola, você chegou meio cedo. - Ela fala.

– Alice!- Exclamo. - Como pode ter falado com os outros integrantes se eu nem disse minha resposta?

– Desculpa, mas é que eu pensei que você fosse aceitar de cara. Bom esse é o Cebola, ele é da sua turma...

–Sei quem ele é. - Interrompo-a.

– O.k., hum... Cebola, essa é a Mõnica, ela também..

– Eu também a conheço.- Ele a interrompe.

Ficamos de frente a frente. Já fazia mais ou menos uma semana que não nos falávamos. Ai na quarta passada eu estranhei da gente não estar se encontrando. Eu estava dormindo cedo, portanto não ia mais na sacada.

Na sexta-feira, ele estava escutando música, num intervalo entre uma aula e outra. Ele estava sozinho, olhando para o horizonte, porém sem paisagem a se apreciar. Apenas o relógio da sala, os quadros(negro e branco) e a mesa da professora. Ele estava mais natural, como eu o conhecia. Ou pelo menos pensava ter conhecido. Seus amigos, pelo que me contam e eu percebo, não são de boa índole. São bullys, de carteirinha, zoam qualquer um e se sentem superiores a qualquer outro. "Alguns meninos são seus alvos", a Isa me disse, "e são sempre os mais impopulares ou 'CDFs' como o chamam". Ela me explicou que "CDF" significa 'cérebro de ferro'.

– Oi, Cebola.

Ele me percebe, tira os fones e fala:

– Oi.

– Faz um tempo que a gente não se fala. E aproveitei essa oportunidade, você aí sozinho. Sem seus amigos chat...Ops, foi mal.

– Não tudo bem,-ele riu - eles são mesmo. São não conta isso para eles. Eu nego até o fim.

– Pode deixar. - Após uma longa pausa eu continuo - Cebola, você tá diferente. Não como nos conhecemos. Eu sei que você é popular e tudo mais, mas queria que você fos...

– Cebola! - Um garoto o chama.

Ele vai depois de um breve "já volto". Só que ele não volta, porque depois o professor de Inglês chega. Só consigo falar com ele no mesmo dia na hora do lanche, já que ele passou o resto do dia grudado com os amigos.

– Mônica, - Ele fala enquanto caminhávamos para o nosso prédio. Ele mora na ala de baixo, já que cada andar é uma ala e são alternadas por meninas e meninos - aquele meu amigo, Titi...andei conversando com eles.

– Aquele que nos interrompeu.

– Isso. Olha eu quero que você seja minha amiga, mas... eles meio que te reprovam.

– Como assim?

– Eles te ...

– Não, não essa parte.- Eu parei de subir as escadas. Já estávamos no andar dele.- você precisa que eles aprovem seus amigos?

– É que nós somos uma sociedade e...

– E por que a "sociedade dos garotos"- falei fazendo aspas com os dedos- não me aprova?

– A Carmem não gosta de você e você nem é popular e...

– Ah, sinceramente, Cebola. Pensei que você fosse diferente. Diferente deles. E vejo que vocês são iguais! Arg! Eu pensando que talvez pudéssemos ser amigos, ou colegas. Mas quer saber? Não fala comigo, tá?

Esse comentário dele me deixou extremamente irritada. E fui direto para o lago secreto. Depois fui uma atriz com as meninas, não lhes contem nada, ou quase nada. A não ser que eu e o Cebola nos desentendemos.

Eu e o Cebola ainda nos encarávamos. Eu estava com raiva dele. Ele me ignorou a semana inteira. O que posso dizer é que temos um ato mútuo.

– O que tem eles?- A professora perguntou cochichando para a Marina, mas deu para ouvir. A mesma respondeu no mesmo tom:

– Ah, Alice, eles têm um rolo, aí.

Depois de um tempo ela fala:

– Então,meus amores, vamos continuar. Mônica,- ela me puxa para ficar de frente para ela - o que você decidiu?

Vou para um canto da sala com ela.

– Olha, Alice...Cantar... eu tenho vergonha de aparecer... e então, ainda tem aquela vaga de tecladista? Sempre me elogiaram por isso e tal...

– Então, é que...

Outro estrondo na porta. Dessa vez eu fiquei realmente surpresa.

–Gente, essa porta está com problemas? Ela faz um estrondo enorme quando a gente abre...

–Mas será possível!- A professora Alice exclama.

– Magali?- Pergunto surpresa.

– Mônica! Oi. Você já aceitou?

– Não...O que está fazendo aqui?

– Mônica, essa é a Magali...- A professora começa.

– Mas a gente se conhece! - A Marina protesta. Tinha até me esquecido que ela estava ali.

– Não interrompe. Então, continuando, Mônica a Magali, amiga de vocês, é a mais nova integrante do grupo. Ela é a tecladista.

Minha boca se abre em forma de um "o".

– Uou.

– Você consegui, Magá! Passou nas audições!- A Marina fala e elas se abraçam.

– Marina, você sabia?

– Sim. Não fica chateada, mas as outras meninas também. - Ela falou.

– Não te contamos, por que...- A Magali continua - achamos que você ficaria mais inibida e não aceitaria.

Comecei a associar tudo. A pressão e total interesse delas. E as sumidas que elas ás vezes elas davam.

– Chateada? Eu estou brava...- Eu começo. Vou ao encontro delas e lhes dou um abraço - ...por não ter me contado antes! Eu não ficaria chateada de modo algum.

– Desculpa atrapalhar esse momento de vocês, meninas, mas...Mônica?

– O.k., bom... depois dessa né? Eu...

– Duvido que saiba cantar.- O Cebola fala.

Isso pegou a todos presentes na sala de surpresa.

– Como?- A Alice pergunta.

– Duvida que ela saiba cantar como vocês dizem.- Ele repete.

– Mas, Cebola, você já a ouviu cantar. Na festa de Boas - Vindas. Lembra?

– Mas foi meio diferente. Eu não prestei tanta atenção assim.

– Mas, Cebola...- A Magali começa.

Eu fico sem reação. Cebola realmente mudou, ou pelo menos ele foi gentil temporariamente comigo.Meu subconsciente sempre esteve certo. Eu, possessa, de um sentimento chamado raiva respondo:

– Não, está tudo bem. De verdade. O que você quer, Cebola?

– Que cante. Uma música.

– Qualquer uma?

– Exato.

Lembro de uma música. Perfeita para a ocasião.

I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here
And it won't leave me alone

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

You used to captivate me by your resonating light
Now I'm bound by the life you've left behind
Your face it haunts my once pleasant dreams
Your voice it chased away all the sanity in me

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me"*

Eles me aplaudem. E mantenho meus olhos fixos voltados para o Cebola.

– E aí, Cebola, o que você acha? Oh, passei no seu "teste"?

Ele sorri ironicamente.


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Notas finais do capítulo

* Música: My Immortal Álbum: Origin Banda: Evanescence
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Oi, povão.

Olha hoje é sábado, estou indo para escola, por isso tentarei ser breve.
Povo, eu realmente terminei esse capítulo na quarta, porém eu achei que tinha postado. Só na quinta de tarde é que eu fui conferir e a página deu erro, enfim não postei. Ontem eu cheguei da escola e fui dormir, tipo fui cochilar umas 13:30 e acordei 18:40. Aí eu tinha uma festa e não deu.
Agora sobre o capítulo, podem ver que a Mônica tem um flashback sobre o que ocorreu na sexta depois da aula. Se vocês esmiuçarem o texto podem ver que na segunda ela estava ignorando-o e na sexta aparece mais como "colega" dele. No próximo capítulo(olha spoiler aí gente =o), ela vai " lembrar" o que ocorreu nos outros dias.
Bom meu povo, é só isso. Peço desculpas!

Até o próximos capítulo!

Beijokas da Pietras



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