Kissu´s escrita por LiLiSaN


Capítulo 3
Heya 412!




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(Imagem: Sakura - CLAMP)

...

Hotel 5 Estrelas:TokYo 7:15

“Prestem bastante atenção... Takahashi Kazuo, Shiyuki Ryu, Yanagisawa Naoko, Sassano Kaoro, Sasagawa Yukina, Sassano Kitsune e Rino Yume, ficaram com o andar dos supervisores, técnicos e outros responsáveis da banda. Takaya Aoshi, Toshio Sato, Chiba Mamoru, Takani Megumi, Kao Rey, Shiyuki Yoko, Hisakawa Miyu e Kinomoto Sakura ficaram responsáveis pelo andar dos integrantes!” - A senhora, elegantemente vestida, colocou a ficha embaixo do braço, ajeitando os pequenos óculos - “Não quero falhas, não quero reclamações! Todos os cômodos devem estar limpos e organizados! Falem somente se lhes forem perguntado algo. Não preciso dizer que em hipótese nenhuma deverá haver pedidos de autógrafos ou fotos. Caso isto ocorra, pagarão com a demissão. Quero tudo ultrapassando a perfeição. Fui clara?!”. Com uma expressão arrogante encarava a todos, que a responderam, em coro: “Sim senhora Kashiwagi!”.

Kashiwagi Sae, é a supervisora das camareiras e dos garçons do Hotel 5 Estrelas:TokYo, considerado o mais famoso da capital. Sempre arrogante e com uma cara fechada, exigente cobrava muitos dos funcionários do hotel. Era lá, que a maioria dos políticos, artistas, cantores, bandas de outros países ou do mesmo, se hospedavam.

“Estão dispensados!”. Levantou-se da cadeira, e todos começaram a sair junto dela, da sala de reunião dos funcionários.

Sakura respirou fundo, morria de medo dela. Costumava dizer que ela possuía o olhar tão frio, que causava calafrios.

Vendo-a ir, andou em lentos passos até Naoko que, ainda, estava petrificada. Estava surpresa. Na verdade, a ida da banda para o hotel, pegou todos de surpresa.

“Tudo bem, Naoko-chan?”. Sakura ajoelhou e a encarou, ela estava muda.

“Que emoção Sakura-chan! Eles irão vim!” - Abraçou Sakura, repentinamente, a assustando. Mas soltou, com a cabeça baixa - “Pena que não vou vê-los de perto...” - Levantando a cabeça, rapidamente, assustou mais uma vez Sakura, a abraçando de novo - “Mas você vai! Que sortuda que você é, Sakura-chan!”.

“Você não ouviu o que a Generala disse? Até esqueceu-se de dizer, que não era para respirarmos quando estivéssemos perto deles, para não contaminar o ar”. Ficou em pé, e cruzou os braços, com a cara fechada. Naoko deu uma risada tímida entre a mão direita.

“Não ligue para o que ela diz...” - Naoko levantou e a puxou, delicadamente, pelo braço, falando em seu ouvido - “Não costumamos obedece-la mesmo...”. Sakura sorriu, e a lembrou dos afazeres, as duas saíram da sala e andaram apressadas em direção ao elevador.

A banda chegaria por volta das 09h00min, como a supervisora havia dito, e por isso, todos deveriam se apressar em arrumar todos quartos.

Sakura, com o semblante cansado, encostava-se a parede do elevador. Estava junto de Naoko, e do idoso, Shinomori Aoshi, ascensorista do hotel: “Ando tão cansada...”.

“Desculpa Sakura-chan... É culpa minha, você trabalhou tanto ontem...”. Disse com um fio de voz e a cabeça baixa.

“Claro que não Naoko-chan! Você me ajudou!” - Sakura colocou a mão em seu ombro – “Acontece que você estava tão emocionada, que esqueceu isso”. A fez sorrir.

“Este hotel está um caos por causa dessa banda, nunca subi tantas vezes para o último andar...”. O senhor alto, ao falar, coçando a barba branca, chamou a atenção das duas.

“Senhor Aoshi, Kissu’s é uma banda maravilhosa! O senhor nem imagina o quanto eles cantam! Ou imagina?”. Aoshi balançou a cabeça, negando. Sorrindo se pós ao seu lado, e começou a falar sem intervalos, da banda, dos integrantes, imitava cada um, de um jeito engraçado, fazendo Sakura rir, e o senhor Aoshi, ter gotas em sua cabeça.

Um suspiro ficou no lugar do sorriso, precisava de férias. Sentia falta de sua cidade, do pai, de seu irmão e de seu gato, Kerberus. Desde ultimo feriado, que não os visitava. Mas já havia decidido que iria passar as férias ao lado deles. E não mudaria de ideia, por nenhuma razão do mundo.

“Não é Sakura-chan?”.

“O quê?”. Sakura, distraída, olhou para trás, vendo a amiga sorridente.

“Falei para o senhor Aoshi, que você vai ser uma das pessoas responsáveis pelo andar da banda, e quem sabe, você não consegue um autografo para mim... Você é a minha melhor amiga e sabe o quanto gosto deles, não é?”. Naoko dizia, com as mãos para trás, olhando para o chão, onde o “riscava” com o pé esquerdo.

“Claro Naoko-chan!”. Sakura sorriu não se dando conta, de que havia respondido para a frase inteira e não somente para o questionamento de Naoko.

Olhou para frente, mas engoliu seco: “Conseguir autógrafos deles?”. A porta do elevador foi aberta, e Naoko saiu saltitante e muito contente, fez paz com a mão e disse:

“Vou querer do Yukito-chan! Até mais”. Dizendo isso, desfez a “paz” dos dedos e deu um tchau.

Sakura tentou falar: “Espera!”. Mas não houve tempo, a porta fechou. Suspirou novamente, mas desta vez, de nervosismo.

“Que missão, hein pequena?”. Disse o senhor Aoshi, com uma risada baixa.

“É...”. Deu um sorriso sem graça. O elevador parou no trigésimo segundo andar, e nele, entrou um rapaz atrapalhado, trazendo consigo varias toalhas de banho e de rosto.

“Oi cerejeira...” - O simpático rapaz sorridente, olhou em seguida para o senhor Aoshi, o cumprimentando. Sakura corou e olhou para o lado, a gentileza dele sempre a desconcertava.

“Oi Mamoru-kun...”. Disse ainda olhando para o lado.

“Você sempre fica sem jeito...” – Sorriu, apertando os olhos - “Estou trabalhando o dobro por causa dessa banda, vamos ficar no mesmo andar, não é?”.

“Sim, esse seria o andar da Megumi. E como vou substitui-la...Você não quer ajuda com essas toalhas?”. Perguntou, apontando para elas.

“Não precisa cerejeira ambulante!”. Sorriu, e ela também.

Chiba Mamoru, foi outra pessoa, além de Naoko, a fazer se sentir bem naquele hotel. Quando Naoko não podia, era ele quem a ajudava em todo processo de aprendizado com os afazeres do hotel luxuoso e suas vastas regras. Por ser tão gentil e por ser dono de uma beleza desconcertante, caracterizada pelos cabelos pretos, pele branquinha, olhos azuis e um sorriso meigo, era alvo de muitos olhares femininos, inclusive os de Sakura. Mas os dela, nunca foram de amor ou algo do tipo, eram de ternura, ele a lembra muito seu irmão mais velho, Kinomoto Touya.

A diferença é que: Mamoru sempre é gentil com ela, o que a faz ficar vermelha, já Touya, adora pegar em seu pé.

“Mas não parece...”. Sorriu, depois de apontar umas das toalhas que escorregavam das mãos dele, e, logo, colocou de volta na fila de toalhas, pegando a metade delas, deixando Mamoru sem jeito.

“Não precisa Sakura!”. Sorriu.

“Eu já sei, mas faço questão de ajudar!” – Sakura olhou de relance, para a sua mão, e viu a aliança de compromisso - “Como está Usagi-chan?”. Perguntou com um enorme sorriso.

“Usagi, está como sempre: Atrapalhada e chorona!”. Sakura sorriu ao lembrar-se da primeira vez que a viu. Tsukino Usagi, namorada de Mamoru, havia ido ao Hotel, encontrar-se com ele. Assim que entrou, tropeçou no tapete do hall de entrada, caindo no chão, chamando atenção de todos. Depois, já em pé, levou outra queda ao tropeçar na mala, deixada por um hospede, distraído, bem a sua frente. Mamoru foi até ela, sorrindo e a ajudando a se levantar, enquanto ela sem jeito fazia reverencias repetidas vezes. Naquela noite, Sakura conheceu a moça de lindos, longos, cabelos louros, de quem Mamoru tanto falava e amava.

“Queria muito revê-la...”. Disse ainda sorridente. Mamoru retribui o sorriso.

“Ela também, Sakura”.

O elevador parou no 40º andar. Os dois despediram-se de Aoshi, e caminharam juntos pelo imenso corredor dos quartos luxuosos do hotel.

Hotel 5 Estrelas:TokYo- Recepção - 7:40

“Bom dia... Gostaria de me hospedar, a reserva foi marcada...”. A elegante moça tirava os óculos escuros, colocando-os na bolsa. Tinha os longos cabelos pretos soltos, os olhos castanhos, tão claros que pareciam ser vermelhos, fitava o atendente. Vestia uma roupa costumeira da China, de cor branca, mas com pequenas flores vermelhas, amarelas e rosas, bordadas.

“Bom dia Senhorita... Seu nome?”. Indagou, depois de parar de admirar a sua beleza.

“Meilin Li”. Disse rispidamente, distraída com a decoração do hotel.

“Sim... Está aqui sua reserva”. Ele chamou o carregador, e o deu a chave da suíte - “Seja bem vinda ao nosso Hotel, obrigada pela preferência”. Abriu um sorriso e fez as reverencias, ela apenas deu um meio sorriso, e deu as costas, seguindo o carregador.

Que mulher linda...”. Murmurou.

“Hei você...”. O carregador que ia a sua frente, olhou para trás.

“Pois não, senhorita?”.

“A banda Kissu’s, já está hospedada neste hotel?”. Perguntou cruzando os braços.

“Não senhorita, eles ainda não chegaram”. Respondeu a vendo andar lentamente, passando por ele.

“E a que horas eles chegam?”. Perguntou de costas.

“Não sei, quem sabe é o gerente do hotel”. Ela deu um meio sorriso e olhou com o rabo do olho.

“Vou precisar de uma ajudinha, enquanto eu estiver aqui. Você está disposto a ser esta ajuda? As gorjetas serão bem gordas...”. O carregador engoliu seco, surpreso com aquela proposta, mas balançou a cabeça, afirmando.

Aeroporto Internacional de Tóquio: 08h25min

“Pessoal, apressem-se!”. Pediu Terada com a esposa Rika, ao seu lado, batia palmas, na esperança de agilizar a saída de todos.

Shaoran andava, espreguiçando-se, a caminho do banheiro do avião, Yukito ao seu lado, colocava novamente os óculos, bocejando. Mizuki e Eriol já haviam acordado assim que o avião posou e por isso, já tinham descido e indo tomar café na lanchonete do Aeroporto. Os outros que trabalhavam com a banda, acordavam e saiam do avião.

Yue abriu os olhos lentamente e olhou para o lado, dando de cara com Nakuru o fitando, sem saber, os dois haviam acordado ao mesmo tempo, e se entreolhado também. Nakuru levantou em um pulo só. Tomou um tremendo susto.

“O que você esta fazendo aqui?!”. Perguntou com as duas mãos na cintura, e vermelha, encarava Yue que esfregava o olho direito.

“Estou sentado, está cega?”. Calmamente espreguiçava-se, deixando Nakuru bufando de raiva.

“Baka! Refiro-me, o porquê de você está sentado no lugar da mama Mizuki!”. Yue a olhou levantando e balançando a cabeça, negativamente. Ele a deixou falando sozinha.

“Volta aqui!”. Apertando os punhos, ignorada. Ele saia do avião sem olhar para trás. Pela irritação, nem se deu conta que alguém havia se aproximado.

“Bom dia Nakuru-chan...”. Yukito a fez mudar de feição. Ela abriu um belo sorriso.

“Bom dia Yukito-chan! Dormiu bem?”.

“Sim, como foi acordar ao lado do meu irmão?”. Perguntou rindo.

“Seu irmão é um idiota! Sentou na poltrona da Mizuki, só para me irritar!”.

“Nakuru-chan... Foi você mesma que sentou ao lado dele, ontem à noite, provavelmente o confundiu com a Mizuki, por está dormindo em pé”. Ao ouvi-lo, a feição de raiva se desfez e a de surpresa tomou conta de si. Ficou pensativa tentando, certamente, lembrar-se do ocorrido.

....

Minutos depois...

Alguns que haviam lavado o rosto e descido do avião, comiam tranquilamente alguma coisa na lanchonete do aeroporto. A tranquilidade foi possível, pois o horário que eles partiriam e chegariam para Tóquio, e o dia não foi divulgado para a imprensa.

“Por favor... Poderia me dar um autografo?”. Uma criança, aparentando ter 7 anos, estendia um pôster, da banda, e a caneta para Yue, que estava sentado, de pernas cruzadas e olhos fechados, em umas das cadeiras do aeroporto. Ele abriu os olhos, lentamente, e tirou os óculos escuros.

“Qual é o seu nome?”. Perguntou pegando o papel e a caneta, educadamente, não olhando para ela.

“Chamo-me Aiya!”. Falou com um grande sorriso. Yue levantou a cabeça e a fitou, antes de assinar.

“Que nome bonito!” - Um sorriso terno em seu rosto enchia a garotinha de felicidade - “Por você ser linda, que nem seu nome irei fazer uma dedicatória especial para você”. A fã mirim pulava de felicidade, olhando para seus pais, felizes por ela.

“Aquele sorriso do Yue é uma das coisas mais raras do mundo”. Nakuru disse entre um suspiro longo, presenciava toda cena através do vidro, transparente, da lanchonete do aeroporto.

“Nakuru, você tem uma queda pelo Yue?”. Shoaran empurrou a xícara de chá para o centro da mesa e pôs os óculos escuros. Nakuru, que tomava café, engasgou.

“Quê?! Eu gostar do Yue? Nada a ver!”. Falou olhando para o lado oposto, cruzando os braços. Todos da equipe a olhava com desconfiança, quando ela notou o silencio. Os encarou e todos resolveram disfarçar, uns assobiavam, outros conversavam entre si.

“Gostar do Yue... É tão obvio assim?”. Murmurou, fitando Yue acariciar a cabeça da pequena fã que saiu saltitante, o deixando com o mesmo sorriso doce, que chamou a atenção de Nakuru.

Ele percebeu o olhar sobre si e retribuiu. A encarou e não desviou o olhar um minuto sequer. E ela também não. Talvez, o olhar dela fosse mais de curiosidade, de tentar desvendar o mistério do seu escasso sorriso, mas o dele era direto e penetrante, não tinha curiosidade alguma. Nakuru sem perceber, conseguiu deixa-lo sem graça, e ele, sutilmente, decidiu quebrar os olhares. Deu língua, e ela fez o mesmo.

Ele soletrou: “Bruxa”. O que a deixou contrariada: “Idiota...”. Murmurou para si.

“Depressa pessoal! Só falta a gente, todos já foram para o Hotel!”. Mizuki olhou no relógio e levantou da mesa, indo até o caixa pagar pela refeição.

“Não vejo a hora de relaxar”. Shaoran levantou-se e flexionou as costas.

“Você só relaxa ao lado de alguma mulher...”. Disse Yori, um dos técnicos de som, terminava de beber suco.

Shaoran deu um leve soco em seu ombro, abaixou os óculos de sol e piscou, dizendo: Isso me ajuda muito a relaxar”. Pôs os óculos, e saiu da lanchonete com o sorriso de conquistador em seus lábios.

“Quanto mais ele é chamado de mulherengo, mais ele se exibe...”. Concluiu Yukito, falando a todos, com gotas na cabeça.

 

Hotel 5 Estrelas:TokYo 8:40

Sakura ao terminar de conferir uma das suítes de luxo, riscava no pequeno pedaço de papel, tudo que havia feito. A cama, arrumada, tinha encima uma lembrança do hotel para os hospedes, um pacote, refinado, contendo sais de banho, frasco do perfume ‘Chanel’ e hidratante ‘Lancôme’; todos os móveis estavam limpos e brilhantes; o banheiro estava limpo e perfumado, como se fosse ser usado pela primeira vez. Sorriu ao constatar que mais um quarto, estava perfeitamente arrumado.

O ruído dos pássaros, sobrevoando o céu límpido, chamou sua atenção, e a fez ir até o parapeito, o abrindo. Uma das recompensas em trabalhar ali, era poder ver Tóquio do alto, toda vez que quisesse, de graça. Para ela, depois da Torre de Tóquio, a melhor vista era de seu trabalho.

Não saía muito, e economizava sempre. O tempo livre gastava estudando em casa, um modesto apartamento, que ficava á quatro quadras do trabalho. O motivo de ter indo para Tóquio era entrar para a Universidade de lá, chamada Toudai, o que não era uma tarefa fácil. A cada 20 japoneses que terminam o colegial, 19 deles querem entrar nela, e por isso agarrava-se aos livros. Estava decidida a cursar letras, seguiria os passos do Pai e de Touya, e se tornaria professora também.

A porta foi aberta, mas Sakura continuava pensativa, olhando para Torre de Tóquio, não percebendo que Mamoru havia entrado no quarto.

“Sakura-chan?” - Mamoru falou delicadamente, andando em sua direção. Sakura virou-se sorrindo, e ele se pôs ao seu lado -“Às vezes esqueço que moro em um lugar tão bonito”. Ele disse.

“É verdade. Faz tempo que não vamos, nós quatro, a Torre de Tóquio, não é?”. Ainda tinha seu olhar fixo para lá.

“Usaki-chan comentou isso também! Porque não vamos sábado?”. Sakura abriu um enorme sorrindo, mas depois se desfez, lembrando-se dos estudos.

“Não posso. Tenho que estudar, a prova da universidade está quase perto”.

“Entendo... Bem, mas nada impede de no final da noite, de sábado, irmos á um bom restaurante! Precisamos rir, desestressar, e nada como todos juntos, certo?” – Sakura assentiu com a cabeça e Mamoru ofereceu seu braço, sorrindo - “Vamos senhorita, o trabalho por aqui, ainda não acabou”. Sakura aceitou sorrindo.

......

09h30min, e a banda chegou ao Hotel, distante do aeroporto. Yukito, Eriol, Nakuru, Rika, Naoko, Mizuki, Yamazaki e Yoko aceitavam o convite do gerente para uma recepção especial feita para eles, alguns membros da equipe também, mais uns, ficaram indecisos. Shaoran pegou a chave do quarto, e bocejando, caminhou até o elevador.

“Bom dia” – Shaoran cumprimentou Aoshi e murmurou – “Que cansaço...”. Encostando-se a parede do elevador, pôs as mãos nos bolso, da calça comprida jeans, ainda usava os óculos escuros ray-ban wayfarer.

“Tão jovem e cansado?”. Shaoran tomou um leve susto, ao notar que o senhor havia escutado. Viu um sorriso por detrás da barba branca.

“Trabalha muito tempo neste hotel?”. Notando a idade que o senhor aparentava.

“Sim rapaz, há muito tempo!” -Shaoran notou o orgulho em suas palavras - “Espero que aprecie e que goste de sua estadia, mas sei que não ficará por muitos dias”.

“Como o senhor sabe?”.

“Certamente você deve ser uns dos integrantes, da banda, como é mesmo o nome...” - Colocou a mão no queixo e olhou para cima: “Ki... Kishu, Kega, kikai... Ah! Lembrei! É Kenshi!”. Shaoran abaixou a cabeça e caiu uma gota.

Espadachim?” – Riu baixinho imaginando os cinco vestidos de espadachim, mas lembrou de corrigi-lo - “É Kissu’s, senhor”.

“Ah sim, sim, sim! Estou ficando velho”. Suspirou inconformado.

O silêncio, fez Shaoran olhar para o relógio de pulso. Estava impaciente por não chegar logo ao 40º andar. Não que o senhor Aoshi estivesse o incomodando, mas é queria muito tomar um rápido banho e dormir, seu corpo pedia por isso.

Com o pensamento longe, não percebeu que já havia chegado.

“Rapaz? Chegamos”. Shaoran levantou a cabeça e sorriu de lado.

“Até que enfim, obrigado Senhor...?”. Ele disse seu nome, e Shaoran o dele, e fez reverencia.

A porta foi fechada, e ele deu as costas, tirando a chave, do quarto, do bolso: “412”. Caminhava ao mesmo tempo, em que fitava os números das portas. A impressão que ele tinha, é de que não havia ninguém além dele naquele andar, comparou aquele momento, com a cena de um filme de terror, em que ele era o ator principal.

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Pensamento Shaoran

Cena 1, Tomada 1: 'O Andar Amaldiçoado'. Estrelando: Li Shaoran”.

Shaoran andava lentamente, escutando os seus próprios passos, olhou mais uma vez para a chave em sua mão, que lhe levaria até a mocinha em apuros. O clima do corredor era sinistro, sentia que em qualquer hora, seria atacado por espíritos atormentados, que viviam ali. Engoliu seco e continuou a sua caminhada, que parecia não ter fim.

Foi quando, o barulho de passos, o fez olhar para trás. Era o homem Zumbi, que trazia consigo toalhas sugadoras de almas, que impediam de ver o seu rosto horrível. Shaoran não correu, ficou lá, parado, esperando a criatura horrenda, vim em sua direção.

Foi então, que ela parou, e perguntou, com a voz mais assustadora possível:

Posso ajudá-lo senhor?”. Shaoran arqueou as sobrancelhas, e disse:

Estou procurando este quarto...”. Mostrou o numero da chave, para a “criatura” que havia colocado as toalhas para o lado, e mostrou seu rosto.

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“Esse quarto, fica bem ali na frente”. Disse Mamoru, educadamente, apontando. Shaoran agradeceu com um gesto e continuo andando.

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Depois de escutar a informação do monstro-informante-carregador-de-toalhas-sugadoras-de-almas, continuou andando, olhou para trás e viu o monstro entrando em um dos quartos.

Lá estava, finalmente, chegou ao seu destino. Antes de ir até a porta, a observou, e pegou a chave de seu bolso. Sim, ele havia conseguido, colocou a chave na fechadura, mas o bater da porta o assustou.

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“Desculpa...”. Disse a camareira sem jeito, que saia da suíte ao lado. Shaoran se recompôs e nada disse.

Tenho que parar com essas imaginações idiotas...”. Riu de si, e balançou a cabeça negativamente. Ao abrir a porta, constatou: Não havia nenhuma mocinha em apuros amarrada e desesperada, ali dentro.

Colocou a chave em um cômodo próximo a porta, sentiu o cheirinho bom que emanava do quarto. Observou a suíte, e gostou do que viu. Móveis pareciam brilhar; cama bem arrumada; pôs sua mala do lado esquerdo da cama e admirou a vista. Era umas das mais belas da cidade, certamente. Os tapetes, cobertores, quadros, todos esses objetos contribuíram com a comodidade, aconchego e a decoração, de primeira, do quarto.

Sentou-se na cama, e ficou feliz pela sua maciez, era do jeito que gostava, e que dificilmente havia nos vários quartos de hotéis, pelos quais já passou. Ao mesmo tempo em que caminhava para o banheiro, tirava a roupa. Iria tomar um banho rápido, a prioridade era dormir.

Hotel 5 Estrelas:TokYo - Quarto 409 - 9:45

“Obrigada por está me ajudando Mamoru-kun”. Agradeceu Sakura, segurava o edredom branco de um lado, e Mamoru do outro, colocando o na cama.

“De nada, não vou deixar que você fique sobrecarregada. Está trabalhando por duas hoje. Falta algum?”.

“Não, não... Com esse aqui, com o 411 e com o 412, terminei por hoje! Resta-me apenas esperar a banda chegar, para ficar a disposição deles. Ainda bem que eles estão atrasados... E você já terminou?”.

“Sim, estou faminto, vamos comer algo?”.

“Claro!” - Sakura colocou a lembrança do hotel sobre cama, mas notou que tinha uma a mais, certamente, havia se esquecido dela - “Aiaiai, esqueci-me de colocar esta lembrança na suíte 412! Vá na frente Mamoru-kun, vou deixar lá”. Disse pegando a cesta, o vendo abrir à porta.

“Tudo bem Sakura-chan, vou ver se Naoko-chan precisa de ajuda. Esperamos você lá embaixo”. Ambos saíram do quarto. Sakura se despediu, e andou apressadamente até o quarto, nunca tinha acontecido algo desse tipo antes.

Ao abrir a porta, notou que a mesma estava fechada, bateu, anunciando sua presença, mas ninguém veio ao seu encontro: “Acho que Mamoru-kun, trancou sem perceber”. Usando a cópia da chave, adentrou e suspirou aliviada. Não havia chegado ninguém.

Ela notou que o edredom estava meio amarrotado e o ajeitou. Pôs a lembrança lá, e sorriu depois de um suspiro: “Tudo perfeito!”- Viu algo de cor preto, do outro lado cama— “O que é aquilo?”. Foi até lá, e abriu a boca, tinha chegado alguém! Não teve tempo de reagir, uma voz masculina a deixou arrepiada. Lembrou-se da vez, que Naoko disse: “Esse andar é amaldiçoado!”. Sakura morria de medo de fantasmas.

Ela engoliu seco, a voz estava decifrável, por está mais perto, parecia está cantando e vindo do banheiro.

 

I lose control togireta kokoro

Eu perco o controle, meu coração para de bater.

sotto kaze ni sarawarete boku wa ten o aogu

Tocado pelo gracioso vento, eu admiro o céu.

I lose control fusagarete yuku

Eu perco o controle, tudo vai se fechando.

Anata sae kizukazu ni kowashite shinai sou

Mesmo que você não reconheça isto, estou à beira da perdição.

Good-morning Mr. FEAR.

Bom dia, senhor Medo.

 

Shaoran, envolto de uma toalha branca na cintura, enxugava seus cabelos com outra toalha pequena. Parou de cantar. A presença da garota de olhos verdes, e de bochechas vermelhas, o interrompeu. Também parou de enxugar os cabelos.

Com o sorriso mais sedutor e um olhar penetrante, ele disse: “Oi...”.

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Continua...

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Heya 412: Quarto 412.

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Música do capitulo:

LArc~en~Ciel -Lose Control - https://www.youtube.com/watch?v=KehGzbQNZfY 

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Personagens ‘novos’:

Kashiwagi Sae: Personagem do anime/mangá Peach Girl.

Shinomori Aoshi: é personagem do anime Rurouni Kenshin, mais conhecido como Samurai X. ~ O envelheci e o introduzir na minha história. Era o meu personagem favorito do anime.

Chiba Mamoru: Personagem do anime Sailor Moon. ~ Eu e Serena (ou Usagi), suspirávamos quando ele aparecia para salva-la.

Usagi Tsukino: Mais conhecida como Sailor Moon, é a personagem principal do anime.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Não tô tendo muito comentário, mas tudo bem --' hehehehe
Espero vocês no próximo capitulo! Obrigada pela leitura =*

Ah! Os personagens conhecidos, que coloquei, são personagens de animes que assisti e achei válido coloca-los, a maioria são os meus preferidos hihihhihi. Acho que ajuda mais imaginar. Só deixando claro que a historia dessa fanfic é somente centrada nos personagens do mangá/anime Sakura Card Captors.
Beijos!



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