Pov's Katherine Pierce

Já faz um mês que tudo aconteceu, e até agora os tais hidus não deram nem um sinal de "vida" eu estou realmente começando a acreditar que eram alguns idiotas que resolveram brincar com essas coisas.

Já é domingo então resolvi pegar o carro e ir na casa da minha família que fica em Albany na Georgia, é no máximo uns 15 minutos de viagem é muito próximo, apesar de querer começar uma vida em outro lugar não queria morar tão longe da antiga cidade pois pelo trabalho dos meus pais eu iria precisar algum dia ir até a casa, mas isso não vem ao caso, não sinto que está na hora de contar tudo. Já faz muito tempo que não vou pra lá, para falar a verdade desde que meus pais morreram, e tem algumas coisas lá que eu preciso pegar pois são essenciais caso os hidus voltem. Peguei as chaves do carro, meu celular e as chaves da minha casa e sai, resolvi não avisar a Caroline pois quero fazer isso sozinha.

Já estava quase chegando na casa e meu coração começou a acelerar, minhas mãos soavam, não entendi porque estava tão nervosa. Parei o carro quando vi os altos portões pretos fechados "fuço" um pouco a minha bolsa até achar a antiga chave, nunca tiro ela de dentro. Me aproximo do portão e percebo que minhas mãos estão tremulas, e então com certa dificuldade eu finalmente consigo abri-los. Como a casa está vazia há um certo tempo eu tenho medo do que pode me esperar, talvez mendigos ou drogados e até mesmo ratos. Volto para dentro do carro e entro então portão a dentro a casa parece intacta. Eu olho para um velho balanço que ali se encontra e lembranças vem a tona.

Flashback

– Papai, papai!! - Menininha corre até os braços do homem. - Me balança?

– Claro meu amor, vou guardar essa pasta e já volto. - Então Nate entra na casa e demora apenas uns minutos. A menina já estava sentada no balanço batendo as perninhas esperando seu pai. Era raro ele estar em casa então quando ele chegava ela tentava aproveitar o tempo o máximo possível. Nate se aproximou da menina e começou a balança-la.

– Mais alto papai, mais alto! - Ela gritava enquanto ria.

– NATE! - Escuta-se uma voz doce e suave, Nate então olha para a porta e vê sua querida esposa, Ella. - Vá mais devagar assim vai derrubar a menina!

– Mas... - O homem tentou contestar mas a mulher apenas ergueu uma das mãos calando-o. - Venham comer.

Assim o pai de Katherine á desceu do balanço e pegou nas mãos da menina indo até a enorme casa.

Flashback off

Senti as lágrimas molharem o meu rosto tantas lembranças, tão curtas! Eu só queria ter aproveitado ao máximo o tempo que tive, se soubesse que eles iriam cedo eu teria falado mais vezes que os amava. Só peço desculpas!

Depois de me recompor tomei coragem e dei a volta no chafariz que tinha bem no centro e subi os pequenos degraus que levavam até a porta, girei a chave e coloquei uma das mãos na maçaneta, demorei uns segundos procurando a coragem para gira-la. Quando a porta se abriu fez um enorme barulho e então eu pude ver o interior da casa, tudo estava exatamente como eu me lembrava, exceto, pelo excesso de pó, dei alguns passos indo para o meio da sala então a porta com um baque se fechou, senti meu coração acelerar por causa do susto mas logo passou.

Fui em direção á uma estante que tinha por ali e vi que tinha algumas fotos, eu estava sempre sorrindo nelas, sempre fui uma criança feliz. Peguei uma que era a minha favorita: Era minha mãe ajoelhada ao lado esquerdo eu no meio e meu pai também ajoelhado no lado direito nós sorríamos na minha frente também estava meu velho cão Spooky que morreu uns três anos depois, guardei a foto em minha bolsa e continuei a examinar a casa. Subi as enormes escadarias brancas que tinha os corrimões dourados e fui em direção ao quarto dos meus pais, estava tudo igual e ao olhar para a cama me bateu a sensação de que meus pais ainda estavam ali. Senti meus olhos lacrimejarem então balancei a cabeça me negando a chorar.

– Chega de chorar Kath, você já sofreu demais! - Falei para mim mesma.

Ao me virar vi a penteadeira lembro-me que sempre via a minha mãe pentear seus longos cabelos castanhos ali enquanto conversávamos. Mas alguma coisa me chamou a atenção, em cima da penteadeira havia uma carta. Não me lembro dela ali quando fui embora, me aproximei lentamente e então peguei a carta colocando-a na bolsa irei ler mais tarde.

Sai do quarto dos meus pais e fui até o meu, me lembrava muito bem de como ele era, as paredes estavam pintadas de tons claro e minha cama de casal estava arrumada perfeitamente com alguns ursos em cima, eu vivi com os meus pais nessa casa até os 12 anos depois eu fui morar com minha vó, lembro-me de ficar sem ver Caroline por 4 anos, só conversávamos por internet e então minha vó morreu quando eu tinha 17, por sorte tinha acabado de terminar o terceiro ano então me reencontrei com Caroline e com o dinheiro que tínhamos nos mudamos para New York aos 21 anos terminamos a nossa faculdade e como as coisas estavam começando a ficar caras já não conseguíamos mais nos sustentar em NY e nos mudamos finalmente para Leesburg. Esses 4 anos foram os piores e os melhores, nós tivemos que aprender a nos virar sozinhas muito novas quase crianças e ainda mais em uma cidade enorme que é New York, mas por sorte deu tudo certo e agora conseguimos viver bem. Hoje eu trabalho como psicologa em uma escola e Caroline é chef em um restaurante, não ganhamos a quantia que a nossa profissão merece, mas já é o suficiente.

Saia do meu quarto quando escuto o meu celular tocar e vejo na tela que é Caroline.

– Oi Carol.

– OI CAROL? OI CAROL KATHERINE! ONDE DIABOS VOCÊ SE ENFIOU? ESTOU IGUAL UMA RETARDADA PROCURANDO VOCÊ!

– Ok, ok primeiro se acalma! Respira e inspira. - Falei segurando o riso. - Eu estou aqui em Albany. - Falei e escutei Caroline emitir um som um tanto quanto estranho.

– Mas o que você está fazendo ai? - Ia responder mas ela logo continuou. - Ah, já sei! Não precisa nem me falar. Está na casa né? - Eu apenas respondi com um "uhum" pois escutei um barulho vindo da cozinha. - Que barulho foi esse? - Podia sentir o desespero em sua voz.

– Não sei, pera que eu vou checar. - Comecei a andar em direção a cozinha que por algum motivo estava toda escura, sentia minhas mãos suarem e o meu coração começou a acelerar novamente. Quando cheguei ao local apenas vi um rato enorme andando em cima da pia, ele havia derrubado uma panela. - Não foi nada, apenas um rato.

– Ata. Que susto! Que horas você volta?

– Não sei, mas não irei demorar muito. - Falei e desliguei.

Então fui para a biblioteca.

Continua...