Caminhos Tortos escrita por La Loca


Capítulo 14
Capítulo 14 - O ano da formatura


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, eu fiquei muito feliz por ver todos os comentários das fofas que estão acompanhando a história, saibam que me sinto muiiiito motivada a continuar postando quando vejo os seus comentário, espero que vocês gostem da fic e a acompanhem até o fim, flores.
Beijos e boa leitura :*



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No primeiro dia de aula do meu último e tão esperado ano na escola, eu acordei feliz, porém um pouco insegura, todo o ano é assim, por mais que eu já conheça bastante gente, quase todo mundo mesmo da escola e me dê bem com todos, ou quase todos, por algum motivo desconhecido eu estava com um pouco de medo, mas tentei não demonstrar muito, mas acho que quem me conhecia bem percebia o meu jeitinho.

— Bom dia mãe. Falei descendo as escadas correndo, indo até ela e dando um beijo no rosto dela.

— Bom dia filha. Disse ela passando o café.

Fui até o armário, peguei um pacote de biscoitos cream creacker, geleia e um copo de leite para tomar o meu café da manhã. Meu pai André chegou a casa, pois havia saído para comprar o jornal e abraçou a minha mãe a beijando.

— Bom dia amor e bom dia filha. Disse ele.

— É o amor... Caçoei cantando a música.

— Hum, quando você está com o Leo eu não faço isso, mas acho que vou passar a fazer. Disse a minha mãe me caçoando.

— Ah mãe, nem vem. Respondi cortando rapidamente o assunto.

Terminei o café e fui escovar os dentes.

— Anda logo Nina, se demorar mais um pouco vai perder a van. Disse a minha mãe.

— Tá bom. Respondi escovando os dentes.

Terminei rapidamente e fui embora correndo e dizendo:

— Tchau mãe, tchau pai.

— Tchau filha. Disseram os dois juntos.

Abri o portão e lá estava o Leo, assim que saí, ele me viu e sorriu se aproximando. Eu sorri para ele também e ele disse:

— E aí?

— E aí? Respondi sorrindo e olhando para os lábios dele e mordendo os meus lábios, louca para beijá-lo.

Ele foi se aproximando mais de mim também olhando para os meus lábios, chegando cada vez mais perto e eu fui me aproximando também dele. Quando estávamos quase nos beijando, a van chegou e o motorista assobiou, para nos assustar e disse:

— Hum... Esse ano está cheio de novidades.

Todos os que estavam na van ficaram nos zoando e nós dois ficamos sem graça, nos afastamos e entramos na van. Eu me sentei com as minhas amigas e ele com os amigos dele no fundo.

— Amiga... Vocês dois estão mesmo namorando sério, ou só ficando? Perguntou a Bianca.

— Ah... A gente só está ficando... Eu acho. Respondi também não sabendo o que estava rolando.

— Sabe que se a Natasha souber disso, você está perdida... Não sabe? Perguntou a Luana.

— Eu sei e ela já sabe no dia da viagem ela nos viu ficando no portão. Respondi ajeitando a minha franja para o lado.

Assim que chegamos à escola, nós descemos da van. Eu fechei os meus olhos, respirei fundo e entrei na escola. Eu me senti como se fosse à primeira vez como há nove anos, mas com as minhas amigas. Eu estava nervosa, minhas mãos soavam e eu me senti meio perdida, todo mundo estava animado com a ideia de último ano, mas sei lá, eu estava estranha. Assim que cheguei nossa nova sala, lá estava a Natasha sentada em uma das primeiras carteiras com um look fabuloso, mas também não era para menos. Este look era composto por uma blusa branca, uma saia azul de cos alta com um laço, um Scarpin azul e sua bolsa que combinava com o sapato. As amigas dela estavam à volta dela falando:

— Amiga... O que foi que aconteceu? Não vimos você nenhuma vez nas férias?

— É mesmo, você ficou esse tempo todo em Petrópolis? Perguntou a Bruna.

Assim que ela acabou de dizer isso, eu passei por elas que me olharam com cara de esnobe, enquanto a Natasha me fuzilava com os olhos.

— Ah... Eu fiquei por lá. Os ares de lá são muito melhores que os daqui. Respondeu ela mentindo descaradamente.

— Mentirosa. Murmurei arregalando os olhos.

— Fique fora disso, amiga. Disse a Thayane preocupada com o que a Natasha poderia querer fazer comigo, caso eu entrasse na conversa delas.

— Tá... Eu não vou fazer nada não. Respondi tirando as minhas coisas de dentro da bolsa, sem tirar os olhos delas.

O Leo chegou à sala com os amigos dele e ao passar por mim, piscou o olho direito e sorriu para mim e eu sorri para ele. Depois disso o professor chegou à sala dizendo:

— Bom dia formandos.

— Bom dia! Respondemos meio que juntos.

— E aí, animados para o último ano na escola? Perguntou ele sorrindo para a gente.

E aí começou a feira na sala, porque todos começaram a falar ao mesmo tempo. Ele bateu no quadro para que todos fizessem silêncio e disse:

— Um de cada vez, por favor.

E aí quem queria falar alguma coisa, foi falando. Enquanto isso, eu e o Leo ficamos nos olhando de longe. Eu estava morrendo de desejo por aqueles lábios, que eu não tive a oportunidade de beijá-los hoje cedo.

— Marina. Disse o professor.

— Hã?! Eu?! Respondi me despertando.

— Compartilhe com a turma, o que você espera desse último ano aqui na escola. Disse o professor.

— Ah... Eu... Espero passar, pegar o meu diploma e adeus escola. Respondi curta e direta.

— Arrasou amiga. Disse a Bianca e várias pessoas me aplaudiram.

— Está bem, está bem... Vamos continuar com o nosso amigo Leonardo Fontenelle, que nos dirá o que ele espera aprender neste ano. Disse o professor com cara de sarcasmo para o Leo.

— Ah, qual é professor?! Eu... Eu sei lá. Disse o Leo sem nenhuma vontade de participar da aula.

— Todo mundo respondeu, por que você não vai saber fazer o que todos fizeram? Perguntou o professor.

— Porque o senhor complicou para mim — Respondeu ele ainda chateado — Eu espero aprender tudo o que eu não aprendi todos esses anos e é isso aí.

E todos ficaram rindo. Eu fiquei olhando para ele como quem diz “idiota” e ele sorriu para mim. A aula seguiu como era primeiro dia de aula, não fizemos nada além de conversarmos. O professor nem ligou, deixando bem claro que é o primeiro dia de aula, é a única oportunidade que o professor dar para nós não fazermos nada além do que queremos, entre aspas, fazer.

— Ai gente, a ideia de estar com 17 anos e no último ano do colegial está me deixando muito preocupada. Falei sendo sincera.

— Por que Nina? Perguntou a Bianca.

— Ah, sei lá... Acho que é porque tudo parece que fica mais sério. Eu não sei qual carreira profissional quero seguir, em qual faculdade quero me formar, que curso eu devo fazer... Respondi.

— Ah, relaxa nega. Ainda está no início do ano, temos muitos dias para aproveitarmos, nos divertirmos, zoarmos e tudo mais. Não vale ficar se preocupando agora com isso, então vamos deixar essa história um pouco de lado e se ligar no que importa agora. Disse a Thayane tentando me animar, ela parecia ter um dom para fazer isso, através dos seus conselhos.

— É isso aí, vamos curtir ao máximo esse ano, como nunca curtimos em todas nossas vidas e vamos fazer desse ano o melhor de todos! Wohoo! Disse a Luana toda animada se empolgando um pouco.

Nós quatro ficamos rindo e eu me senti um pouco melhor e desfoquei um pouco essa minha preocupação desnecessária, pelo menos nesse momento.

Depois de um tempo, até porque quando fazemos algo que gostamos o tempo passa mais rápido, chegou a hora do intervalo. Assim que cheguei ao corredor, o Luan veio até mim me abraçando por trás e dizendo:

— E aí formanda, qual é a boa?

— Oi Luan, sumido. Respondi me virando e o abraçando de frente.

— Senti muito a sua falta, mesmo lá em Santa Catarina, você não saía dos meus pensamentos. Disse ele me abraçando mais forte.

— É... Poxa, eu significo tanto para você?! Perguntei muito sem graça.

— Você não faz ideia. Disse ele me dando beijos no rosto.

Eu fiquei cada vez mais sem graça e minhas amigas nem para me ajudarem com aquilo.

— Luan, eu tenho que ir ao banheiro... Já volto. Falei saindo dos braços dele, me sentindo mal por ele, porque ele gostava de mim.

Assim que cheguei ao banheiro, ele estava meio vazio e eu fui até a frente do espelho e me olhei no espelho me sentindo um monstro, porque eu não tinha me esquecido de que eu havia dado esperanças ao Luan de que talvez ele tivesse chances comigo. Sendo que eu estava com o Leo e... Droga! O que eu faço agora? A Thayane chegou ao banheiro e disse:

— Amiga... Está tudo bem?

— Acho que não... Cara, como eu pude me esquecer do Luan? Do que eu falei para ele? — Respondi me virando para ela — Eu pedi que ele esperasse um pouco e eu acho que ele esperou mesmo... Por mim. Ele não podia ter feito isso. Droga!

— Ei! Ei! Calma, tá? Fica tranquila... Tudo vai se acertar. Você só precisa ficar calma para poder pensar em como vai tentar dar um jeito nessa situação, até porque por mais complicada que seja sempre tem um jeito, Nina. E outra, faz um ano que você falou isso para ele, convenhamos, se você não fez nada até agora que fizesse acreditar realmente que estaria disponível para ele, ou melhor, afim dele, ele já deveria ter desencanado de você há tempos. Disse ela coberta de razão.

— Mas mesmo assim ele não desencanou. Que saco! Agora mais essa... Murmurei bufando.

— Relaxa tá? Tudo vai ficar bem. Disse ela tentando me passar tranquilidade.

— Tá, eu vou tentar. Respondi respirando fundo.

— Agora vamos ao refeitório almoçar porque o meu estômago está colando nas costas. Disse ela me pegando pela mão e conduzindo até o refeitório.

E eu ri. Assim que chegamos lá, vimos uma fila enorme de alunos, até porque no primeiro dia de aula, tudo na escola é sempre maravilhoso, incluindo a comida, que eles costumam caprichar no cardápio, incluindo bebidas saudáveis e sobremesas. Não sei se todas as escolas são assim, mas naquela escola os veteranos sempre tinham prioridades sobre os outros, o que fazia de nós os mais populares da escola, mesmo não tendo nada de tão maravilhoso como melhores roupas, sapatos e acessórios, ou algo do tipo, era só pelo simples fato de estarmos no terceiro ano.

— Bom, acho que o melhor lado do refeitório será nosso durante todo o ano. Disse a Thayane apontando para o canto chamado de “área vip” do refeitório, onde todos os veteranos ficavam.

Assim que pegamos nossas bandejas, fomos até a mesa onde Bianca e Luana havia sentado, pois no momento em que eu estava no banheiro, elas estavam na fila.

— Nossa, achei que não chegariam hoje. Reclamou a Luana.

— É que estávamos resolvendo algumas coisinhas. Disse a Thayane.

— Ah tá. O almoço está show. Confessou Bianca se deliciando no strogonoff de frango.

— Realmente, está uma delícia. Disse a Luana também comendo.

— Hum... Parece mesmo está muito gostoso. Disse a Thayane experimentando.

Daí eu também comecei a comer e realmente estava infinitamente delicioso. Todos os alunos das outras classes passavam por nós, nos olhando como se fossemos superiores a eles, sendo que um dia já fomos um deles e não tinha nada a ver, até porque, para mim somos todos iguais.

Depois fomos todos até nossas salas, assistimos à aula de história e, em seguida fomos liberados. Peguei todas as minhas coisas, guardei tudo dentro da bolsa e fui à direção da porta, quando senti alguém segurar firme em meu braço e sussurrar ao pé do meu ouvido, dizendo:

— Se você acha que tudo vai ficar assim, está muito enganada. Por sua culpa eu perdi todas as minhas férias presa naquela droga de casa, sem ao menos poder tomar banho de piscina... Saiba que não se verá livre de mim tão cedo, irmãzinha.

— Ha! Ha! Eu estou morrendo de medo de você, maninha. E saiba que eu não estou me importando, se você quiser pode vir com tudo, mas saiba que no fim quem vai se dar mal nessa história toda, será você de novo. Respondi rindo dela, tirando a mão dela do meu braço e indo embora.

Ela ficou se remoendo de raiva, com certeza e eu continuei rindo dela. Assim que cheguei à faixada da escola, vi que o Leo estava vindo à minha direção, então parei o esperando. Ele me abraçou forte e disse:

— Vamos nessa, Nanica?!

— Você não esquece essa droga de apelido, não é mesmo?! Reclamei o soltando.

— Fazer o quê?! Ele ficou marcado, foi o primeiro apelido que eu te dei. Respondeu ele me puxando para si.

— Como assim o primeiro? Você não me deu mais nenhum, além desse. Falei o questionando.

— É que eu tenho outros em mente, como baixinha, marrentinha, irritadinha... Ei, espere aí! Exclamou ele me olhando estranho.

— O que foi? Perguntei o estranhando.

— Caraca! Você está sem óculos! Cadê ele? Perguntou ele.

— Hã? Leo, desde quando eu tinha 14 anos que eu só o uso para leitura. Você não reparou? Perguntei não acreditando que ele não tinha notado isso há 3 anos.

— Não... É... Você fica bem mais gatinha sem eles. Confessou ele me olhando de cima a baixo.

— Idiota! Murmurei revirando os olhos.

— Ué, eu estou te elogiando, Nina. Qual é?! Disse ele indignado.

— Tá, vamos lá porque a van já está ali. Respondi indo na frente.

— Tá, espere aí. Disse ele vindo correndo atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

E aí galerinha? Gostaram? Que tal deixar aquele lindo comentário?
Beijos e até o próximo capítulo :*



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