Caminhos Tortos escrita por La Loca


Capítulo 15
Capítulo 15 - Se quer guerra, vai ter guerra!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas de bonitas, lá vai mais um capítulo, espero que gostem.
Beijos e boa leitura :*



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Chegamos a van, mas dessa vez sentamos juntos no fundo, tanto os amigos dele quanto as minhas amigas estranharam um pouco, mas nem zoaram muito e ele, para não perder o costume ficou me perturbando até eu me irritar e o encher de tapas e assim foi a nossa ida até nossas casas. Assim que nós chegamos eu desci na frente e ele veio logo atrás.

— Tchau amiga! Juízo em! Caçoou a Thayane.

— Hã? Tá né. Isso eu já tenho de sobra. Respondi rindo.

— Aham, mas saiba que o seu “amigo” aí não tem nenhum. Disse a Bianca se referindo ao Leo.

— Ei! Eu ouvi isso em! Reclamou ele.

— Eu sei. Respondeu a Bianca rindo.

E assim o motorista deu partida na van e eles foram embora. Na hora em que me virei para ir abrir o portão de casa, o Leo pegou em meu pulso me girando e levando até ele. Eu não sei se ele percebia, mas sempre que ele simplesmente encostava-se a mim, meu corpo inteiro se arrepiava e minhas mãos suavam.

— O que você quer? Perguntei cara a cara com ele suspirando e olhando para seus lábios.

— Um beijo seu. Disse ele com um sorriso de canto olhando fixamente para os meus lábios.

Eu mordi os meus e respondi:

— Não seja por isso.

Eu peguei no rosto dele o trazendo para mim e dei um beijo nas bochechas dele, mas eu sabia que não era esse beijo que ele queria.

— Não é desse que eu estou falando. Disse ele me olhando de um jeito que eu fiquei meio constrangida.

Eu soltei o rosto dele, me afastei e então perguntei:

— Se não é esse, é qual então?

Ele me puxou pela cintura, me fazendo ficar na ponta dos pés e cara a cara com ele novamente e disse:

— Esse!

E me deu um beijão daqueles e eu, é claro, derreti toda nos braços dele. Nós ficamos ali por um bom tempo, até dar a hora de a Amanda ir para a escola. Assim que ela abriu o portão para sair e nos viu, exclamou:

— Mãe, ela já chegou! Ela e o Leo estão se engolindo aqui de novo.

Eu confesso que fiquei mais que constrangida naquele momento, minha vontade era de cavar um buraco e me enfiar dentro, mas antes eu tinha que lacrar a boca da Amanda. Cara, o que foi aquilo?! Eu paguei um King Kong, no meio da rua, que tinha algumas pessoas que estavam passando na hora. Eu parei o beijo vermelha de vergonha e falei:

— Eu preciso ir.

— Ah, Nina. Qual é? Ficou assim só porque a guria aí falou isso? Perguntou ele rindo ao máximo de mim.

— Você achou legal ter me engolido? Perguntei com cara de tédio.

Ele parou de rir e começou a dizer:

— É... Foi uma experiência bem legal e...

— Idiota! Eu vou fazer o que eu já deveria ter feito, sabe... Falei ajeitando a minha bolsa no ombro e indo até o meu portão.

— Você é muito boba. Disse ele rindo de mim e indo até a casa dele.

Eu passei pela Amanda e sussurrei:

— Da próxima vez, você pega um megafone e diz tudo o que disse, está bem? Tenho certeza que a vizinhança inteira vai saber que eu e o Leo estávamos “nos engolindo”.

— Foi mal mana, mas a minha mãe estava preocupada com você, porque era para você ter entrado há 40 minutos. Respondeu ela.

— O quê?! Bradei correndo para dentro de casa.

Assim que cheguei à sala, meus pais estavam parados no pé da escada me olhando seriamente e minha mãe disse:

— Filha, da próxima vez em que você for ficar no portão com o Leo, entra e avisa, está bem? É que nós ficamos muito preocupados com você, pois não sabíamos o porquê de sua demora...

— Me desculpe, eu não vou mais fazer isso. Falei.

— Eu acho que vocês dois estão ficando demais, vocês não acham? Está mais que na hora de vocês se decidirem o que querem da vida, se tornam esse “ficar” em algo mais sério ou param com isso, porque já está ficando feio, pelo menos para você. Disse o meu pai mostrando, de alguma forma, se preocupar com a minha imagem diante de todos.

— Está bem pai, depois eu vejo isso, ok? Agora eu vou subir e descansar porque o dia hoje foi bem cansativo. Falei indo até a escada e a subindo.

— Realmente, trocar salivas por 40 minutos é muito cansativo. Caçoou minha mãe, meio que me dando o troco da minha zoação de mais cedo.

E eu fiquei rindo. Entrei em meu quarto, joguei a bolsa em cima da cama, peguei qualquer roupa e fui tomar banho. Após o banho eu resolvi ir até a sacada do meu quarto, porque sabia que de lá dava para ver o quarto do Leo. Quando olhei lá estava ele sem camisa, parecendo estar à procura de uma. Ao vê-lo daquele jeito, pude perceber o quanto o tempo e o futebol foram bons como ele. Eu fiquei babando por um tempo ele secar os cabelos, totalmente distraído, mas houve um momento em que ele olhou na minha direção e então eu corri para dentro do quarto, pois não queria que ele me visse de jeito nenhum babando por ele, pois seria um belo motivo para ele ficar se gabando. Eu me deitei na minha cama e fingi que nada houvesse acontecido. Após isso o dia passou sem nenhuma novidade.

Os dias foram se passando e tudo parecia estar mais que bem, tudo parecia estar ao meu favor, parecia...

Numa sexta-feira, que era o dia da aula de educação física, eu levei a minha roupa própria para a aula prática, muitos alunos não participavam dessa aula, principalmente as meninas que sempre diziam estar com cólicas e fazia relatórios, neste dia somente eu e a Luana do meu grupo de amigas fizemos a aula, que foi tranquila e bem prazerosa, até porque eu amava praticar esportes, apesar de ao fim de todo aquele esforço físico que me fazia ficar toda dolorida. Natasha e o seu grupinho ao todo fez a aula e após a aula, todas foram ao vestiário se trocar, eu e a Bianca fomos mais atrás comentando da aula. Assim que chegamos lá, eu deixei a minha bolsa com toda a minha roupa em cima de um banco que tinha lá, junto com as coisas da Bianca e só levei minha bolsinha com minhas coisas do banho e a toalha que estava envolvida em meu corpo. Fechei a porta do Box e tomei o meu banho, a água estava deliciosa e o calor também me fez tem mais vontade ainda de não sair dali tão cedo. Assim que terminei o meu banho, me sequei me enrolei na toalha em seguida e sai do Box para pegar a minha roupa. Quando cheguei ao banquinho não vi mais as minhas coisas e estranhei.

— Bianca! Chamei minha amiga.

— Oi Nina. Disse ela ainda no banho.

— Você viu as minhas coisas que deixei aqui no banquinho? Perguntei rodando pelo vestiário ainda à procura de todas as minhas coisas.

— Não... Vi não amiga. Eu ainda estou terminando de tomar banho. Disse ela desligando o chuveiro.

— Estranho... Eu havia deixado bem aqui, em cima do banquinho. Falei diminuindo a velocidade de minha fala, começando a desconfiar que...

Assim que associei o sumiço das minhas coisas com a ameaça que a Natasha me fez no primeiro dia de aula, não pensei em mais nada e saí correndo feito louca pela escola, enrolada na toalha à procura das minhas roupas. Todos que me viam naquela situação, ou ficavam rindo de mim, alguns meninos assoviavam, ou ficavam espantados, porque não era comum ninguém fazer uma brincadeira sem graça dessas naquela escola... Até onde eu sei.

— Eu vou acabar com a sua raça Natasha. Apareça, sua vaca! Bradei furiosa correndo pelos corredores da escola, mas não a achando em lugar algum.

Quando fui até a piscina da escola, lá estavam as minhas roupas boiando na água, a Natasha e suas amigas do outro lado da piscina rindo de mim e gravando o momento mais ridículo de toda a minha vida naquela escola. Eu respirei fundo tentando não expor toda a minha raiva e falei serenamente:

— Só tendo uma infantilidade como a sua para fazer algo tão ridículo quanto isso, não é Natasha?! Vê se cresce garota!

E saí pisando duro dali, indo para a sala do diretor. Muitos estavam me seguindo para saber o que eu faria e então cheguei à sala do diretor, entrei e fechei a porta dizendo:

— Me desculpe queridos fãs, mas o show acabou.

— Marina, o que aconteceu com você? Exclamou ele boquiaberto me olhando muito espantado.

— Nada... Nada além de uma brincadeirinha de mau gosto da minha querida irmãzinha. Respondi de um modo sarcástico.

— Natasha? Perguntou ele não acreditando.

— A própria. Respondi.

— Você não pode ficar nesse estado... Onde estão suas roupas? Perguntou ele.

— Na piscina, onde a “princesinha” jogou. Falei revirando os olhos.

— Vou providenciar roupas para você, você não pode ficar nesse estado. Disse ele se levantando de sua cadeira e indo até a secretaria.

E eu fiquei ali de pé, esperando a volta do diretor. Assim que ele voltou com a sua secretária, ela me deu umas roupas que eu particularmente não gostei, até porque não tinham nada a ver comigo, mas eu vesti, pois era melhor do que ficar nua, ou melhor, seminua. Depois disso, a espertinha foi chamada até a sala do diretor, onde teve que se explicar juntamente com suas cúmplices. Foi uma delícia ver todas elas se ferrando de uma vez só estando lá de plateia. Assim que o diretor terminou de falar, as deixando suspensas, ele as liberou. Quando a Natasha passou por mim, eu segurei no braço dela e falei:

— Eu te avisei, maninha.

— Ah, cale a boca! Exclamou ela.

— Eu posso até me calar, mas antes eu só vou te dar um aviso... Se você acha que eu vou deixar tudo por isso mesmo... Ha! Está muito enganada. Prepare-se projeto de Nádia. Avisei a soltando.

— Você diz isso com coisa que eu tenho medo de você. Disse ela revirando os olhos, cheia de deboche comigo.

— Se eu fosse você, teria. Sussurrei a ameaçando e saindo da sala.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar!
Beijos :*



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