The Big Four: High School escrita por garyking


Capítulo 5
Capítulo 5 - sala errada




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POV SOLUÇO

Acordei com meu despertador, esmurrando o aparelho que fazia um som infernal. Fiquei com receio de acordar o Jack. Coitado, estava todo detonado... Nem me lembro mais o que tinha acontecido na noite anterior, devido a minha dor de cabeça horrível.

Escolhi roupas bem simples e fui tomar um banho rapidamente por conta do meu atraso. Ao acabar a chuveirada, me vesti e ao olhar no espelho, enquanto penteava o meu cabelo castanho, reparei que havia algo de estranho em mim. Apesar do tal dente lascado cujo Jack tinha me falado mais cedo, e alguns arranhões, havia algo... faltando em mim...

Após alguns minutos analisando o que poderia ser, notei que meu pulso estava diferente. E logo veio na minha cabeça o que eu estava procurando: meu amuleto estava ali, são e salvo, porém o que é um amuleto sem seu pingente? O meu pingente de dragão havia sumido. O pingente que a minha mãe me deu no dia em que ela faleceu havia desaparecido. Comecei a respirar rapidamente e coçar a minha cabeça. Impossível, eu não poderia ter perdido o meu bem material mais precioso da minha vida.

Olhei meu telefone e faltava pouco tempo para a aula começar e sai desesperado do meu quarto, deixando Jack adormecido. Espero que ele se lembre qual é o nome dele depois daquele dia doido.

Ao chegar na sala de aula, me dirigi ao meu lugar, mas ao o sinal tocar e sala começar a encher com alguns alunos desconhecidos notei que entrei na sala de aula errada. Temi que os alunos iriam me entregar, ou que poderia ser suspenso ou coisa pior, então me encolhi e tentei ser o mais natural possível. Fui surpreendido quando um grupo de 5 pessoas se aproximou perto de mim.

– PALITO DE DENTE! – Alguém, provavelmente do gênero feminino, gritou ao me abraçar. Havia somente UMA pessoa nesse mundo que seria capaz de me chamar assim.

– Oi, Vanellope. – Tentei ser um pouco antipático com ela, mas depois que eu vi dois rapazes gigantes com ela, sorri levemente.

– Deixa eu te apresentar pra galera! – Ela abriu um grande sorriso pra mim. Não sei como essa garota era tão energética e fofa. Ela deve comer muito açúcar pela manhã para ficar tão disposta assim...

– Vá em frente, Vanny. – dei os ombros

– Soluço, esses são Ralph, Dory, Sulley e Mike. Galera, se apresente ao meu amigão! – Ela deu um pulinho

– Eu sou Ralph, mas meus amigos me chamam de Detona-Ralph. Porque? – ele riu - Bem, porque eu quebro tudo na aula de carpintaria e dou muito trabalho pro meu amigo Felix, que faz o curso comigo. Ah, e essa pirralha do 8º ano é a minha melhor amiga. – Vanellope o abraçou. Era interessante ver como uma garotinha doce e delicada e um grandalhão do 3º ano poderiam ser melhores amigos.

– Oie eu sou a Dory! – interrompeu uma garota de cabelos pretos com mechas azuis e amarelas. Ela parecia muito animada – Eu vim direto da Austrália para estudar aqui. Também vim aqui para a América para participar do campeonato de natação mundial. Modéstia a parte, mas eu sou uma ótima nadadora!

Dois garotos chegaram mais para perto de mim: um de cabelo verde e bem baixinho e o outro de cabelo azul e roxo, muito alto e forte.

– Mike Wazowski. – O primeiro estendeu a mão para mim e reparei algo diferente sobre ele que usava um tapa olho. De qualquer jeito para não causar uma má impressão estendi a minha mão e apertei.

– James P. Sullivan. – Sorriu o grandalhão, que pôs uma das mãos no ombro do baixinho. – Mas pode me chamar de Sulley.

– Eu sou Soluço Horrendous Haddock III. – afirmei com a cabeça

– Nome meio estranho não é? – Dory perguntou

– É, mas não vamos falar do meu nome agora, por favor! O que eu quero saber mesmo é, cadê o raio do professor? – eu rolei meus olhos – Essa aula já teria começado a meia hora!

– Ah, relaxa, Soluço! – Vanellope se intrometeu – Esse professor sempre se atrasa. Além do mais, sobra mais tempo para a gente conversar!

Depois de uma hora aquela aula havia acabado e o professor não ter surgido, me encontrei indo junto com os meus novos “amigos” almoçar e passar o resto da tarde no campo de futebol americano, nas arquibancadas, esperando não ser pego por nenhum inspetor.

Já era sete da noite resolvi me despedir e voltar para meu quarto, pois comecei a ficar preocupado com o Jack. Eu completamente esqueci dele e o pior, completamente esqueci do fato de que tinha perdido meu pingente.

Saí correndo pelos corredores, rezando para nenhum inspetor chato me surpreender. Na minha sorte encontrei com alguém que precisava muito.

– Oi, Oncy! – Parei e sorri ao me encontrar com ele

– Oi, querido! – Ele me deu dois beijos, um em cada bochecha e eu fiquei parado, sem graça. – Você curtiu minha festa, não é?

– Eh, sim, foi boa. Olha eu preciso falar com você uma coisa! É meio que urgente..

– Ah, querido, pode falar qualquer coisa. – Ele parecia estar bêbado, para variar. – Mas vamos conversar em um lugar em que nenhum inspetor chato venha nos atazanar! – Oncy me puxou pelo meu capuz e nos entramos em uma sala de aula

– Então, eu acho que ontem, durante a sua festa, eu talvez tenha perdido... – Fui interrompido quando senti ele sentando mais perto de mim e me oferecido a cerveja que estava na sua mão. Dei um gole rápido, pois não tinha a intenção de me embebedar e também por conta do gosto de batom de cereja que ele usava, na tampa da garrafa. – o pingente de um amuleto muito especial meu.

– Por que esse amuleto é tão especial para você, querido? – Ele posicionou uma das mãos no meu rosto – Eu posso comprar outro para você... - e eu me arrepiei quando ele suspirou no meu ouvido – Eu faço qualquer coisa por você~

Ele começou a se aproximar para perto de mim, invadindo meu espaço pessoal completamente. Das poucas conversas que já tive com esse rapaz, em todas ele estava bêbado, como estava nessa. Ele inclinou a sua cabeça e já estava me olhando nos olhos apaixonadamente, sorrindo.

– Eu faço qualquer coisa por você... É só você me dizer que você será meu~ – Oncy posicionou suas mãos nas minhas coxas e sabia que não teria como escapar: a minha única escolha seria de beija-lo.

– E-eu...- Fui interrompido quando um professor bigodudo e baixinho entrou na sala, ligando a luz e eu acabei caindo da cadeira que estava sentado e saí correndo pela porta, escapando daquele maluco.

Quando cheguei no meu quarto, Jack estava comendo uma maçã, lendo um livro.

– Olha quem chegou! – Ele riu

– É, desculpa eu ter sumido, tive aula...

– Durante o Sábado inteiro?

– N-não. – Eu gaguejei – Eu conheci uns outros alunos e passeamos um pouco, foi legal... E agora estou aqui!

– Aham, ótimo. – ele fingiu que estava me ouvindo, porém continuou concentrado no livro que estava lendo.

– E você? – perguntei

– Eu? – Jack riu – Eu acordei depois do meio dia e relaxei a tarde toda.

– Bem, eu estou exausto e acho que você também deveria dormir, está tarde. - Eu liguei o ar condicionado e me joguei na minha cama e me cobri – Boa noite, Jack!

– Boa noite, Soluço. – ele apagou a luz e deitou-se, colocando seus fones de ouvido.

Deve ter passado duas, ou talvez três horas desde que tinha me deitado. Não conseguia dormir de jeito nenhum, preocupado com o meu pingente. Afinal, todo mundo tem algo importante para eles. Nessa escola existia isso também. Desde o primeiro dia de aula, eu tinha reparado que a maioria dos alunos tinha um colar, uma pulseira ou alguma bijuteria de algum símbolo. Antes que você me considere um psicopata, não é por que sou um stalker ou coisa do tipo que eu reparo nesses pequenos detalhes. Eu acho inclusive interessante esse fato.

O Jack tem uma fita amarrada no pé com um pingente em forma de um floco de neve. A Punzie tem brincos com um sol dourado. A Merida tem um colar com uma flecha, e a lista continua...

Eu sei que tenho que investigar mais essas bijuterias e recuperar o meu pingente de dragão. Mas isso poderia esperar, pois o que eu mereço mesmo agora é descansar.


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