The Big Four: High School escrita por garyking


Capítulo 6
Capítulo 6 - Lockwood, o jovem inventor




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POV SOLUÇO

Já era segunda feira, e mais uma semana de aulas chatas havia começado. Minha primeira aula naquele dia era Química.

Andei calmamente para sala, onde revi algumas caras familiares e umas não tão familiares. Já haviam me falado sobre eles no Sábado. Aparentemente o nome do líder é Hiro. Me contaram também que o irmão era um professor aqui, mas ele tinha morrido misteriosamente.

Acenei para a Anna e Mavis, que retribuíram com um sorriso. Sentei-me no fundo da sala, esperando que o professor não me notasse desenhando dragões durante a aula toda.

Já tinha se passado uns 15 minutos desde que a aula tinha começado, e ninguém havia se manifestado para se sentar ao meu lado. Bem que eu precisava de um nerd daquele grupinho para me ajudar. Embora que me considero um cara inteligente, química realmente não era minha praia, principalmente quando se é uma aula prática.

Assim, meu dia melhorou quando um jovem, que usava um jaleco de laboratório, tinha cabelos castanhos muito doidos apareceu batendo na porta. Ele entrou e saiu cumprimentou todos da sala, que reviravam os olhos em resposta. Ele se sentou ao meu lado e eu esperei ele se apresentar. Passou um tempo e eu continuei desenhando. Tinha espiado pelo canto do meu olho que ele estava me observando, esperando uma chance de se comunicar comigo.

– Olá, eu sou o Soluço! – tentei ser simpático com o rapaz

– Flint! – ele abriu um largo sorriso – Flint Lockwood, jovem cientista! Prazer em conhecê-lo, Soluço! - Flint começou a me examinar, ele parecia ser bem legal, porém um pouco estranho. – Esse desenho daí é de um dragão?

– É, sim! – Respondi orgulhosamente

– Oooh, legal! – Ele começou a abrir a mochila dele e trouxe para cima da mesa um macaco que estava com um aparelho na testa. – Você consegue desenhar ele pra mim?

– Você surtou? O que? Como? Quem é ele? – eu me assustei

– Esse daqui é o Steve!

– STEVE! – o macaquinho gritou

– A gente pode se encrencar por causa dele, cara – eu sussurrei

– Calma, é só eu dar uma balinha de urso pra ele, que ele fica quietinho, não é, Steve? – Flint riu

– STEVE! – o macaquinho devorou o docinho

– E-eu posso tentar, mas, o que é esse aparelho na testa dele? – perguntei

– Ah, isso? – Flint apontou para o que eu estava falando – Foi uma das minhas primeiras invenções! Essa máquina é o que faz esse danadinho conseguir se comunicar!

– SENHORES LOCKWOOD E HADDOCK, ESTÃO FAZENDO O DEVER? – O professor gritou, e o coitado do Flint deu um pequeno berro de medo e abraçou o “Steve” e a mim.

– Sim, senhor. – Eu respondi, tentando me desgrudar dele.

Durante a aula fizemos o resto das tarefas com os tubos de ensaio e conversamos um pouco também. Ele me contou que desde que pequeno sonhava em ser um cientista e criar algo incrível. Flint me disse que vinha de uma cidade bem simples e que queria trazer a alegria aos cidadãos criando uma máquina que transformasse água em comida, mas antes de que ele destruísse a cidade, o seu pai recolheu dinheiro suficiente para o botar nesse colégio. Flint ainda sonha que irá mudar o mundo.

– Então, Soluço, ouvi falar sobre você, como todas as garotas acham você fofo e tudo mais... – ele apoiou a cabeça nas mãos, mexendo em um dos tubos de ensaio.

– Verdade? – me surpreendi – Achei que você tinha falado que não tinha nenhum amigo...

– Bem, na verdade me escondi em um arbusto, espionando a Anna e ela, essa tal de Honey Lemon, Mavis, Rapunzel, Merida estavam todas comentando como elas acham que você é bonitinho...

– Espera aí... A Merida? A Merida falando sobre mim? Falando como eu sou meio que “bonito”?

– É. Eu não sou estranho por ficar espionando ela, não é? – Flint cobriu sua cara

– Não, não muito. – Tentei alegrar ele. – Mas, porque você estava a espionando e porque atrás de um arbusto?

– Na verdade, o Steve estava comigo, e é o único jeito que eu tenho para ver a beleza dela. – ele suspirou, olhando para ela que estava sentada com a Mavis na frente da sala.

– Você gosta da Anna? – perguntei

– Sim, eu acho que gosto dela. Mas, nunca vou ter uma chance com ela... – Flint olhou para baixo, entristecendo seu olhar.

– Ah, por que não?

– Olhe, para ela! Ela nunca iria perder o tempo dela comigo, NUNCA! – ele bateu com a cabeça na mesa. – Nunca.

– Escuta só, amigão. Até o fim desse ano, eu vou conseguir desenhar o Steve para você e vou fazer com que você e ela sejam tão próximos quanto manteiga de amendoim e geleia! – eu sorri e ele levantou a cabeça

– É sério?

– Aham! – afirmei com a cabeça

– AH! Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, Soluço! – ele riu, me abraçando fortemente, me balançando.

– Ok, ok! Calma aí, parceiro!

A aula acabou e ele colocou o macaquinho na mochila dele e levantou-se da mesa, acenando pra mim sorrindo brilhantemente.

– Tchau, Soluço! – Flint saiu da sala, piscando para a Anna na saída.

– Te vejo mais tarde, rapaz! – Coloquei minhas mãos no bolso do meu casaco e parti para a cafeteria, onde iria começar a me preocupar com o simples fato.

Como é que eu iria arrumar que uma ruiva linda e delicada e popular ficasse com um nerd de cabelo despenteado que usava um jaleco de laboratório até o final do ano?


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