Akany - Trilogia - Jornada em Johto escrita por Kah Quetzalcoatl


Capítulo 8
Capitulo 8 – Encontros Problemáticos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617035/chapter/8

Sentou ao lado da fogueira e encarava o fogo. Como uma consequência cruel: O medo a consumiu novamente, suas memórias misturavam-se com seus pensamentos pavorosos faziam suas extremidades estremecerem, respirava pesadamente e a sua transpiração era continua, fazendo qualquer brisa arrepiá-la completamente sentindo frio na espinha.

Aquela noite foi um pequeno passo, mas foi uma noite longa.

Ainda suava e a tensão não conseguia controlar, continha o tremor em vão, os gritos a atormentavam seus pensamentos. Tentou descansar com a bochecha apoiada em seus joelhos, buscava acalmar-se, contudo a resultou apenas em pesadelos terríveis.

Aka a observava em silencio, enquanto mantinha o fogo aceso, encarava com grande pesar. Estava preocupado, porem ela é em sua essência o fogo. Não sabia o que era temê-lo. Contudo sabia como era não gostar da água, mesmo não tendo pavor de líquido por isso. Pensou em jeitos de animá-la, mas isso ela não conseguia fazer a três anos e agora não saberia por onde começar.

Por fim, não soube como auxiliar e com receio de piorar, apenas a observava a distancia.

No Leste, o sol aparecia.

A Morena estava sentada próxima a nascente, molhava seu rosto tentando amenizar o cansaço, estava com a pedra do fogo em mãos. Uma pedra quente; segure a, com ela em mãos notaria que há calor emanando. Não a ponto de queimar, apenas de aquecer; Como um fogo encapsulado.

Growlithe sentou ao seu lado e esfregou a bochecha no ombro da pequena. Aka compreendia a situação, o albino tinha razão. E aquela foi uma das poucas vezes depois de três anos, que se aproximaram tanto.

Quente, o calor que tanto temia, ate as lembranças mais calorosas, lembravam o fogo. Todos os sintomas de sua fobia apareceram novamente quando abraçou a canina. Ela abraçou ainda mais forte tentando evitar que ela escapasse tentando poupar sua treinadora daqueles sintomas, queria evitar essa situação, mesmo sendo terrivelmente dolorosa para a canina.

Amar alguém e continuar amando, mesmo compreendendo que o seu amado se machucaria, só em estar próximo a ti. Ainda sim, terás o mesmo afeto?

– Sinto muito... – Sua voz estava falhada, pelo cansaço e seus temores que vieram sem cessar em seus pensamentos fazendo seu corpo reagir negativamente: chorava, tremia, enjoava. Mas continuou forçou a fala, queria que ela a ouvisse. – Vou melhorar. Vai passar... Eu prometo.

Estar lado a lado, não a incomodava ou a fazia ter essas reações. O calor da aproximação que dava os sintomas.

O sol nasceu diferente para a morena depois de uma noite desgastante. Um dia que aqueceu a alma de Akany.

Ela estava cansada, voltou para organizar as coisas, para saírem, arrumar-se e dar café de manhã aos Pokémons e ao acompanhante: Cortava frutas, sementes e abria uma das ultima latas de alimento complementar e para ela e Aoi dividiram um pote de geleia doce.

Em um cilindro de aço, com um encaixe de borracha dando alça para retirar e colocar sem o risco de queimar-se e o cabo cabem dentro do recipiente depois de utilizado, aquecia a água, preparava o chá. Ate aquele dia quem fazia o chá era o albino, mas ela queria tentar ao menos uma vez.

Chás são bons remédios calmantes e problemas em geral. Nem todos têm gosto agradáveis, contudo ajuda a manter a saúde em dia e não beber refrigerantes ou bebidas alcoólicas evita vícios.

Aoi estranhou a morena acordar cedo, não que demorasse a acordar, mas nunca antes dele. Tomou o lugar dela e fez o chá, enquanto ela o ajudava o enfaixar. Sentados próximo a fogueira.

Ela ficou muito boa em fazer curativos, ele notou que ela parou de tremer, mesmo que ainda havia reações quase que naturais.

Ela estava cansada, quando arrumava a mochila pegou a pedra, era quente, um calor emitido naturalmente. Não havia parado para analisá-la melhor, estava cansada, jurou que a chama dentro da pedra balançava-se, tentou manter os olhos abertos.

Desfizeram as barracas, são pequenas quando desmontadas, tudo se encaixava.

Começaram uma breve corrida com os Pokémons, já que eles estavam carregando peso e tinham que manter a energia para qualquer emergência.

A maioria dos Pokémons foram encapsulados, Aka e Safire não eram tão intensivas no treinamento físico, contudo participavam, Breloom ficava no meio termo, sempre produzindo mais medicamentos duvidosos, mesmo assim mantinha-se ativo, habituou-se a fazê-los sem utilizar todos os seus sentidos.

Tinha algo errado, as marcas de território ficaram mais frequentes, assim como a quantidade de flores, eles notaram, mas não havia escolha aquele era o único caminho.

Vespas, são cruéis, ate seus filhotes podem envenenar,

fazendo suas vitimas definharem antes mesmo de pedir um antídoto,

um bom conselho de viajante nunca encontre o ninho delas, por que será a ultimo.

Saíram da trilha, é uma área aberta e fácil de visualizar, e não queriam ser encontrados.

A morena suspirava cansada, caminhavam devagar, passos sonolentos e leves. Sentiu a cabeça pesar, não era seu sono e sim o Vibrava. Pediu gentilmente para que ele ficasse em suas costas ficando sobre a sua mochila.

O peso era necessário, Vibrava tem ataque naturalmente em grande escala o que daria mais vantagem em uma emergência. Ela pensou nisso e pegou um lenço pequeno branco amarrou em sua cintura fina, Aoi não parou para pensar o porquê ela fez aquilo, Estava mais ocupado vendo os Beedrils já posicionar-se a procura de alimentos e as manhãs eles ficam mais ativos, Principalmente na Primavera.

Beedril’s em sua maioria é de nível baixo, comparado aos deles, não é difícil que ele evoluam, principalmente se estão na floresta, e evitam adversários que não possam combater, contudo eles lutariam se invadisse seu lar.

Breloom compreendeu a situação perfeitamente quando os treinadores sussurravam bolando um plano. Estranhou tamanha sincronia dos dois, ela havia deixado a sonolência para concentrar-se, estava tão seria quanto o albino, ele sabia que não havia como dar a volta teriam que enfrentar ao menos alguns dos soldados do enxame.

Se seus cheiros fossem sentidos, ou que fossem vistos seriam dezenas contra seis – Akany, Aoi, Growlithe, Breloom , Eevee e Vibrava- . Desconhecendo o numero exato de oponentes teriam que ser cautelosos para caminhar.

Subir nas árvores estava fora de cogitação, correr muito menos.

Safire ficou ao lado de Mikuo; Incomodava o cheiro de esporos dele, mas adorava a companhia do maior; Estava tão tensa quanto o grupo em fuga.

Uma sensação de apreensão, mesmo que não houvesse escolha, teriam que tentar.

Breloom ficou com a mochila da menor e do Aoi, não era pesados não tanto quanto no começo da floresta estava bem mais, como Pokémon e mais experiente saberia sair dali em problemas, Safire levava o que podia, seu corpo pequeno e quadrúpede não auxiliaria tanto, mas Aka ajudou mais colocando a mochila de Aoi presa em sua cintura pondo sobre as costas o peso.

Vibrava estava nas costas da morena com as asas abaixadas, a cauda estava relaxada, se olhasse para ela de frente, podia jurar que era a cauda é da menina. Ela sussurrou para seu Pokémon alado para acompanhá-los mais a cima. Beedril’s são voadores, mas nunca tão alto, voavam baixo e tinham que aproveitar o extinto natural das vespas. Ele subiu no dorso da árvore com cautela ate conseguir a brisa do topo para apenas planar evitando bater suas asas chamando menos atenção possível, mesmo que o bater de asas das Vespas já faziam muito barulho.

A sorte deles mudou.

Os ventos mudaram e eles sentiram seu aroma. Sabiam que havia alguém em seu território.

Eles notaram a movimentação da colônia, os zumbidos ficaram mais estridentes e intensos, estavam sobre ataque. Mísseis brilhantes e perseguiram sem recuar e em um movimento repentino e brusco tiveram que esquivar-se para não serem atingidos, o susto fez os corações palpitarem, e esquivaram sabiam que não haveriam tempo para pensar muito e correram tinham que ter alguma vantagem na fuga contra os voadores se quisessem ter alguma chance.

Aoi manteve a calma, corria habilmente, o zumbido do bater de asas das vespas abafou o barulho de sua acompanhante. Era Aka, A Growlithe latia e fazia sons altos chamando a atenção do albino com sua preocupação. Akany, Breloom e a Eevee, não estavam com eles. Olhou a sua volta, preocupou-se com Mikuo, a pequena raposa e a garota que tanto o irritava. Murmurou um xingamento enquanto ainda corria. Não teve escolha e tinha que lutar.

Aka se posicionou para a batalha tirando a mochila do albino. Ela rosnou, trincava os dentes e deixou o fogo percorrer sua pelagem as listras e a pelagem clara de sua cauda e peito era coisa realmente visível, seu pelo vermelho a semelhava-se ao fogo que a envolvia. As suas preocupações e a falta de por todo seu fogo pra fora a fez acumular muito calor dentro de si. Aoi sabia que teria uma chance com ela desse modo. Mas não teria tempo, o fogo não duraria tempo suficiente para enfrentá-los, a intimidação era sua opção e podia dar certo, se ao menos achassem os acompanhantes antes das chamas cessarem.

[...]

Akany corria sendo auxiliada por Breloom, ele podia ser bípede, e correr não era sua grande ajuda. Contudo ele conhecia a floresta, estava em seu extinto natural. Mas fora completamente cortado de seus pensamentos quando a morena o puxou pelo antebraço notando que haviam se separado, não tinham tempo e estavam sendo perseguidos. A pequena raposa já estava adiantada a frente, corria velozmente, porem parou, quando a sua treinadora chamou pelo nome. Seus corações estavam tão descompassados pelo receio de serem pegos e a preocupação entre seus pensamentos. Mas tinham que procurá-los.

– Vem! – Segurou o braço do bípede e chamou sua Eevee. Desviaram adentrando a floresta novamente não tiveram escolha.

Breloom soltou-se e defendeu-a socando a cabeça, ele esfregou os olhos vermelhos na terra úmida da floresta, os olhos negros do bípede focaram em outro oponente, mas esse não estava atrás dele e sim da morena que não recuou protegendo a pequena Safire a puxando saindo da armadilha perspicaz de outra Vespa, Akany sentiu o vento e o barulho estridente das asas batendo atrás dela, a que a perseguia próxima demais e chutou um dos braços ferroados do Beedrill o calçado auxiliou para que não fosse envenenada e Breloom teve o segundo que precisava saltando e usando sua cauda, brilhava feito aço fundido e sua extremidade assemelhava-se esferas de demolição, escuras e pesadas jogando seu corpo dando mais força a sua cauda esmagando a casca dourada do tórax, a cabeça com olhos rubros saiu rolando pela força e o peso agregados ao ataque esmagador. A fúria e a precisão do bípede estavam excedendo pelos olhos negros e a respiração contida, Mikuo foi treinado para vencer e derrotar tudo e qualquer inimigo e não recuaria nem se fosse necessário de maneira alguma ele iria em frente. Gritou mostrando superioridade aos alados. Estavam em números então não recuariam, Safire mostrou os pequenos e finos caninos, Estava pronta para auxiliar o bípede. A morena sabia que tinham uma chance melhor, mas não poderia pedir auxilio ao seu Pokémon Alado sem encontrar o Albino e sua Canina. Bateu as asas tão rapidamente que só poderia observar um vulto esverdeado em suas costas, o zumbido estridente que as asas de Vibrava produzia, confundiu a formação das Vespas e guiou para que o grupo em fuga pudesse ter mais chance, não teve que procurar muito, a explosão de fogo indicou o caminho, mesmo que a floresta fosse tão densa para que apenas Vibrava que observava do alto pudesse notar o fogo sobressalente .

Não estavam longe, a corrida parecera ainda mais longa quando esta sendo perseguidos, eles avançavam entre árvores e raízes, moitas. Despistavam como podiam: a pequena raposa auxiliava na fuga criando esferas negras –Esfera das Sombras- jogando contra seus adversários protegendo sua treinadora e Breloom também continuo a ideia criando esferas verdes e brilhantes com os punhos – Esfera de Energia- e defendendo com suas garras e cauda. Ela os guiava e comandava, eram seus olhos e comandos de corrida.

Suas pernas estavam tão leves, o treinamento havia valido a pena, sua respiração estava controlada, posição adequada aos braços. Não dava pra aproveitar o momento, estava com a adrenalina as alturas.

[...]

Aka é ágil, e isso a auxiliou muito, mesmo que ainda tem muito a aperfeiçoar nesse aspecto os comandos de Aoi a auxiliavam e ela não iria desistir e focar-se. Incrivelmente, mesmo sabendo que estavam cercados e que não sabiam onde os outros estavam. Ele estava com seus Pokémons acoplados em sua cintura. Não pensou em usá-los. Na verdade se forem longe de mais nessa briga eles seriam seus últimos recursos, seria burrice usá-los todos de uma vez. Corria para sair das proximidades do ninho com Aka, mesmo que não parecera muito ansioso ou extrapola-se, apenas concentrava-se para continuar e encontrá-los correndo indo em direção a Cidade de Azaleia, já que esse fora o programado e seria uma chance de sair ilesos. A Canina estava perdendo o controle de suas chamas, havia contido demais seu poder natural e assim que permitiu que se expandisse não conseguia abafar as labaredas que saiam de seus lábios com presas sobressalentes e olhos dourados transmitia a preocupação, com medo dessa situação, parecia concentra-se apenas no albino, querendo manter o ritmo e o controle.

O oxigênio que a canina tanto necessitava e ansiava como o fogo prestes a se apagar buscando as ultima fagulhas de vitalidade, definhava em silêncio. Ela não teve escolha. Deixou o fogo sair.

Quando todos criticam, e impedem de fazer o que você mais ama. O caos é o primeiro a lhe encontrar e ele parecera muito convidativo.

Growlithe soltou um rugido, pondo tudo que tinha para cima dos seus perseguidores esbravejou tudo que guardava dentro de si.

Akany reconheceu no momento que ouvira, sabia que esse rugido não era comum. Conhecia-a como ninguém, mas deu tudo errado quando viu o fogo. O medo a consumiu por completo. Quis fugir, chorar, buscar um lugar seguro. Porem seus pensamentos e lagrimas foram paralisados assim como seu corpo quando Aoi a segurou puxando pondo-a contra o chão evitando assim ser envenenada pelas vespas enquanto Mikuo e Safire lutaram bravamente com o maior, a morena se sentiu fraca e suja fora jogada contra uma pedra pequena que bateu em sua barriga causando uma dor terrível, mas que foi a que manteve na realidade e não perdida em seus pensamentos de momentos traumáticos.

Foram momentos tão intensos e tão confusos, as vespas vieram com tudo que podiam para proteger seu lar, com as chamas desenfreadas começaram a consumir a floresta.

A respiração da morena foi afetada e nada conseguiria aproximar daquela canina ate ela expor tudo que tinha preso em seu corpo. Olhou para o Albino tinha um plano e não tinha tempo e tão pouca escolha.

Colocou a pequena raposa em sua cápsula.

As suas mãos tremiam sua respiração estava tão falha, perguntou-se se o fogo consumia o oxigênio tão rapidamente que sua respiração estava sendo afetada, ou por ela que suas reações catastróficas, ou que estava perdendo o controle. Na verdade é tudo.

Não podia fugir. Mais que nunca a sua amiga precisava de seu apoio depois de ter contido por tanto tempo.

Sabia como apagar o fogo, ela pensou nisso tantas vezes, em como poderia ter ajudado a salvar seus pais se soubesse que naquele momento não havia incertezas no momento.

Aoi chamou à morena, disse que tinham que ser rápidos. Ele não precisava dizer isso, seu corpo e sua mente sentiram isso de todas as maneiras.

Não podia, não devia e não a deixaria de maneira nenhuma.

Seu corpo reagia, tremia, suava. Ela ficou furiosa, com ela, com a situação e com a canina. Pensou “Por que não me disse!?”, a morena não iria compreender os pensamentos da avermelhada se ela não disse-se nada. Odiava sentir-se fraca, odiava o momento perigoso, odiava olhar nos olhos dourados de Growlithe e só ver que estava tão apavorada quanto ela.

– “Desconcentre-a” – isso passou pela cabeça de Akany, não tinha tempo não teve escolha.

Puxou a cauda felpuda da Canina surpreendendo-a, suas mãos tremiam tanto que obteve uma força excessiva para segurar com os pelos entre os dedos, isso desfez o fogo, a canina estava ofegante ao ponto de parecer que estava pondo tudo que tinha dentro de si para fora, era apenas ar que tanto ansiava e a colocou no Pokébola e segurou a mochila de Aoi e se pôs a fugir. Desfez o lenço preso em sua cintura enquanto corria do enxame, alcançava Aoi, olhou para os céus enquanto corria, encontrou os olhos verdes aos céus, Vibrava compreendeu.

A morena entrou em estado de fuga que tanto evitava, em sua cabeça e seu corpo tudo que queriam era fugir, contudo tinha que apagar o fogo, fazer algo, ao menos uma vez ela ia conseguir ajudar.

Forçou-se a lembrar o caminho de saída, observara tantas vezes aquele mapa. estavam próximos da saída antes, mas ao adentrar a floresta novamente. perdeu a proporção do quão longe poderiam estar.

Não há tempo.

O lenço fino cobriu o rosto do albino enquanto o zumbido do enxame aproximava-se. Ele ficou confuso com a ação repentina da menor segurando os ombros dela evitando a aproximação brusca.

– Tempestade de areia! – Gritou para que Vibrava pudesse a ouvir no meio de tantos zumbidos, acabou deixando todos confusos, não teve como parar e explicar, envolveu o lenço 2 vezes no rosto de Aoi e agarrou os braços do albino e de Breloom a floresta foi consumida pelos ventos áridos, ela prendeu a respiração, respirar nessas condições implicaria em deixar areia adentrar e machucar suas vias aéreas.

Os Beedrill’s desfizeram a formação de ataque depois de perder seus intrusos de vista. A tempestade de areia abafou as chamas.

A morena não iria ter ar o suficiente para sair da floresta com as mãos segurando os punhos deles não teve como abafar a areia, com os olhos cerrados os cílios auxiliavam para boa parte dos grãos acertariam seus olhos estavam desprendidos de mais de qualquer trilha para ela saber aonde ir ou levar. As olhando para baixo viu a oportunidade: Um pequeno desnível no terreno antes não notado, por que não foi vantajoso, só evitado para não perder o equilíbrio. Podia indicar agora o caminho correto para sair. Ela sabia aonde estava indo, acabou tropeçando e a respiração

A tempestade consumia a floresta.

Saber o quão dificultoso é manter a concentração quando o desespero, medo estão envolvendo todos seus momentos e sensações. É algo que ninguém desejaria sentir.

Para os dois que estavam sendo puxados sem avisos ou opinião alheias, Confusos mais que amedrontados pela situação que a morena os trouxe sem delongas.

Acabou as folhagens espessas e estavam na Cidade de Azaléia. A tempestade havia ficado dentro da floresta e seus perseguidores também.

A morena estava recuperando o fôlego, cansada pela noite mal dormida, as pernas instáveis, sentia a mochila do Aoi, pesar mais do que realmente era.

Estavam sujos e a calça do albino havia rasgado juntamente expondo um dos pesos extras para treinamento intensivo, com a camisa da menor mostrando o biquíni violeta e o busto pequeno, não era plana, contudo pequena demais para ter seios desenvolvidos, o albino ficou meio decepcionado, suas pernas estavam arranhadas e com filetes escorrendo.

Mikuo estava melhor dos três, ainda com a mochila nas costas ele a retirou e começou a sacudir tirando o excesso de areia. Vibrava saiu do meio da floresta intacto, Ele sabia se guiar pelos próprios ventos, não teve problemas nenhum em sair ele pousou próximo ao corpo moribundo da morena no chão pensou ate que estaria ferida então a cutucou com seus pequenos braços.

O nariz da morena sangrava, havia inalado areia e feriu. Seu estado físico era catastrófico, O albino tirou o lenço sujo de seu rosto, mesmo com a calça Jeans rasgada e suas roupas sujas. Estavam inteiros e vivos. A morena chorava pelo esforço de cuspir a areia e o sangue misturavam-se. O sono e seus medos rodeavam, sem parar. Contudo sentou e acariciou as costas do Vibrava, sentindo o gosto do próprio sangue amargo, os olhos verdes se reencontraram novamente, os dela estavam vermelhos e lacrimejando. Os de Vibrava mostrava uma breve preocupação, mas não pode fazer muita coisa, segui-o as ordens, mesmo que ela estivesse se ferido o que pra qualquer um significaria que fez algo errado, então estava ressentido com a reação da menina, ficou surpreso e confuso.

– Você foi bem, muito bem. Obrigada. – Sua voz era falha enquanto a língua se contorcia para cuspir e a falta de saliva não auxiliava em nada.

– Você é louca. – Esfregava a mão sobre o cabelo tirando areia dos fios brancos, claramente irritado com a situação e não tê-lo avisado em nada.

– Esta bem? – Tentava estancar a hemorragia nasal encurvava-se enquanto molhava suas coxas, sentada com o cabelo cheio de areia. Ela estava tão cansada e com o corpo começando a relaxar só evidenciava sua exaustão.

Esfregou a camisa rasgada e escura no rosto, contendo o sangramento, evitava respirar muito doía como estive-se arranhando por dentro.

Aoi suspirou pesadamente, depois de tudo não podia reclamar por ter feito aquela escolha. Mesmo que houvesse outros meios ele não saberia como apagar as chamas e conter um enxame inteiro em um único golpe sem ficar ferido. Mas pensaria duas vezes antes de tentar novamente executar esse tipo de ato.

Esfregando os fios brancos tirando areia, parecera que quanto mais esfregava mais tinha enquanto Levantava-se meio dolorido notando que agravou a fenda em sua calça e dentro dos calçados tirando a terra entre os dedos dos pés.

Ela acariciou o dorso do alado com as mãos tremulas o cansaço a afetava de forma evidente ela desmaiou.

Aoi aproximou da pequena, mas parou ao olhar para os passos que cortaram seus pensamentos.

Um homem moreno, alto e olhos escuros. Cheirava a cigarro, não fumava contudo o cheiro era tão forte que parecera que o pulmão expelia o cheiro, um olhar vazio perdido em pensamentos obscuros.

Há quanto tempo... – Colocou Akany sobre o ombro pondo o lenço sobre a face da morena evitando que manchasse a própria roupa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Akany - Trilogia - Jornada em Johto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.