Akany - Trilogia - Jornada em Johto escrita por Kah Quetzalcoatl


Capítulo 9
Capitulo 9 – Amores e Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei... Mas compensando meus leitores amados, com um capitulo grande.. - o número de palavras escritas deve ter dando uma ideia.
Boa leitura.



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Estar na praia pode ser um dia harmonioso e tranquilo, ao menos até ir ao mar e ele acabar engolindo em suas próprias vontades, afogar-se em água salgada, ansiando o ar que lhe é negado e acabar de cara na areia fina.

Foi exatamente assim que a morena se sentiu ao acordar. Dolorida como se tivesse sido jogada pelo mar sem receios e ter a engolido novamente como um adeus doloroso.

Um quarto com paredes azuis claros transpassava a calma do subconsciente que foi negada graças às dores espalhadas em seu corpo e o gosto terrível de cobre em seu paladar, fazendo ter uma expressão de nojo, deitada em um futon, com as pernas doloridas, tentou levantar-se, mas cambaleou e como consequencia a fez apoiar-se em caixas empoeiradas,sentiu o nariz escorrer, indagou-se mentalmente por tal situação que se encontrará, todavia não se recordava de estar resfriado ou algo associado, percebeu um gosto de soro que escorria de suas narinas, limpou o rosto com um lençol que antes a cobrira, sentiu muita sede e com isso tentava insistente produzir saliva, entre tanto a sede não permitia que só isso a saciaria.

A morena procurou as suas Pokébolas e notou a falta delas. Seu raciocínio foi aflorando, mesmo que a cabeça dela doesse notando ao passar os dedos pelos fios castanhos embaraçados, estava descabelada como se tivesse debatido-se na cama por uma noite inteira e uma terapia silenciosa, acariciou seus fios medianos eles estavam crescendo e ondulava-se nas pontas. Queria compreender aonde e como acabou naquele cômodo.

Presumiu abrir a porta, mas isso não soou nada agradável. Respirou fundo e suave, fazia o menor ruído possível, mesmo com suas pernas machucadas o foco de sair sem deixar rastro era o principal.

Em uma casa que desconhecia o porquê, desejou apenas saber onde estava. Único jeito de sair era pela janela. Agradeceu mentalmente por ter praticando escaladas para colher frutos na floresta tinha que ser boa nisso, mesmo com as pernas com curativos pequenos graças os hematomas nas pernas, com a corrida e o sangue quente no momento não foi doloroso.

Sentiu o cheiro de madeira antiga e pelo alguns amontoados de caixas indicara que não é comum estar aqui. Provavelmente a casa é ocasionalmente habitada. Recordou-se da casa de campo de seus pais, o cheiro é similar, obtinha mais das fragrâncias de livros antigos. Recuou ao pensar nisso, contudo notou que trajava: um vestido violeta de algodão puro e rendado, fechado no pescoço e comprimento após os joelhos, claramente não era para o seu tamanho sua mãe adotiva ficaria completamente louca em ver-la vestindo-se deste modo, nada agradável aos olhos perfeccionista em questão de roupas e vestidos em principal ativavam a excentricidade .

Abriu a janela e saiu estava no térreo; Próxima a floresta; sabia que encontrava-se em Azaléia era um começo, mas não o suficiente desejava ter uma visão melhor do lugar, cautelosa fechou a janela antes de sair isso ajudaria a saber se alguém iria atrás dela. Subiu na árvore que percorria as paredes externas do imóvel aonde escapou, as ramificações grudando ocasionalmente em seu vestido violeta aumentando a frustração da situação , odiava vestidos incômodos e desnecessários sem uma situação promiscua, a facilidade do movimento da saia poderia atrapalhar.

Meta básica : Encontrar Aoi ou Vibrava.

Olhava para os céus o procurando, voltava a subir, alcançando o segundo andar, havia tanta vegetação ramificando pelas paredes que atrapalhava a subida. Ela amarrou o vestido o encurtando para não prender, havia notado naquele momento que seus fios castanhos estavam crescendo a franja incomodava.

Observou ao redor por uns instantes associando aos poucos aonde e quando estava, mesmo que não fosse uma visão ampla que almejava, entre tanto deu para notar um pequeno bando de corcéis pastando entre cinco a oito, o fogo que eles emanavam a assustava, certamente não passaria por eles ficou aliviada por estar no alto, tentou lembrar o nome da espécie. Contudo tinha outras coisas com o que se preocupar.

A janela que havia escapado abriu brutalmente, alguém chamava pela morena.

Akany arrepiou-se seu corpo e pensamentos se concentram em fugir, mesmo que não tivesse muitas opções de fuga, passou rapidamente pela quina da mureta saindo do campo de visão da janela abaixo, contudo tinha uma a frente no segundo andar estar próximo e silenciou-se o que permitiu ouvir gemidos, gritos abafados e outros mais altos que não soube distinguir, soavam descompassados. Aproximou da janela, precaução para saber de quem pertenciam os sons estranhos. O que ouviu, fez seus pensamentos ficaram confusos não sabia como lidaria com tal situação.

Ela que havia tentado lembrar-se de como chegara aquele lugar dês que acordara e agora única coisa que passara pela sua mente fora um ato pervertido dentro daquele imóvel, associando os gemidos mais altos. Engoliu a seco sentia falta d'água aguçar seu nervosismo e preocupações. Pensava no que deveriam ter feito com o albino. Havia tantas coisas absurdas a pensar sobre isso que ela perdeu o ritmo dos passos cautelosos sobre o beiral e olhou para dentro.

Dois rapazes estavam suados e os músculos tensos com reflexo aguçado.

Tudo deu início depois do moreno, de 1,83 olhos verdes e cabelos negros com corpo musculoso não exagerado, mas dava para notar sua vaidade contraditória com seus hábitos desleixados. Seu jeito único com a barba fina que cobria do cavanhaque ao queixo, uma linha negra fina e sobrancelhas grossas igualmente escuras, a pele morena exposto ao sol diariamente. Desfazer o sarashi do menor foi o ápice da confusão, e ter derrubado os remédios no chão completou o caos. O moreno claramente mais velho entre 19 a 25 anos, dotado de um sorriso branco provocante refletia sua personalidade arrogante em seus lábios finos.

Estavam em um momento, para ser mais gentil e pouco chocante: Exótico, é a palavra mais adequada, para a pequena que observava a briga pela janela escancarada.

Akany atônita com a situação, Aoi com a face sobre a mesa e o moreno por trás segurando as costas do albino enquanto tentava evitar que ele concretizasse um gancho se contorcendo para trás com o braço dele segurando seu pescoço, o mais velho parece estar se divertido com a situação, Aoi desejava fazer-lo engolir tudo que dissera e feito.

A expressão da menor disse tudo que precisavam saber sobre a situação.

Na visão da pequena: Aoi estava de quatro sobre a mesa e o Moreno atrás dele se esforçando bastante e com os pensamentos que havia encenado em sua cabeça, imaginava que o albino estava prestes a ser estuprado.

– Solte-o! – Subia na janela adentrando o quarto com o rosto rubro com os pensamentos absurdos.

– Ou o que? – O moreno parecia se divertir com a situação, mesmo que surpreso com a entrada nada comum da menina no segundo andar.

O rosto dela ficou vermelho, não havia como lutar concluindo de que não estava no nível do albino ele se derrotou a probabilidade dela conseguir seria quase nenhuma, contudo infelizmente Akany não é proveniente de bom senso, mas certamente perspicaz.

– O que foi não sou um homem e por isso não me dar atenção? – Ela sorriu um sorriso travesso e infantil.

– Ah, é a garota – Parecera lembrar-se de algo que tinha que fazer ignorando completamente o que a menor disse sobre sua sexualidade. Foi ate ela, a menina estava com os olhos fixados nos dele sem medos ou receios. Bom senso não era o forte da morena, mas é de Aoi, mesmo que no momento esteja pouco se lixando para qualquer tipo de senso. Chutou o maior continuando a briga.

Notou que o moreno estava mais divertindo-se que qualquer tipo de briga violenta e Aoi exaltado com o mais velho, ele gritava e reclamava que o moreno havia feito.

– Filho de uma Ditto! - Albino estava claramente irritado, mesmo parecesse mais uma briga de irmãos, do que algo, realmente agressivo.

Akany não compreendeu muita coisa pensou em um instante nunca perguntara para seu acompanhante se tivera um amante, ou algum tipo de intimidade não estava sendo cogitada a ser comentada entre eles. Pensou em sair por onde entrou e foi o que fez subindo na janela novamente, sentando na janela com uma das pernas fora e outra dentro pensando em como sair e descer tinha que passar no mercado entre tantas coisas que obteve em mente, comprar uma muda de roupas era o essencial, andar com roupas rasgadas e manchadas não era mais de seu feitio há muito tempo, mas treinar o físico desse modo também não era seu planejado como resultado a maioria das roupas estava surrada e com a costura se desfazendo, ao contrario da maioria dos consumidores Akany ficou um pouco excêntrica sobre a qualidade do que consome. Coisas que apenas de gente de alta classe exige que aprenda, sempre pesquisando mercadorias de qualidades e claro: um preso negociável.

A porta se abrira de maneira estrondosa, atingido contra a parede assustando os três. Uma azulada, os fios azuis de seu cabelo preso em um rabo de cavalo alto e olhos amarelos grandes pareceram assustados e gritava, provavelmente não percebendo a mudança na voz.

– A Menina, ela... ela sumiu... – Notando a quem procurava estava diante de seus olhos. Ficando ainda mais incrédula com os meninos brigando.

– Aoi, Cadê minhas coisas? – Indagou à morena desistindo da situação confusa que se metera. Não perguntaria talvez outro momento, decidiu por hora descobrir por si mesma.

– Mikuo deixou próxima a entrada. – Respondia tirando o braço do moreno do seu pescoço com a proximidade da garota. O mais velho catava o que havia jogado para perturbar o albino.

– Ta bem. – Saio pela janela caminhando pelo beiral.

– Ela sabe o que é uma porta, não é? – A azulada indagou confusa com a ação da pequena.

– Não confia em vocês. – Aoi sempre direto e pouco gentil. Os dias com a morena o fez compreender alguns dos atos impulsivos. – Você é esquisita. – Notando que ela não dava a mínima para situação, mas dava a menina que ela havia arrumado e cuidado. Afinal haviam destruído três moveis e desarrumado um escritório inteiro.

– Assim você magoa a Ema. – O moreno ria de maneira descontraída se referindo a azulada.

A pequena havia descido, acabou sendo surpreendida pelo corcel, um grande com pelagem brilhante e curta. Ela ficou com medo da aproximação repentina e por ele estar expelindo fogo continuamente de sua crina e cauda. Ela olhou nos olhos castanhos do Rapidash, grandes e brilhantes, o medo fez Akany afastar-se. Não chegaria perto deles mesmo que fosse por afeto, encarava o medo que ela obtinha de sua presença. Ele bufou como reprovação e voltou ao bando. Para a tranqüilidade da menor que tratou de seguir seu caminho sob a madeira antiga moldava a entrada da casa a qual sairá.

O pavor ficou preso em sua garganta fazendo suas mãos tremulas acusar seu pânico incontrolável.

Odiava sua condição física e mental perante o fogo. O silêncio evidenciou seus tremores, manteve a mente no lugar. Tinha que encontrar seus Pokémons e suas coisas. Ficou rubra pensando em ter se metido em uma situação vergonhosa. Culpou Aoi, por deixá-la sem nada ou alguém conhecido próximo. Pensou em quanto tempo estava dormindo e aonde Vibrava teria ido.

O Sol estava em seu auge

Safire estava dentro da casa, com Aka almoçando. Comeram, como a muito tempo não tivessem uma refeição descente. Eevee degustava com fofura e elegância natural, isso a pertence, nasceu com ela. Growlithe é arisca e pouco confiável com tudo e todos, totalmente contraditórias, mesmo que se entendam com poucos olhares e maneiras singelas.

Akany ouviu um som ritmado dentro da casa, uma música eletrônica saindo de um pequeno aparelho, contudo o que chamou atenção da morena foi uma pequena rata dourada com bochechas rosadas, dançava animada sorria, os passos eram tão calculados e tão fluidos. Sorriu e sentou para observar-la até o fim da música. Uma Pikachu muito carismática e egocêntrica. Contudo era linda dançando, Safire observava a dança, com a calda sutilmente em seu compasso.

Observava cada passo e expressão, cuidadosamente como se buscasse qualquer outro tipo de expressão erros e acertos entre as fraquezas e forças. O dia estava abafado e quente, a rata dourada não dava à mínima. A respiração dela estava desconforme atrapalhando o ritmo, não a ponto de ser visível mesmo que a cansasse demasiado por isso.

É definitivamente um lugar estranho.

Filetes frios caiam dos céus, a chuva cobria o azul profundo escurecendo-os completamente, como se o amanhã tive se esvaído, chuvas fracas e gentis que iriam embora logo ao anoitecer deixando a grama fresca e alva.

Precisava de um banho, contudo sentou na grama e permitiu-se a ficar, buscava relaxar e sabia que os corcéis não se aproximariam dela nessas condições, ficaram abrigados e juntos mantendo o calor corporal.

Ventos fortes envolveram aquele local, bagunçando os fios castanhos da morena.

– Você vai ficar sentada o dia todo? – Aoi estava na porta com a camisa escura muito amarrotada e a calça rasgada na altura do joelho esquerdo.

– Desculpa pela calça. – Olhou para ele com um pouco de receio pelo ocorrido.

– A Ema enfiou tanta água no seu nariz para limpar tudo que pensei que fosse se afogar. Você deve ter um sono de pedra.

– Agora eu entendi o porquê sonhei com praia. Depois de tudo, fico satisfeita de ter acordado... – Voltou a encarar os céus. Recordou de alguns fragmentos de memória distorcida. Fios azuis lembravam o oceano. Eram os fios da azulada.

Ele sentou ao lado dela.

–Não vai me perguntar nada? – Perguntou o albino depois do ocorrido, esperava ser bombardeado de perguntas sobre a casa, aonde esta, quem são, e etc.

– Como se você algum dia fosse responder qualquer uma das minhas indagações. – Suspirava em desistência.

– Nick, ou Nicolas é a pessoa que esta pesquisando sobre você. Vamos ter que seguir-los ate o campo. – Referia-se ao moreno e a azulada, respondendo-a.

– Me sinto uma prisioneira. Não vou com eles. – Encarava os céus deixando a chuva lavar seu rosto pálido.

– São ordens diretas. – Basicamente não tinha escolha e ele sabia bem como é ficar nesse tipo de situação.

– Daquele estúpido... – Lembrando-se do seu primeiro dia de viajem nada agradável - Perfeito. – Deitava sobre a grama cruzando os braços.

Aoi ficou em silêncio, pouco tinha a ir contra a morena, não gostavam da mesma pessoa e tão pouco receber ordens da própria.

– Não temos escolha, não é? – Deduziu-se pelas palavras suprimidas de Aoi.

Um som de afirmação embalou: discórdia e a negação. Um sorriso pensando no assunto que estará atualmente. Encarou Aoi tinha coisas a perguntar e sobre esse assunto não pensou em que ele não se responde.

– O que esta olhando – Cerrou os olhos, intrigado.

– Você esta apaixonado?

– O que? – Alterou a voz, com tamanho absurdo que ouvira em sua vida. Completamente perplexo.

– Eu atrapalhei, não foi? – Aproximava-se do albino sussurrando na orelha dele como se conta-se um segredo. – Você podia ter me contado eu não ia atrapalhar se tivesse. Eu pensei que estava precisando de ajuda... – Tentava preterir o que havia feito. - Sempre falavam disso entre garotas na escola, contudo não faço ideia como é... – Impediu a fala pensando em algo para comparar esse assunto e sentimento desconhecido.

– O que te faz crer que eu deitar na chuva contigo me faz... – Buscava palavras, não soube como explicar ou dizer por que simplesmente tudo foi um baque ao seu raciocínio.

– Não gosta do Nicolas? Referiu a ele pelo apelido, e estava com ele na em cima... – Foi impedida de continuar quando sentiu suas coxas serem puxada para o alto soltando um grito agudo, com a força e a habilidade distorcida de força.

O moreno havia a puxado sem devaneios expondo a parte de baixo do biquíni violeta e o ventre graças ao vestido desproporcional ao seu tamanho infantil.

– Ficou toda molhada, crianças não podem ficar na chuva. Ficam doentes sabia?

– Não pode chamar que nem uma pessoa normal? – O Albino ficou rubro com a conclusão da menor definitivamente, pensava em torturá-la e fazer se arrepender do que havia dito.

– Não é a mesma coisa. Alem do que nunca vi ninguém tão baixinha. É fofa. – A colocou no colo como se fosse um bebê e ela odiou a comparação. Ele a prendeu de forma que suas coxas estavam coladas abdômen e seu braço presos envoltos pelos dele, sentia o aroma de café forte parecia tentar iludir o cheiro de cigarro. Apesar de fazer-la incomodar havia um sentimento paterno de acolhimento sobre o abraço.

A ação repentina fez estado de pânico imediato, completamente paralisada.

Seu corpo inteiro tremia, seus olhos perderam o foco. Sussurrava implorando para soltar-lá, as lágrimas escorriam molhando seu rosto. Não queria gritar ou agir desse modo, ia contra seus desejos internos, mas sua fobia causava uma grande inconsistência com: O que queria e o que fazia.

O Nicolas ficou confuso com a reação da menor, não havia feito nada que julgasse tão apavorante. Porem, não agia de acordo com seus sentimentos internos.

Levou a morena para dentro de casa. Colocando-a sobre um sofá, antigo e recentemente limpo. O cheiro estava envolvendo o cômodo. Reconheceu alguns Pokémons, juntamente com a garota de fios azuis. Sentiu-se suprimida pelo clima e seus desejos de fugir. Ficar sentada encolhida contendo seus medos e receios.

– Vou preparar os cavalos, vamos embora, tenho montarias extras no sótão. – Ema, a garota de corpo mediano alta: 1,73. Estava com uma roupa mais fechada, lembrava uma vaqueira, mas com roupas mais escuras e detalhadas com emblemas de Pokémons fantasmas, usava maquiagem, leve que destacava seus lábios rubros. – Estarei pronta, troque de roupa, vamos a cavalo.

Não teve escolha, mesmo que não desejasse seguir com as regras dela. Banhou-se, seus passos eram tão cautelosos para conter seus devaneios que deixou de ser um enigma para Aoi após compreender a fobia da menor, mesmo que não compreendeu a forma que ela agiu a aproximação do moreno.

Akany ainda estava preocupada com seu Pokémon alado. Encarava a janela esperando a volta do Vibrava.

Arrumou-se colocando uma calça jeans escura justa e uma camiseta escura com detalhes fluidos em amarelo marcando suavemente suas pequenas curvas. Limpou a mochila diminuiu a quantidade de areia, em seguida concluiu que precisava ir aos compras antes de irem.

Aoi tomou banho e trocou de vestimentas, não tinha outra calça, costumava lavar a atual e utilizar-la no dia seguinte, sempre quando fosse descansar retirava e lavava no dia seguinte a vestia independente se estava seca ou não. Não se importava com o estado dela, havia rasgado tantas calças que acabara apenas com a que usava.

Akany pegou um guarda chuva e foi ao centro Pokémon da cidade de azaléia. Não tinha como não encontrar-lo. Não saberia dizer se estava mais frio dentro ou fora do imóvel, ao menos, a parte interna estava seco. Foi a uma tela de lista do que escolher. Não tinha muito a fazer nessa cidade e geralmente os Pokémons que são sendo atendidos diariamente são locais da Cidade de Azaléia.

As épocas que os Ginásios estão mais ativos; que tem a obrigação de estar e seus postos para novos desafiantes; entre as estações de Verão e Outono. São mais frequentes que outros seis meses do ano. Não significa a viajem será sempre ensolarada, há lugares aonde a neve nunca desapareceu.

Akany comprou roupas novas para ela, com mais facilidade de treinos, roupas resistentes não eram parte e sua pesquisa inicial sobre roupas, mesmo assim aderi perfeitamente a ideia com sua lábia de comerciante consegui-o um bom desconto com as roupas femininas, e para Aoi, não teve trabalho em saber as medidas dele, quando estar próximo a alguém dormindo lado a lado, da perceber muitas coisas; principalmente o que não desejava saber.

Preencheu boa parte vazia de sua mochila, havia deixado suas Pokémons na casa com Aoi, estava chovendo e elas tinham apenas que descansar; nada muito alarmante; levou medicamentos que teve que utilizar com o treinamento e sentiu falta de prendedores pequenos e repôs os mantimentos higiênicos, comprou pacotes de conserva para alimentos, é interessante pôs consegue deixar a vácuo, Akany sempre fazia suas pesquisas base antes de adquirir qualquer item. Hábitos que adquiriu com sua família adotiva: pesquisar, qualidade e custos, ser a base do que os outros desejam ser ou ter, não é tudo entre a alta sociedade estudos e saber o que dizer e fazer entre comerciantes era essencial, mesmo que não iria a escola para ser conscientizar disso o casal a treinava em casa diariamente, contas, leituras e lidar com as pessoas e orçamentos, a morena nunca viu isso como uma besteira, pois era o que mais fazia o casal feliz passando seus conhecimentos a uma criança. Seus pais adotivos, certamente a amavam ela retribuía o carinho, porem não sabem lidar com a pequena que ocasionalmente voltava a sujar-se com brincadeiras e escaladas.

Respirou fundo para que a coragem preenchesse assim como o ar enchia sus pumões. Foi ao telefone, dava para enviar mensagem de vídeo, texto, ou voz. Tinha que avisar que estava bem aos seus pais adotivos, fazia um tempo dês que saiu de casa. Pensou em escrever, concluindo que ouvir ou ver-la poderia denunciar suas mentiras. Assim seria seguro, não que fosse uma péssima mentirosa, só que as verdades pareceriam absurdas e preocupantes.

“ Olá,

Caros Senhor e Senhora Kasakadi.

Meu caminhar tem sido exaustivo e pouco incerto. Não sairei de meu curso.

Estou me esforçando, estou me saindo melhor que minhas expectativas.

Agradeço toda a ajuda.

Encontrei alguém que me auxilia e compreendo melhor como funciona a vida fora de casa, digo isto, pôs comprei uma muda de roupas masculinas, aviso também que fora uma emergência eventual.

Estarei entranhada em meu rumo. Esforçar-me-ei para usufruir tudo que esta jornada me dispor.

Entrarei em contato em breve.

Assinado: Akany Kasakadi”

A morena queria poder contar alguém o primeiro dia maravilhoso de sua viajem, mas desistiu pensando que não havia nada de revigorante em suas recordações.

Foi formal, como sempre. E pouco disse, ficou com receio do que se meteu e envolver as pessoas que cuidaram dela por tanto tempo. Respirou fundo, não sabia no que exatamente estava se expondo. Pensou em fugir, contudo imaginou as terríveis conseqüências. Entre tanto, para o próximo desafio, certamente preparada. Mesmo que ainda não imaginasse qual fosse.

[...]

Asas batiam forçando ao limite contra a chuva, o peso do que carregava não auxiliava seu vôo, seus olhos verdes transpassavam determinação, mas seus braços curtos e finos não conseguiam levar tudo que havia conseguido colher, e com toda a insistência acabou apenas escolhendo os melhores. Concluindo que para ele, os mais amargos; ótimos para virose; eram os perfeitos.

[...]

A pequena havia voltado a casa, não avisou a saída e estranhou estar tão vazio o imóvel. Aka e Safire estavam em suas Pokebolas sob a mesa, Akany após sussurrar algumas palavras de conforto, em seguida as colocou em sua mochila notando a Pokébola preta vazia, Vibrava deveria ter voltado.

Água escorria no vidro da janela gélida, o cabelo desgrenhado, era desembaraçado entre os dedos.

A porta escancarou rangia com o pouco uso e sua velhice decomposta.

– Aoi, aonde vamos? – A morena adentrou o quarto aonde o albino se vestia com a camisa surrada e uma cueca escura. Akany olhava para cima evitando ficar sem jeito precatando a face rubra.

– Isso importa? – Procurava vestimentas melhor no armário, mesmo que parecera que alguém não abrisse aquilo há anos, o tempo chuvoso e a poeira não melhoravam em nada sua rinite, fora o fato de serem roupas que o bisa avô deles usaria para um jantar formal.

– Importa quando tenho algo a oferecer. Diga – Jogava a sacola de compras sob o peito do albino , com o reflexo ágil segurou amassando o pacote. – E veste isso logo.

– Vão lhe dar o que você quer. – Via o que havia ganhado da morena. Notou que o tecido era bem mais flácido que o jeans que tinha e uma camisa azul marinho com um Salamence nas costas. Perfeitamente ressarcido e aliviado fechando o armário, com as narinas rubras graças a sua rinite e o excesso de poeira e a chuva lhe propuseram.

– Achei que combinaria contigo. – Encolhia as coxas dobrando as pernas sobre o acento de madeira feito a mão. – O que eu quero... – A voz era de indagação a si própria sobre seus desejos atuais e passados.

– Deve saber o que é. Foi você que pediu. – Ouvira perfeitamente a morena com suas duvidas, não compreendera o porquê, afinal ele esta ali por um capricho que não lhe pertencia. Mas foi dado graças as suas conseqüências.

– Tudo que eu quero agora é que Vibrava volte. – Um vislumbre fez a pequena encarar fixamente a janela. No entanto deveria ser apenas sua imaginação, desorganizada com suas duvidas. – Aoi a gente... – Não conseguiu evitar ficar com o rosto avermelhado, com apenas uma cueca boxer trocando o sarashi. – Sabe... eu te dei uma roupa eu esperava que você usasse, tipo agora. Você não tem senso de limites com garotas. Entendo que gosta do... – Novamente sua mente estava desequilibrada com suas funções, não conseguiu completar o que iria dizer. Aoi irritou-se só de recordar da conclusão da menor algumas horas antes.

Movimento brusco e repentino, a mente da menor ficou em total breu.

Ouviu-se a cadeira a qual estava sentada cair e desmontar-se ao chão.

Olhos cianosos transpassavam sua fúria. Segurava a cintura da morena prendendo contra a parede, os lábios entre abertos, o hálito quente da portadora dos olhos verdes oscilar pelo queixo do albino. Ficou completamente paralisada, atônita pelo movimento brusco sentia as mãos pressionarem sua cintura fina conter os dedos gélidos dentro da sua camisa, seu coração descompassado, seu estomago contorcia, como um aviso interno de perigo eminente.

– Black... – Tudo ficou branco.

– Tira conclusões precipitadas de tudo que vê? – Desejava fazer-la engolir tudo que disse.

O moreno não era nada daquilo, é seu rival de caça de Hoenn, o albino é um dos melhores com grande potencial, Nicolas é mais experiente e esta aqui tem algo errado. Mas isto não evitava as brigas frequentes entre ambos.

– Se eu ‘parecer’ que estou fazendo algo com você. Então serei um traidor? – Aoi perdeu o limite, mas achou justo. Se ela a envergonhou, ele faria o mesmo.

– Não é como você fosse fazer qualquer coisa. – Passava em sua mente o por quê não teve medo. Devia, com toda certeza deveria. Não compreendia o porquê estava nessa situação, sua mente estava em branco, dizia tudo que vinha em seus pensamentos. Olhar para os olhos azuis e saber que ele estava fora de si. Como um péssimo costume pela falta dos medicamentos.

Sentiu as mãos subirem indo sob o busto levantando a camisa expondo na altura do seu sutiã notando o laço que detalhava e envolvia toda a renda cobrindo seu busto pequeno. Ela engoliu a seco, talvez devesse agir, sabia que ele a venceria de todo modo, não significava que deixaria ser vencida. Ela sorriu, um sorriso debochado e pouco complexo.

O sorriso foi desfeito, sentiu a língua quente e viscosa sob o pescoço. Aoi estava irritado, esperava que fosse o suficiente para fazer-la gritar e implorar para que parasse.

A respiração ofegante da morena denunciou o nervosismo, queria limitar-lo segurava os ombros almejava afastá-lo. Ele sabia o ponto fraco dela e aproveitou pressionando o peito contra o busto segurando as coxas, a guiando para prender em sua cintura que envolvia com as coxas. A posição fez a menor sentir as costas percorrerem a parede, com o queixo na altura dos seus olhos verdes, os lábios instáveis, não sabia o que dizer, sua respiração descompassada evidenciou o que se passava em seus pensamentos mais complexos e não compreendido pela falta de maturidade.

– Des-Desculpa! – Uma voz rouca e desconexa saiu dos lábios da morena.

– Venci. – Soltou deixando-a cair, sabia que passara dos limites, e não era seu estilo de aproximação e não desejava esse tipo com a morena. A razão perdurou o momento.

Esfregava o pescoço desejando que a sensação fosse embora, mesmo que não sentisse o pânico com a aproximação, não estava pensando em coadunar e como havia chegado naquele tipo de situação pretendia passar longe do albino por um tempo, porem seria sutil com sua decisão, concluindo que estavam juntos de qualquer modo e probabilidade de acabar com o elo existente entre os dois naquele dia seria boa, afinal ansiava respostas. Mal sabia, que as respostas a prenderiam mais.

A chuva torrencial adiou a viajem

Akany estava fora do imóvel degradante. Encarava os céus, um casaco envolvia seu corpo pálido, as bochechas, nariz rosado e os dedos gélidos evidenciavam a friagem que envolvia, seus sapatos estavam encharcados precisava tentar chamar-lo, pedir para que voltasse, mesmo que no momento pensava: “Deveria ter feito algo errado”. Não tinha ouvido Aka antes e temia pelo mesmo erro. Ainda estava com a ‘ultraball’ entre os dedos, Vazia.

As árvores que envolviam a Cidade de Azaléia chacoalhavam suas copas instáveis com os ventos fortes, as folhas com a base quebradas arrebatadas pelo temporal.

Notou algumas folhas prendia-se no casaco de lã masculino desproporcional ao seu tamanho, tirou com cuidado cada uma analisando as folhas, não haviam saído todas do mesmo tipo de árvore, eram distintas. A floresta sempre guardava algo no passado de Akany, as folhas e a ventania, lembraram uma fina e aguda melodia que ecoava pelas florestas, no verão quando as folhas eram secas, mas vivas transpassavam a saúde de cada planta e o cheiro de frutas não eram específicos de frutos, a árvore inteira emanava um aroma peculiar, sentia aguar os lábios sendo amargo ou doce, imaginava-se suculento em somente sentir seu perfume.

O som convidativo. Agudo e fino, melódico e gentil. A canção que sua genitora cantava para chamar sua pequena filha onde ela estivesse.

Ouça-me

Foi tudo que pensava, quando limpou a folha com o casaco e pousou sob o lábio. Demorou uns segundos para recordar de seus tons, o carinho e acolhimento de seus genitores essa memória não a afetou negativamente em nada. Música gentil e triste. A chuva acentuava sua aflição, contudo a memória carinhosa refletiu-se em sua sutil beleza. Com os olhos fechados, concentrava-se apenas no som.

Uma respiração pesada expõe os caninos paralelos, carregava duas frutas, abatidas e sem a beleza que foi encontrada , fora amassada sendo marcadas pelas pancadas, evidenciando seu percurso conturbado.

Vibrava com as asas molhadas e dormentes, dada a força excessiva que utilizou para voar, suas asas eram projetadas para planar aproveitando as brisas, contudo quando tentara voltar, os ventos fortes e a tempestade atrapalharam sua vinda suas forças foram deteriorando-se.

Quando os olhos verdes se cruzaram, individualmente, seus sentimentos não faziam sentido, mas eram em essência idênticos.

O Alado estava com medo, de se rejeitado novamente como fora no passado. Desejava tentar redimir seu erro, ter ferido seu treinador, para qualquer Pokémon, é algo desastroso. Mas para Vibrava, fazer o mesmo erro era terrível. Almejava estar como se a situação anterior, não houvesse efeito colateral. Seu esforço era notável, entre tantos almejos do momento. Estar forte e parecer heróico para que no fundo mesmo em seus erros ela veria algo positivo em si. Desejava ser algo que valesse o esforço.

Akany fechou os olhos suavemente, desejava dizer o que passava em seus pensamentos, mesmo que ele não compreendesse o sentimento de uma humana infantil, com pensamentos negativos sobre muitas coisas em vida. Seus amigos e família, tornavam tudo menos desastroso e insano.

O som que seus dedos gélidos pousados sobre a folha que estava contra seu lábio eram gentis aos ouvidos de qualquer um que prestasse atenção, para Vibrava ao qual compreendia como qualquer outro de sua espécie o significado dos sons, as vibrações e tons.

Aos poucos compreendia pela primeira vez o sentimento humano, confuso e ao mesmo tempo puro. Como um filhote que abrira os olhos pela primeira vez e tivera sentimentos que nunca imaginou explicar, mas que no fundo almejava que fosse baseado em momentos felizes. Para que em um futuro próximo, ainda poderia lembrar-se com um sorriso nos lábios.

E como se alguém olhasse para eles, nos céus, auxiliando no tempo. O Sol apareceu gradualmente. E as poucas gotas que se transformavam em poças em puderam ter seu momento de paz sem mais nenhuma cair sob elas, penetrando no solo, entregando sua essência a outras vidas. E assim a Primavera teve seu auge. As flores nunca foram tão belas depois de uma tão terrível e avassaladora tempestade.

Quando alguém tem tanto carinho enquanto tivera sua existência física e sabe que se importou com você a vida inteira, pode acreditar que mesmo em sua morte. Ainda sim, estará cuidando de você.

Em sua pouca força restante e os ventos frios que bagunçavam os fios castanhos de Akany, Vibrava voou ate ela e foi recebido com um abraço apertado e uma lagrima sutil e solitária. E como poucos momentos em sua vida, que foram tão bons. Aquele certamente nunca esqueceria, e assim descobriu que escolhera a humana certa.

Os corcéis que observavam a distancia, juntamente com os humanos que estavam a esperando ficaram observando em um momento sublime de silêncio e compreensão.

Depois do ocorrido com o vibrava logo tiveram que partir.

Akany não iria montar nos corcéis, nem que mudassem de cor e virassem pôneis coloridos tingidos de arco-íris e soltassem águas pelas ventas e falassem.

Com tamanha teimosia os segui-o caminhando com Aka ao seu lado, conversavam sobre muitas coisas e assuntos. Tornava menos tedioso o decorrer percurso.

Para a pequena e sutil alegria de Akany, em sua animação quando Nicolas começou a contar sobre alguns locais de Hoeen, ela não quis forçar, sabia que perguntar diretamente poderia nunca mais tocar no assunto. Aprendeu isso da pior maneira com o albino. Porem, o clima entre eles estava estranho, sempre que tocavam em assuntos mudavam repentinamente de contexto, fez uma nota mental do que haviam deixando de comentar. A morena notou a sutil e complexa mudança facial, no começo pensou que estaria perdido em pensamentos, os quais ela nunca obteve oportunidade de perguntar, mas notou quando ele iniciava uma conversa, o que era raro ate entre os dois, então sem perceber tudo que ele falava acabava analisando muito para tentar desvendar o enigma que o albino representava. Algo nas palavras dele pareciam indiretas, mas não que incomodassem o casal, foram mais para ele montar um quebra cabeça. Certamente, estava ocorrendo alguma outra coisa que Aoi e tão pouco Akany poderiam compreender de imediato.

Nota mental: “Como esta o chefe, há quanto tempo estão esperando, como foram seus últimos dias...”

As montarias estavam com mochilas acopladas, com material resistente ao fogo o da azulada era harmoniosamente decorado. Adentrar a floresta seguindo pela Rota 33. Nesta área, entraram em uma caverna grande e desnivelada, maltratada pelo tempo e batalhas que sucumbiram ao tempo. Com tantos cavalos de fogo para os acompanharem, a viajem foi calma e cautelosa, enxergavam perfeitamente boa parte em volta deles. Passaram por pontes entre águas subterrâneas. Havia mudado muitas coisas nas cavernas, sempre inconsistentes graças aos moradores pouco sutis. Mas para a surpresa da morena, seus acompanhantes pararam. Havia algo reservado a ela dentro da escuridão.

Sussurros, sem passos, sem ouvir mais que meros murmúrios e água corrente, uma forma mediana de humanóide formou-se ficando parcialmente fora das sombras

O silêncio perdurou por muitos instantes no momento, podia ter quase certeza que ate o fogo que emanava dos corcéis havia diminuído por um breve momento dando uma sensação ainda mais intensa provida do frio, arrepiando os corpos quentes.

Um senhor de idade avançada com marcas na pele enverrugada com protuberâncias, olheiras profundas, calvo e vestimentas rudimentares, olhos sempre fechados e boca desprovida de arcada de dentaria, o que não atrapalhou em nada sua fala, pausada e seca.

– Estávamos a sua espera. – A voz, ecoava pela caverna, como se os ventos que percorriam a caverna auxiliassem a consistência de suas palavras.

Saíram de suas montarias, e deixaram os cavalos juntos se acomodarem. Mantendo a luz necessária para visualizar.

– Estão prontos? – Ema colocou pedras negras em posição como um ritual de concentração de poder de vários equilibrando no centro. Sombras de Clefairy, olhos vermelhos brilhavam refletindo o fogo eram Gengars, quatro deles.

Akany não compreendeu como que todos eles, agiam como se nada tivesse ocorrendo, Nicolas e Ema compreendiam e sabiam aonde estavam indo. Aoi sabia que estavam levando eles a qualquer lugar menos habitável, o que evidenciou mais a face, com as pupilas azuis inquietas, como se seus olhos acompanhassem sua analise mental, ficou em silêncio.

– Não encontramos nada sobre seu passado, a elite que cuidava naquele tempo aposentou-se, e eles recusam a falar. Se houver algo que ocorreu você tem as respostas. – Nicolas deu início à explicação mais direta e pouco complexa que aderiu no momento. – Terá seu preço. Ira reviver seus pesadelos. Enviaremos um auxilio, com essa quantidade, da para controlar, se não se divertirem muito, claro... Contudo não garantiremos respostas. É isso ou nada.

– Se contentaram em me oferecer uma suposição? – Indignada com o que estava ocorrendo. Notou inconscientemente os olhos azuis de Aoi, ele parecia estar apreensivo isso refletiu na atitude da morena.

– Não tem noção, do problema que você deu ao comitê entre regiões por esconder esse tipo de informação, ira ter audiências para compreender melhor entre os chefes, mas duvido muito que vai conseguir respostas melhores, talvez demore meses ou anos. Você ira aguardar de todo modo. – Ema agitou-se falando do assunto indicando que acabou aderindo motivos pessoais aquela missão.

– Tudo indica que vou ter que acompanhá-la ate tudo se resolver? – Suspirava, o treinamento estava se estendendo mais que o necessário. Mesmo que ainda não a tivesse ensinado muito, apenas não pretendia passar meses com a morena.

Os olhos verdes, tão claros que quase confundia-se com a cor fluorescente na escuridão que a consumia. Não buscava encarar o moreno, mesmo que fosse um insulto, esse não foi igual aos anteriores, não chegou nem perto de atingi-la aparentava que estava tentando agir naturalmente, sentimentos que não compreendia vinham ao recordar do incidente mais recente com o albino, seu rosto avermelhou-se instantaneamente.

Gengas e Gastlys não assustavam a morena, havia conversado e cuidado de muitos em seu tempo livre entre etiquetas, estudos de mercado e a escola.

Sabia que eles gostam de pesadelos e pensamentos negativos. Em geral, isso era o que os chamava para próximo da morena.

Não teve escolha.

Molhou o rosto a água corrente, retirando o suor da caminhada. Podem ate não compreender, mas Gengars preferem sonhos de determinadas idade. Quando é criança, sonharia mais com monstros no escuro, na adolescência parte disso prevalece mais sendo mais complexo de acordo com suas experiências ruins e na idade adulta são pesadelos menos monstruosos e mais neuróticos. Em geral preferem os da infância outros não tanto. Aqueles não preferiam sonhos infantis, o que ajudaria a controlar-los.

Uma raposa branca surgiu atrás daquele senhor. Nove caudas com olhos vermelhos brilhantes evidenciados pelo fogo. Um brilho envolveu o corpo da morena, seus olhos verdes evidenciavam um cansaço repentino. A caverna escura ficou turva, Ninetales estava mostrando a eles os sonhos da morena como se fossem a realidade. O corpo da pequena estendido no chão com as pedras negras em volta, brilhavam uma a uma para cada nível de profundidade atingida pelos Ninetales com os Gengars mexendo nos pesadelos.

A raposa de fogo ficou com os olhos verdes, ela tomou os pensamentos para si e permitiu que Aka, Ema, Nicolas, Mikuo e Aoi observassem o que se passava nas memórias reorganizadas entre pesadelos de Akany.

Chamas, fumaça e uma tosse que ecoava, uma voz infantil e rouca chamava os pais. Passava por pessoas que transformavam em visões terríveis dava para observar os moradores da aldeia que foram queimados ate os ossos, gritos se misturavam. Não pertenciam apenas um ser. Entre socorros e suplicas de piedade, avistaram humanóides portadores de pequenos chifres paralelos sobre o topo da cabeça, a criança os julgou como os próprios demônios Akany fazia suas pequenas Pokémons, Aka e Safire ficarem em silêncio, precisava cuidar delas mesmo que estivesse prestes a adentrar ainda mais para reencontrar seus pais. Uma ordem foi ouvida.

“Queimem tudo, encontrem o Traidor!”

Um homem envolveu o pequeno corpo de Akany, tampando os lábios e sussurrava de maneira cautelosa. Era o Homem que procuravam para efetuar sua morte, o pai da morena vestia roupas diferentes do habitual, sempre com roupas relaxadas e simples, agora estava mais cuidado com roupas com aparência de novas, Akany notou que ele acabara de chegar e procurava sua família quando indagou onde estaria sua esposa. Ao saber que ela ainda estava escondida em casa, notando que eles tombariam uma a uma das casas a sua procura, seu coração foi repartido em pedaços. Seu corpo e sua alma desejavam salvar sua amada, mas sua filha em seus cuidados e precisava levar-la em segurança em algum lugar. Nenhum deles queria deixar-la, contudo ordenou como nunca havia mandando de maneira tão rude e grosseira sua pequena e amada filha envolveu o corpo pequeno em um abraço como desculpas silenciosas e corria para longe do incêndio. Um abraço cálido foi recordado juntamente com a visão terrível de corpos cobertos por chamas correndo em desespero procurando por água, mas o lago próximo foi impedindo pelos Pokémons de fogo que concretizavam o fim das dores matando-os como ultimo golpe de misericórdia. Os companheiros dos habitantes não foram páreo para tantos inimigos e tamanho caos. Ele conhecia essa estratégia perfeitamente, para seu carma, foi ele que concretizou a ideia. Era um dos poucos que saberia sair e entrar. Mesmo que tivesse que usar outras vidas para salvar sua pequena filha. A frieza que fora perdida há muito tempo voltou átona, Akany não reconheceu seu gentil pai, ficou completamente paralisada, deixando que uma criança morresse, correndo implorava para cessar, lágrimas que evaporavam enquanto seu corpo foi carbonizado. Gritos internos implorando para que parassem que isso fosse mentira, notou que aqueles demônios, faziam parte de seu genitor, como ele havia feito parte deles. Agora eram perfeitamente ouvidos aos espectadores.

Lagrimas escorriam da raposa.

Escondeu-a juntamente com suas pequenas Pokémons. Enquanto ela observava seu pai que agora estava tremendo de pavor, todas as suas boas memórias foram corrompidas ao conhecer o terrível lado cruel de seu genitor que nada expressou observando a criança morrer. Um carinho afagando a bochecha rosada de Akany as lagrimas de seu pai foram pela primeira vez vistas . Um pequeno e curto adeus. Sem duvida, ele voltou ao caos, desejando salvar sua amada esposa. Porem foi a ultima vez que os viu.

Pouco tempo, mesmo que para a morena pareceriam minutos eternos de esperança de ver-los depois entre tantos sons terríveis houve o silêncio, e um grito de dor e tristeza foi ouvido evidenciando pelo silêncio, Akany teve certeza, era o de sua mãe, quando outro grito de negação e fúria. Seu pai lutou ate o fim. E para o pesar de sua filha. Os gritos ecoaram por seu pensamento e repetia-se em pesadelos terríveis.

Memórias misturavam de acordo com os pensamentos dados a Raposa branca, Ema a que anotava tudo em seu caderno, sendo observada por Aoi, compreendendo o por quê o verdadeiro significado de estarem ali.

Os olhos azuis voltaram a ilusão criada por Ninetales pensando em uma fuga.

Humanóides, moradores de Fortree, perderam a forma humana virando cinzas, revirando cada camada de tecido, o sangue escorria de alguns corpos outros não tinham tempo de sangrar na frente dos espectadores, Akany observou paralisada queimarem com rostos devorados cobertos de pavor e fuligem. Casas tombaram, memórias deterioradas mostravam a guerra repentina que travou em completa desvantagem, o líder do Ginásio batalhou e foi morto com seus Pokémons voadores, apenas um filhote voador pode salvar-se e levava uma mensagem em sua pata esquerda, mesmo que houvesse como se comunicarem, tudo havia sido destruído para impedir as suplicas de auxilio, Akany foi uma das poucas crianças que não deixou levar pelo desespero, mesmo com o coração acelerado, o treinamento de auto controle que seu pai havia ensinando estava dando suas vantagens, a morena tentou ajudar outras crianças, porem graças a sua idade infantil foi pouco levada a serio e com o desespero as palavras de Akany evidenciavam ainda mais o abrupto e muitos em fuga ou correndo gritando chamando pelos seus pais foram pegos outros ate levados em jaulas principalmente os mais velhos, Akany compreendeu rapidamente que não deveria agir sem pensar. Os extintos de sobrevivência foram aflorados pelo caos.

O corpo jogado no chão da caverna levantou-se em tontura e encarou os olhos de Ninetales, que chorava. Assim como a Pokémon a controlava, depois de adentrar tão fundo os pensamentos da morena isso se tornou possível o reverso. E mudou completamente a memória. Uma memória agradável para que as terríveis não consumissem seus sonhos.

Água, estavam no oceano ou parecia graças ao tamanho pequeno e a água sem fim, mas a escuridão fez notar que era uma caverna muito grande. Akany deveria ter menos de três anos de vida. Deveria ser uma memória muito forte para poder ser mostrada com tanta clareza.

Pedras brancas, água e muito calor. Os olhos verdes de Akany eram brilhantes repletos de inocência e cativantes, seu pai a deixou sentada próxima a água e observava apreensivo, mas incentivava o sorriso de sua pequena. Saio da água borbulhante, olhos dourados evidenciados pelo olhar escuro e uma face enorme com linhas grossas que percorriam o corpo inteiro que agora não era perfeitamente notado tão bem quanto a cor vermelha, o corpo quente era controlado pelas águas borbulhantes como um banho de sauna fervente. Com a neblina que passava para fora da caverna.

Um rugido alto, um bocejo aterrorizante com seus dentes afiados e seu hálito cálido como se tivesse comido muitos legumes ardentes, para a morena travou fechando os olhos com os fios castanhos curtos sendo bagunçados pelo hálito forte de pedra derretida. Uma risada ecoou na caverna, Akany riu e retribuiu o rugido de maneira falha e infantil.

Os olhos de Akany haviam mudado em um verde fluorescente e evidenciavam seu olhar amedrontador enquanto encarava Ninetales e trincava os dentes impedido de continuar a ilusão no mesmo instante ela parou e as pedras param de brilhar e as sombras haviam se esvaindo.

Naquele momento, sabiam que havia muito mais escondido em Akany que apenas um incêndio terrível. Aoi compreendeu que estavam com problemas, entre tanto não sabia ao certo o quanto.


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