Akany - Trilogia - Jornada em Johto escrita por Kah Quetzalcoatl


Capítulo 5
Capitulo 5 - Rejeitando apresentações


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617035/chapter/5

15 de Novembro.

Primavera.

18h21min

Akany estava com a respiração pesada – não que esta estivesse mais amenizada desde que saíra da corporação oculta-, mas, pensando bem, era certo que teria que ir a um médico para ajeitar sua mão – ficar com os dedos desconjuntados não lhe parecia uma boa ideia e, afinal, o que tudo isso tinha a ver? -, melhor, que tipo de desculpa ela diria para que eles atendessem o que havia lhe ocorrido?!

Era melhor pensar no assunto... Mas este não saiu com o melhor dos resultados.

“... N-não é-é o que parece! Eu escorreguei, e cai sem querer ao chão molhado, e ai a poeira fez VUM!... e o meu corpo fez VUM!... E-e a minha, minha mão... Ela também fez VUM!(?)”

Aparentemente todo aquele esforço para encontrar as devidas soluções para o seu probleminha não estavam a dar muito certo, mas a garota era dura na queda. Tentaria novamente.

“ Apareceu um Zoroak... ai... ai... ai... ele tentou (!!)... tentou roubar minhas pulseiras e... “

Lembrou-se que não usava braceletes.

“ Huuum... Já estava assim quando eu cheguei!”

Bateu a cabeça contra um muro de concreto desgastado e tingido com água de cal, frustrada. Deslizou seu rosto pela estrutura, até que, segundos depois viesse a virar-se frente ao horizonte coberto por prédios e mais prédios, sentando-se na grama daninha que crescia em meio a calçada; com as costas apoiadas contra a parede moribunda, murmurando algo sobre estar farta. Havia pego Aka e Safire, mas sua energia estava tão falha que decidiu as por em suas respectivas capsulas, e guarda-las de volta em sua mochila, remoendo o que fazer ao encontrar o seu “acompanhante”.

E, quando por fim percebera, tirara um breve cochilo, ou um “soninho de grilo”, como preferir.

O vento da primavera mudara drasticamente ao ser desperta, e o que antes parecia um dia ensolarado sem previsões para precipitações ademais o tempo seguisse, logo tornou-se a garoa inesperada por muitos. Não haviam tantas pessoas a perambular pelas ruas ensopadas, assim como fora de suas casas, a não ser trabalhadores empenhados com muita pressa de não molhar documentos e suas roupas finas.

A morena concluiu em sua mente que a chuva repentina fora tão chocante para ela quanto para os moradores da movimentada Goldenrod.

O sangue em sua têmpora escorria graças a chuva limpando sua testa – maldita hora em que fora bater a cabeça contra uma mureta. O que estavas a pensar?! “Ah não, vou lascar a cabeça na primeira oportunidade que aparecer que não me acontecerá nadica de nada, imagina.”

Suspirou cansada de tudo aquilo. Haviam muitos lugares para onde desejava visitar e analisar minuciosamente, mesmo que não desejasse voltar a essa cidade tão cedo. Tentava se acalmar pós de tudo, pois mesmo alerta a pouco tempo, sua mente já havia de travar no colapso contra sua devida ordem.

Refletiu. Nunca ouvira uma história parecida com seu "Primeiro Grande Dia de Viagem" na escola Pokémon, os seus professores pareciam sentir muito orgulho ao contar os “Primeiros Dias” de suas medíocres vidas de treinador com uma alegria inspiradora, enquanto ela certamente só almejava esquecê-lo.

Começou então a sussurrar uma música antiga, ruidosa, infantil e repleta de frases simplórias. Tentava animar-se, além de pôr seus pensamentos desordeiros em repreensão. Mas estes ainda continuavam a jorrar de uma fonte cerebral misteriosa, repetindo-se e rodopiando em seus minutos, seguindo a mesma trajetória em múltiplas insinuações inalteradas.

Sua insanidade ainda lhe falava mais alto.

Levantou-se usando apenas as pernas, utilizando como apoio a parede em suas costas, evitando assim usar e causar atrito entre as suas mãos doloridas. Pensou em um lugar para ir a abrigar-se da tormenta que ainda demonstrava-se consideravelmente leve, seguindo diretamente de encontro ao Ginásio da cidade, temendo vagamente vez ou outra.

Estava cansada de toda aquela confusão psicológica.

Este prédio envolvido era consideravelmente grande e encontrava-se bem localizado na área de toda a cidade explorada, mais ou menos aonde chegastes a passar mostraria-se bem provável que o veria sem ademais obstáculos.

Congelou o olhar para de encontro com a decoração de tal: a porta do prédio, suas paredes amareladas que já descascavam quase implorando por uma nova pintura, seu teto desgastado que apresentava algumas telhas soltas em função da simetria, como também em uma pequena placa instalada ao seu lado, fincada a um pequenino jardim, indicando que este realmente era o local que a menor procurava.

“ Ginásio Pokémon da Cidade de Goldenrod.”

E não viu ninguém, pensou em entrar na estrutura para abrigar-se da garoa, mas foi apenas quando adentrou de penetra na instalação que viu o lugar cheio de coisas rosas, o que não animou em nada, rosa para Akany era tão... Como dizer?.. Muito... Argh...

Fitou uma grande tela plana desligada na entrada, a qual deveria ter apenas a função de dar instruções básicas para um treinador iniciante participar de uma batalha contra o mestre do lugar. E esta surpreendente ligou ao sentir a aproximação da menor – pelas compressas de metal sensíveis peso presas ao chão, que a morena não havia notado- mostrando-lhe um rosto completamente desconhecido, ao menos foi o que pensou antes de que a imagem se projetasse em maior escala no objeto retangular.

– Está atrasada pirralha incompetente. - Era Eduard Itsuki, o que não animou em absurdamente nada a feição de Akany.

– Sério, você não vai fazer isso ... (?) Por favor, eu acabei de concretizar meia dúzia do pior dia de toda a minha vida, dê-me um desconto! - Bolava os olhos em descontento quase como um mantra, desanimada em pensar que ele apareceria em qualquer tela dos ginásios locais de Johto. Isso era irremediável e insanamente desanimador.

Akany desejou apenas quebrar aquela maldita tela.

– Não é a mim que deve explicações. Seu acompanhante - Ele fez soar completamente estranho a palavra "Acompanhante" - Boa sorte. – Agora sua voz saíra, de certa forma, um pouco maliciosa.

A morena não entendeu muito bem o "boa sorte", mas mudou de ideia quando olhou para trás e viu um par de coturno enlameados vindo em sua direção. Caíra. Arrastando-se para trás em passos que se desviam, rapidamente ainda tentando associar a situação. E tinha que admitir, levara um belo chute de rasteira.

Mas pouco teve tempo para praguejar-lhe algo, outro ainda desferia golpes aleatórios, enquanto ela desviava indo mais para trás completamente assustada, sendo acertada inúmeras vezes, se defendendo com os braços.

No começo, imaginou estar sendo abusada por um senhor de idade por conta de seus filetes alvos, notou se tratar de um pequeno demais para ser um senhor que cada vez mais aparentava encontrar-se em um estado insano de fúria.

Sentiu colar-se a uma das paredes do local, juntamente com o cotovelo dele contra seu pescoço. Ela tentou o chutar na tentativa de se soltar, quando percebeu que não daria, encarou os seus olhos negros como a noite, e já cansada de estar nessa posição o dia inteiro encarou com a mesma raiva, e talvez numa tentativa desesperada colocou seu pé contra o peito dele, que só consegui-o graças a seu tamanho pequeno o empurrando com toda força contida. Ofegante demais para pensar em uma segunda opção, mas tudo foi quebrado quando sentiu aquela dor novamente. Ela havia forçado sua munheca, e sua mão doía demais, juntamente aonde ele desferiu golpes. E se não poderia piorar ele caminhou em sua direção e segurou seu punho direito vendo o estado dos dedos dela, e pois no lugar definitivamente, sem aviso prévio, sorte deles que o ginásio já estava vazio pelo horário de encerramento por que os gritos dela ecoaram por todo o estabelecimento.

Akany desejava o xingar de tudo quanto era nomes impróprios que vagavam pela sua mente, mas seu choro a impediu de seguir em frente.

Observou quem a tanto machucara. Este era um Pokémon bípede com um corpo redondo coberto de esbranquiçada pele desgrenhada. Havia uma marca de estresse no lado esquerdo da testa, e este tinha orelhas triangulares com interior cor de rosa e um focinho também rosado. Seus braços e pernas eram marrom e apresentavam algemas de metal nos pulsos e tornozelos. Este provavelmente era indicativo de um método de formação com pesos. As suas mãos não tinham dedos visíveis, em vez disso assemelhavam-se a luvas, ou até mesmo luvas de boxe, e os seus pés tinham dois dedos sem garra cada.

– Não vão dar mais problemas, ande, pare de chorar. - Seu tom de voz ríspido como se odiasse a situação tanto quanto Akany, que sentia seus dedos muito doloridos com um formigamento sendo aos poucos aliviado. Ela fita o Pokémon, confusa. - Não acredito, só por causa daquilo agora sou babá de um bebê chorão... Idiota. - Irritado como um cão, parecia que rosnava.

– Estúpido... Espera... Desde quando Pokémon fala!? - Se levantava, queria dar uma surra no Primeape, mesmo sabendo que perderia, seu nível de combate era bem inferior ao dele, e com aquela dor era pouco provável que desejasse continuar aquela briga, pelo menos não hoje. Pegou a mochila e foi em direção a saída, bufando de raiva.

– Desde que não me notastes... Está tudo bem Daigo, fui avisado que chegarias... – Ele pareceu pensar no que disse. – Não pensava que tão cedo. – Ela voltou de solavanco, vendo que o Pokémon lutador retirava-se para um local desconhecido, rosnando como um suposto aviso territorial.

Seus cabelos alvos e completamente rebeldes tão incomuns à primeira vista, seus olhos cianosos distantes, e seus lábios secos entreabertos a chamaram atenção. Vestia uma calça jeans velha desgastada pelo tempo, e estava meio que encolhido em um canto de parede empoeirado, segurando os próprios joelhos com os braços, chegando a sujar sua negra camisa de marca, tapando a estampa branca que descrevia a frase “Game Over”.

– Agradeça. – Ele ordenou, levantando-se e caminhando poucos passos até a menor, em outrora pegando sua bolsa unilateral, bem surrada quase se comparando a calça Jeans do mesmo.

– Como?! – Ela indagou, retoricamente indignada.

– A mão. – Complementou o rapaz, passando direto pela mesma, até a porta de carvalho utilizada como saída principal, indo parar nas ruas molhadas de Golderod.

Akany bufou. Mas era muita mordomia. Acompanhou-o.

– Então... és o mestre daquele Dōjō? – Perguntou ao tentar puxar assunto.

– Odeio frio. – Deixou seu pensamento incompleto.

– Isso não foi uma resposta. – Ela incitou, e ele liberou um meio sorriso, murmurando um “Sei disso.” – Para onde vamos, então? – Indagou, ele por fim desejou ter uma boa fita isolante para calá-la. Não a conhecia a mais de cinco minutos e já tinha vontade de ignorá-la o máximo possível.

Triste vida.

– Minha missão é ir aonde desejastes Hime-sama. – Constatou em um tom zombeteiro ao fim da frase. Ele a fitou. - O que te importa meu destino? - a raiva transpassava cada palavra de modo que ficasse bem explicito para ela manter distância dele.

Ele tinha devida razão e ela nenhuma escolha, odiava tempo chuvosos e ainda teve ir atrás dela.

– Não sabe andar mais rápido não? – Reclamou transtornado com os passos cronometrados e cambaleantes dela, os quais forçavam-o a ficar mais tempo que o necessário na chuva.

Começou a espirrar. Ótimo, além de ignorante desvairado – ao olhar da menor-, tinha saúde fraca, mau humor, e crises de rinite.

Akany pensou em ligar e pedir um treinador novo, pena que não tinha o número da central.

– Vai embora então! – Respondeu agoniada com todos aqueles espirros, e todas as vezes que o maior coçava o próprio nariz, que ruborizava por conta de toda a pressão que o mesmo sofria ao ser movido da esquerda para a direita, de cima a baixo.

– O contrato é seu não meu, se quiser desistir fale com o..- Foi interrompido pela Akany que correu mais a frente, e virou-se ficando com o rosto a centímetros do seu oposto, com os olhos verdes transpassando toda raiva daquele maldito dia.

– Se vai reclamar, porque saiu, idiota? - Ela notou o silêncio dele, e até sentiu um leve arrependimento pelo que disse, como acontecera no episódio do Primeape, estava a mexer com quem não poderia lutar, notou o olhar reprovativo do prateado, que parecia a fuzilar somente com a força do pensamento. Suspirou fraca. - Estou cansada, e provavelmente você também. Vou alugar um quarto, tomar banho e dormir. Tentamos de novo amanhã...

– Estou com fome. – Saíra mais como uma ordem que um pedido para parar e comer alguma coisa.

– Esta bem Sr. ..?

– Blackwood.

– Okay Blackwood, vá na frente e já-já chego com a comida. Me espera. - Não queria admitir, mas também estava morrendo de fome.

– Não é como se eu tivesse escolha.

[ ... ]

Quando enfim chegaram ao hotel, ela literalmente voou para obter o primeiro lugar a porta, em outrora como aquele garoto, o qual pediu as reservas.

Como seu cansaço a afetava, pouco notou aonde ele ia passar a noite, vendo que o que ele havia pago era apenas um quarto simples, dividido em duas camas paralelas, uma pequena cômoda excluída perto da entrada, um box, e um janelão ao lado do estofado mais afastado. Teve uma breve paralisia ao pensar em dividir o quarto com um homem, e quando deu por si, olhou para trás notou que ele já estava praticamente a empurrando para entrar. E sem dar tempo a Akany de perguntar a Senhora que reservou o quarto, o rapaz fechou bruscamente a passagem, desejando uma boa noite a recepcionista que os acompanhou até seu aposento.

– O que estas a fazer, idiota?! - Mesmo que ele estivesse sendo seu tutor temporário, ninguém lhe disse nada sobre dividir o mesmo cômodo com o próprio. - Você, me fez comprar comida, e um quarto pra dois. O que demônios é? Um Golbat? – Zombou, referindo-se ao Pokémon como "Sanguessuga".

– Ela fez mais barato por sermos irmãos - Disse como se fosse a coisa mais comum do mundo.

– Em? Você é doido?! Não somos nada parecidos! - Incrédula com a comparação, quase gritou na euforia, estranhando a resposta de seu "irmão".

– É, ela está bem cega mesmo. - Ele pegou um óculos fundo de garrafa do bolso, que era feminino demais pra ser dele. - Então pare de reclamar sobre isso, fiz ela fazer um desconto de trinta e quatro por cento para nós, e isso já paga a comida e o quarto. E, bem, no contrato diz que não posso ficar mais de cinco metros de distância longe de ti. - Retirava as pulseiras de platina que estavam presas em seu pulso, as quais Akany acreditava serem bem mais pesadas do que deveriam, principalmente por conta do som estridente que estas fizeram ao serem jogadas de encontro ao criado mudo.

– Isso é sério? – Sorriu abobalhada, imaginando o que ia ocorrer - ... Nós nos matamos antes desse contrato vencer. - Concluiu com a situação que se encontrava. - Ei ei! Vá ao banheiro! - Desviou o olhar com do rapaz retirando a camisa encharcada mostrando, o sarashi que se estendia até os ombros, cobrindo o peitoral com a musculatura definida, contendo boa quantidade de sangue fresco jorrando por entre as amarras, provavelmente devido à sua última missão. Ele era uma espécie de caçador de recompensas, afinal. Ou não era?

– Ahr... droga – Praguejou ao notar que um de seus ferimentos havia sido novamente aberto; sentindo dores e grande incomodo com aquele tecido roçando em tal.

Akany suspirou cansada, pôs a mochila próxima à cabeceira da cama que pretendia deitar-se, notando que ele colocou a mochila pendurada na janela, e com uma fita na boca já usada para prender o sarashi -que teria que refazer porque o ferimento estava úmido- na tentativa de soltá-lo.

A menina olhou para o espelho que estava na parede, sendo um objeto decorativo, estava torto quase caindo, o que o fez ter a altura dela dando para ver seu reflexo nele.

Seu cabelo claro molhado e o suor se misturavam com as gotas de chuva que ainda impregnavam seu corpo. Pensou por um instante que ia ter que lidar com ele em todo caso, então seria melhor que fosse da melhor forma possível. Mesmo que seu ego dissesse "manda ele ir para o inferno", sua consciência foi mais forte. Imaginou-se ajudando-o, e sinceramente, o pouco que conhecia do rapaz sabia que perguntar não seria uma opção, e já de saco cheio agiu da melhor maneira possível.

– Senta, eu te ajudo.- Entediada juntou-se a ele, mas ao menos esperava algum agradecimento em troca.

– Não pedi sua ajuda.

– Não perguntei se queria. Senta logo. - Ele suspirou já cansado também, sentando-se com a maior cara de "Vai tenta", já esperando que ela não soubesse fazer nada disso, afinal, ela tinha 9 anos. Seria esperar demais da mesma.

Ela o tentou ajudar, desenredando a atadura em silêncio, sendo parada ao pensar em começar a pôr a água oxigenada que ele havia separado em uma pequena garrafa frente a cama, para que o sangue seco soltasse da pele evitando assim puxar machucar-se mais.

– Deixa. – Ele parou suas mãos, levantando-se em um movimento brusco, causando mais revolta na menor, que assistia tudo desentendida.

O corte em seu corpo vinha se estendendo desde a frente de seu tronco até que terminasse em algo mais profundo à cerca de sua costela, parecia até que o maior havia tentado matar-se com uma katana.

– vai arder muito, espera – Ela tentou tocá-lo inutilmente. – O que farás? – Indagou curiosa, tentando não prender o olhar ao ferimento, quanto menos a calça baixa e folgada que escorria vagarosamente de acordo com cada movimento corporal do rapaz.

– Imagine o pior. – Ele gesticulou com um aceno de costas, seguindo alcançando a sua bolsa, buscando e entregando nas mãos da menor um frasco transparente e mediano, sem nada escrito. – Passa.

Ela o fez relutante, sem auxílio de nada além das próprias mãos, inocentemente curiosa com a expressão de prazer mista de algo a mais não identificada ao rosto do rapaz.

– O-o que era aquilo? – Indagou, pensando que mesmo com todo cuidado ainda poderia estar machucando, já que não era apenas aquele ferimento, mas alguns até superficiais - comparado ao que estava aberto.

Ele ficou em total silêncio, mas sua mão fechada sobre o jeans desgastando, segurando-o com força evitando qualquer tipo de reação a deu transparência de dor. Akany ficou até com um pouco de receio de perguntar o que ele tinha passado para ter tantas cicatrizes, mas provavelmente estas não seriam histórias nem um pouco animadoras, e ainda estava tentando ser simpática para evitar tanto caos em sua vida.

– Ei – O silêncio mortal instalado fora quebrado com ela o chamando atenção.

– Não vou lhe contar nada – Respondeu, já imaginando que essa seria a pergunta.

– Só quero saber se aquilo era um anti-séptico. E seria bom você tomasse banho para lavar bem, e seria bom deixar sua pele livre para respirar um pouco. – Consegue fazer isso sozinho?

– Álcool. – Ele respondeu a primeira pergunta antes de marchar para o banheiro levando consigo sua mochila unilateral, ainda com a pele cortada expelindo sangue, manchando parte de bons curativos e da sua calça. Ele parou perto da entrada do box. – Só para constar, talvez eu goste que doa. – E fechou a porta.

[ ... ]

Saindo da sua própria vez ao banho, Akany notou o corpo do rapaz entendido na cama, fitando o nada, sem piscar uma única vez; e do outro lado da cama tinha uma espécie de cogumelo gigante. Ele apresentava uma tampa verde em sua cabeça com brânquias visíveis e uma rodada, baga ou carvalho crescimento vesícula como em ambos os lados. Sua cabeça, pescoço e cauda eram grandes. Sua boca parecia um bico, e havia um arranjo pétala-como de extensões de seus ombros. Seu peito e parte inferior do corpo era verde, e seus pés e mãos apresentavam duas garras vermelhas cada. No final da cauda eram bem visíveis aglomerados feitos de semente de esporos tóxicos. Tem braços curtos que podem esticar-se e ser utilizados para entregar socos rápidos. Este fazia um som estranho com se batesse na madeira.

Breloom.

Ela o encarou, este estava sentado no chão preparando alguma coisa, a qual parecia já ter terminado, dando ao seu treinador em seguida, que engoliu sem nenhum tipo de liquido para auxilio, acostumado com o gosto daquele tipo de medicamento.

– Estás bem? - Notou que ele estava parcialmente coberto com um edredom escuro – dos pés ao umbigo-, deixando suas aberturas respirarem bem. O que a deixou um tanto envergonhada.

– Como deu para notar estou ótimo, benzinho. - Bruto e direto como qualquer uma de suas respostas feitas até agora.

Ela rolou os olhos e saiu até sua bolsa, pegando e abrindo alguns pacotes de comida industrial, separando numa vasilha para Pokémon e a deu ao Breloom; notou que ele era bem evoluído, tendo 1,20m seu tamanho natural. Sentou-se na cama que ele estava deitado e deu um dos sanduíches, apesar de tudo, eram cheios de condimentos e grandes, perfeitamente capazes de completar uma refeição inteira.

O jantar foi um completo – Menos pela parte do Pokémon de grama que rejeitou o lanche, deitando-se na cama escolhida pela menor - e chato silencio até que Akany perguntou:

– Qual seu nome? - Notou que não haviam se apresentado devidamente

– Aoi. - Manteve a boca ocupada evitando conversar.

– Akany. - Respondeu no mesmo tom. Fitou pelo canto do olho o Breloom, o qual parecia ser tão silente quanto seu treinador.

– Aoi, você é alérgico a alguma coisa? – Indagou tentando puxar assunto.

– Quer me envenenar agora? - Nada mais irritante que responder uma pergunta com outra pergunta. Akany encarava a janela tentando manter a consciência no lugar.

– É claro, estou perguntando sobre algo que você não pode comer, para te fazer engolir enquanto finjo estar me importando... Bela ideia. – debochou.

– Nada. – Liberou, dando-se por vencido.

– Não gosta do que? – Emendou o diálogo.

– Além de você... Ética... Explicações... -Indo sempre direto ao ponto.

– Sorte a minha.. – Sussurrou com as bochechas infladas enquanto preparava outro sanduíche depois de ter devorado o primeiro.

Deixou o lanche na cabeceira da cama, e pegou na mochila seus Pokémons soltando-os para que se alimentassem. Analisou a comida delas em sua mochila, uma espécie de ração complementar. Aka ignorou o humano, já Safire foi a primeira cumprimentá-lo, e sinceramente, Akany queria ter sorte como ela, se dar bem com qualquer um. Aoi foi até gentil com a pequena felpuda, dando lhe um leve afago na cabeça, segurando e brincando com o brinco que ela usava em sua orelha direita.

Deixou o lanche na cabeceira da cama, e pegou na mochila seus Pokémons soltando-os para que se alimentassem. Analisou a comida delas em sua mochila, uma espécie de ração complementar. Aka ignorou o humano, porém Safire foi a primeira cumprimentá-lo, e sinceramente, Akany queria ter sorte como ela, se dar bem com qualquer um. Aoi foi até gentil com a pequena felpuda, dando lhe um leve afago na cabeça, segurando e brincando com o brinco que ela usava em sua orelha direita.

Safire se acomodou debaixo do braço dele esfregando o focinho, ela sempre gostara de cheiros doces.

Akany escovava seu cabelo castanho tentando relaxar, seus dedos ainda tinham uma cor diferente, e provavelmente iram ficar assim por um tempo. Massageou seu corpo em seguida com hidratante, amava se encolher debaixo do lençol e sentir o cheiro de pêssego enquanto dormia. Teve que pedir ao Breloom, permissão para deitar-se, não querendo mais ataques por hoje, foi até gentil, depois que Aka subiu na cama dando "limite" entre Pokémon e sua treinadora.

Desligou a luz, o que deixou ela profundamente incomodada, não por e estar ali, em uma cama macia e quentinha, somente aqueles malditos gravetos grudados no pelo de sua Growlithe. Akany ao acaricia-la, suspirou começando a escova-la no meio daquele breu, tentando acalmá-la, se guiando usando a mão esquerda e sentindo o pelo acumulado, alisando com cautela. Sendo destra escovar sua Growlithe doía muito.

16 de Novembro.

05h25min

Quando o sol nasceu, Akany dormindo na ponta da cama graças Aka, muito espaçosa, como de costume, virou para o outro lado e tentou retomar a dormir, o que não deu muito certo devido seus pensamentos do dia anterior. Sinceramente, queria estar em casa e acreditar que foi tudo um grande pesadelo. Mas suspirou profundamente quando abriu os olhos e notou o garoto abrindo a janela, Safire estava esparramada na cama, adorava se esticar bastante antes de levantar costumeiramente. Cerrou os olhos novamente, abrindo-os de volta poucos segundos depois.

O rapaz agora se vestia mais adequadamente depois de sair do banheiro, ainda escovando os dentes. Ela olhou para o teto, tinha que ter um dia melhor que ontem. Certamente não foi isso que ela pensou em "jornada", mas, às vezes, o destino simplesmente nos escolhe.

Foi uma manhã bem difícil complexa para a sempre quieta em casa, Akany. Pokémons acordando em um quarto pequeno, havia lavado-se rapidamente escovando o próprio cabelo preso em um "rabo de cavalo" com franjas soltas e um short preto e curto dando mais mobilidade para andar e blusa escura sem mangas dava para ver o top azul por baixo, e o seu costumeiro tênis vermelho, já que não trouxera outros sapatos. Dividiram o café da manhã entre eles, comeram bolo e o sanduíche cortado, para que todos se alimentassem sem 'competição'.

Como parte do pagamento, havia uma ala de "café da manhã", a garota de cabelos escuros preso em um rabo de cavalo, ficou com certo remorso ao ver aquela senhora sem óculos servir a refeição. Era uma cena digna de pena, ela errava o copo ao servir o café, aos desavisados que eram consequentemente queimados. Ela olhou para Aoi, que sentou-se ao lado de seu Breloom, aquele Pokémon parece sempre ocupado mexendo em seu corpo e juntando algo em algum tipo de bolsa pequena presa à sua cintura. a pequena menina pegou frutas e as devorava sentada na janela do hotel. Formava-se lá fora um belo dia.

Quando pegaram as suas coisas, Akany revisou seus itens cuidadosamente para que não esquecesse de nada. Aoi a esperava impaciente, engolindo outra dose de seus medicamentos duvidosos com ruídos estranhos enquanto respirava, denunciando sua rinite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Akany - Trilogia - Jornada em Johto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.