Akany - Trilogia - Jornada em Johto escrita por Kah Quetzalcoatl


Capítulo 6
Capitulo 6 - Conceitos e Más companhias




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Primavera

Jotho

6h12min

Foram ao mercado no Centro Pokémon

Akany comprou curativos e comidas não perecíveis, enquanto Aoi colocava os Pokémons para reabilitação rápida os próprios e os da morena.

Ela fez uma lista para passar o tempo na floresta, o atendente, é um senhor de idade avançada entregou tudo em ordem alfabética, a morena estranhou o habito daquele homem, mas não fez questão de dizer suas dúvidas ou comentários.

Foi bem simpática e agradeceu a organização, colocava tudo em sua mochila muito bem organizada, pensou que não queria ser tão exagerada quanto ele, apenas organizou a sua maneira. Ela comprou mais repelente e kits de emergência mais elaborados, concluindo que o seu acompanhante possivelmente não vai se cuidar sozinho, mesmo sendo grosseiro, ela não conseguia não cuidar de ferimentos. Antigo habito, por assim dizer.

Todavia a morena não pensou muito nisso, ficou apreensiva pela companhia do albino, ela ia gostar de passar pelo caminho que marcou para conhecer Jotho ao seu modo, mesmo que não pretendesse acompanhantes não teve muita escolha, evitou pensar nisso, pegou seu aparelho e aproveitou o momento para baixar novas informações sobre a floresta e especificações mais abrangentes em Jotho, e talvez por um breve momento pensou em baixar de Hoenn. No fundo desejava saber como ficou a cidade depois de tudo. Mesmo que seus pesadelos fiquem frequentes ao lembrar-se disso.

– Vai demorar muito? – impaciente como sempre. Akany levou um susto e acabou clicando para instalar o mapa de Hoenn.

– Pode esperar sentado se quiser. – O encarava claramente irritada e nervosa, mesmo que não tivesse alterado seu timbre, seu coração descompassado dava a coloração avermelhada ao seu rosto, mesmo que fosse mais pelo marcante susto que pela raiva ou vergonha.

– O amor jovem me relembra a tantas coisas boas... – aquele senhor podia ser extremamente peculiar.

A pequena revirou os olhos não queria explicar, e alias, como iria? : “ ele é meu tutor depois de eu ter encontrado a elite dos 4 sendo especialmente enviado para isso, logo após ser torturada por um militar louco.”. é .. Claro, tudo certo.

A grande ironia veio a sua mente

– Ele é meu irmãozão. – com um sorriso aberto e debochando como tantos que já dera em sua vida.

Pegou as compras após organizá-las e saio em seguia chamando o Mikuo – Breloom-, ignorando o albino.

Certo que ela queria ter uma jornada mais relaxada. Mas nem as constelações mais belas com historias mais gentis que o contaram sobre elas, pareciam guardar uma maldição para aquela menina e seu inesperado acompanhante.

9h43min

Rota 34

Como o programado pela Akany. Ainda era cedo, e as movimentações de pessoas da cidade estavam sendo deixadas para trás.

Evidenciou o silêncio e a tensão entre eles era quase palpável, parecia que ate o ato de deglutir as pílulas fazia barulho que ambos, lado a lado. Os Pokémons da morena estavam em suas Pokébolas.

Aoi analisou o lugar, havia um imóvel antigo logo que chegaram à Rota 34.

Um antigo criadouro de Pokémons, a floresta ao redor parecia que estava o consumindo, a ferrugem do encanamento exposto e a decadência do imóvel evidenciavam a situação do local atualmente. Havia um cartaz com a família que habitava aquele lugar de gerações a gerações.

Ele sorriu e parou. Akany olhou para ele e voltando a observar melhor o lugar buscando o que ele estava tão interessado.

– Black? – Ele parecia não a escutar de todo modo, e de qualquer jeito, esperava isso dele.

– Vamos fazer uma aposta.

Se interessou pelas palavras dele, não compreendeu exatamente o por quê.

– Estou ouvido.

– Se pegar um Pokémon dali eu pego leve com você. – Parecia um sorriso debochado.

– Você não era policial? Ou algo do tipo, isso me parece muito suspeito. – aproximava-se analisando o comportamento dele como se buscasse uma motivação maior.

– Serio mesmo que você acredita que sou policial? – dava os ombros.

– Não quero que pegue leve. De todo modo, mas quero saber o por que.

– Então vamos fazer o seguinte. Pegue algum Pokémon que goste se quiser solta-lo depois não me importo. E falo o por quê.

– Melhor eu fazer o trato. Nada que diz e muito favorável não.

– Tenta.

– Hum... – Bateu a ponta do pé contra o chão como se forçasse sua mente a uma boa ideia, ate buscando um breve impulso – Vai ter que me chamar de “Hime-sama”. Durante o percurso inteiro ate a Cidade de Azaléia. – sinceramente não ligava para isso, desejava apenas que ele fosse gentil sem todo o seu sarcasmo. Mesmo sabendo não da pra pedir para uma pessoa agir de forma que não queira. No entanto queria algo bom durante esse percurso, já imaginava um pesadelo estar com ele nesse momento. Só talvez abusar dele seja bom negocio.

– Vai me fazer chamar de Hime-sama uma Ladra chorona?, Serio? – incrédulo, esperava um trato mais difícil.

– Tem sorte de eu não estar te fazendo prometer isso o resto da sua vida. – irritava-se com os insultos do albino.

– É? – debochava da pequena, esfregava a nuca passando os dedos pelos fios brancos.

– Quer alongar o prazo então? – eles se encaravam como um desafio.

Ele bufou como desistência, ou pelo menos o que parecia. Ele desejou testa-la. Ao observar-la em geral, não obtêm nada muito relevante : Ela é pequena, lenta, e se contem muito para qualquer coisa, notou que ela variava de acordo com a situação. Contudo, não via nada de especial, em apenas mais uma garota de começo de redescoberta própria com os primeiros dias de jornada. Que nunca esperaria ou faria algo cruel ou que fosse contra qualquer conceito comum.

Estar com ela, foi algo dado a ele repentinamente, depois de ter burlado a lei mais severa e incontestável. Para voltar a sua região e suas metas teria que ser desse jeito. Haviam dito a ele que ria algo bom e produtivo. Toda via, não notará nada de bom em estar nesse tipo de situação.

– Claro que você nunca faria.

– Crer mesmo que me conhecendo a menos de 24 horas vai saber o que eu faço ou deixo de fazer?

– Então esta esperando o que? – A empurrava como se indicasse o lugar aonde ela teria que ir.

Ela jogou a mochila para ele. E soltou o cabelo castanho, ele a analisou. Com a mochila nas costas e caminhou até o local, claro que a observaria.

Akany estava se perguntando, por que havia aceitado a aposta.

Massageou sua têmpora. E se dispôs a pensar em algo. Afinal que a garantiria iria pegar, sem esforço, sem conhecimento prévio? Nada? Simplesmente pegar e jogar-lo fora como se fosse papel de chiclete meramente descartável, ia contra tudo que acreditava, e como algum ser daquele lugar antigo iria ser “escolhido”?

Isso não é certo, não devia ser correto.

Pensou nisso algumas vezes sentada sobre uma árvore, encolhida na sombra observando o lugar.

A brisa leve da primavera balançava as folhas e os fios castanhos, enquanto a respiração da morena amenizava insistindo e seus pensamentos, para acalmar-se.

Muitos Pokémons de Jotho estavam ali. O rapaz com a barba por fazer, não sabia ao certo o tamanho dele, para saber se poderia ir contra ele caso algum caso emergencial, ele é forte fisicamente , contudo parecera cansado e levemente distraído, parecera que se perdia em metas, não fazia por hábitos analisava antes de qualquer coisa, observador notava o comportamento de cada Pokémon e como deveria agir perante cada caso. o homem devia ter entre 25 à 30 anos.

Tirava de seis em seis das Pokebolas colocando o alimento matinal e aconchegando a área livre adequando com pequenos objetos, enquanto 6 comiam ele continuava a limpar o restante das áreas recreativas e assim por diante. Também há um senhor, muito idoso com seus músculos já definhando e a calvície fazendo sua aparência ser mais velho do que realmente era. Contudo, o que realmente chamou atenção da pequena fora quando ele ‘guardou’ os Pokémons em suas cápsulas, e ao ver a próxima leva de alimentação deixou escapar um suspiro pesado, procurava os fones grandes de ouvido, muito parecido os que os trabalhadores de construção usam para abafar ruídos.

Seguida compreendeu o porque.

Um Pokémon com 2 pares de asas, olhos verdes grandes e algo mais parecidos com chifres que com antenas sobre a cabeça.

A morena travou, memórias invadiram sua cabeça como um baque, sentiu como se sua cabeça fosse atingida, explodindo em pedaços.

Era uma briga conjugal entre seus pais, foi a poucos meses antes da calamidade, seu pai incomodava sua mãe insistente.

– O que tem de tão ruim, sabe que cuido bem dos meus Pokémons. – ele tentava novamente insistindo nesse mesmo assunto dês de ontem.

– Vibravas, são especificamente seres que não ficam bem em hipótese alguma em uma casa. Eles não falam, não vão responder falando nada. A não ser usando vibrações, e sabe que isso pode quebrar tudo.

– por isso que são interessantes. – roupas casuais, sentado a mesa, esperando o jantar que era causalmente feito por sua esposa em um forno elétrico.

Vestiam roupas casuais, sua mãe, vestido rendado a mão, cabelo escuro assim como seus olhos, sempre calçada e bem arrumada, exalava um perfume quase natural, seu estilo se adequava bem ao seu corpo, com busto avantajado e pernas medianas, o homem com seu cabelo curto castanho, olhos verdes, alto e sempre com roupas leves e seu jeito desajeitado escondia sua habilidade, um sorriso terno.

Não era típico ele esperar o jantar, o que chamou a atenção da pequena filha deles que sentou também se juntando ao seu pai com a pequena Eevee, sentando em suas devidas cadeiras. Depois de ter escovado o cabelo, ainda muito curtinho, mas sempre desejou ter fios longos assim como sua mãe. Seu pai ao notar a sua presença limpou a bochecha dela suja de terra, e começo a brincar com as feições dela.

– Não tem discutição, já disse que não é não. Não vou por um desses em casa. Já basta a Aka e Safire, tem pelo pra todo canto. Não tenho trabalho o suficiente? – gesticulava com uma concha em mãos, fazendo sujar o chão, Aka logo aproximou para limpar degustando o jantar.

– Vibravas não tem pelo. – insistia - E a iteração deles é difícil de deduzir, vamos, qual conhece que faz isso. Quero praticar. – brincava com os lábios da pequena, tentando manter a insistência longe da esposa, sabendo que se tivesse mais próximo, ela ia conseguir dobrá-lo.

Tirava os dedos de seu pai da boca que forçando seus lábios rosados e finos a sorrir enquanto ela tentava o morder. - Vou ser um vibrava – mesmo não sabendo o que era um Vibrava sua expressão de como se estivesse dizendo algo revolucionário. - E treinar a comunicação e sua mãe não se importaria. - Ele não conseguiu explicar que ela nunca iria ser um Pokémon, achou aquilo muito fofo da sua pequena filha , acabou só a abraçando e bagunçando o cabelo da pequena. Descobriu que sua esposa não era a única com o Don de conquistá-lo.

Não demorou muito e eles começaram a praticar batendo em copos de vidro e cerâmica fora de casa. Ela aprendeu a ser uma vibrava, ou pelo menos a “conversar” feito um.

Um barulho estrondoso fez Akany voltar à realidade.

Um senhor bêbado a morena jurou que podia sentir o cheiro de álcool que emanava de suas roupas e halito. Não aparentava ser nada pomposo, com roupas largas e manchadas. Ele limpava os cercados e tentando por o lixo para fora. Não era um ser nada silencioso.

Akany tentou concentrar-se, não importava mais seus princípios, era só simplesmente recompensá-lo, e deixar-lo voltar para casa, então pensou que não devia ter perdido em lembranças por muito tempo, já que o Vibrava ainda brigava com o treinador.

Ela entendeu que ele não queria aquela comida, Pokémons do deserto não curtem frutos freqüentes, vivem com pouca água e o excesso dela fazem mais mal que bem. Pensou que seria perfeito, ela daria o que ele queria.

O cuidador não compreendeu. É natural não saber lidar com esse tipo, quando não pertence Jotho, é difícil a adaptação tanto para a pessoa quanto para o Pokémon.

Não demorou, ele cansado daquela dor de cabeça colocou ele de volta na ultra-ball, pensou em tentar novamente depois, mas teve que ir a recepção, o sino da entrada anunciava a chegada de visitantes.

A chance.

Pensou que aquele senhor a veria, mas estava tão alterado que provavelmente não notaria um terremoto.

Desceu com todo cuidado possível, seus tênis não auxiliaram muito nesse momento, engoliu a seco, mordeu o lábio inferior como um castigo próprio. Respirou fundo novamente, iria seguir seu plano.

Escondida e abaixada próxima as moitas aproximava do alvo, observava rapidamente não teria outras chances. A adrenalina a consumia.

Passos leves e ágeis como se a ponta dos dedos estivessem de atrito ao solo alongando mais seus passos, passando por trás senhor que limpava o lixo , o mais cautelosa e rápida possível. Seu coração disparou com a adrenalina do momento e seus passos ficaram descompassados. Não pensou muito sobre qual ela ria pegar daquela prateleira, não teve o que pensar estava decidido, segurou a ultra-ball, olhou em volta e saiu pela parte de trás dando mais tempo para distanciar.

Sentiu o cheiro de incenso inebriar como se tivesse passado por uma forte neblina, enquanto saia pela lateral pisou na mureta e saltou no dorso da árvore baixa próxima.

Cada contração de seu coração ficou ainda mais descompassada, uma lembrança inundou seus pensamentos como se consumisse inteiramente, enquanto corria.

Chamas, para todo lado, seus pés não tocavam o chão, parecia que flutuava, olhava para trás, via destroços. Passou entre o que o fogo havia se alimentado, com um homem a carregando nos braços. Olhou nos olhos dele, era como se fixasse em seus próprios olhos. Seu pai a carregava nos seus braços e Safire e Aka acompanhavam no mesmo ritmo.

O cheiro do incenso a trouxera outra lembrança.

3 dias depois do incêndio

A fumaça o fogo. Temia naquele momento e o cheiro, lembrava o luto, depois da tragédia, o luto de tantos outros que nunca estiveram naquela floresta, contudo desejavam que ficassem em paz eles acenderam velas e incensos. Enquanto sussurravam suas preces.

Ela surtou naquele dia.

Queimar velas e incensos para aqueles que foram queimados vivos, como símbolo de “boa passagem”.

Quando voltou a si, estava sobre uma grande árvore. Segurou forte em seu forte galho. Não fazia ideia alguma de como havia subido e nem como ia descer.


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