Akany - Trilogia - Jornada em Johto escrita por Kah Quetzalcoatl


Capítulo 4
Capitulo 4 - Segredo Revelado - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Não sei vocês, mas como escritora estou me apaixonando pela Fanfic.
Eden, manda muito bem



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E seguiu em frente sem pensar muito, apenas sendo auxiliada por Aka, que caminhava confiante, mesmo que ainda muito agoniada com aqueles malditos capins embolados em seus pelos desgrenhados.

O frio presente na barriga de Akany chegava a dar a sensação de formigamento por toda a sua escala, sentia o ar gélido desde aquelas paredes até as ponta de cada um de seus dedos, passando temerosa e vagarosamente pelo estreito, aparentemente com receio de perder-se ao meio daquelas passagens divergentes.

Até que, em uma daquelas curvas encontrou uma pessoa, não deu para vê-lo perfeitamente por conta do lugar estreito com a luz ofuscando seus olhos, consequentemente causando a seu medo uma alteração negativa drástica, e isso era evidente no transparecer fácil de sua face, mas principalmente alavancando-se quando ele gritou: - O que estás a fazer por aqui pirralha?! - E como reação natural ao desconhecido, a garota correu em direção oposta ao homem irritadiço, tentando despistá-lo, de modo que tal fuga mostrou-se completamente em vão quando, em outra reta curvilínea, Akany acabou por bater de encontro direto ao mesmo, caindo ao léu em um baque surdo, sentindo um espasmo agoniante percorrer toda a sua escala por conta do atrito.

Aka correu em direção ao braço do estranho e o mordeu com tamanha força implícita que se não fosse aquele uniforme grosso, seria bem provável boa parte de seu músculo atingido fosse retirado a fora, entretanto, deu pra notar-se logo em seguida que a menor estava cercada e, sem um minuto sequer para pedir ou dar explicações, os humanóides a sua volta trataram de agarrar a morena e seus respectivos pokémons, e a mesma, em pânico, debatera-se tanto que, como já estava sendo impossível imobilizar a menina com poucos esforços, estes a amarraram pelos punhos e pernas, juntamente com uma mordaça.

Proveitosamente, com a raiva que um destes teve por ela ter protestado tanto contra seu trabalho, oculto em um embargo de sombras, chutou fortemente o seu estômago.

Já a menina, ao sentir o impulsivo movimento contra seu corpo, contorceu-se na dor aguda, impossibilitada de gritar por conta das amarras, liberando apenas lágrimas silenciosas e abrasadoras para que escorressem por sua face enervada, estas congelando o seu rosto antes de que caíssem sem direção imposta ao chão, buscando seu caminho em meio a superfície de concreto puro.

Definitivamente ninguém nunca a havia posto em uma posição tão humilhante e, se não estava disposta a lutar antes, agora certamente estava. Ideias, precisava de ideias. Começou então a martelar mentalmente uma maneira de sair dali o mais breve possível, nem que precisasse explodir tudo.

Os subordinados fitavam a garota curiosamente, silentes e atentos a quais quer movimento brusco que esta exercesse e, mesmo que não fosse a primordial ideia deles mantê-la com prisioneira, algo os intrigava a deixarem—na por lá. Seus olhos foram vendados para que ela parasse de se debater entre súplicas mudas e acusações de injúria.

Aka e Safire encontravam-se bem parecidas com a sua mestra, entretanto, estavam com moldes especiais para impedir qualquer fosse o movimento de ataque, levando-as a serem tratadas como se fossem animais selvagens e indomáveis, vistas como tais.

[ ... ]

Estava sentada em uma cadeira de ferro irremediavelmente desconfortável; com os punhos amarrados em seu apoio e pernas paralelas uma a outra, também presas. Não conseguia fitar mais seus Pokémons, o que a deixou ainda mais incômoda, mexia e remexia-se tentando libertar-se.

Inútil.

Foi quando alguém retirou a mordaça e a venda de si. Ofegante, pouco chegava respirar devidamente por conta do frio impregnando em seu corpo provindo daquele maldito cômodo, que obviamente fora jogada lá propositalmente, para estar assim, inquieta.

– Como você encontrou esse lugar? – Parecia até ser bem calmo seu tom de voz, em comparação a aquele olhar tão penetrante, para quanto a tudo. Não deixava transparecer por seus gestos que estava muito mais impaciente do que sua voz anunciava.

Este era aparentemente um militar de posto avançado. Um Seme perfeito. Roupas de camuflagem e coturnos negros eram bem visíveis ao seu corpo. Inexpressível, moreno com ombros e rosto largo, este último escondido com uma barba média-rala e olhos negros. Careca.

– F-foi um a-acidente! E-e-eu só quero sair daqui. Não sei e não quero saber o que vocês têm e vem a fazer com tudo isso, apenas me tire daqui! – Tentava ser mais límpida possível em menção do que queria, aos poucos engolindo sua voz trêmula a fim de mostrar seriedade no que gesticulava, parando suas súplicas para bafejar um pouco em suas mãos inertes.

– Não perguntei o que você quer ou não garota, responda a pergunta! – Akany estava resoluta e, pelo vago movimento limitado dos seus braços, teve a conclusão de que foi ele que a Aka mordeu.

– Tá tá tá! Se eu contar posso ir embora? – Claro que estava nervosa ao ponto de não fazer aquela estúpida pergunta, mas desejava sair dali sem arrumar mais problemas e isso resultava em falar pelos cotovelos, mais que a própria boca.

Ele riu por deveras debochado com aquela pequena indagação.

– Está bem .. – segurou o dedo indicador da mão direita dela e com tamanha força revolta, o quebrou com tanta habilidade que certamente fazia isso sem erros, praticante; o que não diminuiu o desespero de Akany que gritou agoniada ao ver seu dedo quebrado e a seguinte dor que isso lhe causara. – Vamos ver qual deles vai ser o próximo docinho .. – Ironizou ao fingir brincar de mamãe-mandou com finos membros da menor.

– Eu estava de passagem, como nunca tinha ido ao museu eu ... - Sua voz era tão falha, e ficou ainda mais quando outro estalo virou eco pelo espaço-tempos. Outro dedo sendo quebrado. – Seu... – Os seus dentes trincavam na dor e desespero que a garota tentava amenizar com mordidas nos próprios lábios, estes que já sangravam a ponto de escorrer em finos e longos filetes escarlate. – Quer que eu lhe conte ou não!? – Parecia desalentador a situação em que se encontrava, pois realmente era. Akany certamente pretendia sair dali, e temia pelas suas Pokémons, desejando que o homem a sua frente não as torturasse como fazia consigo, seu peito subia e descia, seu coração parecia querer pular da caixa, e sua expiração liberada era quente e pesada, como as gotículas de suor gélido que escorria por toda sua escala.

– Certo, tem 20 segundos. – Ele já parecia contar.

– Eu visitei, achei estranho que esse predito não tem um elevador, ai fui procurar, e achei um maldito quadro! Ele não tinha contenção e estava com letras faltando, achei que era sujeira, limpei pra tentar ler e a droga ... a droga da porta se abriu, pensei que tinha feito besteira quando ouvi passos vindos, entrei pra me esconder, e a maldita fechou-se. Só quero sair desse inferno de lugar logo, caramba! – Mostrava-se exasperada depois de ter falado tão rápido quanto possível.

– Boa tentativa. – Entendendo como toda aquela história se desenrolou, como ela desvendou o código de entrada esfregando? Aquilo era um completo absurdo aos seus ouvidos! Quebrou outro dedo.

– É a verdade! – Ela gritou, recebendo um grande golpe disferido em sua face. – Dize-me o que quer que eu fale logo que eu falo, me tira daqui! – Parecia que o que quebrara agora doera mais do que a soma do dobro da multiplicação de todos outros, sem contar da agressão recente. Já não podia esperar que aquele maldito quebrasse mais um, já que havia dito a verdade. – Miserável... Olhas pra mim, não tenho aparência de algum detetive ou sei lá do que estão se escondendo!! Diz-te isso ao esdrúxulo de quem montou essa – Fez uma pausa tentando controlar sua língua e situação provinda da dor. – Ponha a droga de um elevador por cá, é muito óbvio que tem algo por estranho aqui! – Ela trincou os dentes novamente. - O que quer que eu faça ademais Sr. Right!? – Tratou de entrar na brincadeirinha das ironias também.

Este pisou entre as cochas dela e aproximou o rosto contra a mesma, apresentando um sorriso tão sádico em seus lábios que fez Akany travar, estática.

– Treinada para tortura? Tenho brinquedos certos para pessoas como você... – Uma voz no alto falante impediu que terminasse a ameaça.

– Tire ela daí, traga a minha sala. – Uma voz muito calma que se tornou extremamente aguda com o chiado do alto-falante, que fez os ouvidos de Akany reagisse a isso de maneira negativa fazendo sibilar algo. Aquele homem não fora afetado, parecia até familiarizado com aquele tipo de som.

– Ahr... Imbecil. – Desanimou em ter seu brinquedo tirado por alguém que certamente manda mais naquilo do que o próprio. – Se tentar lutar, não irei negar que estou louco pra quebrar essas pernas... – Não perdia a pratica em aterrorizar. Fazendo Akany entender perfeitamente que não devia fugir, mas seria a chance perfeita.

Ela foi solta, bom quase, a dor em sua mão direita era infernal, e ela segurava a mesma, tentando mantê-la sem fazer muitos movimentos bruscos. Sentiu uma mão passar sobre seu ombro e pressionando, a ponta dos dedos sobre o mesmo, ficou amedrontada quando, mesmo em uma área coberta, ele sabia os pontos fracos como se lesse um livro, fazendo com que um choque passasse pela jarda direita da menor, dando-a um leve espasmo em seus dedos.

Um suspiro de dor foi solto de sua boca com tanta cólera que parecia que havia os quebrado novamente em um único toque. Certamente “nunca” seria a palavra adequada para responder se alguém a perguntasse se pretendia passar perto daquele soldado novamente.

Ela olhou em volta, não pode deixar de notar que todos a observavam mesmo que sem demonstrar isso, e outros até viravam para outro lado tentando não serem reconhecidos; passou por corredores de escritórios cheios de informações retendo a sequência de suas telas sem parar.

No fim daqueles estreitos havia um elevador, engoliu a seco pensando em ficar em um lugar tão claustrofóbico perto daquele homem, adentrou no mesmo e, cada andar que se passava vagarosamente no vidro do mecanismo, mais seu desespero crescia. E, em uma tentativa de recompor seus membros deslocados que mostravam adquirir uma coloração estranha, estalos eram ecoados pela caixinha, dadas a posição em que estavam. O sorriso sádico daquele homem aumentou vendo ela se ‘ajeitando’, e outro estimulo novamente seguiu pressionando seu ombro.

Akany queria chorar naquele momento, não lembrava-se de muito ou quase nada das dores que havia sentido, até aquele fatídico momento.

Não soube quanto tempo exatamente demorou para chegar ao andar escolhido por seu “regente”, mas assim que pousaram ao topo, a morena foi jogada como um saco de lixo a um cômodo repleto de agentes postos em seus respectivos lugares, trabalhando na frente de imensos monitores movidos a hologramas.

Ela entrou em choque reconhecendo aquele homem a sua frente, a qual foi jogada aos pés. Era o mesmo cara que havia se deparado no Nacional Parque.

– Ora... Você certamente é melhor que eu me recordava, pensei que fosse só uma criança bruta... – Fazia pausas pensando em possibilidades, mexendo constantemente em seus óculos de leitura, pouco importando-se em redigir o olhar a mesma.

– Ai esta chefe. Toda sua. – O homem que a havia trago articulo e já se retirava do extenso aposento, voltando ao posto, seguindo o caminho para o mesmo transporte de antes.

– Chefe...? – Entrou em choque mental e silenciou no mesmo momento, pensou que fosse algum tipo de crueldade ocorrente por ter dado a cabeçada no encontro passado, a qual agora estava bem marcada com uma breve elevação debaixo de sua franja loira.

Akany levantou-se rapidamente, utilizando seu braço esquerdo certamente como apoio, de maneira meio desajeitada pela falta de pratica e a dor que ainda passava pelo seu oposto destro.

– Tenho uma oportunidade a lhe oferecer. – Ele lhe sorriu impiedosamente. - Como fostes a única garota bonitinha a descobrir nosso pequeno esconderijo, devo enviar-lhe um prêmio adequado, correto? – Ele parecia feliz com aquilo. – Você tem talento, não quer se juntar a nós? – Propôs ao correr a mão pela face destra da morena.

– Estas a brincar comigo?! – Incrédula ela logo desfez-se do toque imundo do outro, ele só poderia estar completamente louco!

– Claro vou ter que lhe oferecer um tutor ... Quem sabe é até uma boa oportunidade como bônus. – Enviou-lhe uma piscadela.

– Eu bati tão forte assim na sua cabeça?! Sério?! Eu só quero minha Aka e minha Safire, agora! E não vou fazer droga nenhuma para você! – Aquelas palavras chamaram atenção dos que estavam tão ocupados trabalhando, haviam imaginado que ele se meteu em uma briga quase épica para conseguir qualquer hematoma, já que era extremamente raro isso ocorrer, e como se não fosse surpreendentemente somente suas imaginações e suposições presas ao vazio, saber que uma criança fez aquilo foi um choque intenso. – Não aja como se não soubesse o que aquele doido-de-antes faz com pessoas, e não me trate como objeto de uso pessoal.

Ele ficou surpreso com aquela criança de 1,12m falando daquela forma consigo, era uma das poucas vezes que aquilo acontecia já que, mesmo em público, ele era tratado como um tira respeitado.

– Então vamos fazer uma troca. Eu consigo o que você deseja. E você permite que a treinemos, se gostares poderá ficar conosco. Se não tudo bem também, boa sorte para as suas pernas restantes! – Sorriu em deboche.

– Só aceito isso por escrito e assinado pelo presidente. – Ironizou a situação.

– Ótimo, diga-me o que queres então. – Outro sorriso, este abrangendo confiança.

– Quero saber os nomes e a história dos meus genitores. – Tudo havia virado fuligem e duvidava que até mesmo um dia ela poderia saber disto, era uma boa oportunidade até então.

– Da onde você veio? – Indagou não entendendo seu propósito, ela parecia muito bem criada afinal, saudável e roupas de ótima qualidade.

– Hoenn, Fortree. – Foi bem direta enquanto ajeitava suas roupas e seu cabelo que mais parecia um ninho de mafagafos.

Não deu para ele esconder sua supressa, claro que todos souberam do ocorrido, mas algo muito mais sombrio ocorre em Hoenn há anos.

– Akany? – Tentou a sorte, sendo quase certo do nome da única sobrevivente há 3 anos.

– Sim. – O encarou sem receios, sem temerosidade. – Se fizeres isso aceitarei a proposta.

Ele encarou o chão por um instante, quase como se lá residisse a coisa mais interessante que já vira em toda a sua vida, os pais dela podiam estar envolvidos, então poderia faze-la se misturar com “as coisas ruins” que ocorrem em Hoenn, ou não, poderia esta ser uma humilde moradora da pacata Fortree. Encarou aquela menina, e pensou que ela valia o risco, pouco fazia falta um a mais, ou um a menos.

– Venha – Ordenou, logo colocando a mão sobre o ombro dela, que a fez ficar tensa instantaneamente, e segui-lo para uma sala mais reservada, visando uma garota sentada, não parecia se importar que invadissem seu espaço, já que a sala parecia ser só dela. Trajava um vestido cinza e rodado, bordado em rendas brancas, mas ainda assim parecia funcional.

– Senhorita Gallagher. Irá acompanhá-la.

Notou que não devia chegar até ela sem pensar duas vezes, já que havia um Ekans macho em seu pescoço, e um Pokémon que demorou a saber o que realmente era pela cor diferenciada do natural. Um Espeon Shiny e, mesmo que aquela senhorita não os encarasse, quem havia acabado de citar seu nome parecia reter toda a atenção do Espeon a sua frentte. Os olhos foscos da moça pareciam se perder em um livro bem desgastado.

– Eryn, me chame de Eryn. – Olhou para aquela criança. – Isso é sério? – Os olhos verdes escuros, como uma folha esmaecida secaram Akany até que estivesse bem revoltada com a situação. – Só cuido de casos interessantes. Vou mostrar o lugar, mas não me faça ser babá de crianças, isso é uma afronta a minha posição. – Alegou ao alavancar-se de sua poltrona de verniz.

– Ela não vai decepcionar, só quero que escolha alguém. – Por um instante ele parecia quase indicar uma pessoa pela mudança de tom de voz. – E tenho um desafio a sua genialidade, mais tarde... – saio do cômodo com tranquilidade.

– O que você quer de mim agora ... – Olhou para ela. Akany já estava a ficar incomodada com aquele réptil adormecido nos ombros da mulher oposta a si.

– Vem logo... Você tem que manter sua promessa não é? – Espeon levantou já indo para a porta. – Anda-te imbecil! – Demonstrando sua impaciência, atravessou a passagem.

– Está bem... – Estranhou ela saber disto se não estava próxima do local ocorrido, mas logo encarou aquele Espeon entendendo que não periciava saber disso se aquele sabe interpretar perfeitamente o que o outro sente ou pensa, claro se você permitir isso. Então tratou de tentar pensar em nada. Se continuasse a o fazer, em como ela desejava sair daquele lugar, de suas desconfianças e tudo mais, aquela garota iria saber. Mas tinha uma seria pergunta a fazer.

–Como acabou aqui ? – Tinha até repulsa ao imaginar alguém passou por aquele homem, principalmente se esta tivesse mais azar que ela.

– Hum... Eles me dão salário e não preciso ficar aqui 100%, é perfeito, você até teve sorte em me achar aqui por hoje.

– Não era minha intenção em encontrá-la, não. – Afirmou, estranhando algum ser por livre espontânea vontade estar ali.

– Nem todo mundo chega aqui do mesmo modo que você. Então não incomode-se tanto, muitos sonharam em estar aqui. – Ela abriu um sorriso torto. - Claro isso não cabe a mim. Odeio lugares fechados, bando de hipócritas. – Debochava enquanto ambas adentravam de um elevador, novamente. – Já deve ter ouvido falar dos que vai encontrar agora. Então se mantenha sem aqueles “gritos estúpidos”, por favor.. – Ela fez uma careta em desgosto – Mais ... vamos demorar uns 4 minutos para chegar... o que acha que o tal teste será? –Sorriu como se fosse algo extremamente engraçado acontecer. Mas Akany apenas deu de ombros. – Não dou a mínima mesmo.

Ela tentou saber se referia ao Espeon ou do Ekans, e gelou ao ver o Ekans abrir os olhos, arrastar-se com delicadeza até uma distância consideravelmente “atacável” de si, como se esperasse o tempo certo para o bote perfeito.

Akany se afastou em alguns passos que se desviam, o que foi em vão, estava em um elevador afinal. Entretanto, ela deu um jeito de colar-se nas placas metálicas do cômodo, mesmo sem apoio como defesa, logo após virando as costas aos seus acompanhantes e aquele réptil atrevido. Eryn riu da situação não esperando nenhuma das reações daquela garota.

– Não faça mais isso... – Encolheu-se ainda mais.

– Oh... Interessante. - Eryn acariciou o queixo da cobra, que instintivamente percorreu seu braço enrolando-se por lá suavemente, enquanto a porta em fim se abria.

Parecia mais uma sala de estar, só que longa com uma pequena fonte no lado direito, com alguns Pokémons tipo água e sua dona sentada numa poltrona vermelha aconchegante. Era Kari Kyo – aquela loira de olhos azuis bem atrativa para a espécie masculina -, a garota mais famosa da Elite dos Quatro de Jotho, juntamente com o mais famoso entre as mulheres o Eduard Itsuki – mulato, forte e rigoroso -, que na verdade era o mesmo cara que todos chamam de Chefe. Akany notou ele ainda estava uniformizado, mesmo que agora com uma expressão mais descontraída ainda com a testa marcada, os outros são raramente vistos e o mais velho da equipe Bruno Siba, um lutador antigo, e mesmo com a idade já avançada, seu corpo grande e bem treinado ainda mantinha sua pose bem colocada na elite, e a mais nova integrante Nykiti Karin e mais sombria, discutiam sobre algum assunto em aleatório até aquele elevador se abrir; na verdade, mesmo sendo uma porta de entrada comum, não é todo mundo que tem permissão de chegar aquela sala.

– Por que me trouxe aqui agora? – Akany já estava nervosa e ainda mais confusa com a situação, indagou a Eryn Gallagher só querendo apenas encontrar Aka e Safire o mais rápido possível e sair dali.

– Temos que dar essa inicial... bom, não é dia disso, então eles que façam a apresentação e aquele papo furado todo. – Respondeu-a, dando os ombros. – Mas não se preocupe, logo, logo, nós nos veremos novamente, só espero que seja uma situação bem mais interessante.

Praticamente chutou Akany para o cômodo, junto ao Espeon, a empurrando para fora do elevador.

– Oh, então é você que ele tanto fala... Não me parece grande coisa não. – Bruno estava a encarando, como se a analisasse com cautela.

– Ótimo, vim pra ser criticada pela minha estatura. Ótima referência, vai ver só, vou acabar contigo um dia velho! – Praticamente cuspia as palavras, estava farta daquele falatório sem nexo.

– Gostei dela – Nykiti sorria adorando ver o velho ser repreendido, o que raramente ocorria ate entre eles. – Somos a Elite dos 4, como deve ter notado, faz um tempo que essa organização foi criada, e somos o que você deve ser referir a “policiais”, mas lidamos com coisas bem maiores que pequenos furtos. E ate com grandes calamidades. Esse cara aqui acredita que você tem talento pra isso. E sinceramente, não vi nada contra ate agora. A não ser que você é muito nova e bem selvagem para compreender.

– Nova? Diz isso ao imbecil que quebrou meus dedos, que acreditou que invadi esse prédio só porque têm inimigos tão jovens... devem ser horríveis, como crianças. - Bufava- Não sei... E nem quero saber o que querem apenas, por favor, parem de dizer o que quiserem sobre mim, e parem de me chamar de selvagem ou vou mostrar a você meu lado selvagem! – Ofegante, ainda com uma dor interminável na sua mão direita não deixava ser esquecida. – Me diga o que quer que eu faça, pelo contrato, e faça o que quiser.

– Uma pessoa vai te acompanhar aonde for, e vai te treinar. Vai sair daqui e vá ao Ginásio de Goldenrod. Não creio que terá uma visão boa de nós nesse estado, e tão pouco depois de ter passado pelo Gobidik. – Se referindo à pessoa que deslocou alguns dedos dela. – Então ele te explicara melhor depois. – Kari Kyo devia ser a mais coerente entre aqueles 4. – Ele deve estar cansado graças a última missão, então aproveite seu dia de folga. Ah claro, seus Pokémons vão esperar você na entrada. Boa viajem.


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Notas finais do capítulo

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