–Sophia ?- Minha mãe me chamou. Virei para ela.

–Oi ?

–Me faz um favor ?

–Claro.

Ela me chamou para mais perto do banco de passageiro. Fui. Minha mãe colocou um colar com uma coruja e um tridente no meu pescoço.

–O que...

–Puxe.

Obedeci.

O colar virou uma faca. Ou melhor, uma adaga.

–Tenho quase certeza que Atena não vai deixar nós entrarmos com você...

–Está com medo ?-Meu pai perguntou.

–Não.-Disse irônica. Ele riu.

–Sei bem como é...

{...}

Chegamos no aeroporto. Assim que descemos do carro um homem co os olhos iguais os da minha mãe apareceu.

–Eles ficam!- Disse apontando para os meus pais.

–Por que ?

–São ordens de Atena.

Fui até meus pais e os abracei.

–Me jure que vai voltar.

–Eu juro pai.-Disse cruzando os dedos atrás de mim.

Ele me deu um beijo na testa.

{...}

Assim que entrei, me certifiquei que ão tinha ninguém comigo, peguei um pedaço de papel e escrevi em código morse:

Desculpe pai...Eu cruzei os dedos...

Dobrei o papel e coloquei no bolso.

{...}

–Você vai ficar quietinha e fazer tudo o que mandarem, senão a sua amiga não sai daqui viva entendeu ?

Assenti.

Ele me puxou pelo braço e mandou um menino prender minhas mãos e me levar para "o lugar planejado".

O menino segurou minhas mãos atrás de mim.

–Eu vou fazer isso porque sua mãe salvou a minha vida, então fique quieta, está bem ?

Olhei para ele.

–Disfarce!

Virei novamente para a frente.

Ele colocou uma corda nas minhas mãos, mais a deixou fácil de tirar.

{...}

A Gaby estava sentada em um banco com um pano na boca e as mãos amarradas.

Quando me viram, a soltaram. Ela correu até mim.

Cheguei perto de seu ouvido e disse:

–Papel. Bolso. Meus pais.

Ela fingiu me dar um abraço e pegou o papel.

–Sai daqui.

Ela me obedeceu.

–Desculpe ter que fazer isso.-O menino sussurrou.

Ele apertou uma parte do meu pescoço e me fez desmaiar.

{...}

Acordei em uma cela minuscula.

–Não, não, não não!!!!!!- Gritei desesperadamente batendo na porta.

Comecei a chorar e ficar com falta de ar.

Cara, aquilo não!

–Me tirem daqui, por favor!!!-Gritei quase sem forças.

Minhas pernas não conseguiram mais sustentar meu corpo e eu desabei no chão.

Tudo apagou novamente.

POV Atena:

–Fingindo senhora ?

–Cheque o pulso dela.- Ordenei parecendo séria. Por dentro, eu cheguei a ter pena da menina. Concentre-se Atena, ela é filha de uma traição de uma filha sua!

O meu filho me obedeceu. Abriu a cela e pegou na mão dela.

–Fraco senhora.

–Argh! Porcaria! Tirem-na dai!

Ele novamente fez o que pedi.

–Amarrem novamente as mãos dela e a coloquem-na na minha sala!

–Sim senhora.

POV Sophia{...}

Abri os olhos. Estava de frente para uma mulher de olhos cinzentos, mais de cabelos castanhos. Atena, sem sombra de dúvidas.

–O que você quer de mim ? O que eu fiz? Se você realmente é a Deusa da sabedoria, vou lhe falar uma coisa...Olhe aqui, culpar as pessoas por se apaixonarem por outras, ou culpar a filha dela por ter nascido não é nada sábio!

–Foi uma traição! Se apaixonar por um filho daquele Deus é uma traição!

–Ninguém comanda o coração Atena! Isso é ridículo! Se não gostar de Poseidon é uma coisa, julgar o filho dele por causa disso é burrice!

–Não me chame de burra!- Disse se levantando. Ops, tenho que ficar mais caladinha.

–Você entendeu!

–Tal pai tal filho!

–Esse ditado é errado! Minha mãe não tem nada a ver com você! Ela dá uma chance para as pessoas antes de julga-las mal!

–Você está certa...-Foi tão fácil assim ?- Annabeth não tem nada a ver comigo, ela se apaixonou por Ele.- Não, não foi.

–Atena, me escute, é errado julgar os outros dessa forma! De uma chance para os meus pais, por favor...Se não, ME de uma chance , eu não fiz NADA contra você!

–Uma chance...-Murmurou- Está bem.- Jura?-Vou dar uma chance para vocês...UMA! Se alguma coisa me deixar com raiva...Você já sabe o que vai acontecer...

–Sei.

–Pois bem...Vá embora.

Mostrei as mãos amarradas.

–Filho!-Chamou alguém que veio imediatamente e me desamarrou.

–Obrigada.

Olhei para as minhas mãos. Estavam arranhadas.

Me levantei e sai daquele lugar horrível.

{...} (Tipo, no outro dia.)

Eu estava cansada de lutar, com os meus braços, minhas pernas e meu rosto cheios de cortes. E além de tudo, não tinha coido absolutamente NADA.

Sentei embaixo de uma árvore. Mais assim que apoiei meu corpo, ouvi passos.

Me pus de pé em um pulo.

Assim que aqueles monstros apareceram...Eu estava completamente cercada.

Puxei o meu colar, e peguei a adaga. O primeiro monstro atacou, eu desviei, o segundo veio, e por pouco não enfiou aquele garra em mim.

De repente, tudo ficou confuso, várias fechas voaram e atingiram os monstros, que se desintegraram. Depois de um tempo, várias garotas que aparentavam ter entre 12 e 14 anos apareceram.

–Procurem por ali! Eu cuido dela.-A essa hora, eu já tinha desabado de cansaço embaixo da árvore e colocado a cabeça entre as pernas. Uma menina que usava uma camiseta com a frase: Morte a Barbie, vei na minha direção.- Você é semideusa?

Balancei a cabeça negando.

–Então...O que...

–Meus pais são semideuses.

–Olhe para mim.-Obedeci.-Seus pais não podem ser...Como ? Seus pais são o Percy e a Annie ?

Assenti.

–Como fugiu de Atena ?

–Eu não fugi. Ela me deu "uma chance".

Ela tocou o meu ombro. Gritei de dor.

–O que aconteceu com o seu ombro ?

–N-não sei.

–Senhora ?-Ela chamou alguém.

Uma menina de uns 12 anos chegou correndo. Então tudo fez sentido.Flechas, roupas preteadas. Elas eram caçadoras. Caçadoras de Ártemis.

–O que aconteceu Thalia ?

–Acho que ela deslocou o ombro...

{...}

As caçadoras me acompanharam até perto do acampamento Júpiter. Assim que foram embora, outro monstro apareceu. Eu já estava bem perto e não estava em condições de lutar então eu fiz a coisa mais razoável...Corri.

Fui para trás da estátua e resmunguei sem folego.

–Termino! Me ajude!

A estatua abaixou a cabeça e me encarou.

–Sophia ? Como...?

–Depois eu explico! Me ajude!

–Valdez!-Ele chamou um homem que passava por perto. Ele se virou.- Mate esse negocio!

Eu pegou a espada e atacou o monstro que no mesmo instante se desintegrou. Ufa!

–Onde estão meus pais ?

–Venha comigo.

Eu segui o homem...