Ponto de vista de Sakura.

Já tinha horas que os meus pais chegaram de viagem e me buscaram no Colégio. Lembro-me da reação dos dois ao me verem inteira, a minha mãe estava com os olhos vermelhos e inchados e assim que o carro parou saiu correndo para vir me abraçar me perguntando se eu estava bem enquanto me abraçava, o meu pai estava com aquela expressão preocupada, a mesma que ele teve quando recebeu a notícia da morte da vovó. Com os olhos tristes e vazios.

Provavelmente, ele percebeu que ele tinha que manter a calma entre ele a mamãe, ele que tinha ser o responsável. Já que a mamãe fica desesperada num alto nível que ele não sabe a acalmar, como eu sei.

Agora eu estava no quarto, vestida com o meu roupão rosa e uma toalha na cabeça sentada na cama com as pernas de chinês, desde o momento em que sair do banho. Eu não parava de pensar em como eu tinha sido uma presa tão fácil para o Sai.

O meu celular em cima da escrivaninha tocou várias vezes, com certeza poderia ser Hinata querendo saber que se eu estava bem. Nem me mexi do lugar, eu precisava de um tempo para voltar ao normal, era muita loucura para um só dia!

Eu tinha sofrido um ataque do Sai logo depois de ser rejeitada pelo Sasuke, e que para me livrar dele eu tinha... O matado. E só eu, a Hinata e o Neji sabiam dessa confusão toda. E a única pergunta que vinha a minha Cabeça, era como eu ia me livrar.

Eu sabia que isso não era uma coisa que eu podia chegar e contar aos meus pais advogados sobre isso, mas talvez eles nunca fossem acreditar na minha versão, esse ano eu tinha feito muitas loucuras que não era para e uma dela eu achava que era a ,minha salvação. Os calmantes do banheiro.

Minha mãe tinha muitas crises de ansiedade antes de um grande julgamento, e para isso ela tomava pílulas para dormir, ela nunca mais deixou no banheiro quando eu engoli três deles antes da semana de provas. E fui parar no hospital e acabei fazendo uma lavagem estomacal. E ganhei uma bela bronca e que se ela ou meu pai descobrissem que se eu estivesse usando novamente ele iriam me internar na clínica de reabilitação. Sair da cama e fui direto para o banheiro do meu quarto, a mamãe não sabia, mas eu sempre conseguia pegar seus calmantes e os trocar por vitaminas. Embora haja alguns meses atrás eu tinha conseguido uma receita para comprar, mas eles eram bastante caros e difíceis de conseguir, porque a farmácia os faziam com dosagens conforme estivesse na receita.

Mamãe ainda não tinha notado a troca deles, o que me mantinha bem aliviada á essa situação, nunca deixava o vidrinho na bolsa e nem mesmo no banheiro, seriam os primeiros lugares que ela iria revistar se descobrisse.

Tranquei a porta do banheiro, e na última gaveta do banheiro, tinha um fundo falso, onde eles ficavam escondidos. Olhei o vidrinho laranja das minhas vitaminas, que no momento eram os calmantes. Derramei dois deles na minha mão e olhei pensando “ Dois, não fazer mal!” e os engoli, abrir a torneira e molhei o meu rosto e logo a fechei, reparando no meu reflexo no espelho.

Eu estava péssima! E olha que eu nem tinha dormindo para os meus olhos ficarem com grandes olheiras nos meus olhos esmeraldinos, a minha pele estava pálida como uma pessoa assustada, o que eu não era mais algumas horas atrás com o Sai.

Voltei ao quarto e coloquei uma roupa confortável, calças e casaco moletom. Sequei os meus cabelos rosados e novamente me sentei na cama, foi no justo momento em que alguém bateu na porta.

Sakura – Pode entrar! – Falei e a porta foi aberta pela minha mãe.

Laura – Oi, posso entrar? - Perguntou ao adentrar o meu quarto.

Sakura – Eu ia tentar dormir agora! – Contei.

Laura – Não, tudo bem! Eu só queria te avisar, que a diretora Tsunade ligou para os pais dos alunos do primeiro ano, vão ter comparecer a delegacia para prestar depoimento!

A única coisa que ouvir a minha mãe dizer foi a palavra delegacia, o que me fez congelar e engoli em seco, será porque isso? A morte do Sai foi descoberta ou foi para descobrir quem começou o incêndio?

Sakura – Delegacia? – Falei tensa e ela me olhou preocupada.

Laura – È um procedimento! – Disse tentando me acalmar. – Eu não sei se você sabe, mas foi encontrado um corpo no porão do colégio. – Contou triste –Eu não sei o que faria se fosse você!

Eu gelei, o meu coração começo a disparar e eu não sabia se olhava para aminha mãe ou se eu olhava para o chão, pelo rosto da minha mãe, ela estava me estudando. Então disfarcei.

Sakura – Mas não era eu! E quem era o garoto?

Laura – Ainda não descobriram, só sabem que era um garoto pelo o cordão que estava escrito um nome de garoto.

Sakura – Não divulgaram?

Laura – Não, vão fazer ainda um reconhecimento, ai depois eles vão procurar a família do garoto. Agora que eu lembrei! Onde você estava quando o incêndio começou? – Me perguntou, mas que sorte eu tive ao celular dela começar a tocar e ela sair do quarto rapidamente – Depois conversarmos, descanse. – Me disse antes de deixar o quarto

Soltei a respiração que só a agora, eu tinha notado, que estava segurando. “O que eu ia fazer agora?” Me perguntei mentalmente.

Até que eu lembrei que eu precisava urgentemente falar com a Hinata, embora eu não quisesse, mas era necessário. Peguei o meu celular na escrivaninha e comecei a discar o número dela.

Sakura – Alô? Hina? Precisamos conversar! Sim, ainda hoje. Eu sei onde é! – Disse