100 coisas para fazer quando se é uma bruxa escrita por mity


Capítulo 5
Virada de jogo


Notas iniciais do capítulo

Vejam o trailer que a Nai – beijo Nai – fez pra mim! Link nas notas da história!
Leiaaaam!



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E concentrei toda aquela minha magia acumulada dentro de mim nele. E pof. Castiel voou uns 5 metros adiante. Pra sorte dele e meu azar, caiu na frente de um sofá vazio. Deve ter machucado um pouco as costas com a velocidade do impacto. Ele ainda estava no lucro, pois a dor que ele sentiu naquele momento, não foi metade da que eu senti.

Caminhei até ele, na qual estava se contorcendo de dor no chão, enquanto algumas pessoas se ajoelhavam ao redor do mesmo, tentando socorrê-lo. Sorri para ele, e pude ver o medo em seus olhos. De supostamente apaixonados e cativantes, passaram para olhos amedrontados e confusos.

Saí da festa antes que alguém – como o Paul – me perguntasse o por quê de eu sair tão cedo de lá.

Um carro foi se aproximando de mim, lentamente, enquanto eu andava com os mesmos passos da noite no parque. Chegando devagar. Vá embora. Vá embora.

– Ei, gatinha. Onde vai a uma hora dessa sozinha por essa rua? Quer uma carona?– O sujeito tinha voz grossa e roca. Ele falava com malícia, o que me causara nojo e náusea no estômago. Sugeria ter uns 30 anos de idade ou mais. Não estava nem afim de saber.

Desacelerei meus passos.

– Você não deveria ter dito isso – avisei.

Soltei uma risada alta e destemida. Andei até o carro, abri a porta do motorista e o puxei pra fora psiquicamente, sem precisar usar as mãos.

– Seu pedófilo desgraçado! – berrei, e meu grito deve ter se manifestado por vários metros, criando um eco.

Fiz a mesma coisa com aquele cara que tinha feito com o Castiel. Só que triplicamente mais forte. Se Castiel voou 5 metros, aquele cara deve ter voado uns 15, pelo menos.

Não estou me gabando nem nada, mas vai dizer que você não faria o mesmo que fiz? Claro que faria. Talvez até pior.

Continuei a voltar pra casa, agora com menos agilidade. Como era bom poder andar na rua sem qualquer medo, podendo se proteger quando quiser!

Entrei e subi direto pro meu quarto para tomar um banho.

TEMOS QUE CONVERSAR SOBRE O QUE ACONTECEU. NÃO ME IGNORE, POR FAVOR. CASTIEL, dizia a mensagem que ele me mandou.

Eu ia ou não? Ia ou não? Ia ou não? Mil vezes esse pensamento passou por minha cabeça antes de me decidir.

Okay, eu iria, tomei, por fim.

ATRÁS DA MINHA CASA, NA FLORESTA. EM QUINZE MINUTOS. REBECCA, respondi.

Fui de pijamas mesmo.

Tomei o máximo de cuidado possível pra que não acordasse Annie e minha avó, que dormiam. Magia talvez ajudaria, né? Flutua, sussurrei. E eu estava no ar. Meu controle sobre aquilo era mínimo, mas consegui chegar lá em baixo em segurança e sem fazer barulho. Parecia que eu estava num tapete mágico do Aladdin. Um tapete vesgo que não sabia muito bem onde ia.

Abri a porta e lá fui eu. Fazia 18 graus celsius fácil lá fora. Virei a esquina e entrei na floresta que eu falei, e ele estava lá, pude ver mesmo com a pouca iluminação do local, sentado num tronco de árvore, com o mesmo olhar da festa mais cedo.

– Ahn... Oi.

– O que você é? – ele foi direto ao ponto.

– Rebecca, uma estudante? – Isso saiu mais irônico do que pretendia.

– Não. – Ele levantou-se. – Não me refiro a isso e sim a... Você me arremessou com a força do seu pensamento.

– O quê? – Soltei uma risada forçada. – Não, você estava bêbado, só isso. Como eu poderia ter te arremessado assim? – Fingi uma expressão confusa. Eu era boa naquilo, em fingir.

– Não, eu não tomei nem uma latinha de cerveja inteira. Eu sei o que eu vi. – Agora sua expressão passou de assutada para começando a ficar impaciente.

– Não... Você... Não viu nada. Deve ter imaginado. Eu só te empurrei, e nem foi com tanta força.

– Tá bom... Só que isso não me convence.

– Quem iria acreditar em você? – desafiei-o.

– Eu acredito. E isso basta. Não preciso contar a alguém.

– Era só isso? Porque se for, tô com sono.

– Sim, era.

Achei que ele insistiria em ficar mais tempo lá comigo...

Dei meia volta e voltei pra casa. Fui pro quarto e voei pra cama, tipo, literalmente.

O dia seguinte era sábado, e eu adoraria passar o dia todo dormindo, porém minha tia me acordou para ajudá-la a limpar a casa.

Minha disposição para aquilo era a pior possível.

Mas a magia me ajudava, quando Annie não estava por perto. A vassoura de palha – típica de qual ser sobrenatural, mesmo? – parecia assombrada, pois ia de um lado para o outro, só com a força do meu pensamento.

Se a magia era legal para aquele tipo de coisa? Sim. Era ruim pro meu organismo, já que eu não fazia nenhum esforço físico? Péssimo.

Tia Annie na área, vassoura na mão, fingindo que varre.

– Varra bem varrido, senhorita – ela reclamava.

Varra bem varrido, senhorita! – remendei ela.

– Não me remende! Mal criada! Me respeite! Sou sua tia! Faça isso direito! – Mais mil frases entediantes que eu sequer dei ouvidos deram sequência à essas.

O sábado passou, e eu fiquei o dia todo assistindo a terceira temporada de Pretty Little Liars. À propósito, estava muito boa.

O domingo havia chegado, e eu fui até a floresta que eu tinha me encontrado, com aquele ser que vocês já conhecem, na sexta.

Como eu não conhecia nenhuma outra pessoa que tinha esses poderes ou sabia como usá-los, eu treinava sozinha.

Era muito bom poder passar o fim de semana sem notícias do Castiel...


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Notas finais do capítulo

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