100 coisas para fazer quando se é uma bruxa escrita por mity


Capítulo 6
Mudança de planos e...


Notas iniciais do capítulo

Não se esqueçam de ver o trailer! Link nas notas da história! XD



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Meu divino dia na escola não poderia começar melhor, só que não: logo de entrada, Kathleen veio em minha direção – que maravilha. Como se eu estivesse muito afim daquilo...

Okay, Rebecca, respire e encare a situação. Ela é só mais uma puta-oferecida-que-se-dava-bem-em-tudo-e-que-deveria-levar-uma-facada-na-barriga.

– Está tristinha por Castiel ter te trocado por mim, amor? Fica assim não, logo passa. – Ela, descaradamente, sorri.

Levanta, postura e paciência, disse à mim mesma.

– Não, eu não estou. Mesmo se estivesse, isso não te diz respeito. Ou diz? Não, né? Então, cai fora, garota. – ~Faz cara de miss. Estava dando a partida à vingança com Kath-vadia.

– Acha que isso basta pra mim? Me poupe, querida.

Ela deu as costas e saiu, pouco exibida. Os livros que estavam em suas mãos, foram parar no chão, por algum motivo desconhecido – ou nem tanto ~pisca.

Passei pelo Castiel, e ele sequer voltou seus olhos para me olhar, como sempre fazia.

Mas eu não queria aquilo, eu queria ele aos meus pés, caído por mim. Assim, a vingança fluiria conforme meu desejo. Senão, qual seria a graça?

Eu o faria se apaixonar perdidamente por mim, mesmo que tivesse que me envolver – um pouco – por ele.

– Castiel – chamei-o, com a voz baixa, quando ele estava abrindo o armário, do outro lado da parede onde ficava o meu.

– Hum? – respondeu, sem dar muita atenção.

– Tá tudo bem? – Cheguei mais perto dele.

– Desde quando se interessa se estou bem ou não? Até ontem, você não queria nem ouvir meu nome. – Ele fechou o armário com força e virou seus olhos para fitar-me. Seus olhos refletiam desinteresse.

– É... Sei lá, você parece um pouco estranho...

– Ser ignorado e rejeitado cansa uma hora, sabia? Não vou ficar correndo atrás de você pro resto da minha vida. Eu não fui encontrado no lixo.

Fiquei meio sem resposta; até um pouco surpresa.

– Olha, me desculpa... É só que eu fiquei realmente chateada com o que você fez – fingi estar abatida. – Quem sabe podemos ser... Amigos?

– Eu não quero ser seu amigo. Já tenho muitos amigos. Se não quer ficar comigo, ótimo, só não venha me dizer que quer ser minha AMIGA. Por favor.

Eba. Ele conseguiu me tornar um lixo duas vezes. Novo recorde. Deveria entrar pro Guinness Book – livro dos recordes.

Uma lágrima ousou querer fazer queda livre do meu olho, mas eu consegui contê-la a tempo de fazê-lo.

– Tá, não precisa dizer mais nada.

– Rebecca, eu... – Não ouvi o resto da frase, pois procurei sair de lá o mais rápido que pude, antes que começasse a chorar.

– Como você pode ser tão trouxa, Rebecca? Como consegue fazer tanto papel de trouxa? Você não muda mesmo. Precisa dar uma lição nele, não ser humilhada – discuti comigo mesma, olhando meu reflexo no espelho do banheiro feminino do colégio.

Já em casa, comecei a procurar por uma nova escola na internet. Eu não aguentava mais a presença dele. Aquilo era tortura. Precisava por um fim àquilo. E a magia não seria muito útil naquele quesito.

Encontrei uma que não era tão longe de casa. E tinha ônibus – grátis – o que era uma maravilha. A mensalidade não era alta e tinha ótimas referências.

Na hora do jantar, comentei sobre a nova escola que pretendia estudar.

– Por que quer mudar? A atual não é boa o suficiente pra você? – perguntou Annie, jorrando veneno de sua língua de anfíbio.

– Onde eu estudo ou deixo de estudar, é problema meu e da minha vó. Com licença – Beijinho, linda.

– Querem parar com isso? Já está enchendo o saco! – Era a primeira vez que ouvia minha avó se estressar daquele jeito.

– Desculpe – nós duas falamos juntas. ~Bate na madeira!

– E então, filha – começou vovó –, por que quer mudar de escola?

– Simplesmente porque cansei. Cansei da escola, dos professores, da direção, das pessoas que lá estudam, principalmente, de tudo... 9 anos frequentando todos os dias o mesmo lugar é muito pra mim.

Já falei o quanto amo minha avó?

– Certo. Vamos um dia conversar com eles e pedir transferência, está bem?

E o quanto odeio minha tia?

– Você mima essa garota demais. Está estragando-a! – comentou a cascavel da minha tia.

– Você é a melhor avó-barra-mãe do mundo! – Beijei-a na bochecha. – Te amo!

Algumas horas depois, lá estava eu, deitada na cama, sem conseguir pregar os olhos. A dúvida me consumia. O que será que Castiel queria me dizer quando saí correndo?

Está até parecendo que eu gosto dele. Talvez eu goste, mas a raiva e mágoa que se fundiam em um sentimento só era maior que aquilo. A mágoa sempre dominaria. Sempre.


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Notas finais do capítulo

Comentem, amoreeees