Herdeiros - Destinos cruzados escrita por CAIA


Capítulo 13
Cap.13


Notas iniciais do capítulo

CAPITULO ESPECIAL!!!Gente nós alcançamos a marca de 100 comentários e mais de 2.000 visualizações (para ser mais exata 2.570) eu podia ter esperado atingir três mil, mas acho que vocês também não estavam mais aguentando né?!Pois é, eu também não... Bem,meu teclado já chegou e ele está instalado,bonitinho e funcionando (agora só falta eu me acostumar com ele porque ele é mais silencioso e as teclas são mais macias,e minhas unhas são grandes então escorregam o tempo todo pelas teclas,quero o meu teclado antigo de volta :’()...Obrigado por comentarem no ultimo poste,que foi o do aviso,o que mais me pediram nele foi para adicionar mais romance,nesse cap. em particular não vai ter muito romance as é nele que começa (acho que vocês vão adivinhar na hora e que virem) e uma leitora em particular me pediu para esclarecer mais os poderes dos personagens mas eu já estava planejando fazer isso só que mais para frente,não vai demorar eu juro só mais uns três cap’s no MAXÍMO...



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Cap.13 – Pov.Max

Desde que anunciaram a nova data do baile tenho sido pressionado por Clair, Victor, Enzo... Em fim, todo mundo, menos a Soph, quer dizer ela não me pressiona verbalmente apenas lança aquele olhar de “o que você tá esperando?!” que me deixa ainda mais desesperado. Tenho fugido o máximo que consigo mas eu sempre dou de cara com alguém,quando digo “alguém”quero dizer minha irmã parece que ela tem um sensor localizador,a criatura sempre me acha!

Já me escondi até no armário do faxineiro, passei duas horas lá jogando videogame até ele chegar e me expulsar, o que em minha opinião foi muito injusto. Toda vez que passo pelos corredores mantenho-me de prontidão caso Sophie ou Clarita(um apelido carinhoso para minha querida,mas não tanto,irmã)apareçam assim como estou fazendo agora,me esgueirando pelas fendas dos armários e aproveitando as sombras,quando vejo que nenhuma delas está a vista saio de meu esconderijo e logo em seguida dando um encontrão com alguém.

–Aí! – ouço reclamar.

–Me desculpe eu não vi vo...

–Max? Que estava fazendo escondido ai? – era Soph, tomo tanto cuidado para não encontrar com ela e isso vem me acontecer – Você está bem?Parece meio pálido.

–Ah...Ah...E-Eu estar as-assim bem muita boa – comecei e ela me olhou com uma careta – Te-tenho que ir - não esperei sua resposta e sai em disparada dei umas voltas pelo campus para ter total certeza de que ela nem ninguém estavam me seguindo e sigo para a biblioteca,tinha trabalho de mitologia para fazer,o que era um saco já que eu não entendo absolutamente nada sobre...isso.

Dirijo-me a seção de historia e logo ao canto mais escondido que tem bem no final, próximo aos livros de línguas mortas que praticamente não eram usados.

–Então senhor está aqui! – dou um pulo quando ouço a voz que eu com total certeza reconheceria em qualquer lugar.

–O que você quer? – digo derrotado.

–Nada, vim fazer o mesmo que você, parece que realmente somos irmãos, até pensamos nos mesmos lugares para fazer os trabalhos – ironiza – Pena que não temos a mesma coragem.

–Duvido que você teria se estivesse no meu lugar – ela apensa me fitava – Encontrei com ela no corredor alguns minutos atrás.

–E?...

–E eu a derrubei no chão, devo acrescentar que foi sem querer, ela perguntou se eu estava bem e eu disse “Ah... Ah... E-Eu estar as-assim bem muita boa” – concluo e ela ri – Sabe, não é legal rir dos problemas do seu irmão.

–É sim. Max,não precisa ficar nervoso perto dela.Soph amaria você mesmo que seu cabelo fosse rosa,cor que ela odeia,e usasse vestidos.

–Isso nunca vai acontecer.

–Qual das partes?

–O cabelo rosa, eu usar vestidos e...e a Sophie me amar...

–Aí, como você é teimoso!Será que é tão difícil acreditar na minha palavra?O que eu fiz para merecer isso? – disse olhando para o teto – Duas cabeças duras!É isso que vocês são!Porque, pelo anjo!...Sophie é afim de você dês do jardim de infância e eu sempre te disse isso, mas nunca acreditou, não entendo por quê?

–Talvez porque a ideia de que a garota por quem fui apaixonada a minha vida inteira,também goste de mim,seja surreal. Você e não entenderia – balanço a cabeça negativamente – Uma pessoa que nunca amou não entenderia.

–Quem disse que nunca amei? – ela indaga e olho para ela incrédulo.

–Gostar de alguns carinhas não é o mesmo que amar,muito menos se apaixonar.

–Eu sei disso Max. Sei o que significa amar,sei como é estar apaixonado – e no momento em que penso que ela vai me revelar a tal pessoa eu me decepciono totalmente - Amo você,amo Sophie...

–Não esse tipo de amor – a corto – o amor que se sente pela família e pelos amigos é totalmente diferente d amor que eu sinto por Soph.

–Eu também sei disso, mas você não me deixou continuar.

–Então você realmente já amou alguém como...

–Como você ama Sophie?Sim, já.

–E porque nunca me disse?!

–Não era necessário – ela da de ombros.

–Não era necessário?Minha irmã finalmente se apaixona e não é necessário que eu, seu irmão GÊMEO, saiba?

–Para de fazer cena, não é nada tão importante assim.

–Clari, amar é a coisa mais importante que se pode acontecer a alguém!E quando esse alguém é você é uma coisa monumental, cheguei a pensar que não viveria o suficiente para vê-la se apaixonar e quando isso acontece você não se dá ao mínimo trabalho de me falar?!Quem é?

–Não importa.

–Mas é claro que importa!O cara merece um prêmio Nobel!Por favor, me diga.

–Não, era melhor eu nem ter mencionado isso a você.

–E porque não?

–Porque eu não tenho certeza. Isso saiu da minha boca sem querer,eu ainda estava pensando se realmente gostava da pessoa e quando eu mencionei foi...foi totalmente sem pensar.

–Mas é assim que acontece amar não é algo que você escolhe, não é algo racional, muitas vezes só percebemos quando é tarde de mais. Eu só soube que realmente gostava da Sophie porque toda vez que ficava perto dela eu começava tremer, gaguejar e minhas mãos suavam tanto que minha calça ficava molhada de tanto limpa-las nela – ela riu – eu sei que você lembra.

–Sim, mas eu não vou falar.

–Por quê?

–Porque quero esquecê-lo, não posso gostar dele, seria como... como traição...Alias eu estou aqui para falar com você sobre convidar a Sophie pro baile então nem tente me enrolar!

–Quem está enrolando aqui não sou eu – ela me olhou sugestivamente – Tá, talvez um pouquinho. Vamos fazer assim,eu convido a Jessie se você me disser quem é,feito? – ela pareceu considerar a ideia, eu levantei meu mindinho como em sinal de promessa e ela entrelaço o mesmo dedo no meu.

–Feito, tudo por vocês, mas se você contar para alguém eu arranco sua cabeça, entendeu?

–Com certeza!

–Ótimo!...

Pov.Enzo

Eu precisava terminar meu projeto para o clube de mecânica o mais rápido o possível por simples três motivos:

1 – Sun Hee queria o quarto limpo quando chegasse, se não me faria limpar cada canto do quarto com minha escova de dente, e acredite graxa é bem difícil de remover.

2 – Eu tinha dever de casa e se não entregasse eu estaria ferrado.

3 – O clube, e eu, estamos ansiosos para ver se vai funcionar.

Eu passava de um lado para o outro, minha camisa branca e meu cabelo sujos de graxa, suor escorria pelo meu rosto, eu tinha que ser minucioso com todos esses equipamentos, não podia arriscar botar fogo no quarto ou no prédio e muito menos na cama do Sun, acho que ele me esganaria. Apertava mais algumas porcas com minha chave de fenda da sorte e logo estaria terminado. Um autômato em formato de um malamute do Alasca,um cachorro,que iria fazer rondas pelo campus e ajudaria na segurança dos alunos.Claro,não fui eu que tive essa ideia,meu pai tem um dragão de bronze chamado Festus,o nome de cachorro seria Malaki.

–Mas o quê?... – parece que vou ter que comprar uma escova nova.

–Foi mal, eu já tava indo limpar, eu juro!

–Sorte a sua a minha cama ainda estar arrumada e eu ter tido um dia cansativo, tão cansativo que não vou nem olhar pra você e vou dormir.

–Que sorte a minha...

–Quando eu acordar quero tudo brilhando, Valdez!

–Sim, senhor!Pode deixar.

–É bom mesmo! – e sem mais nenhuma palavra ele se joga na cama e alguns minutos depois já estava roncando o que é incrível considerando a barulheira que eu estava fazendo.

Tinha que dar um jeito de levar o projeto até a sala do clube de mecânica, então resolvi liga-lo para testar e ao mesmo tempo poupar esforços já passei os últimos sete dias construindo o mini autômato.

Malaki estava funcionando perfeitamente, se não fosse pelo bronze e os parafusos visíveis poderia jurar que era um cachorro de verdade.

–Certo. Malaki,vamos,precisamos ir ao clube certo? – eu andei e ele veio me seguindo – Bom garoto!

***

Estava quase chegando quando olho para trás e vejo que o cachorro de bronze não estava mais me seguindo logo depois ouço gritos e o barulho de coisas quebrando vindo da lanchonete, corro na direção da mesma e vejo muitos alunos passando correndo pela porta, entro e vejo que alguns alunos ainda estavam lá dentro.

Procuro por Malaki e o vejo sobre com as patas apoiadas em um banco, na mesa em frente a ele estava Valery, andando para trás com os ombros encolhidos, se ela se afastasse mais um pouco se esborracharia no chão, e não seria nada bonito. Corri em sua direção na hora em que o autômato pulou na mesa rosnando para ela,que teria caído se eu na a tivesse segurado.

–Obrigado... – ela diz.

–Não precisa agradecer isso tudo é culpa minha, não sei o que acontece com ele estava tudo bem então ele sumiu e isso aconteceu – a coloco no chão – Fique aqui vou desliga-lo – concluo indo em direção ao cachorro. Tenho que lutar para conseguir apertar o botão de desligar nas costas dele,que para minha surpresa não funciona,tenho que dar um jeito de vira-lo e arrancar os cabos que lhe dão vida,quando consigo vejo o brilho da luz se esvair de seus olhos e ele cair imóvel no chão.

–Foi você que fez ele? – Valery pergunta se aproximando.

–Sim, mas precisa ser aperfeiçoado.

–Não tinha nada de errado com ele. Estava indo tudo,ele entrou aqui e começou a farejar,todos ficaram maravilhados com o cachorro,mas então ele subiu na mesa da comida para tentar pegar alguma coisa e a mesa virou derramando tudo o que tinha em cima do seu...seja lá o que isso for.

–É um autômato – eu rio – acho que os líquidos da mesa devem ter causado um curto na fiação.

–Concordo com essa coisa que você disse – eu rio mais uma vez, mas minha alegria acaba quando ouço meu nome o interfone.

_Senhor Valdez, comparecer a direção!

–De novo não... e là vou eu,vejo você depois Val.

–Até depois e boa sorte com a diretora.

–Obrigado – junto o autômato e sigo para a diretoria.

Pov.Victor

Os dias tem se passado e nada tem mudado, não muito, na verdade as maiores mudanças têm sido em Victoria e em Clair, e talvez um pouco em Max, elas têm sido muito generosas uma com a outra... ok!Talvez “generosas” não seja a palavra certa, mas não posso pensar em outra para descrever o modo como as duas têm se comportado ultimamente. Sempre se ajudando e querendo fazer as coisas uma para a outra,isso está me dando nos nervos,elas costumavam brigar e sair rolando por aí apenas por diversão e agora é como se tivessem...medo,mas não sei do que elas poderiam ter medo.Minha prima é minha irmã temendo algo que não seja Deus é totalmente inexplicável elas sempre se preparam e ...

–Sr. Lightwood será que poderia responder-me a pergunta que lhe fiz?!

–Perdão Sr.Stradivarius, eu estava... pensando nas minhas...atividades de...astrologia! – eu sou péssimo com mentiras, mas foi à primeira coisa que surgiu em minha mente, e até que pareceu funcionar.

–Certo, mas tente se concentrar no presente ao invés de devanear sobre outras atividades. Creio que terá bastante tempo para pensar nas tarefas quando a aula terminar.

–Sim senhor! – assenti – Qual era a pergunta?

–Perguntei qual era o composto mais usado na poção de transformação animal. Creio que o senhor e o Sr.SCHREAVE – falou mais alto batendo na mesa de Ethan,que dormia na carteira ao lado e se levantou em um sobressalto limpando a babá do rosto,que por sinal estava marcado pelo arame do caderno – Sabem exatamente como prepará-lá.

–Sim senhor! – meu amigo respondeu desnorteado sem ao menos saber qual era a pergunta.

–Ethan! – o censurei em um sussurro. Ele me olhou,haviam olheiras abaixo de seus olhos que estava inchados pelo sono,definitivamente ele não estava dormindo bem desde o último pesadelo,eles são sempre os mesmos a garota misteriosa que subitamente se transforma em Antonieta,o salão em chamas,as pessoas correndo e seu smoking retalhado e manchado de sangue e sujeira.

–Perdão Sr.Stardivarius... não estou me sentindo muito bem nos últimos dias por isso não estou dormindo direito – explicou cabisbaixo.

–Ora garoto!E porque não foi à enfermaria?!

–Ah... é que –ele tomou fôlego - é que eu...

–Vá logo Ethan – ele suspirou – e só saía de lá quando estiver se sentido novo como papel ou juro que eu mesmo irei cuidar de seu mal estar – o garoto se levanto de súbito batendo o joelho na mesa causando pequenas risadas pela classe e se dirigindo às pressas pela sala, acho que a ideia de ser tratado pelo professor de poções lhe deixava enjoado.

–Então Victor, irá me responder? –perguntou se virando para mim.

–Sim senhor. Eh...semente de papoula da Índia?! – estava incerto quanto minha resposta, mas com certeza era um dos ingredientes.

–A sorte lhe acompanha rapaz. Está correto,mas sugiro que dá próxima vez saiba realmente a resposta ao invés de “chutar” - diz apontando a bengala em minha direção e se virando para o quadro para continuar a explicação entediante.O velho parece ter uns trezentos anos,os veteranos do último ano dizem que ele já dava aula aqui anos antes de chegarem,e alguns deles estudam aqui dês dos doze anos.

Pov.Sophie

Estava tudo indo muito bem até que anunciaram a nova data do baile e Max começou a agir histericamente,assim como sua irmã,que de uma hora para outra anda mais fechada que o normal. Os dois andam cochichando pelos corredores e quando pergunto a Clair sobre o que era ela fica vermelha,muda de assunto ou simplesmente foge como se eu fosse algum tipo de investigadora policial atrás de um criminoso.

E lá estavam eles de novo, escondidos entre os armários e discutindo em um tom quase impossível de se ouvir. Me aproximei e me escorei no armário onde estavam.

–... será que você podia por favor contar?! – consegui identificar a frase

–Max! – o censurou – Já disse que não!Não importa o que faça ou o que diga, não vou falar nada a ... – ela parou subitamente – Sophie o que está fazendo ai? – Clair Indaga.

–Ah... nada,é que esse é o meu armário – respondo.

–Não, não é. Seu armário é do outro lado da escola,um após o meu porque o de Victoria fica no meio – conclui.

–Desculpe, mas não suporto que vocês escondam algo de mim, sempre contamos tudo um ao outro e agora... – solto um suspiro.

–Todos temos nossos segredos Jess – foi à vez de Max me censurar.

–Achei que você entenderia que eu não queria falar nada – ela disse, parecia furiosa, nunca a tinha visto dessa maneira antes – Tenho que ir, falo com vocês mais tarde – mas era claro que não falaria, ela arranjaria um jeito de desaparecer como sempre faz quando está com raiva ou chateada, isso nunca tinha sido problema, não até agora. Por quê isso tinha que acontecer quando estávamos a quilômetros de casa?E porque comigo?Por que ela está com raiva de mim?O que eu fiz para merecer sua decepção?

Olhei para Max que me fitava compreensivamente.

–Não se preocupe, ela ficará bem, não é nada que tenha a ver com você, ela só está um pouco chateada com algumas coisas e não quer que ninguém se meta. Acredite se ela não queria me falar não falará a mais ninguém,aceite Soph a única pessoa que realmente a entende é ela mesma.

–Sei que você sabe o que aconteceu, pode me contar?

–Sinto muito – negou com a cabeça – é algo que ela tem que decidir contar a você, se eu disser não sei o que Clair é capaz de fazer comigo – e sai na direção das salas.

Pov.Clair

Odiava ser pressionado, depois de nossa conversa na biblioteca meu irmão não para de perturbar minha paciência sobre o suposto “herói que roubou meu coração”, que coisa brega, dizer que já amei em voz alta foi a pior coisa que poderia ter feito de tantas burradas minha mente escolheu justamente essa.

Suor escorria pelo meu corpo, minha regata preta estava toda molhada, fazendo com que a mesma colasse em meu corpo, meus braços e mãos trabalhavam juntos erguidos e socando simultaneamente no saco de pancadas.

Sentia o pulsar em cada parte do meu corpo, meu coração batia em um misto de fúria e adrenalina, os momentos em que fico furiosa são breves, mas são sempre os piores, sinto vontade de socar a primeira coisa que vejo na frente e não seria bom se alguma dessas pessoas fosse um amigo ou um parente, então o melhor a fazer e sair de perto,eu sumo,desapareço porque é o único jeito de manter o que resta da minha sanidade antes de detonar qualquer coisa que apareça diante de mim. O saco se desprende da corrente e caiu do outro lado da sala.

–Talvez você devesse pegar mais leve – uma voz surpresa soa atrás de mim, viro-me para ver Dylan e ignoro seu comentário – Acho que a escola não pode substituir todos os sacos que você derrubar... Seu irmão estava te procurando,ele parecia...desesperado.

–Ele se preocupa á toa.

–Ninguém se preocupa sem motivos... devia ter dito algo a ele...

–Não estou muito a fim de falar com ele agora... Nem com a Sophie.

–Então a coisa é seria porque vocês não se desgrudam nunca – ele faz graça,o esboço de um sorriso se forma em meu rosto – Pode me contar o que quiser,vou estar aqui se precisar, ok? – apenas balanço a cabeça positivamente.

–Obrigada, mas acho que vou continuar a descarregar a raiva nos sacos de pancada.

–Eu te ajudo – ele se afasta e pega outro dos sacos para pendurar – Bem, essa é a única coisa em que posso te ajudar, você bate muito bem, minhas dicas não serviriam de nada.

–Que bom talvez assim você aprenda alguma coisa...

–Tenho certeza de que bato melhor que você!

–Eu duvido!Vamos Kane,mostre o que sabe,tenho certeza de que sou muito melhor...

***

–Ainda não acredito que ganhou em quase tudo!

–Eu acredito! – indago.

–Que convencida!Acho que se fosse seu irmão não aguentaria seu ego por tanto tempo.

–Max já está acostumado, passou exatos quinze anos do meu lado.

–Então por que tá com raiva dele?

–Porque a persistência dele é tão grande quanto meu ego – suspiro.

–Isso significa que vai me contar o motivo agora?

–Na verdade não. Isso significa que eu confio em você o suficiente para desabafar superficialmente.

–E por que superficialmente?Por que não dizer tudo e se livrar de tanta pressão?!

–Eu não estou sobre pressão!

–Não mude de assunto. Você e Ethan tem essa mania de guarda as coisas para si,acho que nunca vou entender os dois – ele acena negativamente a cabeça – isso não faz bem por favor,me conte?!Juro que não contarei a ninguém – levanta as mãos em rendição e eu o olho cautelosa.

–Tudo bem Dylan, mas se disser uma palavra a alguém eu juro que não sobreviverá mais do que cinco minutos!

–Depois do que eu vi você fazer no ring?Eu prefiro costurar minha boca a contar alguma coisa sua para os outros, aliás, eu tenho mais o que fazer!

–Concordo plenamente...

No momento sentia como se Dylan fosse um irmão mais velho, mal nos conhecíamos e ele estava me apoiando e cuidando de mim, sem que fosse necessário, o irmão mais velho que nunca tive. Quer dizer eu tenho Max e ele também me apoia e cuida de mim mas não é o mesmo,até o porque eu sou mais velha que ele por quinze minutos.Decido que contar a alguém sobre o que vem acontecido vai me fazer bem,e confio em Dylan o suficiente para isso.

Pov.Sun Hee

–Precisamos de... – diz uma das garotas a minha volta.

–Tudo bem, vou ver pra você.

–Mas...

–Sun Hee queremos mais... – outra a interrompe.

–Sem problemas...

–sabe aquele...

–Sim, sim eu sei vejo isso depois... – vou passando entre o aglomerado de meninas ao meu redor, elas não param de falar um segundo – SERÁ QUE VOCÊS PODEM CALAR A BOCA E ME DEIXAR PASSAR! – elas abrem caminho em silêncio.

–Mas precisamos de você para terminar de juntar o material do baile – uma delas choraminga.

–O tempo que eu tinha pra falar com vocês já acabou eu tenho coisas a fazer e a não ser que queiram lavar minhas roupas, fazer minhas tarefas, fazer minhas provas e arrumar meu quarto eu não vou poder fazer nada e de qualquer maneira eu preciso descansar. Sabem o quanto é difícil passar o dia todo com vocês tagarelando no meu ouvido?Já era ruim o suficiente quando era apenas o monitor chefe, imagina eu sendo também o líder do comitê do baile, eu não entendo nada de bailes! – sai pisando forte e, graças a Deus, nenhuma delas fez menção de me seguir.

Desde que marcaram a nova data da festa da escola tudo tem sido uma loucura, tempo é uma coisa que praticamente desconheço desde então, as meninas do comitê vivem atrás de mim dizendo que está faltando isso e aquilo para decoração, comida e etc. Porque eu tenho que ser um aluno tão exemplar?!Porque não posso ser mais como o Enzo, que dorme durante as aulas devido às noites em claro trabalhando em seus projetos loucos?

Saindo do elevador encontro o corredor vazio como era de costume a essa hora da tarde, marcho em direção à porta do meu dormitório para encontrar, mais uma vez, uma imensa bagunça, bato a porta e me jogo na cama.

–Hey, porque tanta raiva cara?Se continuar assim vamos ter que comprar uma porta de aço, para a de madeira não quebrar pela terceira vez seguida desde o início do ano e botarem a culpa em mim. Afinal porque eu sempre levo a culpa?

–Porque é você que faz as besteiras e eu sou o aluno quieto que SEMPRE faz as tarefas! – suspiro.

–Mas eu faço as tarefas!Só não entrego na data certa, mas eu faço.

–Ninguém merece um colega de quarto como você, mas é claro que todos têm desafios na vida e talvez você seja o meu.

–E como eu seria seu desafio? – pergunta fazendo cara de idiota desentendido.

–Me fazendo aprender e a ter mais paciência, porque se Deus me der qualquer outra coisa eu juro que eu mudo de quarto ou te estrangulo. Acho q segunda opção mais viável,assim outra pessoa não terá que passar pelo mesmo que eu.

–Eu nem sou tão ruim assim... – alguém bate à porta - ENTRA!

–Oi Sun Hee. Oi Enzo.Sun posso falar com você? – era Julie, ela esta me ajudado com a organização.

–Claro, mas não vou levantar fala ai da porta mesmo.

–As meninas me deram essa lista dos materiais que faltam e disseram que você tinha autorizado então eu estranhei que você não tinha me dito nada, então vim confirmar.

–Realmente Ju, você fez muito bem, eu não autorizei nada!Vem vamos à direção... – levanto-me totalmente contra minha vontade mas é o que tenho que fazer.

Pov.Dylan

Hoje de tarde quando entrei na sala de treino e vi Clair lembrei exatamente do rosto de seu irmão implorando para ajudar a encontrá-la. Nunca fui muito de esporte mas já que isso a deixava mais...suave,era o que eu iria fazer.Passamos algum tempo disputando de um pouco de tudo,usamos todos os equipamento que haviam na sala.Horas depois enquanto caminhávamos consegui convencê-la a me contar os motivos de tanta intriga entre eles e acho que ela está certa em ficar desse jeito,afinal é ela quem decide se quer contar ou não,mas enfim ela acabou desaparecendo outra vez mas consegui acalmar o Max dizendo que havia falado com ela e que estava tudo bem e depois ele tentou arrancar alguma coisa do que ela disse para mim.

***

–Dylan, acorda... – ouço e logo sinto alguém me cutucar.

–Hmm... só mais cinco minutos mãe...

–Dylan, não é sua mãe, sou eu... Helena.

–Lena?O que você tá fazendo no meu quarto? – disserto ainda sem abrir os olhos.

–Não estou no seu quarto, você está dormindo na sala e durante a aula de Filosofia – ela conclui com uma risada e eu me levanto em sobressalto.

–Como eu vim parar aqui?

–Com suas pernas.

–Mas eu não lembro!

– Você fala enquanto dorme – ela ri.

–Ah, eu falo? – minhas bochechas coram - Nunca tinha percebido. O que eu disse?

–Não sei, não consegui entender.

–Imagino que isso seja bom.

–Talvez, talvez eu tenha ouvido e não queira te dizer.

–Você não faria isso. Faria?

–Na verdade sim.

–Srt. Chase é Sr.Kane,imagino que tenham entendido a explicação do trabalho.

–Ah... Sim,entendemos Sra.Lyra – digo.

–Então não se importarão de fazer juntos, não é?

– Não Sra.Lyra – foi à vez de Helena responder por nós.

–Ótimo, estão liberados, e não esqueçam que a entrega é daqui a duas semanas – ela continua enquanto saíamos da sala acompanhados de Valery e Julie.

–O que foi que ela disse sobre o trabalho? – pronunciou Helena.

–Que tem que escolher um dos temas do capítulo e fazer uma redação com cinco laudas é uma apresentação de cinco minutos no slide.

–Cinco laudas?Eu não faço nem três direito! – digo inconformado.

–Calma, eu cuido do trabalho escrito e você do slide. Agora tenho que ir a biblioteca para começar o trabalho de Filosofia e terminar o de poções.

–Droga!Tinha esquecido esse... – digo e sigo para o quarto buscar as apostilas.

Pov.Sophie

Não vejo Clair há três dias e não posso deixar de me preocupar sobre como ela está, mesmo nas aulas, mas quando passo pelo quadro de presenças o nome dela está marcado, no entanto nunca a vejo e ela tem vindo ao quarto, mas apenas quando sabe que eu não estou, sei por que percebo a movimentação das roupas indo e vindo em seu armário, o que mais me intriga é onde ela pode está se escondendo, supostamente não há um lugar no campus que ela possa fazê-lo.

Ultimamente o tempo tem estado muito estranho de acordo com a meteorologia os ventos mudaram de curso em direção a Saint – Pierre imotivadamente, então aprece que a risco de furacões e grandes tempestades nas regiões, principalmente perto da escola, pois é uma área bem próxima ao litoral o que a torna um alvo mais que fácil.

Falta uma semana para o baile, Antonieta e as meninas marcaram de ir comprar os vestidos hoje, ainda estou cogitando a ideia de ir com ela, não me parece certo sem Clair aqui, me sentiria bem melhor se pudesse conversar com ela, não sei como eu sobreviveria sem minha parabatai, mesmo passar um tempo com Max não me anima, já tentei me distrair com tudo que é possível não é á toa que todos os meus trabalhos e tarefas estão prontos. Ouço batidas repetitivas na porta e levanto para atendê-lo.

–Sophie, você vai com agente? – pergunta Victoria com seus olhos estrelados.

–Ah... na verdade eu não sei.

–Vamos. Vai ser divertido,vamos estar todas juntas...quer dizer não exatamente todas mas...você entendeu.

–Não me sinto confortável para ir sem ela, às vezes me sinto tão... excluída quando não está por perto.

–Sei o que quer dizer, também fico assim sem ela, mas nem mesmo sei como ela consegue se esconder aqui, parece uma ninja, não a vejo em lugar algum, na verdade ela podia estar ouvindo essa conversa do nosso lado e não saberíamos!Então, vamos?

–Vamos – digo com uma leve risada.

***

A atmosfera das lojas é algo inebriante para algumas pessoas, elas se sentem em um paraíso com todos aqueles vestidos bonitos e elegantes que fazem praticamente qualquer uma parecer uma princesa, mas comigo não é assim eu preferia andar de skate ou sei lá... arrancar minhas mãos com uma serra elétrica,nadar com piranhas no rio Amazonas ou quem sabe rastejar sobre cactos e caco sede vidro,bem tanto faz,qualquer uma dessas opções seria mais agradável.

–Por favor, podemos ir embora? – pergunto.

–Não! – dizem em uníssono.

–Precisamos deixar tudo preparado, se conseguirmos comprar tudo antes de sair não teremos que voltar e fazer as mesmas coisas de novo e tenha total certeza de estamos odiando isso tanto quanto você – explica Antonieta.

–Sério?! – indago irônica – porque não parece!

–Sophie, quer se acalmar, não podemos passar o dia todo aqui e sinceramente não quero voltar ao Shopping, eu não estaria aqui se não... – começou Helena, mas parou abruptamente.

–Se não o que dona Helena? – Julie pergunta desconfiada.

–Ah... se não...se não...

–Julie? – chama Valery.

–O que Val?

–Ela hesitou.

–Eu sei.

–Está escondendo alguma coisa de nós - disseram observando a loira minuciosamente.

–Com certeza.

–Querem parar de falar de mim como se eu estivesse aqui – Lena vocifera.

–Então nos diga o que está escondendo Chase! – exige Ju.

–Nada, não estou escondendo nada!

–Mentira!Você esta mordendo os lábios, só faz isso quando estar nervosa ou envergonhada.

–Talvez seja porque vocês estão tornando nossa conversa pública, todos na loja estão olhando para nós – a mesma réplica.

– E continuará assim até que conte o que está escondendo! – dessa vez é Victoria – Agora todas estão curiosas, então não tem escapatória pode desembuchar.

– O ... Me... baile... – ela murmura algo inaudível.

–O que?Helena não entendemos essa língua alienígena que você acabou de falar, poderia repetir?Em português claro, por favor – Antonieta brinca.

–O Dylan me convidou para o baile! – diz por fim com suas bochechas corando em um rosa extremo.

–Eu. Não. Credito! – Julie recita lentamente – Porque não nos contou antes? – ela pula em direção a Hels.

–Porque sou tímida, e para mim não é algo tão... extremamente importante.

–Mas é claro que é! – Val a contradiz – Quando foi?E como?Ele foi romântico?

–Ele só me pediu para ir ao baile gente! Não tem nada de mais!

–Pra você!Estou esperando Max me convidar desde que chegamos à escola – revelo.

–Own... Não fique assim Jess – Victoria diz sentando-se ao meu lado e passando seu braço por mim.

–Você mais do que ninguém deveria saber que Max é tão lento quanto uma tartaruga – A ruiva ri.

–Antonieta! – repreende Chloe.

–O que?!

–Tudo bem, a lentidão de Max não é algo discutível muito menos imperceptível – suspiro – só esperava que com todas as dicas e indiretas ele entendesse... Porque Deus,porque?!Logo Max!

–Infelizmente, querida essa é uma coisa que jamais escolhemos, não dá pra decidir tipo “eu quero me apaixonar por ele” – Chloe a consola.

– Mas, falando em Max, e Clair?Já apareceu?Deu algum sinal de vida?

–Sinal de vida ela sempre dá né?!Mas aparecer que é bom, nada – Vic responde.

–Isso tem me dado nos nervos, não sei se ela está bem, queria que estivesse para me dar a opinião sobre o que devo usar... pode não parecer mas ela tem um ótimo senso de estilo – digo.

–Na verdade parece, e muito – Antonieta diz – Só não entendo o motivo de desaparecer assim e entendo menos ainda como ela conseguiu essa proeza dentro da escola!

– Talvez esteja no quarto de alguma amiga – sugere Val.

–Não, seria óbvio de mais. Ela sempre se esconde onde menos esperamos – penso.

–Quando chegarmos prometo que vamos ajudar a encontrá-la – Lena diz.

–Não adianta, ela só será encontrada quando quiser ser encontrada. Na primeira vez que ela fugiu minha tia entrou em desespero, todos ajudamos a procurar Clair, mas não adiantou, ela só apareceu uma semana depois. Nas outras vezes aconteceu a mesma coisa,não houve uma vez se quer que a encontramos,por isso evitamos de deixá-la com raiva,ela sempre se afasta e independente de onde estivermos e do motivo,ela desaparece mas logo depois volta...


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Notas finais do capítulo

Bem aqui estão as 5.188 palavras e 15 paginas...Espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar...Strabewry pie and chocolate for you...
:3