Distantes escrita por Goiah
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora, tenho passado por um bloqueio criativo...
Enfim, espero que gostem.
Boa Leitura!
A conversa acaba não sendo tão longa quanto Samantha imaginava. Seus pais eram descendentes, mas sem natureza plena. O pai foi embora depois que sequestraram o bebê dos dois. Ele havia cismado que era obra dos Mons. Caçava dia e noite, mas só conseguia matar um ou outro filhote, e nunca perguntava nada antes. A mãe afundou no álcool como fuga da violencia do marido. E acreditava que ele não voltara mais porque provavelmente o haviam matado.
Para a garota, tudo fazia sentido. Menos a parte do sequestro do irmão. Lembrou-se da tal tia, e se perguntou se ela teria algo a ver com isso. Mas pelo estado que a mãe estava, achou melhor não entrar ainda mais naquele assunto. Elas teriam tempo...
— OK. Acho que já chega. - olhou o relógio de pinguim encima da geladeira. Estavam sentadas na cozinha, cada uma com uma caneca com café.
— Não, tudo bem... Se tiver alguma outra pergunta...
— Não mãe, esqueça... Já está tarde. E você está péssima. Precisa descansar um pouco. Vá dormir!
— E você? - pergunta apreensiva.
— Vou só tirar o lixo e vou deitar também. Amanhã tenho aula, lembra?
Raffaela lhe dá um sorriso triste. A jovem sente um pouco de pena da mãe, e tenta fazê-la sentir-se melhor.
— Hei, vai ficar tudo bem... - ela estende o braço e cobre com a mão, as da mãe, que estão envolta da caneca.
— Eu sinto muito... Eu fiz tanta besteira. Deixei vocês sozinhos e... Meu Deus, como eu sinto falta de vocês, eu... - nenhuma palavra mais pode sair, por ela chorava violentamente.
Samantha sai de sua cadeira e se ajoelha junto às pernas da mãe. A mulher solta a caneca para segurar as mãos da filha, e a fita incrédula com sua atitude, tão carinhosa.
— Vai ficar tudo bem, mãe. Agora que eu entendo um pouco você, eu posso te ajudar. Heim, vamos, se anime.
A mãe concorda com a cabeça, mas continua chorando.
— Olha, vai dormir. Se acalma. E por favor, não bebe mais. Amanhã quando eu chegar da escola a gente conversa melhor. Estamos as duas nervosas. Esse dia foi muito agitado. Tá bem?
Ela começa a controlar o choro e assente.
— Ótimo! - Samantha exclama enquanto se levanta. Então vai pelo corredor na direção do quarto do irmão. A mulher que enxugava o rosto com as mãos, levanta assustada e segue a filha. Segura ela pelo pulso direito, antes que alcançasse a maçaneta da porta do quarto.
— O que vai fazer?
Samantha sorri para acalmá-la, mas seu sorriso não chega aos olhos. Ela afasta delicadamente a mãe e responde seca, antes de entrar no quarto.
— Tirar o lixo!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ei... comentários ajudam a quebrar o bloqueio...
;)