Distantes escrita por Goiah
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora... vida Off tá o caos!!!
Espero que gostem, fiz com carinho...
Boa Leitura!
— Acho que já dá pra ir pra casa. Bora irmão, Sr. Maurício disse que leva a gente até nossa rua. Diz ele que já sabe o caminho...
Filip ouvia o amigo, mas era incapaz de responder. Usava toda concentração para tentar encontrar a irmã. Mas seu esforço era em vão. Não conseguia nada. Nem mesmo um lampejo de onde ela poderia estar. Então, obrigou-se a responder a Urias.
— E agora, o quê? Voltamos pra casa como se nada tivesse acontecido?
— Pow, cara... Continuar com a vida, né. Não é como se a gente fosse ser felizes-para-sempre-fim. A nossa realidade é essa: somos especiais, mas ainda somos daqui.
Especiais. Essa palavra específica levou Filip a pensar novamente na irmã. Ela que esteve certa o tempo todo, mas que agora, não estava ali com eles, decidindo o que fazer com todas essas informações. E, apesar de não acreditar nesse negócio de ligação gemelar, ele tinha um mal pressentimento sobre sua irmã.
— Certo então, meninos? Podemos ir? - o dono da casa perguntava-os enquanto, com a chave do carro na mão, passava pelos dois em direção a garagem.
— Claro, seu Maurício. - Urias, sempre muito educado, apressou-se em responder, ao passo que uma baixinha ruiva de braço engessado, aproximava-se correndo.
— Perai, pai... Eu também vou!
— Não acho necessário que você venha Ana. Já sei o caminho para a casa da sua amiga. Alem do mais,você já teve bastante agitação por hoje. Não quero ter que leva-la outra vez pra troca o gesso! - tentou o pai persuadi-la a ficar.
A ruivinha, de testa franzida e olhos cerrados, pousou a mão do braço bom no quadril e enquanto tamborilava os dedos na bacia, encarava séria o pai. Este por sua vez, cruzou os braços e ergueu uma sombrancelha. Em resposta, Ana Clara trocou o peso, de uma perna para a outra ao mesmo tempo que jogava o cabelo para trás e fazia um biquinho de canto de boca. Por fim, o homem ergue as mãos, rendendo-se, e a garota comemora com saltinhos de felicidade.
Sem entender nada da conversa sem palavras de pai e filha, Filip e Urias apenas sorriram ao perceber que a menina havia vencido. Ana corre para o Fiat Marea preto do pai, e senta-se no banco de trás.
— Você pode ir na frente, Urias. Vai mostrando o caminho pro meu pai.
Mauricio e Urias trocam um olhar divertido, enquanto Filip apenas sorri meio tímido, para o pai da garota. Mas não há desconforto real na situação. Em poucas horas, aquele empático casal conquistou a confiança dos dois amigos. E agora, era como se se conhecessem a muito tempo. Entraram no carro, e deixaram o casarão da familia Bragança.
Estavam cansados, porém animados, Ana principalmente, tagarelava o tempo todo. Falavam principalmente do videogame novo de Filip. Chegando até a marcar um pequena competição entre eles. Mas, não havia passado nem dez minutos, quando uma moto preta passou a toda velocidade pelo veiculo deles. Pelos cabelos negros que fugiam ao vento pelo capacete, imaginava-se uma mulher. Instintivamente, Maurício jogou o carro no acostamento, e falou com os ocupantes, tão rápido que eles quase não entenderam :
— Debaixo dos bancos tem armas de Aço de Partilha. Apertem o cinto. Estamos voltando. E aconteça o que acontecer, não deixem Ana se machucar. Entenderam?
Os dois rapazes sentiram seus corações na garganta. Mas assentiram e procuram as armas. Filip prendeu firme o cinto em Ana Clara, enquanto ela tentava entender o que estava acontecendo.
— Pai, o que tá havendo? Pai, vocês estão me assustando...
Ele arranca com o carro, ultrapassando todo e qualquer veiculo no caminho. Toma a contramão, sobe em calçadas, atropela latas de lixo, e em poucos minutos está de volta à rua de sua casa. Da esquina ainda podem ver, a moto estacionada na calçada, e duas mulheres de cabelo preto discutindo acaloradamente.
Quando o carro freia com choro de pneu, e os três homens armados de facas verdes saltam do mesmo cercando as mulheres, é que percebem que uma delas é Sofia. A outra, com um semelhança imprecionante, aparenta um pouco mais de idade.
Ao se ver cercada levanta as mãos nuas, revelando um grande rasgo na manga da jaqueta que veste, e um sorriso irônico nos lábios. Depois de uma rápida analisada, ela encara Filip, e seu sorriso cresce.
— Mauricio... Meninos... - Sofia parece irritada e contrariada enquanto se explica para os presentes, e aponta para a mulher a sua frente.
— Esta é Rachel. Ela é...
— Meu nome é Icy. Sou a mãe de Blow's! - a mulher interrompe Sofia.
— E quem é Blow's? - pergunta Filip, já desconfiado da resposta. Com um suspiro triste, Sofia olha para Filip que a encara.
— Eu sou Blow's. Essa é minha mãe... - o olhar de Filip pousa novamente sobre a estranha que ainda sorri o encarando. Ele abaixa e arma e sua expressão é divertida."Olá, sogrinha..."
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Hooo, fiquei triste, mesmo com todo esse tempo, os ultimos capitulos não tiveram comentários...
Gente, é sério, como vou saber se estou no caminho certo se vcs não se comunicam comigo???
humf, espero na esperança...
aguardem os proximos capítulos, beijos!