La estava Cat, Robbie eu abraçados e chorando muito no meio do restaurante, acho que muitos estranharam, pois estavam acostumados comigo como advogada durona, mas não tava nem ai, minha melhor amiga iria ser mãe.

O dom de ser mãe mexe com todas as mulheres, até com as mais duronas com eu, imagina com Cat que é toda sensível. Saber que você esta gerando outra vida dentro de você é... Sem palavras, pois você fica imaginando com ele esta lá dentro, com ele será, pra quem ele puxará. Não me arrependo de ter sido mãe jovem, pois Lucas é o maior presente que Deus deu pra minha vida, ele me fez amadurecer muito, me fez matar um leão por dia.

Flashback on:

La estava eu de novo debruçada na tampa da patente, me recuperando de colocar todo o meu café-da-manhã pra fora, já fazia duas semanas que estava assim, com tonturas, vômitos e uma fome fora do normal até mesmo pra mim, mas tudo que comia colocava pra fora. Não posso sentir o cheiro de bacon, que já me sinto enjoada e tenho que fazer outra visitinha para o banheiro. Eu amo bacon, preciso ir ao médico urgente.

_SAM! gritava Cat do outro lado preocupada, sempre que corria pro banheiro, não deixava ela entrar, ninguém era obrigado a me ver colocando o meu estômago pra fora.

_JÁ TO MELHOR, MAIS ALGUNS MINUTOS, JÁ SAIO. gritei de volta. Do outro lado tudo ficou em silêncio. Levantei-me dei descarga, escovei o dente, contei até três e sai do banheiro. Mas Cat não tava na porta como pensei, pois sempre que passava mal ela ficava na porta me esperando.

Caminhei até a cozinha e me deparei com Cat e Nona aos sussurros, Cat parecia nervosa, o que será que tinha acontecido? Pela a cara das duas o assunto era complicado, nem me viram quando cheguei perto. Queria ajudar já que Nona cuidou de mim duas semanas enquanto Cat tava presa. Mas paralisei quando ouvi Sam não está grávida Nona. Grávida a palavra martelava na minha cabeça, senti minha vista ficando de novo preta e fui perdendo o controle do meu corpo.

Fui ouvindo vozes bem longe que aos poucos foram ficando mais perto, abri meus olhos e reconheci que estava no meu quarto e de Cat. Nona percebeu que eu acordei e encerrou o assunto. Eu tentei me levantar, mas ela não deixou. Por mais que a amo, já to perdendo a paciência.

_Fica calma Sam, você agitada só vai piorar a situação. -falou Nona calma, tentando me acalmar.

_Eu quero levantar poh. To com fome... Muita fome. falei, minha barriga roncava, lembrando-me do café da manhã que tinha ido água baixo.

_Você já vai comer, mas primeiro vai me responder algumas perguntas. falou Nona.

_Tudo bem.

_Cat me ligou preocupada e me contou algumas coisas, mas prefiro saber de você mesmo. conclui Nona. _Quando começou os enjoos?

_Mais ou menos duas semanas, eu não sei ao certo. Mas por quê? perguntei, mas lembrei do que ouvi na cozinha. _Espera... Espera... você ta achando que eu to grávida? -não podia ser, não mesmo. Fiquei perdida numa guerra comigo mesma, Nona parecia já cansada de me chamar. Olhei pra ela com os olhos cheios de lágrimas que eu brigava para não derramar, eu era uma Puckett. Puckett não chorava.

_Calma Sam, vai ficar tudo bem. -falou Nona segurando minha mão. _Quando Cat me contou o que você ta passando, desconfiei ai vindo pra cá comprei três testes de gravidez de marcas diferente pra você fazer. Assim descobriremos a verdade. falou Nona. Um medo enorme tomou conta de mim, e quanto vi meu rosto já estava banhado a lagrimas. Cat que tava ate agora sentada na sua cama veio até mim, e me deu um abraço de urso.

_Vai ficar tudo bem, estamos aqui com você. -após essas palavras de Cat, parece que me deu mais coragem, peguei os testes e fui ao banheiro.

Peguei os três palitinhos e voltei pro quarto, para olharmos o resultado juntas. O tempo que passou parecia uma eternidade, até que os testes foi revelando uma segunda linha com as cores bem fortes. Meu mundo caiu, comecei a chorar sem parar, Cat e Nona me abraçaram para me confortar, mas... e agora, o que será de mim e desse bebê, nunca tinha imaginado ser mãe na minha idade, e tinha medo de repetir os erros da minha mãe, e criar um filho sem pai, quer dizer, esse bebê tem um pai. Obvio, você não faz um bebê sozinha, mas jurei nunca mais ver a cara dele e não é agora que vou mudar de ideia.

E apesar de todo o medo, me senti acolhida nesse abraço de Nona e Cat, assim fui me confortando, vendo que não estava sozinha pra cuidar do meu bebê. Sabia que agora tudo ia mudar, pois não tinha que pensar só em mim, mas na vida que carregava no meu ventre também, o meu bebê.

Flashback off:

Nona começou a chamar nossa atenção, pois já tinha muitos curiosos observando nós três abraçados. Então sentamo-nos à mesa. Cat continuava pulando na cadeira. E logo falou.

_Sam, temos mais surpresa. falou Cat sentando a mesa. Robbie eu a seguimos.

_Mais? perguntei curiosa.

_SIM!!! gritou Cat.

_Menos Cat. Ta chamando muita atenção. falou Nona.

_Ta bom, Nona... To super feliz... Não consigo me segurar. completou Cat.

_Fala logo Cat. Ta me matando de curiosidade. falei.

_Robbie e eu... Vamos nos mudar pra cá... Vamos morar em Nova York. falou um Cat batendo palminhas.

_Não Credito... Que incrível... Agora vou ter minha melhor amiga e madrinha do meu filho por perto. passei anos sozinha aqui em Nova York, não sozinha completamente, pois tinha a Nona e o Lucas. Mas senti muita falta da minha amiga, da minha irmã e até mesmo da minha mãe.

_Robbie consegui um emprego no Teatro da Broadway!!!. falou Cat me tirando dos meus pensamentos.

_Parabéns Robbie!!!. falei feliz por ele

_Sam, só tem uma coisa que você não vai gostar de tudo isso. falou Nona olhando de mim para Cat.

_To ficando preocupada já gente... Fala o que é? falei

_É que Nona vai morar comigo agora Sam... Pra me ajudar com a gravidez. falou Cat me explicando, no momento fiquei em choque já era quase seis anos vivendo com Nona do meu lado, mas seria egoísmo demais pedir pra ela ficar comigo quando minha melhor amiga mais precisa de sua avó por perto.

_Tudo bem Nona, eu sei que Cat precisa de você como um dia também já precisei. Lucas e eu vamos sentir muita a sua falta, ou melhor, vamos morrer de saudade.

Quando terminei de falar estava com os olhos cheios de lágrimas, depois do nascimento do Lucas fiquei mais sentimental, as lágrimas apareciam do nada. Nona se levantou e veio me abraçar, e ficamos nós duas chorando.