A tal garota especial para Kiba não durou muito, logo ele estava interessado num novo rabo de saia e Sakura estava começando a achar que o amigo seria daquele tipo eterno solteirão, era uma escolha, só que a Haruno não queria isso para si mesma.

Preferiu espantar o pensamento e focar nas coisas boas da vida ou ficaria extremamente deprimida por estar comprando vestido para ir em mais um casamento. Todo mundo no planeta parecia estar casando, TODO mundo, daqui uns dias só faltava Kiba falar que ia casar também.

Não é como se achasse que só no casamento haveria felicidade nem nada do gênero, era uma mulher adulta e bem resolvida, mas ninguém podia culpá-la por querer ter uma família além de uma bela carreira. Só que Sasuke não estava nada promissor com essa coisa de família.

Bufou e saiu do provador, Kiba estava na área comum da loja num sofázinho e uma atendente tinha acabado de levar um suquinho para ele. Rolou os olhos e foi caminhando com o vestido bufante.

– Que coisa mais feia é essa, Haruno?

– Muito obrigada pelo apoio, mas é o vestido escolhido para as madrinhas.

Viu o moreno mexer as sobrancelhas e fazer uma careta com a boca.

– Ugh!! O que acontece com essas noivas? Enfeiar as amigas é de praxe?

– Ah... – olhou no espelho lateral – Não é tão ruim assim... Só é...

– Feio. Muito feio.

– Bem, eu vou poder me vingar quando for a noiva.

– Vingança? Você pode fazer elas pagarem com juros essas roupas feias.

– Okay, eu já entendi que você achou o vestido uma bosta, Kiba.

– Eu só queria deixar isso claro. Quem vai casar mesmo?

– Uma médica do hospital. – alisou o vestido – Mais nova que eu... – resmungou e ouviu o ninja rir.

– Relaxa, Haruninho, vai chegar a sua hora. Pretendentes não faltam.

– Eu vou ter que fazer reza brava para convencer o Sasuke a ir comigo...

– Isso que dá não transar, se tivesse favores sexuais no meio era jogo ganho. – falou cruzando os braços sobre o peito.

– Kiba... Oh Kami, não precisa me lembrar disso, okay?

– Você bem que podia tentar... Assim, olha... Como quem não quer nada...

– Não está falando sério? – fez uma careta.

– Por que não? Sexo é legal, não sei se ainda se lembra como faz e é um jeito de conseguir o que quer sem tanto esforço assim.

– Kiba!! Eu não posso chegar e simplesmente sair beijando o Sasuke, jogando ele na parede e fazendo isso.

– Olha, com todo respeito... Mas você é bonita... – mexeu as mãos – Tem umas curvas legais, eu não ia me importar se uma garota tipo você que eu gostasse me jogasse na parede.

A Haruno ficou calada um tempo e depois rolou os olhos e saiu vermelha de volta ao provador. Kiba falava muita besteira e não queria continua a vida sexual ou falta dela no meio da loja.

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O que Kiba falou ficou na mente de Sakura por algum tempo, apesar de achar uma tremenda besteira. Porque ela não podia simplesmente deixar de dar meio passo de cada vez para pular de uma ponte. Eles ainda nem se beijavam direito e ia ser estranho tentar transar com ele ou insinuar para conseguir o que queria.

E também só seria uma troca boa se o Uchiha quisesse, o que não parecia muito promissor já que ele não dava indícios disso. O que parando para pensar era muito estranho. Um homem perfeitamente saudável como Sasuke e na flor da idade deveria estar ao menos tentando ou mostrando que queria fazer sexo com ela.

Entretanto as coisas não eram assim.

E isso era tão frustrante... O que faltava em? Será que era o cabelo? Ah qual é, deixar de transar por causa de uns palmos de cabelo? Tinha que ser muito fresco para não transar por conta disso. Talvez ele achasse um passo muito grande na relação deles, porque de certo modo sexo inclui um grau maior de intimidade. Ou não, se você fosse Kiba e transasse com todo rabo de saia.

Se bem que transar podia melhorar as coisas para eles, podia ser o quebra-gelo que faltava para que pudessem finalmente sair daquela água paradas. Finalmente saírem da estagnação. Oh kami isso podia ser o tiro para melhorar aquela relação estranha deles.

Ou podia afundar de vez aquela relação...

Olhou para foto do time sete adulto em sua mesa antes de ouvir baterem na porta de seu consultório. A hora do almoço terminou e ela tinha muitas outras coisas para pensar agora invés de pensar sobre fazer ou não sexo com Sasuke.

– Entre. – disse voltando a postura profissional.

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E de repente tudo parecia tremendamente sexual aos olhos de Haruno Sakura. Estava se sentindo tremendamente um adolescente cheio de hormônios que não conseguia ver uma revista de pesca sem ficar excitado. Kiba era de fato uma má influência para ela. Por que Kami? Não precisava disso. Queria ter só um namorado comum e poder namorar com ele... Só que o que tinha era um Sasuke, aquela criatura sem hormônios.

Suspirou sentada na sorveteria sozinha tomando um picolé e sua mente fez brincadeiras terríveis com aquilo. Tinha uma mente muito perturbada para pensar naquelas coisas assim. Ou talvez fosse só pura falta de sexo, porque ela sim tinha hormônios... MUITOS deles, e isso podia ser cruel.

Ficava fantasiando aparecer só de sobretudo e lingerie na porta do Uchiha e abrir quando ele a recebesse para os dois começarem a se pegar no corredor mesmo. Ou então estar em casa displicentemente cozinhando com alguma roupa tremendamente sexualizada e ligar para ele porque a torneira dela quebrou e Sasuke aparecer vestido de encanador sexy. Podia ser bombeiro, eletricista, vendedor de bugiganga... A mente dela não tinha limites.

Todavia, a mente totalmente bizarra dela também criava as mais diversas situações em que tudo dava errado e seus sonhos eróticos viravam comédias horríveis que iam afetá-la para sempre e sempre.

– Um Sundae por favor. – disse erguendo a mão para garconete.

A pior coisa que ele podia dizer era ‘não’, em contrapartida, a pior coisa que ele podia fazer era dizer ‘não’. O que era bom e ruim. Só que aquilo poderia ser o fim definitivo daquele relacionamento que nem começou. Realmente paciência foi algo que teve, Sasuke foi embora depois da guerra e apesar de não ter ficado esperando feito uma madre tinha esperado.

Estava tentando convencê-lo a se abrir, dando o espaço que ele parecia precisar para se ajustar só que esse espaço entre eles já parecia ser do tamanho de um abismo. Será que esse era o problema? Dar espaço demais? Talvez eles precisasse de espaço de menos? Com quase nenhuma margem entre os dois corpos?

Se deu um tapa na própria testa sem se importar com quem estivesse olhando e se afogou em todo sorvete com confeitos que tinha direito. Quem se importava com um ou três quilos a mais, precisava de algum tipo de satisfação prazerosa nessa vida.

Não é como fosse fazer isso... Mas a lingerie perfeita para algo assim tinha que ser no ponto certo. Nem ousada demais para não parecer desesperada, nem ousada de menos para ser broxante. Nada de vermelho vivo e nem bege horrendo. Uma cartela em tons de preto, roxo... Azul escuro parecia interessante. Gostava de pensar em algo com toque retrô e Kiba comentou que na garota certa podia ser muito sexy.

Ela era uma garota certa. Não tinha todo aquele peito que Ino ou Hinata ostentavam, mas era o suficiente para ser proporcional. E tinha um corpo bonito... Uma silhueta que podia muito bem ser atraente a qualquer homem.

Podia chamar para ver um filme, uma ou outra cena quente, apesar das noites serem frias podia displicentemente rolar pela cama, dar um pouco de bebida que os deixasse desinibidos.

E foi afundada numa enorme quantidade de açúcar, gordura e corantes que o plano, o malfadado plano se formou na mente da doutora mais brilhante de Konoha.

Continua...