Uma Seleção Diferente escrita por Emma Salvatore


Capítulo 15
Te Amo - Katherine e George


Notas iniciais do capítulo

Então, gente. Este é o ultimo cap!
Obrigada a todos que acompanharam a historia até aqui!
Espero que gostem!!!
Beijos



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KATHERINE

Fazia uma semana que a Elite começara. Ficava enfurnada no quarto todos os dias, só saindo para as refeições em respeito à Rainha Amberly.

George me procurara todos esses dias, mas eu simplesmente batia a porta na cara dele. Estava cansada de mais mentiras.

O rei Clarkson visivelmente não estava feliz por eu fazer parte da Elite. Ele me lançava olhares furiosos, o que me deixava assustada.

A boa notícia da semana foi a carta que Alice mandara. Estava tão bem disfarçada que levei um bom tempo para descobrir que era ela.

Alice me escrevera sobre o seu casamento com Cárter e a sua vida bem longe de Angeles. Ela dizia que estava feliz. Muito feliz.

Tive vontade de correr e contar para George, mas não queria falar com ele.
Porém o príncipe acabou descobrindo quando foi ao meu quarto no final de semana.

– Quem é ATW? - perguntou, desconfiado.

– Se você lesse direito, entenderia - respondi, dura.

George passou minutos analisando a carta, mas nada.

– É da Alice, idiota! Ela se casou com Cárter na semana passada - falei, irritada.

Ele me olhou.

– Sabe, ficar me xingando não vai diminuir o que você sente nem o que sinto por você.

– E quem disse que sinto alguma coisa por você?

Ele se aproximou.

– Seus olhos te denunciam.

Desviei o olhar. George segurou minha cintura e se aproximou pronto a me beijar. Sem medo lancei um chute bem nas "joias reais".

Ele urrou e se afastou.

– Por que você fez isso? - perguntou com raiva.

– Acho que já deixei bem claro que não quero que tente me beijar! Aceita de uma vez, George! Acabou!

Ele me olhou mais uma vez. Seu olhar transmitia dor.

– Não. Ainda não acabou, Katherine - ele falou deixando o meu quarto com uma expressão indecifrável.

* * *

Os outros dias se passaram monótonos. George enfim tinha me deixado de lado por alguns dias, dando atenção as outras garotas da Elite. O que para mim foi um alívio.

Recebi uma carta da rainha me convidando para um chá com ela e sua irmã, Adele. Não podia recusar.

Botei o meu melhor vestido de dia e fui até o Salão das Mulheres pela primeira vez desde que começara a Elite.

A rainha sentava em uma mesa mais afastada. Fez sinal para que eu me aproximasse.

– Eis aqui a minha futura nora, Katherine Singer - apresentou.

Dei um meio sorriso. Gostava da rainha e ela com certeza, gostava de mim. Mas isso nunca aconteceria.

– Esta é a minha irmã mais velha, Adele.

– É um prazer conhecê-la - cumprimentei, fazendo uma reverência.

– Eu não sou rainha, menina. Pare de tanta formalidade e sente-se de uma vez - ela ordenou num tom brincalhão.

Obedeci.

A tarde com a rainha e sua irmã foi de longe o evento mais agradável da Elite. Me senti finalmente quista em um lugar.

Sai do Salão das Mulheres quase na hora do jantar. Pedira permissão a rainha para jantar no meu quarto e ela concedera.

No caminho até ele, me deparei com George.

– Como foi a tarde? - perguntou.

– Pergunte a sua mãe - tentei desviar o caminho, mas ele me segurou.

– Acho melhor se arrumar porque hoje temos um jantar - avisou.

– Eu não jantar com você! Não quero mais nada com você! - exclamei.

– Bom, isso não é um pedido - ele falou, presunçoso - Passo no seu quarto às nove.

Ótimo! Era tudo que eu precisava!

* * *

Pedi para Mary preparar o vestido mais feio que já tinha feito. Ela não entendeu o meu pedido, mas mesmo assim o fez.

Esperei George chegar e, como sempre, foi pontual.

– Uau! - exclamou, surpreso - Quem te vestiu hoje?

– Eu. De acordo com o meu "bom gosto" - passei a mão pelo vestido - Gostou?

Ele deu um sorriso.

– Eu adorei!

Fechei a cara. Tinha mandado Mary fazer o pior vestido para não agradá-lo. Para que justamente ele achar o meu gosto horrível. Mas parece que ele estava determinado a me conquistar à todo custo. Ou de brincar comigo mais uma vez. Acreditava mais na segunda opção.

Ele me ofereceu o braço e eu o segurei a contragosto.

– Se você botasse um sorriso no rosto ficaria ainda mais bonita - sussurrou.

– Onde vamos? - perguntei, seca.

– Ao jardim. Mandei botar uma linda mesa à luz de velas - ele respondeu, orgulhoso.

– Devia ter levado Kriss, não eu.

George parou de caminhar e me encarou.

– Mas acontece que é você que eu quero e não ela! Nenhuma dessas estúpidas chegam ao seus pés, Katherine!

Revirei os olhos. Quantas vezes ele já me disse isso?

– Ah, chegamos! - ele apontou para a mesa.

De fato, tudo estava lindo. Mas a companhia não era nenhuma um pouco agradável para que desfrutasse do jantar.

George percebeu que eu estava distante durante todo o jantar. Quando já estávamos na sobremesa, ele tocou minha mão.

– O que eu preciso fazer para te reconquistar? - sua voz transmitia dor.

– Nada. Quando você me tinha, você não me queria. Agora sou eu que não quero mais.

George abaixou o olhar, triste.

– Eu ainda não desisti de você - falou, baixinho.

Permaneci em silêncio e quando George me dispensou, corri em busca da paz do meu quarto.

Lá, eu pude chorar e lamentar todas as escolhas que eu fiz. Dentre elas, a pior foi ter me inscrito na Seleção.

* * *

Tomava meu café com calma, quando George e a rainha entraram pedindo atenção.

– Senhoritas, minha mãe resolveu dar uma festa para as Selecionadas da sua época. - George anunciou - Eu particularmente acho que será ótimo para vocês conversarem com essas mulheres, já que apenas uma sairá vitoriosa como a minha mãe.

George me olhou com um sorriso. Baixei o olhar imediatamente. O que ele pretendia? Já não deixara claro que eu nunca seria sua esposa? Por que me olhava desse jeito?

– E tem mais - o príncipe continuou - Essa festa desencadeará mais uma eliminação. Então, deem o melhor de vocês.

As meninas ficaram apreensivas. Eu sorri. Essa era a minha chance. Causaria tanta vergonha que George não teria como me manter.

Esse plano era perfeito. Caminhava até o meu quarto para elaborá-lo melhor, quando a rainha me parou.

– Majestade - fiz uma reverência - Algum problema?

– Katherine, sei muito bem o que está pretendendo. Mas por favor, essa festa é importante para mim. Você sabe quanto tempo tem que não converso com essas garotas? Anos! Por favor, por mim. Não faça nada errado. Sei que se quiser pode ser a melhor.

Olhei para a rainha. Gostava muito dela. Não podia desapontá-la.

Assenti.

– Farei o meu melhor, Majestade. Prometo.

* * *

Faltava apenas três dias para a festa. George anunciara há dois dias que as nossas famílias seriam convidadas.

Mandei Mary preparar os melhores vestidos para mim, May e minha mãe. Elas mereciam e eu não queria desapontar a rainha.

Silvia dividiu os trabalhos entre as Selecionadas e eu fiquei com a decoração.
Escolhi decorar o salão com um tom de azul bebê. Pétalas brancas no chão deixaria um clima agradável.

Jantei no meu quarto esta noite me preparando para receber a minha família amanhã. May ficaria encantada. Minha mãe babaria. Sorri pensando nelas.

* * *

Estávamos todas esperando pelas nossas famílias na entrada do Palácio.

George chegou e ficou ao meu lado.

– Estou ansioso por revê-los - disse, baixinho. - Acha que May vai gostar do quarto que preparei para ela?

George tinha me chamado horas depois de ter anunciado sobre a vinda das famílias para me mostrar o quarto que preparara para May. Fiquei maravilhada. Com certeza minha irmãzinha iria adorar.

– Não tenho a menor dúvida - falei, rindo.

Ele me acompanhou na risada.

As portas se abriram e May e Gerad correram em minha direção. Abri meus braços até perceber que não era para mim que eles corriam.

Os dois pularam em cima de George, que retribuiu o carinho. Minha mãe vinha logo atrás. Ela me deu um abraço e falou:

– Me desculpe pelos seus irmãos. Eles estavam ansiosos por ver o Príncipe.

Olhei para eles. Parecia que meus irmãos tinham muitas novidades para contar para George, que ouvia tudo atentamente.

– Ah, tem outra coisa - minha mãe falou - Seu pai não pôde vim. Então pediu que outra pessoa viesse em seu lugar.

Olhei por cima do ombro de minha mãe e soltei uma exclamação.

George parou de brincar com meus irmãos, olhando na mesma direção que eu. Seus olhos encheram-se rapidamente de raiva.

Não era possível! Jason não podia estar aqui! Ele realmente estava brincado com a sorte.

* * *

– Ai, Kats tudo aqui é tão perfeito! - May exclamava mais uma vez ao conhecer o meu quarto.

– Você ainda não viu nada - falei, rindo.

May foi até a sacada e aproveitei a oportunidade para falar com a minha mãe.

– O que Jason faz aqui?

– Seu pai tinha uma exposição para fazer hoje e não queria fazer desfeita com o príncipe. Pediu para o sr. Leger, mas ele estava trabalhando, então Jason se ofereceu - minha mãe explicou calmamente.

– Mas mãe - respirei fundo - a senhora sabe que Jason é apaixonado por mim.

Minha mãe riu.

– Isso era bobagem, Katherine! Jason me garantiu que só confundiu as coisas durante um período. Ele sabe perfeitamente que vocês são só amigos. Melhor, irmãos.

Suspirei. Com certeza, minha mãe acreditaria nessa história.

Eu estava preocupada. O que será que aconteceria com Jason?

George entrou no quarto e chamou May.

– Tenho algo para te mostrar.

Minha irmã se animou logo e não hesitou em segui-lo.

George olhou para mim e eu soube. Ele queria entender direitinho o fato de Jason estar no palácio.

Depois que George voltou do passeio com May, pediu para minha mãe acompanhar uma criada até o quarto disposto para ela.

Quando minha mãe saiu, ele se aproximou de mim.

– O que esse idiota faz aqui? Será que ele não tem amor próprio?

– Meu pai não pôde vir, então pediu ao pai dele, que também não pôde vir. Então Jason se ofereceu...

– É claro! Espero que ele se comporte Katherine. Senão, ele pagará! Não voltarei atrás. - ele avisou.

– Não duvido - falei, fria - Vou tentar controlá-lo.

Ele assentiu. Tomou a direção da saída, mas voltou-se para mim.

– Por que você está tão distante, Katherine? Não consigo mais arrancar nem um riso. Não consigo mais decifrar mais nada. Nem uma expressão. É como seu corpo estivesse aqui, mas a sua cabeça não. Por quê?

Olhei para ele, incrédula.

– Por quê? Já pedi mil vezes para sair daqui! Já não aguento mais sofrer por sua causa! Você finge o tempo todo e agora não sei que tipo de brincadeirinha você tá planejando. Será que você não se cansa de brincar de comigo?

Comecei a chorar de raiva. George se aproximou, mas eu o afastei.

– Saia daqui!

Ele apenas assentiu. Seu olhar denunciava dor. Mas como acreditar se era verdade ou fingimento?

* * *

– Ai, Kats! Veja como estamos lindas?! - May girava seu lindo vestido.

Sorri. O vestido de May era o mais bonito de nós três. Era rosa, com flores na parte da saia.

– May tem toda razão, Katherine! - minha mãe falou - São lindos!

O vestido da minha mãe era vermelho de manga comprida. Ela estava uma rainha esta noite.

– Kats, quando eu crescer você vai me emprestar o seu vestido né? Eu amei. É lindo! - May suspirou.

– O meu não chega nem aos pés do seu, May - falei, sorrindo.

Ela balançou a cabeça, discordando.

– O seu vestido é de uma princesa! Se olhe no espelho, Kats! Duvido que não pensem em você como a futuro princesa!

Olhei-me no espelho. De fato, eu estava linda. Não. Deslumbrante! Trajava um vestido dourado brilhante.

Hoje eu e minha família arrasaríamos e ninguém teria coragem de chegar perto para humilhar.

* * *

– Nossa, Kat! Uau! Você está linda! - Jason estava impressionado.

– Obrigada, Jay. Mas May e minha mãe estão também muito lindas, não acha?

Foi então que olhou para elas.

– Sim, claro. Estão lindas!

As trombetas soaram anunciando a entrada da Família Real. A rainha estava absolutamente deslumbrante. Trajava um lindo vestido verde que lhe caia muito bem. O príncipe e o rei também estavam muito elegantes.

George correu os olhos pelo salão até parar em mim. Ele não escondeu o fascínio. Me observava com um sorriso bobo nos lábios.

Quando saiu do transe, veio até mim.

– Katherine, você está... - ele procurou palavras - Absolutamente fantástica!

Me esforcei para não demonstrar nada, mas um esboço de um sorriso acabou aparecendo nos meus lábios.

– Obrigada, Alteza - murmurei olhando para o chão.

– George, e eu? Acha que estou bem? - May perguntou, alisando o vestido.

George? Desde quando minha irmã ficara tão íntima do príncipe?

– Uau, May! Está deslumbrante! - ele falou, sorrindo - A senhora também está ótima sra. Singer. E Gerad, conseguiu dar um nó na gravata, hein?

– Eu o dei! - Jason se intrometeu.

– Ah! - George exclamou com desprezo.

– Obrigada, Alteza - minha mãe agradeceu.

– George, será que você pode dançar comigo? - May perguntou, oferecendo sua mão.

George deu uma risada e estava quase aceitando, quando eu me intrometi.

– Não antes de mim.

George me olhou maravilhado. Parecia que tirara o melhor prêmio de um sorteio.

Me conduziu até a pista de dança. Senti meu estômago dar voltas quando ele pôs a mão em minhas costas, me trazendo para perto dele. Não era para eu estar assim. Não podia me deixar levar.

Mas não tinha como. Eu infelizmente ainda eu o amava.

George encostou a boca no meu ouvido, sussurrando:

– Sabia que você não iria resistir por tanto tempo. Que ia ceder.

– Não estou aqui por você - disse, tentando fazer minha voz firme - Você está muito próximo de May. Desde quando ela pode chama-lo de George?

Ele riu no meu ouvido causando-me arrepios.

– Katherine, estou tentando me aproximar mais da sua família.

– Por quê? - perguntei.

– Acho que você já sabe o porquê - ele roçou seu nariz em meu ouvido.

Com toda força que reuni, me afastei dele.

– Katherine - ele me puxou - ainda não terminamos...

– Pra mim chega! - exclamei e ele me soltou.

Corri para fora do Grande Salão. Fui parar num corredor no segundo andar, em frente a uma grande janela. Permiti que algumas lágrimas caíssem.

O que George queria comigo? Não deixara claro tantas vezes que não teríamos nada? Que nunca eu teria chance? O que ele estava fazendo?

Percebi um movimento atrás de mim. Virei-me e vi Jason se aproximando.

– Kat, Kat - falou - Te conheço. Sei que não está bem. Há um mês isso seria tudo o que você mais sonhou. O que está acontecendo agora?

Tentei pensar em alguma resposta, qualquer coisa. Mas... nada.

– Eu não sei - disse, sincera - Não sei mais o que eu quero. George era tudo que eu sempre quis. Tudo que eu sempre sonhei.

Respirei fundo antes de continuar.

– Quando vim pra cá, tinha certeza que lutaria por ele com todas as minhas forças. Mesmo quando ele me disse que não tinha chance, continuei lutando. E agora, parece que simplesmente... Cansei. - lágrimas silenciosas desciam do meu rosto - E justo agora ele vem tentando se aproximar de mim de todas as formas. Mas... Não consigo. Não consigo mais.

– Não consegue mais o que? - ele perguntou.

– Não consigo mais confiar nele. Acreditar que ele me ama. Só não consigo.

Chorei mais. Jason me envolveu em seus braços e me deixou chorar em seu ombro.

– Você merece mais, Kat - Jason falou.

Nos afastamos um pouco e nos encaramos. Ele se aproximou, ficando a apenas um centímetro de distância. Sabia o que ele iria fazer. Eu não fiz nada para impedir.

Jason rompeu a distância e nos beijamos. Foi um beijo lento. Não tinha nem um décimo da magia que tinha com George, mas foi bom.

Senti todo o carinho e adoração que Jason tinha por mim.

E neste momento, era tudo que eu mais precisava.

* * *

GEORGE

Quando Katherine saiu do salão, fui atrás dela. Mas preferia não ter ido. Ouvir Katherine confessando tudo que estava preso em seu coração foi um choque para mim. E o pior foi o beijo.

Vê-la nos braços de Jason foi difícil para mim. Ela queria, não foi forçada, e isso doeu.

Não tive coragem de fazer nada. Ela não me queria mais e eu... Eu tinha que esquecê-la.

Não tive mais cabeça para a festa depois disso. Pedi que dissessem que eu passei mal e consegui me retirar.

Pensei bastante durante a noite. Não tinha mais motivos para deixar Katherine aqui. Ela não me queria mais. Eu falhara com ela e não consegui mais reconquistá-la. Estava tudo acabado. Eu acabei com tudo.

* * *

Durante a semana que se seguiu, comecei a ter encontros com Kriss Ambers.
De todas as remanescentes, ela era a única que podia ser capaz de ser minha esposa.

Katherine ainda não havia saído do Palácio. A eliminação fora marcada para o Jornal Oficial de sexta, para dar tempo de Silvia contar os pontos das meninas na festa. Mas não tinha jeito. Seria Katherine.

Notei que seu olhar estava culpado. Ela tentou falar comigo nos primeiros dias, mas acabou desistindo.

Preferi que fosse assim. Preferi não lhe dar atenção. Quanto mais rápido nos afastássemos, melhor seria para nós dois.

No dia anterior ao Jornal Oficial fiquei tentado a ir ao quarto de Katherine aproveitar nossos últimos momentos juntos, mas me contive.

Fui para o meu quarto e analisei sua ficha. Ela parecia tão feliz. Ela estava tão feliz. Até eu destruir essa felicidade.

Estava distraído pensando no futuro que poderia ter com Katherine, que nem percebi quando uma das criadas entrou como um furacão no meu quarto.

– Alteza! - ela chamou, suplicante.

– O que faz aqui? - perguntei, rude.

– É senhorita Katherine

Me levantei no ato.

– O que aconteceu com ela? - perguntei.

– Os rebeldes entraram no quarto e a sequestraram! - ela falou, desesperada.

– Avise ao general sobre o que aconteceu. E mande colocar patrulhas imediatamente a procura dela.

Ela apenas assentiu e saiu correndo. Assim como eu.

Não iria aguentar deixar a vida na mãos desses rebeldes. Com certeza não deviam ter ido longe.

Corri cada parte da floresta, com um desespero que nunca tive.

– Katherine! Katherine! - chamava.

Após quase dez minutos sem resposta, ouvi sua voz.

– George! Estou aqui!

Corri para onde vinha o som. Katherine estava encurralada. Os rebeldes apontavam a arma para ela. Seu rosto caiam lágrimas silenciosas.

Não!

Pulei em cima do rebelde quando ele disparou.

O tipo parou bem perto de Katherine, que gritou.

Afastei a arma para longe e lutei contra o rebelde. Os outros companheiros fugiram.

Os guardas logo chegaram e tiraram ele de cima de mim.

Me voltei para Katherine.

– Você está bem? Eles fizeram algo com você?

– Eu estou bem - ela falava entre soluços - Graças a você. Se não estivesse aqui...

Eu a tomei em meus braços.

– Calma! Calma! Já passou. Você nunca passará por isso de novo. Prometo.

– Por que veio? Por que arriscou sua vida por mim? Eu não sou a única opção da Elite.

– Você é insubstituível. Você é um única para mim. Eu demorei para entender, Katherine. Mas agora, mas do que nunca eu sei. - respirei fundo - Eu te amo.

Ela se afastou para olhar nos meus olhos.

– O que você falou? - ela perguntou com voz fraca.

– Eu amo você Katherine. Nunca disse isso para ninguém. Nem para minha mãe. Por favor, acredita em mim. Eu amo você.

Ela me olhou, e chorou. Mas não parecia ser o choro de antes. Parecia ser choro de alegria.

– Eu acredito em você. Eu te amo. Mais do que nunca. O George real é bem melhor do que o que eu imaginei.

Nos beijamos. Foi perfeito! O melhor beijo que nós demos.

Nos afastamos e eu falei.

– Acho que precisamos voltar.

Ela sorriu e me acompanhou. Chegamos ao Palácio e fomos direto ao seu quarto. As criadas a receberam com muita alegria.

– Eu já volto. Só vou avisar aos guardas para procurarem os outros fugitivos - falei com carinho.

Ela apenas assentiu.

Cheguei ao final do corredor e vi minha mãe conversando com o general.

– Alteza - ele saudou - Conseguimos encontrar os fugitivos. Eles não foram muito longe.

– Ótimo. Cuide para que eles sofram o máximo possível - ordenei.

– George - minha mãe chamou - Katherine foi sequestrada? Como?

– É isso que eu vou saber.

Eu e minha mãe nos dirigimos ao quarto de Katherine.

Ela ficou um pouco sem jeito quando minha mãe entrou, mas minha mãe fez com que ficasse a vontade. Nos sentamos na cama e eu perguntei:

– Como isso aconteceu?

– Eles estavam ameaçando minhas criadas quando eu entrei no quarto depois do jantar. Eles me queriam. Então as ameaçaram. E eu cedi. - ela respirou fundo - Mas tem uma coisa que vocês precisam saber.

– O quê? - estava intrigado. Minha mãe também.

Katherine respirou fundo mais uma vez. Parecia reunir coragem para falar.

– Foi o rei Clarkson que armou tudo isso.

– Não! - minha mãe exclamou.

Meu queixo caiu. Se aliar aos rebeldes para sequestrar Katherine? Isso foi baixo demais.

– E tem mais - ela falou baixinho.

Mais?

– Conte - minha mãe pediu, segurando as lágrimas.

– O rei Clarkson ordenou que me matassem e eles iriam, mas... - uma nova pausa - o mataram primeiro.

Minha mãe gritou, e todas as lágrimas que segurava caíram. Eu estava de choque. Não sabia se ficava triste ou com raiva.

Meu pai se uniu aos rebeldes para matar a mulher que eu amo, e acabou sendo morto por eles.

Minha mãe chorou copiosamente e eu imediatamente a envolvi em meus braços.

– Você ainda me tem, mãe. Vamos ficar bem.

Minha mãe ainda chorava. E muito.

Katherine estendeu a mão para tocar no cabelo de minha mãe. Logo estávamos envolvidos em um único abraço.

Como uma família em luto.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o q acharam??
Gostaram do ultimo cap??
Ps: Vai ter um epílogo!
Provavelmente estarei postando na semana que vem!!!



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