Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 3
First Mission


Notas iniciais do capítulo

Como dito, aqui está.
Espero que gostem :)



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– Essa aqui é a primeira de varias salas de treinamento. Tem salas de luta, armas, academia. Você encontra tudo o que precisa aqui. – Hill explicava e caminhava rapidamente pelos corredores da SHIELD me apresentando a alguns agentes e mostrando os lugares que eu passaria a freqüentar todos os dias. De certa fora eu me sentia acolhido naquele lugar.

– E é aqui que você dorme e guarda suas coisas. – Para em frente a uma porta e a abre. Aquela parecia ser a ala dos dormitórios.

– Tudo bem. – Falo um pouco sem graça, afinal eu não tinha nada que pudesse guardar naquele dormitório, tudo o que eu tinha era as roupas que estava usando. Acho que a Hill percebeu meu desconforto porque completou.

– As coisas que você ira ganhar aqui. Não se preocupe com nada, mandarei que entreguem fardamentos apropriados para treinos e missões, alem de toalhas e acessórios básicos de higiene.

– Obrigada mais uma vez agente Hill. – Ela apenas acena com a cabeça e me entrega as chaves do dormitório, indo embora logo em seguida. Entro no quarto e dou uma rápida olhada. Havia uma cama de solteiro, um guarda roupa grande que tomava conta de toda a parede do lado esquerdo e na parede oposta havia uma porta trancada, que descobri ser a porta do banheiro, havia um armário embaixo da pia e um criado mudo ao lado da cama. Simples mas aconchegante. Tudo em tons de cinza e branco.

Sento na cama e fico assim por uns 10min. Até que escuto alguém batendo na porta, abro e vejo um agente com algumas roupas, além de toalhas e uma bolsa que deduzi conter os materiais de higiene. Agradeço e fecho a porta. Jogo tudo sobre a cama, verificando tudo o que a Maria mandou pra mim, depois guardo tudo em seu devido lugar e vou tomar um banho.

Demoro bastante no banho, lavo o cabelo e até mesmo minhas roupas, deixando-as penduradas no banheiro para que sequem. Me visto com uma calça de moletom cinza e uma camisa branca com o símbolo da SHIELD, e calço meu all star novamente. Saio em busca do refeitório e como qualquer coisa, estava cansado demais para escolher. Volto ao meu dormitório, escovo os dentes e caio na inconsciência logo em seguida.

~~ 8 ~~

Acordo com o despertador apitando feito louco. Tateio até encontrá-lo e acabo usando mais força que o necessário para desligá-lo, abro os olhos e vejo o despertador espatifado sob a minha mão.

– Droga! – murmuro enquanto sento na cama e me espreguiço, o que não é uma boa idéia, pois estou completamente dolorido devido aos intensos treinamentos a que sou submetido todos os dias.

Sim, já faz dias que estou morando e trabalhando na base da SHIELD, 3 semanas e 5 dias para ser mais claro. Todo dia acordo as 5hrs da manhã e após tomar um banho gelado para despertar e tomar um café reforçado, começo a percorrer varias salas de treinamento da SHIELD. Faço academia todos os dias para ganhar mais massa muscular, treino combate corpo a corpo e artes marciais como Jiu-Jtsiu, boxe e até mesmo Muay Tai, o que não é um problema para mim. Além de aprender a montar e desmontar vários tipos de armamentos e até mesmo bombas. Faço escalada e aprendo estratégias, além de trabalhar em alguns setores menores enquanto não sou designado para nenhuma missão realmente grande.

Comecei treinando com agentes novatos como eu, mas como fui demonstrando mais habilidade e inteligência que a maioria, mudaram-me para treinamentos com agentes de níveis mais altos. Hoje acordo sendo um agente nível 6 mas talvez volte ao meu dormitório sendo um nível 7, nunca se sabe.

Já estou saindo do meu quarto pronto para mais uma sessão de treinamentos quando sinto uma mão segurar meu ombro.

– Agente O’Cornel, estão chamando o senhor na sala do diretor. – avisa um agente nível 3 me olhando com certo desprezo. A verdade é que muitos agentes de níveis menos elevados tem muito mais tempo que eu aqui, e até hoje não chegaram a um nível satisfatório para sair em missão, enquanto eu já participei de missões pequenas.

– Obrigado agente Dickson, já estou indo. – Respondo e caminho em direção ao elevador. Desde a nossa primeira e ultima conversa quando cheguei aqui que o diretor Coulson e eu não trocamos mais uma palavra. Mas segundo a Hill, meu desenvolvimento estava sendo acompanhado de perto pelo diretor, e ele está bastante satisfeito com meu progresso.

– Bom dia Diretor Coulson. O Senhor solicitou minha presença? – Pergunto entrando na sala, até então não havia reparado que havia mais dois agentes na mesma. – Bom dia Agente Hill e Agente...?

– Barton. Clint Barton. – Apresentou-se o outro agente. Eu já havia escutado seu nome antes, mas não lembrava onde.

– Bem Agente O’Cornel, pedi que viesse até minha sala para que acertássemos alguns detalhes da sua nova missão. Missão essa que será realizada em parceria com o seu “padrinho”. O Agente Barton. – Esclareceu-me o diretor. Claro, como pude esquecer o nome do meu ausente padrinho.

– Eu tenho acompanhado o seu progresso e fiquei admirado em como chegou ao nível 6 em poucos dias. Isso é uma verdadeira proeza dentro dessa agencia. – Parabenizou-me Clint. – Sei que como seu padrinho, deveria ter ajudado você, mas estava em missão e só pude acompanhá-lo à distância.

– Tudo bem, acho que nessa missão haverá bastante tempo para você me ajudar. – Respondo com seriedade.

– Agora que estão apresentados vamos às informações da missão. – Conclui o diretor, assumindo um tom mais serio e logo em seguida selando a sala.

A missão será na Alemanha, mas especificamente na cidade de Stuttgart. Nós iremos atrás de uma espécie de fabrica de armamentos termonucleares, onde será realizada uma transação multimilionária por uma espécie de bomba, parecida com a atômica, mas com poder de destruição 10 vezes maior. Nosso trabalho será descobrir quem chefia essa fábrica, quem são os seus compradores em potencial, e acabar com a produção desse armamento antes dessa transação ocorrer. Ou seja, temos apenas 4 dias para resolver esse pequeno problema.

– Vocês viajam hoje à noite. Estejam prontos. – Finaliza o diretor, nos dispensando. Saio da sala com minha pasta que contem todas as informações sobre a missão em mãos, caminho rapidamente até o elevador e assim que entro o agente Baton entra também.

– Você pode tirar o resto do dia para se preparar. É sempre bom estar com a mente focada na missão. – Fala sem me olhar.

– Tudo bem, irei ler todos os relatórios e informações contidas na pasta. – Admito que estou nervoso. Minha primeira missão de verdade e já me mandam para outro país com um dos melhores agentes da SHIELD, além de ser um Vingador.

– Não se preocupe. Eu vi vários dos seus testes, você é um ótimo estrategista além de ser muito habilidoso. Se sairá bem. – Então olha para mim – É só fazer o que eu mandar. – Engulo seco. Podia sentir toda a responsabilidade que estavam colocando nos meus ombros, sendo eu um garoto de 15, 16 anos talvez... Nem minha idade eu sei ao certo e lembrar-se disso muda o foco da minha preocupação.

Desde que cheguei aqui só tenho feito treinar, estudar e treinar mais um pouco. Até agora a Maria não me disse nada que pudesse me ajudar a descobrir alguma coisa sobre meu passado. Já fucei vários arquivos, dados e sistemas de pessoas desaparecidas. Já invadi o banco de dados Americano para tentar por meio das minhas impressões digitais encontrar alguma coisa sobre mim, mas até agora nada. É como se eu não existisse.

Volto à realidade quando as portas do elevador se abrem e o agente Barton me empurra para fora.

– Acho bom você ficar esperto garoto. Não quero ninguém distraído durante a missão. – Dito isso sai caminhando rápido até seu dormitório. Fico um tempo parando no corredor e depois vou até meu quarto.

– Foco Hayden. Sua única preocupação agora é realizar essa missão com sucesso e sair dela ileso. – Falo para mim mesmo em voz alta. Sento na cama e abro a pasta, começando a estudar a missão.

~~ 8 ~~

Pousamos em Stuttgart por volta das 2:15 da manhã. O plano já havia sido traçado e revisado um milhão de vezes. Eu entraria por uma clarabóia localizada no lado esquerdo do prédio usado para esconder a fabrica de armamentos que ficava no subsolo. O Clint iria parar os sistemas de resfriamento e segurança do local por aproximadamente 1min40seg. tempo que eu teria para entrar no laboratório e hackear o computador principal.

E o seu tempo começa a contar... Agora! – Escuto a voz baixa do Clint através do meu comunicador auricular.

Corro em direção à clarabóia e sem pensar duas vezes me lanço sobre a mesma caindo no vazio de uma grande sala. Dando um giro no ar, lanço um gancho contra o teto e assim aterrisso suavemente no chão (N/A como aquele usado pela Viúva Negra no CATWS, na cena da rodovia.). Corro novamente, dessa vez entrando em um corredor a minha direita até encontrar uma sala com vários computadores, lá estaria o elevador que me levaria até o subsolo, ou melhor, o poço do elevador que me levaria ao subsolo, uma vez que eu não poderia usar o elevador. Começo a ajustar o sistema do elevador para que ele não funcione enquanto eu estiver no poço, quando escuto algumas vozes vindas na minha direção.

– Gavião, tenho companhia. – Sussurro.

Pode deixar. – Responde. Termino de ajustar os sistemas e abro a porta, dando de cara com o poço vazio. Usando os próprios cabos do elevador, deslizo até o fim do poço e escuto novamente a voz do gavião.

Problema resolvido. 1 minuto. – Respiro fundo e entro no duto de ventilação. O mais rápido que consigo, rastejo até a sala onde está localizado o computador, saio através da saída de ar presente na sala.

– Vamos descobrir o que vocês estão aprontando – Falo enquanto digito alguns códigos de segurança e insiro o pen-drive no computador. Primeiro eu burlo todos os sistemas de segurança para que não notem nossa presença bisbilhotando seus dados e depois instalo um programa no computador que irá permitir nosso acesso total as informações contidas no mesmo.

– Programa inserido. – Aviso.

Bom trabalho, agora você tem 30segundos para dar o fora daí. – Tomando cuidado para que não fique nada fora do lugar, volto para o tubo de ventilação e faço o caminho de volta. Estou subindo pelos cabos do elevador quando escuto o som que menos gostaria de ouvir naquele momento.

– Merda! – Xingo baixo quando o cabo começa a se movimentar fazendo o elevador subir.

Minha mente trabalha a mil por hora tentando encontrar uma forma de sair daquele poço antes que eu vire paçoca. Mesmo estando acima do elevador, nunca conseguirei chegar até a porta e abri-la antes de ser imprensado pelo mesmo. Sendo assim solto os cabos e caio na parte de cima do elevador com um baque surdo, começo a analisar minhas opções e então pego a arma que estava presa em um coldre na minha cintura e a uso para travar as roldanas do elevador, ele para de forma brusca e eu volto a subir rapidamente pelos cabos.

Assim que chego à porta começo a puxar a mesma, abrindo uma fresta pela qual consigo passar, saio correndo daquela sala em direção ao corredor quando escuto uma explosão. Pelo visto minha arma fez muito mais que só travar o elevador... Continuo correndo e quase caio quando vejo 2 seguranças vindo em direção a sala, dou meia volta e me escondo atrás de uma estante que continha alguns monitores e outros objetos.

Você só tinha que sair daí sem chamar atenção! – Grita o Gavião no meu ouvido.

– Eu tentei, mas nem tudo saiu como o planejado! – Sussurro nervoso quando vejo que mais pessoas estão entrando naquela sala. Para minha sorte as luzes começam a falhar e então aproveito para engatinhar até a saída da sala. Então todas as luzes se apagam.

Você tem 15 segundos até os geradores reservas começarem a funcionar.– Coloco os óculos de visão noturna e saio correndo com o máximo de cuidado que consigo até chegar à clarabóia onde uma corda me espera. Faço valer todas as aulas de escalada e chego ao terraço em tempo recorde.

– Vamo embora garoto! ­– Corro até um Quinjet que estava próximo do prédio e sem hesitar, me jogo dentro do mesmo. Sento na cadeira do co-piloto e olho para o Agente Barton que apenas sorri e diz:

– Bom agente O’Cornel, ainda temos 10 segundos, quer beber alguma coisa? – Olho para ele sem acreditar no que tinha acabado de ouvir. Respiro fundo e respondo.

– Porque não? – respondo com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro de digitação/concordância, não deixem de me avisar.
Até quarta!



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