Pov. Lexy:

Acordei deitada em minha cama com Yamada deitado aos pés da cama e Hiro e Luke estirados no chão usando algumas cobertas e travesseiros, Luna não estava lá e estranhei. Encarei o relógio e vi que já eram 9:20. Me levantei num pulo e encarei os garotos, que ainda dormiam.

Lexy: OLHA A TINTA! -gritei, fazendo Mada cair da cama, encima das costas de Hiro, que dormia de bruços.

Hiro: AI! MINHAS COSTAS! - gritou o de cabelos negro-azulados e logo taquei meu travesseiro nele para parar de gritar.

Yamada: Cara, por que você ensinou ela a fazer isso?- rebateu o de cabelos vermelhos enquanto esfregava os olhos.

Luke: Vocês podem calar a boca e voltar a dormir?

Lexy: Nem pensem em dormir! Já são 09:30 e já devem estar nos esperando para tomar café!

Os garotos se levantaram num pulo e seguiram direção para seus quartos. Abri meu armário e de lá peguei uma regata preta, um shorts jeans, tênis brancos e sai correndo até a sala de jantar.

Os adultos que já estavam ali me encararam com certa desconfiança e logo após esse olhar passou a ser enviado para quem estava atrás de mim. Pedi licença para sentar-me a mesa e comemos tranqüilamente. Logo depois segui lá para fora, já que estaria liberada até o almoço.

Rolaram algumas discussões, mas dou graças a Atena por Tatsume ter nos chamado para almoçar. Quando terminamos de almoçar voltei para meu quarto e vesti minha calça preta colada e minha blusa regata e sai para encontrar com Shun na porta de seu dormitório, como de costume e quando cheguei lá ele estava conversando alegremente com Hyoga.

Hyoga: Acho que temos que treinar, sua pupila chegou.

Lexy: Se eu estiver incomodando, posso te esperar lá fora...

Shun: Tudo bem, sem problemas.

Caminhei com Shun até aquele mesmo campo aberto de ontem e paramos em frente aquela mesma árvore. Estava sentindo uma sensação estranha, como se estivesse sendo observada. Me perdi em pensamentos e não prestei muita atenção nas ordens de meu mestre.

Shun: Lexy? Está me ouvindo?

Lexy: Oh, desculpe Shun, é que estou com uma sensação estranha de estar sendo observada…

Shun: Deve se só impressão… Agora, para usar sua armadura, jogue seu pingente para o alto.

Retirei o pingente da corrente e o atirei para cima como uma moeda. O chão começou a brilhar e de lá apareceu a urna de minha armadura, que imediatamente, se abriu revelando a Sagrada Armadura, que logo me vestiu como se fosse um traje normal.

Lexy: Isso é perfeito!

Shun: Que bom que gostou! -ele pareceu feliz e afagou meus cabelos- Agora Lexy, quero que escute com atenção. A corrente tem vida própria e para domina-la, é preciso que você e ela formem uma só. Entendeu?

Lexy: Sim.

Shun: Nunca se esqueça de estar sempre alerta, a corrente pressente a presença do inimigo e seu ataque é tão poderoso quanto sua força.

Lexy: Certo...

Shun: Ótimo, agora quero que use as correntes para terminar o que começou ontem.

Lexy: Ta... CORRENTE DE ANDRÔMEDA!

Elevei um pouco meu cosmo para a corrente me obedecer, e então eu as utilizei para derrubar de vez aquela árvore.

Logo atrás, correndo em meio o pequeno bosque, vi uma sombra preta passar, pensei em ignorar, se a corrente não tivesse ficado atiçada.

Shun: Lexy... O que foi?

Me virei para ele, que acabara de vestir sua armadura, e percebi que suas corrente também estavam inquietas.

Lexy: Tem alguém aqui. -afirmei cerrando os olhos e correndo-os pelo meio das árvores.

Pov. Hiro:

Estava treinando com Shiryu do lado de fora da mansão e percebi que o tempo se fechara e um vento gélido começou a soprar. Estranho, Luke e Hyoga estavam lá dentro, realmente muito estranho. Senti algo gelado e negro pousar em minha mão, um floco de neve.

Hiro: Mestre… -estendi minha mão para que ele pudesse ver. Quando encarou aquele pequeno floco negro vez uma cara de espanto.

Shiryu: Hiro, vamos para dentro, agora!

Corremos para dentro, não sei o que está acontecendo, mas sei que não pode ser nada bom.

Shiryu: Tatsume! Onde está Saori?

Tatsume: A senhorita deve estar em seu escritório, cuidando dos assuntos da fundação. Quer que eu vá chamá-la?

Shiryu: Sim, por favor, eu vou convocar os outros cavaleiros.

Eu e meu mestre saímos em disparada até a sala de treinos onde Ikki, Hyoga e Seiya treinavam Luna, Luke e Yamada.

Shiryu: Rapazes! Reunião urgente!

Shiryu escancarou a porta e se deparou com faces confusas vindas de todos os portadores de armaduras.

Seiya: O que foi Dragão?

Hiro: Está nevando.

Hyoga: Mas isso é impossível! Estamos no fim da primavera e eu sou o único que posso fazer isso! Luke ainda está se desenvolvimento!- a indignação na voz do loiro era bem nítida.

Shiryu: Hyoga, não é uma neve qualquer!

Hiro: Os flocos são negros.

Ikki: Ah não… Rápido, todos para a sala. Onde estão meu irmão e Lexy?

Hiro: Estavam treinando lá fora.

Yamada: Eu vou chamá-los.

Ikki: Não. Eu vou. Quero todos na sala em dois minutos.

Saímos do local e Ikki ficou lá, parado, devia estar pensando em algo, ou tentando se comunicar com Amamiya mais jovem.

Pov. Shun:

Tem alguém aqui, mas quem? Quem iria invadir a mansão sem atacar primeiro? Não senti nenhuma presença de cosmo, mas minhas correntes estavam atiçadas e as de Lexy também. Olhei de soslaio para minha pupila, que estava em posição de ataque, checando cada milímetro por entre aquelas árvores. Fiquei em posição e senti um vento congelante percorrer minha espinha. Seria Hyoga ou Luke? Não sinto a presença deles… Espera, Ikki está tentando fazer contato com meu cosmo e parece urgente.

Shun: Lexy, Ikki está nos chamando, acho melhor entrarmos agora.

Fomos correndo e nos deparamos com todos em pé na sala usando suas armaduras e com expressões confusas em seus rostos. Ikki era o único sentado e uma expressão muito séria ocupava seu rosto, e isso me preocupava.

Saori: O que está acontecendo aqui? -a de cabelos roxos chegou sem muita paciência ao cômodo.

Shiryu: Eu estava treinando com Hiro quando o tempo fechou e começou a nevar.

Saori: Impossível. Não neva nessa época do ano, devia ser alguma pegadinha do Luke.

Hyoga: Impossível. Luke está se desenvolvendo e estávamos aqui dentro.

Hiro: Senhorita… A neve não era branca… Eram flocos negros.

Saori: Mas isso é impossível!

Ikki: Não, não é. No tempo que passei minha “estadia” na Ilha da Rainha da Morte, ouvi falar muito sobre os “Cavaleiros Negros”.

Saori: Cavaleiros Negros? Só pode estar de brincadeira…

Ikki: Eu pareço estar de brincadeira? -o tom de voz de meu irmão se elevou drasticamente e ele se levantou. Se não fosse levado a sério, poderia causar uma tragédia. -Saori, esses caras são perigosos e não estão de brincadeira!

Saori: Se realmente forem eles, qual o motivo para nos atacarem?

Ikki: Mas isso não é obvio? Saori, quase todos com que lutamos e quase todos que invadem a fundação, eles querem Atena. Eles querem te matar.

Aquela última frase causou um grande incômodo em todos, mas não deixava de ser verdade.

Saori: Se eles se esconderam, não queriam atacar agora. Temos que esperar até temos a certeza confirmada. Esperaremos até eles atacarem, enquanto isso agiremos normalmente e esperaremos ele atacarem.

Ban: Tem certeza que esse é o melhor a fazer?

Saori: Sim, tenho. É melhor ficarmos aqui dentro, para segurança, até eles irem embora.

Tatsume: Senhorita, cavaleiros, moleques, o chá da tarde está servido.

Pov. Yamada:

Depois das declarações de Ikki e Saori o clima pesou. Somos o alvo de um fturo ataque e ela não quer que façamos nada? Isso não está certo!

Guardamos nossas armaduras e fomos comer.

Conversavamos um pouco, mas Fênix continuava muito calado, era como se aquele passado que ele tanto quisesse se esquecer viesse a tona de uma única vez em suas memórias.

Fomos liberados dos treinos depois da refeição, e como não podiamos sair, fui tomar um banho. Logo depois, vesti uma calça azul, tênis vermelhos e uma camiseta verde e fui procurar os outros. Encontrei Luke no meio do corredor, andando bem devagar e com a cara fechada.

Yamada: Luke? Tudo bem?

Luke: Não muito Cavalinho… Sabe, estou preocupado com a nossa segurança e com a Saori. Hyoga disse que ainda não esto pronto para lutar e eu acredito nele.

Yamada: Não precisa ficar assim Gelinho, agora nós temos a armadura e não será agora que eles atacarão. Temos tempo para treinarmos. Vamos procurar os outros?

Luke: Vamos. Ah, Yamada… Obrigado. Você é um bom amigo.

Fui pego de surpresa e apenas sorri. Continuamos andando até nos depararmos com os outros sentados no sofá assistindo Malévola. Nos juntamos a eles e depois fomos jantar.

–----3 dias depois----

Cada vez mais o clima pesava e tudo se tornava mais sombrio. Todos estavam mais atetntos e os treinos estavam cada vez mais difíceis. Ban estava ajudando Seiya com meu treinamento, assim como Icchi ajudava Hyoga, Nachi ajudava Shiryu, Geki ajudava Ikki, e Jabu ajudava Shun. Nossos cosmos cresciam cada vez mais e mais, já sabiamos usar os melhores golpes, já estamos prontos, não tinhamos mais pausas e Saori ponderava sobr possíveis viagens para os locais de treinamento de nossos mestres, mas não temos tempo.

Era um sábado a tarde e hoje, por um milagre, não teríamos treinos. Ainda não podíamos sair, então estava tudo muito tedioso. Passei pela sala de estar e dei uma olhada no relógio na parede. 18:00. O sol já é mínimo e a escuridão começa a tomar conta do céu.

Hiro está no banho, Luna está em seu quarto, escrevendo na agenda, Luke deve estar lendo algo na sala e Lexy está em seu quarto assistindo TV. Passo pelo corredor dos dormitórios a fim de sair de meu alojamento e andar um pouco. Percebo que a porta do quarto da morena de cabelos cacheados está entreaberta, dou duas batidinhas e pergunto se posso entrar. Recebo um “claro” como resposta e entrei.

Yamada: Oi.

Lexy: Oi.

Yamada: Ta assistindo o que?

Lexy: Não sei, não estou prestando atenção.

Yamada: Ei, o que foi? - percebi que a morena encarava a janela sem prestar atenção em nada.

Lexy: Eu só estou pensando…

Yamada: Posso saber no que? - perguntei me sentando ao seu lado.

Lexy: Você é muito curioso, sabia? Estou pensando em como tudo aconteceu tão rápido… Minha vida virou de cabeça para baixo e agora eu sou uma Amazona protetora de Atena. As vezes fico pensando como tudo seria continuasse como antes… Sabe, na minha antiga vida.

Yamada: Lexy… Se tudo fosse como antes, você não teria conhecido o Shun, o Jabu, o Seiya, o Hyoga e nem o resto! Não teria Luke, não teria Hiro e o pior de tudo… Você não me conheceria!

Lexy: Idiota! -ela resmungou rindo antes de me dar uma almofadada.

Começamos uma mini-guerra de travesseiros até Luna nos chamar para assistirmos um filme com os outros.

Caminhamos tranquilamente pelo corredor dos dormitórios até ouvirmos um barulho alto de sirene e Tatsume passou correndo por nós.

Tatsume: ESTAMOS SENDO ATACADOS! FUJAM PARA AS MONTANHAS! ESTÃO NOS ATACANDO!

Nos entreolhamos rapidamente, jogamos nossos pingentes para o alto, vestimos nossas armaduras. e saimos correndo em direção ao jardim.

Nossos mestres já estavam lá, vestidos com suas armaduras enquanto homens muito parecidos com eles se pronunciavam.

Kenuma*: Ora ora, olhem o que temos aqui... Os cavaleiros de bronze... Ikki! Meu velho amigo! Como anda a vida? – O primeiro a dizer algo tinha cabelos pretos cinzentos e armadura parecida com a minha e de Seiya.

Ikki: Kenuma... Quem pensa que é para me chamar de amigo? – Fênix ladrou, se pondo em posição de combate.

Jido: Haha, Ikki, não sabe que cão que ladra não morde? – dessa vez foi um de cabelos pretos, com um elmo quase idêntico ao de Hyoga e Luke.

Shinadekuro: Calem a boca e vamos ao que interessa. Onde está Atena? – o terceiro possuía cabelos azuis longos bem parecidos com os de Shiryu.

Kenuma: Que modos são esses Kuro? Vamos fazer as apresentações decentes! Eu sou Kenuma de Pégaso Negro.

Jido: Eu sou Jido de Cisne Negro, e claro que muito melhor que o original. – disse o moreno enquanto tirava uma mecha de cabelo dos olhos e fazia Hyoga rosnar e se preparar para soca-lo a qualquer momento.

Shinadekuro: Eu sou Shinadekuro de Dragão Negro, acho que se lembra de mim, Ikki.

???: E não se esqueçam de nós! –ouvimos duas vozes vindas do “além” e nossos olhos se voltaram para a faixada da mansão, onde pudemos ver duas silhuetas pretas, que logo pularam ao chão. – Eu sou Kami** de Andrômeda Negro. –pronunciou o menor de cabelos verdes escuros, que segurava firmemente suas correntes negras.

Ritahoa: Eu sou Ritahoa, a Ave Fênix negra. É bom poder ter rever Ikki.

Ikki: O que fazem aqui?!

Kenuma: Ficou bonzinho agora? Não ouviu Kuro? Queremos Atena!

Seiya: Nem sonhem que conseguirão encostar um dedo na Saori! METEORO DE PEGÁSOS!