The Song Of Love escrita por Buttercup


Capítulo 3
Diversão na Lanchonete




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Pov Bubbles on

A lanchonete era muito aconchegante.As que eu costumava ir eram bem grandes e luxuosas.Gostei de ser do povo, pela primeira vez.Afinal, eu sou humana como todo mundo.A lanchonete tinha tamanho médio(comparada com a que costumava ir, é pequena).O nome da lanchonete era Joe’s Burger.Uma garçonete bonita veio até nós.A minha sorte é que eu estava de peruca.Porém, sem os óculos, o que dava de ver meus olhinhos azuis.Mas nem liguei.Se fosse reconhecida, dane-se.Queria viver perigosamente agora.Pelo menos, sabia que podia confiar em Boomer, meu primeiro amigo.Eu estava segura com ele.Eu era a Bubbles normal agora.Pela primeira vez.Graças a essa fofura de menino, que parece mesmo um anjinho.Finalmente podia ser eu mesma.Apesar dessa vida ainda ser estranha pra mim, Boomer ainda estava me mostrando aos poucos.E não, ele não vai me levar pro mal caminho.Ele só está me ajudando com meu sonho.O que eu acho fofo, ninguém nunca se importou com isso.Bem, na verdade, nunca desabafei com ninguém além de Boomer.Ninguém me entendia mesmo.Nem minha mãe.O que era muito triste.Eu ainda não tinha amigas meninas.E Boomer era meu primeiro amigo.Pode até parecer que estou rebelde, mas eu só quero ser feliz.Seguir minha vida, do jeito que sonhei.Nunca sonhei com fama nem nada.Apesar fui obrigada a seguir com isso.Hora de quebrar regras e me libertar.Livre estou, livre estou!!De agora em diante, eu mando na minha vida.Chega de parecer uma marionete!

–Senhorita? – Chama a garçonete.Eu tava no meio da lua e muito distraída pensando muito.

–Opa, desculpe... – “Acordo” e fico sem graça.

A garçonete era bem alta, parecia uma modelo.Ela é normal, mas parece feliz.Mas ela tem mais perfil de ser famosa do que eu.Eu apenas sou uma jovem que quer ser normal.Como qualquer garota da minha idade.

Ela sorriu pra mim.

–Quer olhar o cardápio? – Indaga ela, me entregando o cardápio.

–Sim, por favor. – Falei, educada.Aprendi boas maneiras desde os 5 anos.

Boomer olha o cardápio que estava do lado dele e logo faz seu pedido.

–Quero um X-burguer e uma coca-cola 600ml. – Pediu o loiro.

A garçonete anota.

–E pra você, senhorita? – Indagou a mulher pra mim.

–Hmm... – Olhei o cardápio, indecisa. – Eu quero...

Dou uma olhada de canto para Boomer.

Ele apenas sorriu e disse:

–Pode pedir o que quiser, e o quanto quiser!

Fiquei sem graça.

–N-não...Eu estaria me aproveitando... – Corei.

–De forma alguma. – Ele balança a cabeça, sorrindo.

–E-er...E-eu quero um x-burguer, uma porção pequena de batata frita...E...Hmm...Por enquanto, só... – Corei, escondendo minha cara no cardápio.

A garçonete anota o pedido.

–Daqui a pouquinho já vem! – Piscou ela, saindo.

Pov Bubbles off

Pov Boomer on

–Boomer, me perdoa... – Ela abaixa a cabeça.

–Pelo que? – Indago.

–E-eu pedi muita coisa... – Disse ela, ainda de cabeça baixa.

Sorri pra ela.

–Não tem problema, você é minha convidada e merece isso e muito mais! – Falei, tranqüilizando-a um pouco.

–O-obrigada...Nem sei como agradecer... – Sorriu ela, timidamente.

–Não precisa, amigos servem pra essas coisas! – Falei, sorrindo.

Ela sorri mais abertamente agora.

–Você é um anjo mesmo!Faz tempo que não como comida de lanchonete, essas coisas... – Suspirou ela.

–Pois é...Artista não pode, né? – Perguntei.

Ela balança a cabeça.

–Não.Isso é triste.Porque eu amo tudo isso! – Ela choraminga, e o estômago dela reclama mais uma vez, nos fazendo rir.

–Que horror passar fome a vida inteira... – Comentei.

–Eu até tava acostumada... – Falou ela. – Mas é que eu quase só comia salada...Faz um bom tempo.

–Ui...Que coisa... – Falei, tentando imaginar eu comendo só salada.

–Não é tão ruim, porque fome eu não passo.Eu tenho salada e carboidratos. – Sorriu ela. – Mas sinto falta disso aqui...

–Entendo... – Falei pra ela, tentando compreendê-la como um bom amigo faz.

–É por isso que eu mais osso do que carne! – Ela riu.

–É, estou vendo.Tem que ganhar músculos, garota! – Entrei na brincadeira, rindo.

–Também acho.Sou muito seca. – Ela faz careta e depois cai na risada.Finalmente, vi sinceridade no sorriso dela, na risada.Ela estava enfim feliz.Depois de tanto tempo, eu trouxe a felicidade verdadeira a ela.O primeiro amigo de Bubbles Johnson.Sinto-me honrado.Dava pra ver que ela tava se divertindo e muito.

–Obrigada por isso, Boomer! – Ela limpou uma lágrima, que derrubou após rir até sua barriga doer. – Faz tempo que não me divirto tanto.

–Que isso... – Coço a nuca. – Não foi nem o começo.

Ela sorriu.Vai ver ela não acredita que eu, um anjo, como ela diz, caiu do céu, na hora certa.Cara, a Bubbles tem sorte.

Quero satisfazer todos os desejos e vontades dela.Não me importo.Farei isso por ela.Bem como um bom amigo.

Pov Boomer off

Pov Bubbles on

Faz tempo que não via tanta comida assim.Na verdade, eu via sempre, mas que eu digo, que eu podia comer.Faz um bom tempo.

Quando nossos pedidos chegaram, arregalei os olhos.O X-burguer parecia muito saboroso.As fritas também.E a coca-cola que tomei já deu um gostinho todo especial.

–Ehh...Parece bom...E é tão grande... – Dava pra ver que eu estava surpresa mesmo.

Boomer sorriu, com o canto da boca sujo de catchup(não sei se escreve assim).

–Fica fria, Bub.Se não aguentar, eu te ajudo. – Piscou ele, me fazendo ficar sem graça.

–A-acho que exagerei... – Sorri, tímida.

–Relaxa, eu faço de tudo por você! – Falou ele, abocanhando o sanduíche.

Fiquei corada e muito agradecida por meu anjo ser tão gentil.

Quando comecei a comer as batatas fritas, percebi o quanto estava faminta.Estava quase desmaiando de fome.Quase tonta.Uma vez, desmaiei porque só comi salada no almoço e de tarde não tinha comido nada.Eu devorava as batatas, mas de um modo educado.Não fui esganada nem nada.Apesar de a cada um segundo, eu pegar uma.

Boomer me observava e sorria.Estava já na metade de seu sanduíche.

Pov Bubbles off

Pov Boomer on

Dá gosto de ver ela comendo.Ela come com vontade, com garra.Sei lá.Parece que fazia um bom tempo que ela não apreciava algo assim.E nem estou falando das batatas fritas.É do X-burguer.Ela abocanhava ele, com dentadas profundas, deixando as bochechas completamente cheias.E ela estava adorando pois quando comia, ficava fazendo “hmm, hmm”, querendo dizer que estava uma delícia.Estava mesmo.

Só me pergunto da onde ela tirou estômago pra comer tudo isso.Ela não parece comer tanto.Eu como bastante as vezes, mas acho que nunca consegui um X-Burguer dessa lanchonete e mais fritas.Era muita fome dela.Mas não liguei.Deixa ela ser feliz.Sorri pra ela, a observando.Deu de perceber que ela ficava sem graça, então parei.

Eu terminei meu X-burguer e minha coca-cola.Depois bati na barriga.

–Ahh!Estava uma delícia! – Eu disse, satisfeito.

–Uhum! – Falou ela com a boca cheia.

Quando ela terminou, cismou que queria pagar.

–Nada disso!Eu vou pagar! – Eu disse.

–Por favor, deixa eu!Vou me sentir mal desse jeito... – Ela abaixa a cabeça.

–Não!É cortesia minha!Não se sinta assim! – Falei.

–T-tá bom... – Ela concorda, timidamente.

Quando fui pagar, percebi que ela não tirava os olhos do freezer de sorvetes.Sorri.

–Quer um? – Perguntei, ainda sorrindo.

–D-de forma alguma! – Ela fica sem graça.

–Pode pegar, não é incômodo! – Afirmei.Não era mesmo.

–Faz tanto tempo que não tomo sorvete nem picolé... – Comenta ela.

–Pega lá. – Falei, quase que obrigando-a.Ela podia negar, mas sabia que ela estava com vontade.

Ela, timidamente, foi até o freezer e trouxe um picolé de chocolate.

Passei o pacote no caixa.Era apenas $1,00.

Ela saiu feliz, lambendo o picolé, com vontade e apreciando o sabor.

Ela se lambuzou toda.Depois, ela lambeu o canto da boca que estava sujo.Ela andava para lá e pra cá como uma criança de 5 anos.

Eu ri, e saímos assim que paguei a conta.

–Boomer!Meu anjo!Obrigada! – Ela beijou meu cabelo, e eu corei por dentro e por fora.Meu coração queria saltar pra fora.

–Não foi nada... – Encolhi os ombros, sorrindo.

–Você é perfeito... – Suspirou ela, fazendo eu corar. – Tem namorada?

Eu engoli em seco e engasguei com a pergunta.

–N-não... – Respondi, envergonhado.

–Que desperdício... – Disse ela, sorrindo.

–Você com certeza tem, né? – Era hora da verdade.E também, quebrei o gelo.

–Não.Eu nunca tive, sabe... – Ela ficou vermelha.

–Nem eu.Que coisa, né? – Cocei a nuca, sem graça.Que situação a gente estava.Estava meio estranho, acho melhor mudarmos de assunto.Tô morrendo de vergonha.Fiquei até aliviado quando ela disse que não tinha namorado.Será que é porquê quero protegê-la do mal do mundo?

–É...Então, vamos aonde agora? – Perguntou ela, contente, e mudando de assunto.Ainda bem.

–Vamos passear e aí decidimos... – Falei e ela assente, colocando o óculos.

Deve ser horrível ter que andar fugindo e ainda mais disfarçado.

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