The Song Of Love escrita por Buttercup


Capítulo 2
Amigos?Amigos




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Mais um dia que será bem longo.Afe, que chatice.Essa bajulação toda cansa.A falsidade também.Odeio essas coisas.Bem, às 15:00 eu teria sessão de autógrafos, e pelo visto vai ser meio...longo.

Não estou nem um pouco animada com isso.Até queria que acontecesse um imprevisto pra eu poder não ir.

Só um anjo na minha vida poderia melhorar minha situação.Mas se for anjo, vai ter que cair do céu mesmo.Quero ser normal o quanto antes.Chega de fama pra mim.

Aquela garota definitivamente NÃO É FELIZ.Eu sei disso, consigo sentir.Eu sei quando as pessoas são e quando não são.Ela pode até ter uma vida perfeita, mas ela não é feliz MESMO.

Eu acho que ela tem outros sonhos, o que eu acho ótimo.Ela parece ser humilde.Detesto famosinho que se acha e é fútil.Ela parece ser gente boa.Quero ver se dou um jeito de me aproximar...Claro, se nenhum brutamontes me quebrar ao meio.

Ela é tão talentosa e carismática.Não só isso...Tem a voz linda.E ela é linda.Será que ela tem namorado?Ahh, claro que deve ter!Uma menina dessas solteira é um desperdício.E ela nunca notaria um cara como eu.Eu sim, sou normal.

A propósito, meu nome é Boomer Rock.Eu tenho 15 anos e estudo na Taoko Tashima School.Tem esse nome porque, obviamente, foi fundada por um japonês.

Quero virar amigo dessa menina e mostrar a ela a simplicidade de uma vida normal e também a felicidade.Eu vou ajudá-la com os problemas.As únicas coisas que sei dela é que ela estuda na escola Grunger Hgh School, num 1º ano lá, também tem minha idade e seu nome é Bubbles Johnson.

Eu acho que ela nunca conseguiu ter uma vida normal.Vou dar uma demonstração de uma vida normal para ela, nem que seja por um dia.E não vou desistir desse plano!

Eu só sei que ela vai a uma sessão de autógrafos no Grase Park, o local do show de ontem.Eu preciso estar lá e ajudá-la a escapar!Como?Eu ainda não sei mas vou bolar alguma coisa...

Na hora do almoço, eu apenas comi um bife, e milhões de salada.Segundo a imprensa, uma estrela deve se manter sempre em forma.Bobagem, sempre fui magra.Eu vivo com fome!Nunca posso comer nenhum docinho sequer...

Ai, se pelo menos eu fosse normal...

Aí, eu tive uma ideia rebelde na cabeça.Fugir antes da sessão de autógrafos.Boa ideia?Era sim, mas minha mãe não iria gostar.Mas eu teria que ir atrás da minha felicidade, dos meus sonhos.Me disfarçar?Talvez eu fizesse isso para aqueles selvagens não me reconhecerem.Estou farta de tudo isso.E só agora que me veio essa ideia rebelde na cabeça, o que não parecia má ideia.

Eu era boa filha e tudo mais...Mas se minha mãe e todo mundo quiser saber porque fiz isso, vou responder com tudo o que está engasgado desde que entendi que fria que tinha entrado, no mundo dos famosos.Ou seja, lá por 8 anos e pouco.

Meu estômago reclamando me deu motivação.Cansei de passar fome e de ficar de babação de ovo o tempo todo!Hora de ser normal!Hora de ser eu mesma!Vou seguir meu sonho!

Determinada, eu corri para o camarim.Lá, peguei óculos escuros e uma peruca rosa ondulada e comprida.Coloquei uma regata azul bem simples, o que é bem confortável, mas nem sempre uso, uma calça jeans comum e um tênis da Nike.Era uma roupa bem confortável.Coloquei um brinco de bolinha e uma pulseira azul.Coloquei a peruca e o óculos.Que coisa, até parece que sou criminosa que tenho que andar disfarçada e fugindo.

Pensei em deixar um bilhete para minha mãe, pois provavelmente eu não ia voltar no mesmo dia.Talvez ficasse dias fora.Eu ainda não sabia o que fazer...

Mais tarde vai ser a sessão de autógrafos!Tenho que correr!Tenho que achar a Bubbles e fugir com ela.Mas aí eu levo ela pra casa.A sorte é que estamos de férias na escola e não precisamos faltar.Eu estava correndo e olhando o relógio.Era apenas 12:30.Ainda faltava algumas horas até o evento.Mas eu estava tão afobado e distraído que não olhava para onde ia.E eu acabei trombando com alguém.

–Opa, desculpe...Você está bem? – Falei sem jeito, me apalpando e levantando.

Era uma garota, de cabelo rosa comprido, óculos escuros e uma roupa normal, regata, jeans e tênis.

Estendi a mão pra ela.

–Tô sim... – Disse ela, sorrindo.

–Espera, eu conheço essa voz! – Falei, surpreso.Conhecia mesmo.E como!Ouvia sempre.Parece que aquela voz sempre esteve presente em minha vida.E agora estava tão perto de mim.

–Oh, não...Me descobriram! – Falou a garota, choramingando.

–Como assim? – Ergui uma sobrancelha.

–Guarda segredo? – Indaga a menina.

–Claro! – Dei de ombros.A menina era gente boa.Não ia desapontá-la.

–Mas fale baixo... – Ela suspirou. – Eu sou a famosa Bubbles Johnson.

Eu engasguei.Aquela menina era mesmo...Bubbles Johnson?

–O que??Você é... – Fiquei pasmo.

–É, isso... – Sorriu ela, sem jeito. – Deve estar surpreso, né?

–Um pouco... – Confesso pra ela, coçando a nuca. – Sabia que conhecia sua famosa voz...

Ela sorriu.Era um sorriso lindo e muito doce.Deixava ela ainda mais delicada.

Fomos para um parque vazio, não havia quase ninguém.Sentamos embaixo de uma árvore.

–Você é meu fã? – Ela indaga, tirando a peruca e o óculos.

–Digamos que sim...Admiro seu trabalho! – Sorri pra ela, que retribui.

–Não gosto muito dessa vida.É chata. – Admite ela. – Tenho sonho de ser veterinária e uma garota como qualquer outra.Você deve me achar estranha.Toda menina quer ser famosa.E eu que sou, não aproveito...Eu posso ter a vida perfeita, mas...Não sou feliz.Estou cansada do estrelato.

–Não acho estranha.Todos têm sonhos.Eu entendo você. – Eu disse, tranquilo.

–Você é o primeiro que me entende!Eu não conto isso pra ninguém... – Falou ela.

–Mas pode confiar em mim.Não sou um estranho. – Disse.

Ela desabafou um monte de coisas.

–Pode me considerar seu amigo.Sou Boomer Rock.Prazer. – Estendo a mão e ela sorri.

–Prazer, Boomer.Você já me conhece, então, nada de eu me apresentar! – Ela riu, apertando a minha mão.

Quando a delicada mão dela tocou a minha, eu fiquei sem jeito.O calor da mão dela me deu um leve choque que foi pra todo meu corpo.Fiquei quente e meu coração parece que bateu mais rápido.Eu acho que até fiquei vermelho.

–Então...Amigos? – Perguntei, estendendo a mão mais uma vez.

Bubbles sorri de novo.

–Amigos! – Ela aperta minha mão, novamente causando uma sensação estranha que nunca senti antes.Vai ver porque ela é famosa, e como sou fã, estar tão perto do ídolo dá nessas coisas.

–Então...Vamos fugir? – Indaguei.

–Como? – Ela se espanta.

–Eu te ensino a viver uma vida normal, certo?Como você disse que sempre quis ter! – Explico.

Os olhinhos dela brilhavam.Uma graça.

–Sério?Oh, nem acredito!Obrigada, Boomer!Meu anjo caiu do céu hoje mesmo!Minhas preces foram ouvidas! – Ela beijou minha mão e dava pulinhos de alegria.

Corei e fiquei sem jeito.

–Amigos servem pra essas coisas, né? – Coço a nuca. – Sorte a nossa que estamos de férias.

–Pois é, se tivesse escola seria mais complicado... – Comenta ela. – Quero só ver quando eles começarem a sentir minha falta...

–Vão ficar malucos! – Eu ri. – Mas você vai voltar!E vai desabafar tudo isso que me contou.

–Sim!Hora de ser normal! – Ela disse, determinada. – Hora de ser eu mesma!

–Isso aí! – Sorri. – Agora, coloca seu disfarce que vou te levar numa lanchonete supimpa do outro lado da rua.

–Sério? – Os olhos dela brilharam. – Nunca posso ir nesses lugares...

–Pois agora, com seu amigo, você vai! – Sorri pra ela.Imagina uma vida sem poder ir aonde a gente quiser, e ainda por cima, seguir mais regras do que normalmente.

–Obrigada mesmo... – Ela sorri. – Você é meu primeiro amigo!

Fico honrado e esboço um sorriso.

O estômago dela ronca alto.Ela cora, ri e diz:

–Estou morrendo de fome.Na verdade, por conta do que como, sempre estou com fome...

–Sem problemas, eu pago o que você quiser na lanchonete. – Eu disse.Ainda bem que eu tinha cartão, senão capaz de eu ficar sem dinheiro.Apesar de ela não parecer comer tanto, uma pessoa morta de fome come um boi inteiro.Resolvi fazer mais aquilo por ela.Queria realmente ajudá-la.

–O-obrigada...Te pago mais tarde. – Ela disse, timidamente.

–Nada disso, mocinha! – Pisco pra ela. – Cortesia minha.

–Obrigada!Nem sei como te agradecer tudo o que está fazendo por mim! – Falou ela, toda contente.

–Mas ainda nem comecei... – Eu disse, com um sorriso doce.

Então, atravessamos a rua e sentamos numa mesa perto da janela.

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