Liga da Justiça: O Primeiro Impacto escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 12
Batman & Superman


Notas iniciais do capítulo

O título fala tudo HUAHUAHAUHAUA Espero que gostem :)



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O corpo de Alfred está sobre a água do poço. A mesma começa a borbulhar quando a pele do mordomo entra em contato com ela.

         As pessoas ao redor estão vestindo mantos estranhos. São roupas de cor preta, tais como um sobretudo com um grande capuz que cobre sua cabeça ao todo. Elas estão falando algumas palavras estranhas em conjunto. Dick não consegue traduzir o que eles falam.

         Enquanto isso Ra’s al Ghul apenas observa a cena ao lado de Dick com um olhar normal. Como se ele já tivesse feito aquilo várias vezes.

         O preço pelo qual o garoto iria pagar era muito maior, e ele sabia disso.

         A água começa a borbulhar fortemente. Está quente. Para Dick está tudo ocorrendo bem.

         Os braços de Alfred começam a se debater na água. Seu corpo todo está afogado na mesma. No instante seguinte todo o seu corpo estava se debatendo como se estivesse tendo uma convulsão.

         Ele abre os olhos e se levanta rapidamente assustando a Dick que estava próximo. Começa a gritar, seus gritos dizem muito sobre a tremenda dor que ele está sentindo agora.

         O mordomo tenta fugir, mas mal consegue andar. Não está com consciência alguma. Duas mulheres atrás do poço seguram Alfred pelos braços. O mesmo luta para escapar.

— O ritual está completo! – Grita Ra’s al Ghul.

▲▲▲

         É noite. O homem morcego se encontra no topo do prédio da LexCorp em Metropolis encarando o céu nublado. Sua capa dança com o vento perante aquela fria noite.

         Um estrondoso som vem do céu. Um barulho indescritível. Se aproxima muito rápido do Batman. É Superman com o seu familiarizado traje.

         Agora cara a cara com o Homem Morcego, o Superman levita de braços cruzados enquanto sua capa balança fortemente com o vento.

— E então, o que você quer? – Pergunta o Homem de aço mostrando seriedade.

         Batman não perde a postura em momento algum e nem ao menos pisca.

— Você sabe o porquê de estarmos aqui. – Ele fala com sua voz grossa.

         Superman fica um pouco mais tranquilo em relação ao Homem Morcego, mas ainda sim tem suas dúvidas.

— A algum tempo atrás o Coringa contou do que era feito a bomba que ele explodiu. A alguns dias eu consegui pegar ele, levei ele para o Arkham, ele disse que o Luthor tem muito mais haver do que nós imaginamos. Ele não está blefando, sei quando pessoas como ele mentem.

— Espera aí, você está falando do maníaco que explodiu a bomba do estádio?

— Esse mesmo, mas não temos mais tempo para ele. Eu já o prendi. Ele não é uma ameaça agora, você sabe quem é a verdadeira ameaça.

         Por um instante o Homem de Aço fica em silêncio, pensativo.

— Brianiac... Ele está voltando... – Diz as palavras. Ele já sabia disso, mas tinha medo de falar, de assumir a verdade que ele escondia de si mesmo. – Mas por que estamos aqui?

— Luthor precisa confessar. Essa é a sua cidade, lá dentro a segurança é dobrada. – Batman usa seu tom de voz amedrontador e seu olhar horripilante.

— Está querendo trabalhar em equipe? Você? O morcego solitário? – Superman franzi o cenho.

         Batman parece estar mais irritado do que nunca agora, mas tenta manter sua postura.

— Eu posso entrar lá sozinho e conseguir tudo o que eu preciso. Mas ele é Lex Luthor, conseguiria transformar a minha imagem na mídia em algo negativo. Colocaria todos contra mim. Você já salvou Metropolis algumas vezes, as pessoas não acreditariam no Luthor se ele quisesse incriminar a gente. – Ele explica calmamente.

— Está querendo que eu cubra você. – Ele completa

— Sim...

▲▲▲

         Enquanto isso na Casa Branca o presidente está sentado em sua poltrona na sua sala familiar. Lê alguns folhetos sobre questões de políticas. Mas sua leitura é rapidamente interrompida quando a porta principal da sala é arrombada.

         Ela surge. Usando sua armadura de amazona belíssima, seu laço na cintura e espada na mão. A mulher maravilha. Ela segura a arma com firmeza vindo em direção ao presidente.

         Enquanto isso alguns seguranças tentam impedir ela, mas são recebidos com chutes de uma força incrivelmente poderosa.

         O presidente se vê assustado com a situação apertando um botão escondido debaixo de sua mesa.

— Vocês homens são todos iguais! Eu vim fazer uma aliança entre o meu povo e o seu povo. Mas tudo o que eu vi é uma liderança machista. Vocês são todos iguais, e nunca trabalharemos juntos!

         Ela dá as costas extremamente irritada. O presidente com medo nem se dá ao trabalho de tentar conversar com ela.

▲▲▲

         A psiquiatra está em sua sala branca vazia. O clima está calmo e silencioso. Apenas uma mesa com duas cadeiras. Uma de frente para a outra.

         Ela segura alguns papeis sobre o próximo paciente. Lê a ficha com detalhes. “Paciente 626 (Coringa)”. Ela respira fundo enquanto aguarda a chegada do tal paciente.

         Após algum tempo lendo os papeis a porta se abre. Ela leva um pequeno susto, mas mantem a postura.

         Um segurança leva o paciente que está preso numa camisa de força. O mesmo parece não se incomodar com toda a situação. Se senta na cadeira de frente para a psiquiatra como se tudo estivesse normal.

         O segurança saí da sala deixando os dois a sós e fecha a porta ficando do lado de fora encostado na porta.

— Tem lindos olhos, moça. – Coringa comenta num tom educado e sarcástico como se a qualquer momento fosse soltar uma risada assustadora.

         Ele sempre mantem o sorriso horripilante e psicótico em seu rosto. Mesmo preso numa camisa de força, a impressão que a psiquiatra tem é de que ele vai ataca-la a qualquer momento.

— Olá, me chamo Harleen Frances Quinzel, vou ser a sua psiquiatra.

         O palhaço aumenta o seu sorriso no rosto ao escutar as palavras saindo da boca de Harleen, como se estivesse tramando algo...

▲▲▲

— Vamos do começo! – Grita Lex enquanto segura uma arma de fogo ameaçando Selina.

         A mulher está presa de cabeça para baixo amarrada numa corda que está apoiada numa barra de ferro.

         Lex Luthor segura a arma com frieza como se não se preocupasse em fazer o que ele estava pensando em fazer. Haviam muitas pessoas por perto. Todos seguranças olhando a situação enquanto protegiam o local.

         A sala está a baixo do prédio da LexCorp bem escondida de todos. Um espaço vazio e muito grande. Paredes sujas e muita poeira em computadores velhos espalhados. É um antigo deposito. Nesse horário todos os trabalhadores normais já estavam em suas casas dormindo.

         Selina olha para a arma, mas não parece nada preocupada. Está mantendo seu rosto pálido e sem muita expressão como se estivesse esperando por algo.

— Luthor, você realmente ficou zangado por causa de um pendrive? – A mulher pergunta sarcasticamente.

         Irritado Luthor decide tomar uma atitude. Aponta a arma para a cabeça de Selina:

— Por que você roubou os arquivos? – Ele grita apontando a arma desesperado.

         No instante seguinte ouve-se um estrondoso barulho. No teto da sala uma rachadura é feita. E no segundo seguinte uma boa parte do teto caí no chão assustando os seguranças por ali.

         E então surge ele. De braços cruzados e levitando sobre o ar. O olhar irritado de Luthor se direciona para o “S” no peito do alienígena.

         Mas ainda não acabou. Do buraco no teto pula o Homem Morcego preparado para o combate e a situação em si. Os homens apontam suas armas para os dois.

— A verdadeira pergunta Luthor é. – Superman faz uma pausa enquanto se aproxima de Luthor enquanto levita. – Por que o seu nome está envolvido com o caso da bomba em Gotham?

         Irritado Luthor cerra seus dentes sem muito o que fazer. Ele olha para todos os cantos e diz:

— O que estão esperando? Ataquem eles!

         Os seguranças indecisos sobre a situação apontam suas armas para os dois, mas antes que eles pudessem fazer algo. Superman diz:

— Vocês vão realmente tentar isso?

— A pelo amor de Deus! – Luthor puxa uma pistola especial de sua cintura jogando a outra no chão.

         Ele aponta a arma no peito de Superman e atira. O Homem de Aço pensa ser uma arma normal. Mas logo que o tiro se aproxima de seu corpo ele começa a se sentir mais fraco. Até que a bala perfura seu peito o jogando no chão com a força do impacto.

         O Homem Morcego vê tudo bem de perto. Superman caído e sangrando. Mais alguns minutos sangrando e ele pode morrer. Batman precisa fazer algo...

         Os homens olham para o corpo caído de Superman ainda com medo do que ele pode fazer.

— O Morcego! – Grita Luthor.

         Todos os seguranças viram para o lugar onde está o Batman, mas para a surpresa de todos, ele não estava mais lá. Eles olham todos os cantos da sala procurando o Homem Morcego, mas não encontram.

         As luzes se apagam. Toda a energia foi cortada. Selina dá uma leve risada e Luthor fica mais preocupado.

         Ouve-se alguns gritos por perto. O desespero dos seguranças é tanto que eles começam a disparar alguns tiros sem olhar para onde.

         As luzes se acendem. Antes haviam 10 seguranças. Agora apenas 3 estavam de pé, os outros estão todos no chão. E Selina que antes estava amarrada, está livre das cordas e com Lex Luthor imobilizado no chão. Ela está com seu salto contra a barriga de Luthor que impede ele de se levantar.

         O Batman parte para cima dos três seguranças ignorando suas armas. O primeiro é recebido com um soco na boca e outro na traqueia. Caí no chão duro. O segundo tenta ataca-lo, mas Batman contra-ataca com um chute. O terceiro acerta um soco de raspão no antebraço do Homem Morcego. O golpe não faz efeito algum, e o homem é derrubado com um batarang enquanto grita de dor pelo objeto penetrando a carne de sua perna.

— Me dê um motivo para eu não te matar aqui e agora? – Fala Selina friamente.

         Batman se aproxima dos dois ainda pensando no corpo de Superman.

— Selina, saí de perto dele! – Grita Batman

— Você tem outros assuntos para cuidar agora! Vai logo! – Ela grita olhando para Superman. – Eu prometo não matar ele.

         O Homem Morcego pensa bem. É uma decisão muito difícil. Se ele levar Superman para fora da empresa e cuidar dele, Selina pode matar Luthor. Mas se ele impedir Selina, Superman pode não aguentar...

         Algo dentro dele diz para ele confiar naquela mulher. O seu olha não mentia.

         Batman então toma sua decisão. Levanta o corpo de Superman, apoiando o braço esquerdo dele em seu ombro. Ele puxa de sua cintura a bat garra. Aponta para o teto da sala subterrânea que estava destruído. A saída é lá para cima. Ele dispara e escuta Superman murmurar alguma coisa. Os corpos dos dois começam a ser puxados com rapidez pela força da corda e da garra que se prende em no outro teto.

         Após a saída dos dois Selina fica cara a cara com Luthor que dá uma risada grossa.

— O que foi? Você prometeu para o morcego, não foi? – Ele pergunta sarcasticamente.

— Não é por ele. Acha realmente que eu não pensei nisso? Acha que eu vir aqui sozinha não fazia parte do plano? Digamos que eu fiz uma pequena transferência para a minha conta. Dinheiro e dados. – Ela faz uma pausa tirando seu pé de cima do Luthor. – Eu vou deixar você ir. Mas você vai fazer tudo o que eu mandar, e se eu pedir dinheiro é melhor depositar.

— Ou o que? – Ele pergunta se levantando.

— Ou TODO o mundo vai saber de TODOS os seus envolvimentos com TODOS os projetos mais secretos e obscuros que você já fez...

         Luthor olha para a mulher irritado demais para pensar em algo. Ele sabe que não tem muito o que fazer.

▲▲▲

         No topo do prédio sua nave lhe espera. Silenciosa e camuflada no ar, a mesma não chama atenção dos outros.

         A parte de trás da nave lembra claramente um caça. Já a parte da frente é muito grande assim como a própria nave. Contém vários mísseis e equipamentos tecnológicos.

         Já dentro da nave com Superman ainda sangrando ele dá partida em destino a bat caverna.

         O titã de aço grita de dor. Uma dor insuportável. Aos poucos a nave vai se sujando de sangue. Batman usa a velocidade máxima para chegar em Gotham o mais rápido possível.

         Ele usa o piloto automático e sai da poltrona. Vai em direção ao Superman puxando uma seringa com anestesia que tinha em estoque na nave. Aplica bem próximo ao ferimento. A anestesia não era para fazer parar de doer, mas para fazer o titã dormir.

         E aos pouco ele vai fechando os olhos, mesmo sentindo muita dor e não podendo se expressar. Ele acaba adormecendo rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Olá seres vivos, como estão? Espero que tenham gostado desse capítulo. Comentem ^^



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