Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 21
♥ Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi povo!
Ta bom, eu sei que mereço ser linchada pela demora, mas juro que está difícil pegar um pc e dar continuidade á fanfic :(
Porém, cá estou eu com um novo capítulo fresquinho! Nas notas finais eu me explico melhor, agora quero que vocês tenham uma boa leitura!
Ps: Capítulo não betado, qualquer erro já sabem ~



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Capítulo 21 

A angustia saltava de seu peito. 

Uma inquietude insana que oprimia o coração, demostrada numa ansiedade física jamais vista diante da pose profissional de Nathaniel. 

O peito doeu. As mãos suaram, as pernas tremeram, e a cor dos lábios do ruivo pareceram se dissipar no mesmo instante em que aquela porta foi aberta. Nathaniel estava claramente assustado com a recém descoberta de Castiel quanto á sua vida. 

Mas Castiel estava em um estado de espírito totalmente diferente. Na verdade, nem o próprio Castiel sabia o que se passava em seu peito. Não sabia se aquela raiva sustentada em seu âmago era devido á surra que tomou daquele homem nojento, ou se era pelo o fato de Nathaniel ter escondido algo tão hediondo e importante de si. 

Logicamente, Castiel sabia que não era o guardião dos segredos de Nathaniel. Entretanto, o ruivo (agora loiro) estava vivendo sob o teto da família do representante. Precisava saber o que se passava naquela casa maldita. E Nathaniel simplesmente ocultou aquilo, como se não significasse nada. Nada. 

Mas aquilo era sim grande coisa. 

Droga, ele apanhava do pai! E nunca tinha contado isso para ninguém?! Que tipo de pessoa estúpida faz isso?

— Me desculpe. - O ruivo sussurrou, quebrando enfim a tormenta silenciosa que havia reinado na sala. Castiel apenas havia entrado na casa e ficado quieto; e Nathaniel simplesmente não conseguia falar outra coisa a não ser esse pedido de desculpas. - M-me... me perdoe Castiel, eu... Eu não queria que você tomasse essa surra no meu lugar, eu, na verdade eu... E-eu não esperava que isso fosse acontecer com você estando em meu lugar, e...e...  

— Cala a boca! - O outro simplesmente resmungou, levando a mão até a cabeça, tocando a região dolorida onde havia batido contra a quina da maldita mesa. - Apenas cale a maldita boca... - praticamente sussurrou, não suportando ouvir o tom da própria voz neste exato instante. - Minha cabeça está doendo!  

Nathaniel mordeu o lábio inferior e ficou em total silêncio, analisando o estado do loiro á sua frente. O estado do seu corpo. Nath estremeceu. A angustia tomou conta de si. De novo

Castiel apenas olhou para ele mais uma vez, antes de ir até o seu quarto. Não queria falar com ele, não agora. Queria, ou melhor, precisava entender á si mesmo, antes de tentar compreender a situação de vida do outro. Sim, estava fervendo de ódio em relação á Francis. Entretanto, seu peito ainda doía com a traição de Debrah. 

Ou seria a traição de Nathaniel

Maldição! Aquele tipo de pensamento só fazia a sua cabeça doer ainda mais!  

Ao entrar em seu quarto, seu real quarto, Castiel sentiu uma boa sensação como á muito tempo não sentia. O quarto estava quase do mesmo jeito. Não tinha toda a bagunça de sempre espalhada pelo cômodo, mas ainda assim era o seu quarto, seu templo sagrado! Lá ele poderia ser o cara que ele sempre foi. Ele poderia se lamentar sozinho, se angustiar, se culpar, sentir toda a melancolia causada pela solidão árdua da ausência dos pais... Sim, tudo isso podia ser externado dentro daquelas paredes.  

Ele poderia ser ele mesmo. Ele poderia ser quem ele realmente era: Um cara sozinho e melancólico.  

E Castiel sempre detestou isso. Entretanto, nunca sentiu tanto alívio em poder ficar em seu templo sagrado e solitário mais uma vez.  

Suspirou com pesar e fechou a porta atrás de si, não se importando em deixar Nathaniel na sala. Agora ele precisava tomar um banho, limpar aquele sangue do rosto e relaxar para enfim pensar. Pensar sobre a vida que estava levando. Pensar sobre o problema da troca de corpos. E, principalmente, pensar sobre Nathaniel

♥♡  

Nathaniel nunca imaginou que poderia ser 'tão Castiel' na sua vida. Mas lá estava ele novamente: Sentado no sofá da sala, com Dragon mais uma vez deitado sobre seu colo. Aquele cachorro era mesmo a única companhia dele. E agora, era a sua única companhia

Não sabia mais o que fazer. Tudo estava jogado ás estribeiras.  

— A culpa é mesmo toda minha, Dragon. Eu deveria ter contado para ele. Deveria ter explicado o meu meio de "viver". Se é que isto é viver... - Riu amargamente após o final da frase, abaixando ainda mais a cabeça. Os cabelos vermelhos cobriam-lhe boa parte da face, e o sussurro era tão baixo que talvez nem o cachorro tenha ouvido.  

Mas a culpa que o assombrava era alta. A culpa gritava em seu peito, rasgava sua garganta e impregnava em seu cérebro, como um sanguessuga fatal.  

A culpa é toda minha

Minha

O ruivo engoliu o choro mais uma vez, porém, agora as lágrimas foram mais teimosas ao rolarem por seu rosto até pingar sobre a cabeça de Dragon. O pastor-de-beauce ergueu ainda mais as orelhas atentas, fitando o dono e deixando escapar um choro canino anasalado, como se estivesse partilhando da dor de seu dono (ou daquele que ele julgava ser seu dono). 

Nath apenas encolheu ainda mais os ombros e permaneceu assim por um bom tempo, acariciando a carinha preocupada do cachorro enquanto se deixava ser dominado pelo sentimento de culpa.  

— Não sabia que você gostava de cachorros, representante. - Foi a primeira coisa que Castiel disse ao aparecer na sala.  

Já era noite, e Nathaniel não esperava que ele saísse do quarto por hoje. Já havia até se conformado com o sofá e o cobertor chamado Dragon. Afinal, era bem lógico que Castiel dormiria na própria cama.  

Mas rapidamente o ruivo levou ambas as mãos até o rosto, limpando as lágrimas e se recompondo da maneira que conseguia, antes de erguer a cabeça e fitar o loiro diante de si. Ele havia vestido suas próprias roupas (chegando á ser engraçado o fato de ver  seu próprio corpo com um dos pijamas de Castiel). Sem contar que ele já estava banhado e recomposto, com algumas bandagens mal feitas (provavelmente as bandagens que Castiel mantinha guardadas no banheiro de seu próprio quarto, utilizadas quando o ruivo se metia em confusão).  

— Ah, eu... Só estava pensativo. E Dragon é uma boa companhia. - Sorriu sem graça por ter sido flagrado em meio ao choro, ou quase isso. Esperava que tivesse disfarçando bem a cara estúpida de choradeira. 

— É uma ótima companhia. Principalmente quando é a sua única... - Murmurou mais para si mesmo do que para o outro, andando até o sofá para sentar ao seu lado, na outra ponta do estofado. 

Entretanto, ao chegar mais perto, Dragon pareceu não gostar muito, rosnando feio e mau humorado para o loiro enquanto o via se aproximar de seu suposto dono. 

— Ele não faz ideia de que está rosnando para o próprio dono. - Nath sorriu sem graça alguma. 

Castiel apenas suspirou. Aquela raiva súbita de Dragon contra si era bem cruel. Droga, ele foi seu companheiro e amigo de vida, e agora não o reconhecia! Isso não podia ficar pior...  

— Dragon... - Castiel murmurou tristemente enquanto fitava o olhar de irritação do cachorro. E aquele olhar dele direcionado ao cão fez o coração de Nathaniel doer. Não queria imaginar como ele deveria estar chateado agora. 

Porem, Nathaniel era sempre possuidor de uma ótima postura (ou quase sempre). Levantou-se e puxou o cachorro pela coleira que tinha em seu pescoço até o quintal, o deixando lá e acariciando-o mais uma vez, antes de fechar as portas de trás e voltar para a sala, onde o real Castiel estava sentado no sofá, com um olhar nem um pouco agradável. 

Mas não era aquele olhar desagradável e cheio de cinismo que Castiel sempre sustentava. Não; aquele olhar característico do ruivo estava bem distante. Aqueles olhos demonstravam uma futura dor. E Nathaniel sequer percebeu que, naquele instante, daria tudo para vê-lo com aquele olhar cínico e irritante que tanto detestava.  

O ruivo suspirou, sentando na outra ponta do móvel estofado. Queria dar um tempo para ele. Um tempo para que ele pudesse pôr a cabeça em ordem apenas na companhia do silêncio pesado entre os dois. Mas não dava, não tinha como! O pedido de desculpas saiu antes que pudesse evitar. 

— Me perdoe por não ter contado antes. Eu tinha medo e vergonha. Eu nunca falei sobre isso para ninguém, e-eu... Me desculpe por Debrah também. E por isso. E por toda essa situação... - As duas mãos nervosas foram de encontro ao rosto, cobrindo a face envergonhada enquanto pedia desculpas, como um desesperado que pede por perdão. A surra que Castiel levou em seu lugar foi o ápice do sentimento de culpa. 

— Eu não via a hora de me sentir menos só.  

A resposta súbita de Castiel cortou os pedidos de desculpas do outro. Nathaniel simplesmente se calou e tirou as mãos do rosto. O que ele queria dizer com aquilo? Não entendeu. Porém, não ousou perguntar. Apenas esperou ele continuar o que havia começado. 

— Ela apareceu de repente. - Castiel deu de ombros. Ele encarava a mesinha de centro da sala, e pela forma que soava parecia apenas estar falando com seus próprios botões. - E me desacostumou com toda essa solidão, que antes eu carregava tão facilmente, como um chaveiro no bolso. Mas eu só respirei fundo e continuei. Eu não podia ser um babaca o resto da vida e chorar sempre por ela. Então eu respirei fundo e continuei, com o pensamento de que havia muito mundo pela frente para eu conhecer. Mas... Mas não havia. - Ele negou com a cabeça e suspirou mais uma vez, sem coragem de encarar Nathaniel. - Foi essa a sensação que ela me passou com todo esse término. Que não havia mais coisa alguma.  

Nathaniel não dizia nada. Escutava pacientemente, acalmando-se aos poucos para poder se concentrar totalmente nas palavras aleatórias de Castiel.  

— E eu nunca entendi o porquê de ela ter feito isso. Nunca entendi... - Riu de si mesmo, uma risada feita apenas de escárnio e tristeza. - Eu sei que eu não era o melhor namorado do mundo. Eu brigava com ela quando ela não fazia as minhas vontades na hora que eu queria. Brigava quando ela usava roupa curta, usando argumentos idiotas por causa da minha insegurança patética. Brigava quando eu começava á exigir que ela se afastasse dos amigos que, descaradamente, davam em cima dela. Eu... Droga! Agora eu entendi o porquê de ela ter feito isso comigo. - A risada de escárnio foi ainda mais dolorosa desta vez. 

O silêncio tomou conta do lugar. De novo. Talvez tivesse passado uns cinco, ou dez minutos. Ou uma eternidade. Ambos não saberiam. Era apenas um tempo estranho e silencioso, onde as palavras de Castiel não eram digeridas apenas por Nathaniel, mas pelo próprio dono das palavras. Eram palavras pesadas, amargas, e difíceis de serem reconhecidas.  

Mas ele ás reconheceu.  

E pouco tempo depois, o silêncio foi quebrado por Nathaniel. 

— Eu sinto muito. - Suspirou pesado. Parecia que havia tirado um peso das suas costas ao escutar tudo aquilo vindo de Castiel. Ou melhor, parecia uma luz no fim do túnel, uma iluminação mental, que o fez compreender boa parte da essência de Castiel. - Eu sei que você não quer ouvir um pedido de desculpas meu tão cedo. - Riu sem graça alguma, apenas na vã tentativa de amenizar o clima sério - Mas... Eu não sei. Acho que entendi. Na verdade, acho que entendi tudo. Tudo isso que aconteceu com você, e com nós dois... 

— Está falando da troca? - Castiel perguntou com as sobrancelhas erguidas, meio perdido no que ele queria dizer. 

— Não. Estou falando de tudo. Da nossa desavença. Quer dizer... eu sempre te julgue um babaca estúpido, egocêntrico e delinquente. Mas eu não sabia de nada disso. Eu te julgava com uma venda nos olhos, Castiel. Desculpe por todas as dores de cabeça que eu te dei. Eu não fazia ideia sobre a sua insegurança com Debrah. E não fazia ideia da sua solidão. Me desculpe...  

Ao final destas palavras, Nathaniel sentiu as bochechas ficarem da cor dos cabelos de Castiel. Era estranho pedir desculpas á ele. Jamais tinha imaginado que um dia isso aconteceria. Se alguém lhe contasse isso á uma semana atrás, Nathaniel teria rido e ignorado tal comentário. Era ilógico. Porém, lá estava ele, pedindo desculpas e dizendo que compreendia o outro. Que tipo de loucura era esta, afinal?! 

Castiel apenas ficou em silêncio novamente. Por um instante, Nathaniel ainda pensou que ele fosse zombar da sua cara e fazê-lo de idiota por ter falado tudo aquilo. Mas Castiel apenas deu de ombros. 

— Eu também não fazia ideia da sua situação. De tudo isso. Err... Foi mal.— Ele desviou os olhos dourados ao falar aquilo.  

"Foi mal" era apenas a maneira que ele tinha de pedir desculpas. E, de alguma forma, isso deixou Nathaniel bastante satisfeito, o fazendo sorrir pela primeira vez naquela noite. 

O momento havia se tornado constrangedor, e nenhum dos dois sabia como prosseguir o diálogo. Castiel havia acabado de abrir seu coração angustiado para o outro, falando tudo o que lhe afligia. E Nathaniel tinha sido descoberto. Como prosseguir com isso? Como prosseguir sabendo a fraqueza de seu rival? 

Nenhum dos dois sabia a resposta. 

E foi por isto que Castiel foi o primeiro a se levantar, coçando a cabeça e incerto do que fazer. 

— Bom, eu vou dormir. Estou quebrado...  

— Boa noite. - Nathaniel lhe desejou, achando absurdamente icônico o fato de estar desejando uma boa noite para Castiel.  

— Boa noite. - A resposta veio pouco depois, e logo o dono da casa voltou para seu quarto e soltou um suspiro pesado ao deitar na cama. 

Castiel fitava o teto do quarto e pensava em tudo. Pensava em Nathaniel, na verdade. Em Nathaniel... E em como ele deve ter passado por maus momentos dentro daquela casa, em meio àquela família sórdida.  

Malditos

Finalmente Castiel acabou pegando no sono. E finalmente ele compreendeu a vida de Nathaniel. Talvez ele tivesse compreendido em meio ao sono, ou em meio á indignação que lhe causava uma leve insônia.  

Jamais saberia. Só sabia de uma coisa: Havia compreendido o representante. O que fazer agora? 

♥♡  

O corpo estava pesado. Dolorido. Parecia que havia sido atropelado por um caminhão em alta velocidade. 

Gemeu baixo, ainda sonolento. Suas costas doíam, sua cabeça latejava como nunca. Céus

Sentou-se com muito pesar, ainda sentindo o corpo doendo. Foi então que Nathaniel notou que estava no quarto de Castiel. Ué, mas eu não havia dormido no sofá? Pensou enquanto se levantava e caminhava preguiçosamente até o banheiro do quarto.  

Ainda cheio de sono, lavou o rosto para acordar e ver o que deveria fazer com todo aquele corpo pesado. Quando ergueu o rosto para fitar-se no espelho que tinha acima da pia, Nathaniel não pôde deixar de tomar um gigantesco susto: Ele estava de volta. Em seu corpo. Em seu próprio corpo! 

— O que?! - Perguntou para si mesmo, surpreso, não acreditado no que havia acabado de acontecer.  

Lavou novamente o rosto, desesperadamente, para ver se aquilo tudo não era, de fato, um sonho. Mas não, não era: Ele estava ali, de volta, em seu próprio corpo! Loiro, de olhos dourados e um belo de um olho roxo.  

Não pensou duas vezes antes de correr até a sala, mesmo se sentindo fisicamente dolorido pela surra que seu corpo tomou ontem. Ao avistar o sofá, notou que Castiel ainda dormia como uma pedra. 

Dane-se, ele precisa acordar agora!  

— Castiel! Castiel, acorda! - Sentou-se ao lado do ruivo adormecido, no sofá da sala, enquanto o chacoalhava desesperadamente.  

— Me deixa dormir, porra...  - Resmungou ainda de olhos fechados, dando as costas para Nathaniel e cobrindo o rosto com os braços. 

Mas logicamente Nathaniel não iria desistir. O chamou de novo, e de novo, e de novo... 

— Você precisa acordar! Acorda!!! - Gritou, o puxando para si novamente e vendo o outro acordar irritadíssimo. Castiel era o tipo de pessoa que odiava acordar cedo, e isso era bem visível. 

— O que foi, cacete?! - Perguntou irado, sentando-se no sofá e coçando a cabeleira vermelha e bagunçada. Estava puto por ter sido acordado á essa hora da manhã! 

— Olhe para mim... - Nath segurou o rosto alheio com ambas as mãos, o fazendo olhar para si, mesmo que á força - Estamos destrocados, Castiel. Estamos destrocados! - Nathaniel exclamou. Repetia aquilo quase como um mantra. 

E por um momento, Castiel também pensou que estava dormindo. 

Mas será mesmo que aquilo era um sonho?  

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente, eu demorei por dois motivos: O primeiro é a falta de tempo para pegar no pc. Meu trabalho está sugando a minha alma. Entretanto, graças á ele eu comprei meu carro e estou muito feliz sim (porém, muito cansada -q).
O segundo motivo é a pressão que fiz em mim mesma para esse capítulo. Ele deveria ser impactante, entretanto, não ficava nunca do jeito que eu queria. E eu o postei assim. Eu não gostei do resultado, achei muito fraco e bestinha, e essa cena deveria ter sido chocante. Mas... espero que vocês tenham gostado :'(

Se não tiverem me abandonado, deixem reviews! Vou responder os do capítulo passado assim que eu puder!
Beijos e queijos ~

Pale Moon.



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