Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 20
♡ Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hello hello helloo! Olha só quem voltou do submundo? Isso mesmo! Hades mandou beijinhos para todos vocês!

Bom, mas antes de mais nada, venho com as minhas desculpas novamente. Para quem não sabe, eu comecei á trabalhar, e estou trabalhando no período da noite/madrugada, ou seja: Estou virando um zumbi. Ando bem cansada, e só consigo escrever nas folgas(quando pego o pc da minha mãe, pois o meu pc ainda está pifado). Mas não se preocupe, pois EU NÃO PRETENDO ABANDONAR A FANFIC! Podem ficar relaxados quanto á isso, ok mis amores? s2

DICA: leiam escutando essa música. Eu escrevi o cap inteiro ouvindo essa música linda, e super combina com o momento: https://www.youtube.com/watch?v=n5h0qHwNrHk

Capítulo não betado, como sempre. Qualquer erro me avisem, leiam as notas finais e boa leitura! s2



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♡ Capítulo 20 

O silêncio se fez presente por longos segundos. Segundos intermináveis que pareciam horas.  

Mas o tempo foi necessário para que Castiel pudesse digerir a informação. Para que ele pudesse entender o absurdo que acabara de acontecer ali. 

Havia recebido um soco certeiro! No rosto, exatamente no olho direito! Ainda estava indignado com aquilo! O loiro virou o rosto e olhou para o mais velho, enquanto tocava o local machucado pela forte contusão física. Foi um golpe tão bem dado que Castiel caiu sentado no chão da cozinha, numa queda nem um pouco graciosa.  

— Você é mais inteligente do que isto, Nathaniel. - Francis ditou suas palavras num tom imodesto, olhando de cima para o filho, que ainda mantinha a expressão estupidamente indignada. - Não ouse  agir feito um adolescente inconsequente. Você conhece muito bem as consequências de sua desobediência.  

— Eu sei...? - O outro ainda estava indignado. Logo Castiel levantou-se, com a mão no rosto, sem entender bulhufas do que ele dizia. Consequências?  Do que ele estava falando? Espera... Então o Nathaniel de verdade sabia disso? - Que merda você está falando?! - Sua mente ainda processava tudo muito lentamente.  

— Pelo o visto, você já esqueceu da última vez em que te coloquei nos eixos, não é? - Francis respondeu de uma maneira bizarra e ligeiramente assustadora, aproximando-se mais do loiro enquanto removia o cinto de sua calça social. 

Não deu tempo de Castiel dar uma de suas típicas respostas ácidas.  

No segundo seguinte, o loiro sentiu novamente a ira de Francis. E, desta vez, a fivela do cinto de couro atingiu em cheio o rosto do mais novo, o fazendo cambalear devido a dor e voltar novamente ao chão da cozinha, numa queda humilhante. No processo desta, o loiro bateu a cabeça no canto da mesa, cambaleando antes de ir ao chão mais uma vez, caindo ridiculamente de joelhos.  

Castiel não conseguia focar o pensamento em nada. O leonino era uma pessoa que sabia se virar sozinho, não precisava da ajuda de ninguém, e não costumava apanhar muito nas brigas em que se metia. Entretanto, havia sido pego completamente de surpresa. Jamais imaginaria uma reação dessas vinda do pai de Nathaniel. Jamais pensou que alguém fizesse isso com o próprio filho! Castiel era tão ausente com seu pai, mas quando o mesmo estava em casa, apesar do ruivo ser bem chato e ficar sempre na sua, seu pai era um cara legal, era um pai normal digamos assim.  

Porém, não era nada disso que estava presenciando agora. E cair de joelhos não havia sido o pior. A batida de sua cabeça, em direção ao canto da mesa, fez com que o mundo parecesse rodar por um longo momento. O chão inclinou-se sob seus joelhos, e Castiel não conseguiu se levantar tão cedo, pois o barulho do cinto contra suas costas o fizeram tremer ainda mais. Não sabia ao certo quem estava girando, se era o mundo ou se era ele próprio. Apenas conseguia sentir a dor, e tentar manter o foco em alguma coisa para levantar não estava sendo fácil. 

Maldição! Que tipo de humilhação era aquela?! Que tipo de surra era aquela?! Nathaniel já havia passado por isso outras vezes?! 

O coração parou em seu peito só em imaginar isso. E uma dor letal perfurou seu âmago, uma dor muito pior que o encontro do cinto com suas costas, o fazendo soltar um grito não muito alto de dor.  

— Então era isto que você queria, garoto insolente?! Já não bastou a última surra que eu te dei por você questionar demais?! Hã?! - Francis gritou sabendo que a filha não estava em casa, aproveitando para descontar toda a sua frustração, estresse e sentimento de fracasso que sempre tinha no trabalho, despejando seu ódio no loiro ajoelhado diante de si. O mais jovem estava de costas e apoiava uma mão na mesa, enquanto tentava inutilmente levantar. E o sofrimento do filho parecia ser revigorante para si; era como se Francis ganhasse ânimo com aquela cena tão típica. Detestava quando o filho agia de maneira insolente, e detestava ainda mais a maldita aparência dele, tão semelhante ao rapaz que roubara seu cargo precioso em sua empresa.  

A ultima surra. 

Garoto insolente. 

Vergonhoso. 

Cretino. 

Isto não é nada mais do que você merece. 

Nada mais... 

Fracassado... 

A angustia de Castiel só fazia aumentar. O mundo girava desvairado sob seus joelhos. Ele não conseguia escutar, de fato, o que Francis dizia, apenas algumas palavras aleatórias pareciam serem capazes de chegar aos seus ouvidos, palavras proferidas insanamente, banhadas de ódio.  

Então era isto que Nathaniel escondia? 

A pergunta surgiu de súbito em sua mente giratória, tão de súbito quanto o seu ato de segurar a mesa, apoiando-se nesta e erguendo-se rapidamente, não se permitindo mais ficar naquela posição humilhante.  

Então era isto que Nathaniel escondia.  

Desta vez, o pensamento não lhe veio mais como uma dúvida, mas como uma resposta.  

Sem pensar duas vezes, antes de qualquer outra reação do homem mais velho, ou qualquer outra coisa que ele pudesse falar, Castiel deferiu-lhe um soco na face. Um soco tão certeiro quanto o primeiro que havia tomado do velho, o fazendo cambalear para trás. 

— Que merda você pensa que está fazendo, seu velho nojento?! - Castiel gritou em plenos pulmões, não fazendo questão de agir como Nathaniel agiria. E só de pensar nisso, só de pensar em como Nathaniel realmente agiria, seu estomago revirava. Não queria sequer visualizar a ideia em sua mente, a ideia de que o loiro vivia aquilo constantemente, aquela surra, aquela vida trágica.  

Francis não reconheceu na reação do filho, e não teve tempo de acreditar no que acabara de acontecer, pois logo após ele gritar consigo, o loiro cuspiu no chão, um cuspe nojento numa mistura de saliva e sangue, para em seguida deixar o recinto.  

Castiel não queria ficar nem mais um minuto naquela casa, ou ele realmente ia fazer questão de revidar toda a surra que acabara de ganhar. Na verdade, Cas já não sabia ao certo o que fazer, só sabia que precisava sair logo dali antes de complicar ainda mais a vida de Nathaniel. Na verdade, naquele momento ele sequer conseguia pensar se algum dia conseguiria trocar de volta os corpos. Todo o pensamento de raiva e inconformidade estavam preenchendo a sua mente. Nathaniel apanhava do pai cruelmente, e esse tempo todo ele se mantinha calado.  

Por que esse loiro idiota escondia isso? Por que?! Então esse era o motivo para ele ser alguém tão afastado e distante? Maldição! 

— Nathan, o que pensa que está fazendo?! - A mãe do loiro estava bem a frente da porta, indignada com a reação do filho quanto á surra que levara. Nathaniel jamais agiria assim. Sabia que tinha algo de errado com seu filho. 

O loiro apenas cuspiu no chão mais uma vez, antes de respondê-la:  

— Você é tão nojenta quanto ele. - Disse num tom carrasco, não poupando o nojo que sentia daquela família sórdida, antes de passar pela loira e sair daquela casa, aparentemente sem rumo.  

Não sabia o que fazer. Mas de uma coisa Castiel sabia: Que a vida de Nathaniel não poderia continuar assim.  

♥♡ 

Não tinha como não ficar preocupado.  

Castiel estava tão tempestuoso consigo, por causa da noticia do beijo, que Nathaniel entrava em desespero só de pensar no que ele poderia fazer estando em seu corpo.  

— O seu dono é uma pessoa insana, Dragon. Eu não sei o que ele pode fazer estando com tanta raiva de mim... - Nath sussurrou baixinho para o cachorro que estava deitado com a cabeça em seu colo.  

Nesse meio tempo, havia se apegado ao cachorro. Nathaniel estava, neste exato momento, sentado no chão da sala, com as costas escoradas no sofá e Dragom deitado ao seu lado, tão manhoso com a cabeça em seu colo que chegava á ser fofo. Gostava muito mais de gatos, porém, não tinha como não se apegar àquele cachorro. Até porque, ele era a única companhia que Castiel tinha em casa...  

Suspirou pesadamente, olhando para o cachorro que não entendia nada do que ele falava. Entretanto, o cão parecia estar sentindo a tristeza pesar sobre o ruivo. E, de certa forma, aquela tristeza estava sendo um fardo enorme e visível. Castiel estava com muita raiva de si. Por causa dela. 

Por causa de Debrah.  

Ele ainda gostava dela, era bem evidente. Ele sentiu ciúmes dela. E Nathaniel tinha certeza de que, caso fosse realmente Castiel em seu lugar, algo à mais havia acontecido entre eles dois. Quem sabe até reatado o namoro.  

O ruivo encolheu mais os ombros e abaixou ainda mais a cabeça. Esse pensamento estava corroendo o seu âmago.  

— Por que eu me importo tanto com isso, Dragon...? - Perguntou tão baixo que talvez nem o próprio Dragon havia escutado. Estava com vergonha de si mesmo por estar preocupado com algo tão idiota e superficial. Aquilo era um assunto da vida pessoal de Castiel. Não deveria se perguntar tanto sobre aquelas coisas.  

Mas por que as perguntas invadiam sua mente, mesmo sem a sua autorização

Sua linha de raciocínio foi interrompida com o barulho da porta. Alguém batia lá fora, e Nathaniel logo se ergueu para verificar quem poderia ser, mandando Dragon voltar para o quintal. 

O susto moldou-se imediatamente em sua face ao deparar-se com a sua imagem diante de si.  

Castiel, em seu corpo, estava ali, bem na sua frente. E estava extremamente visível que havia acabado de levar uma surra das feias. 

A face do ruivo se encontrava num misto entre assustada e aterrorizada. Ele havia descoberto?! Ele apanhou no seu lugar?! 

— C-Castiel... - A voz saiu trêmula, mas antes que pudesse concluir qualquer coisa, o loiro cortou sua fala imediatamente. 

— Não é a primeira vez que ele faz isso. - Aquilo não soou como uma pergunta. Mas como uma afirmação. 

 

Continua... 


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Notas finais do capítulo

Gente, o capítulo não ficou tão dramático e pesado como eu queria. Eu queria passar melhor as angustias e sentimentos, porém, como eu demorei demais á postar, eu meio que me apressei e o resultado foi esse. Desculpem o capítulo mais esperado não estar tão bom, mas eu realmente não queria demorar mais meses para postar. Espero não tê-los decepcionado. :(

E espero que não tenham me abandonado. Vejo vocês nos comentários!
Beijos e queijos s2

Pale Moon.



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