Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 2
♡ Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Povo lindo! Estou muito feliz pelo retorno de vocês! Quero agradecer imensamente á EM0, Miss Daydream e PegasoDemigod pelos comentários, não sabem como fiquei feliz ^^

Aqui estamos com mais um capítulo. Acho que a fic só vai ficar mais interessante após o terceiro, mas esses primeiros são necessários, então...Vamos lá! o/

Desculpem qualquer erro, como sempre, eu sou minha própria beta e sou super lesada, sempre deixo passar qualquer errinho(ou errão -q) x.x'

Boa leitura



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Capítulo 02

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Aquela era, provavelmente, a milésima vez que Nathaniel colocava a cabeça para fora do quarto, onde havia passado a noite.

Certo. Sem latidos, sem cachorro por perto.

Respirou fundo e, dessa vez, juntou toda a sua coragem para sair dali. Não sabia o que era pior: Ficar ilhado no quarto fedido de Castiel ou ter que encarar um cachorro gigante que parecia sedento por carne humana.

Não. Na verdade o pior era estar na pele de Castiel. Estar literalmente na pele de Castiel. Aquilo sim era o fim!

Respirou fundo, e com os passos mais leves possíveis passou por toda a casa, na ponta dos pés, até chegar silenciosamente á saída. Por sorte a chave estava por perto, então não teve dificuldades em sair dali e trancar a porta.

Ótimo, já havia completado a primeira missão: Sair daquela casa com vida. Dragon já não era mais o problema.

Porém, se o seu problema fosse apenas Dragon, Nathaniel poderia ficar mais aliviado. Seu problema estava muito além desse patamar, seu problema era colossal.

Nath observou mais uma vez as próprias mãos após sair da casa. Aquelas não eram as suas mãos. Mãos grandes, com leves calos nas pontas dos dedos (em especial na mão esquerda). Sabia muito bem que todos aqueles calos eram frutos de longos treinamentos de guitarra e violão. Em seguida, passou ambas as mãos nos cabelos, que eram bem maiores que os seus.

Aquilo definitivamente era o pior pesadelo da sua vida.

– Eu não posso ficar desesperado agora… - Murmurou baixinho para si mesmo e voltou a andar, guardando as chaves de casa no bolso da calça jeans surrada. O pior é que tinha que andar como um rebelde sem causa para não levantar suspeitas.

A casa de Castiel não era muito longe da Sweet Amoris, dava para ir á pé tranquilamente. Por um momento Nathaniel até se questionou o porquê de ele sempre chegar atrasado. Deve ser porque dormia demais, ou simplesmente para irritá-lo. Tsc.

Ao avistar o enorme prédio de sua escola, pegou no outro bolso da calça jeans o celular de Castiel. Discou mais uma vez para o número de seu próprio celular enquanto caminhava com tranquilidade, esperando ser atendido. Espero que ele disfarce essa loucura na frente da minha família.

– Espero que esteja agindo normal na minha casa. - Foi a primeira coisa que disse ao ser atendido.

– Oi ‘pra você também, representante. - Murmurou a voz suave (mas nem tão suave assim) do outro lado da linha, cheia de sarcasmo. - Vou sair agora daqui. Parece que seu pai vai dar uma carona. - Resmungou baixinho, como quem teme em ser escutado por outra pessoa.

– Hmm… Apenas fique em silêncio, ok? Eu já estou chegando á escola. Vou espera-lo na sala de ciências.

– Eu sei, eu sei. - Resmungou.

– Até lá então. - Disse em resposta, encerrando a ligação.

Nathaniel parou em frente aos portões do colégio. Aquilo era, no mínimo, bizarro. Veja só, não era exatamente o loiro que estava ali, ou melhor, era ele, mas ao mesmo tempo não era. Era Castiel com a mente de Nathaniel. Estranho, não?

Sim, era o cúmulo do bizarro.

Adentrou na escola, em silêncio. Era tudo o que podia fazer agora: ficar em silêncio.

♡ ♥

A porta da sala de ciências foi aberta, de súbito. Logo, um loiro com cara de pouquíssimos amigos entrou no recinto, fechando o local com força, não se importando com o baque estrondoso.

O ruivo estava ali, de cabeça baixa, até escutar a entrada impetuosa do outro. Ergueu a cabeça e fitou o outro recém-chegado na sala.

– Finalmente… - Murmurou o ruivo, suspirando aliviado.

Nathaniel sentiu um grande alívio em ver seu corpo ali. Alívio e estranheza, já que não é todo dia que você olha para si mesmo estando no corpo de outra pessoa.

– E então representante, já pensou em alguma coisa para resolver isso? Algum experimento maluco, magia negra, macumba…?

– Não Castiel. - O suspiro saiu pesado de seus lábios. E logo Nathaniel notou que estava suspirando mais que o normal naquele dia, mas pudera, essa preocupação era a pior da sua vida até agora. - Eu não faço a mínima ideia de como isso foi acontecer.

– Mas que merda! - Ralhou em alto e bom som, batendo seu punho contra a mesa que estava próxima. - O que diabos é isso, afinal?! Como... Como isso foi acontecer?

O loiro andava de um lado para o outro, angustiado. Passava as mãos nos cabelos curtos, resmungava impropérios num tom baixo. Queria poder descontar sua raiva em alguém ou em qualquer coisa, mas no quê? Não sabia sequer o que tinha acontecido para ambos estarem naquela situação. Não sabia o que fazer, só sabia que tinham que resolver aquilo, e logo.

Nathaniel vendo o outro daquele jeito tempestuoso resolveu falar alguma coisa. Tinha que pensar em algo, e a consciência do loiro sabia muito bem que ele seria a cabeça daquela situação para ir atrás de alguma solução. Não podiam se desesperar, não poderia deixar Castiel desesperado e irritado. Tinham que agir com coerência e pensar com calma.

– Castiel, para. - pediu num tom de voz cansado. - Não podemos ficar desesperados agora.

– Não podemos ficar desesperados agora? Pois eu acho que essa é a hora perfeita para ficarmos desesperados, cacete! - O outro, que estava no corpo do representante, interrompeu com uma ira quase que palpável.

– Não é não! - Gritou o ruivo, não tão alto quanto o loiro falava, mas tentando contornar a situação. - Precisamos ficar calmos e irmos atrás de alguma solução para isso. Ou você quer ficar o resto de suas vidas assim?

– Arg, nem nos meus piores pesadelos eu quero isso. Mas a propósito, o senhor gênio tem alguma ideia brilhante para desfazer essa maluquice?

– Ainda não. Mas eu vou atrás de alguma solução, saber o motivo disso em alguns livros, internet, sei lá. - Respirou fundo, passando a mão nos cabelos falsamente ruivos, sentindo-se incomodado com o tamanho das madeixas. Sério, aquele cabelo incomodava. - Eu só quero pedir uma coisa, Castiel.

O outro voltou a olhar para ele, tentando se acalmar um pouco e deixando que prosseguisse.

– Temos que agir normalmente. Quero dizer… - mais uma vez passou a mão nos cabelos incômodos, pensando bem nas palavras que usaria. - Você tem que agir como se fosse eu. E eu como se fosse você. Entendeu?

Vendo que Castiel não falava nada, Nath prosseguiu com o que falava, como se a consciência do ruivo em seu corpo esperasse por alguma explicação para aquele seu pedido.

– Não podemos contar para ninguém sobre isso, Castiel. Pense bem… Imagine se você falar que “trocou de corpo comigo”, o que vão pensar? Que você é um maluco. Contar para alguém está fora de cogitação.

– Não vai dar para ser você, representante. Quer mesmo que eu fique o dia todo naquela sala cheia de papeis?! - Falou como se aquela ideia fosse a mais ridícula do mundo.

– Tudo bem então. Fale para alguém que você é o Castiel e saia por ai como se fosse um grande babaca. Mas se você fizer isso estando no meu corpo, Castiel, eu juro que não vai ficar por isso mesmo! Não se esqueça de que quem está tomando conta da sua imagem sou eu!

– Nem ouse em fazer alguma coisa, seu… - Castiel estava uma pilha de nervos. E estando no corpo do loiro era até uma cena esquisita de se ver. Mas ele nada poderia fazer, afinal, não podia simplesmente bater no seu próprio corpo. Não mesmo. - Eu vou fazer isso, mas não porque você está pedindo. Mas porque eu realmente sei que ninguém vai acreditar em caralho algum sobre essa loucura!

– Castiel, por favor… - Nathaniel estava quase no seu limite também. Queria, sinceramente, mandar o outro ir se ferrar. Mas além de ele estar em seu corpo, Nathaniel sabia que teriam que resolver aquela loucura juntos. Por mais difícil que fosse ele tinha que cooperar. - Vamos trabalhar juntos nessa loucura toda, atrás de alguma solução para desfazer isso. E quando conseguirmos resolver esse problema e cada um estiver no seu próprio corpo, eu prometo que não vou mais te perturbar sobre folhas de ausências, ou sobre assuntos do colégio. Ou em relação á qualquer outra coisa. - ele estendeu o braço em direção ao loiro, que o fitava com um olhar irritadiço, mas não tanto quanto á momentos atrás. - Temos um trato? - perguntou, deixando sua mão estendida, na esperança de que Castiel deixasse de ser menos babaca ao menos uma vez na vida e aceitasse aquele acordo.

O outrem revirou os olhos dourados, descruzando os braços a contra gosto e apertando a mão do ruivo. Confessava que aquela proposta era bem tentadora, pois não ter mais Nathaniel enchendo seu saco após resolverem aquilo tudo poderia ser muito bom.

– Ok, ok. Mas eu realmente não quero mais você pegando no meu pé quando isso tudo acabar!

– Tudo bem! - Sorriu e apertou um pouco mais as mãos, selando o acordo entre ambos.

Agora tudo o que precisavam fazer era achar uma solução para essa doidice.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Pessoinhas, eu pretendo responder os reviews sempre nas sextas e postar um novo capítulo no sábado (se tudo der certo, haha)! É essa a rotina da fic na qual eu pretendo seguir, espero conseguir! xD

E bem, é isso. Como eu disse, os primeiros três capítulos conta mais sobre a estranheza deles, mas depois vai ficar bem mais interessante (eu espero :v) -q

E ai, o que vocês acham que levou á essa loucura toda? Como vocês reagiriam se visse algo assim acontecer? Não deixem de falar nos comentários! (Eu adoro fazer perguntas nas notas finais, gente -q)

Até o próximo capítulo gente! *-*
Beijos e queijos