Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 16
♡ Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRAMENTE: Estou muuuito feliz com a recomendação linda que recebi da Marcella di Ângelo. Sério, eu escrevi quase todo o capítulo no dia seguinte após essa maravilhosa recomendação, entretanto, tive um bloqueio no final do capítulo ao formular a ideia para a cena do finalzinho. Mas enfim... Capítulo dedicado á você, pessoinha maravilhosa! Ainda estou nas nuvens com sua recomendação divina! s2

SEGUNDAMENTE(essa palavra nem existe, but): Desculpem a demora. Como citei acima, tive bloqueio criativo, sabem como é, mas eu tô tentando voltar com as postagens uniformes ;n;

TERCEIRAMENTE, mas não menos importante: Não betado, terminei de escrever agora e aquela coisa de sempre. Boa leitura e leiam as notinhas finais! ♡



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Capítulo 16

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— Tem alguma coisa errada nisso tudo, Lysandre.

O de olhos heterocromáticos observou o loiro á sua frente, confuso. Jamais conseguiria se acostumar com aquela troca maluca de corpos...

— Sou eu. – Revirou os olhos perante a lerdeza do amigo. – Castiel. Sabe que estou no corpo do representante! – Resmungou.

— Sim. É que... Ainda é estranho. Desculpe. É difícil de acostumar e memorizar tudo isso.

— Que seja. – o loiro resmungou mais uma vez, revirando pela milésima vez os olhos naquele dia. – Você escutou o que eu falei? Tem algo de errado nisso tudo!

— Nisso... O que? Perdoe-me, eu estava distraído...

— E quando você não está distraído? Que droga... – Resmungou novamente. Castiel parecia mais resmungão que o normal. Mas pudera, seu amigo andava mais distraído que o normal nesses últimos dias. – Nathaniel, e aquela galera da casa dele! Aqueles pais dele são esquisitos. A mãe dele parece um robô, e o pai dele... Aquele cara deve ser um bêbado! É a única explicação para ser alguém tão filho da puta!

— Ah sim... – Lysandre pareceu voltar para a órbita novamente. – Sobre os pais dele serem estranhos... Bom, ele não falou nada á respeito disso?

— Eu já perguntei, mas ele sempre foge do assunto. Só diz que é “um problema no trabalho do pai dele e que anda deixando-o estressado”. E depois ele sempre fala outra coisa ou desconversa. Volta á falar da apresentação no pub, ou das provas... – Suspirou pesado e chateado. Nathaniel nunca lhe dava uma resposta definitiva. Estava sempre distante e alheio á tudo isso, e por mais que Castiel o mandasse se foder e falar de uma vez que merda estava acontecendo, Nath só falava que eram uns problemas pessoais do pai dele, mas que estava tudo se ajeitando.

Mas as coisas não pareciam estar se ajeitando.

Que merda!

— Você está preocupado com ele. – Não foi uma pergunta. Lysandre realmente afirmou aquilo enquanto observava o olhar distante e pensativo de Castiel.

Mas logo o loiro voltou os olhos para si, erguendo uma sobrancelha, sem entender aquela frase repentina do amigo vitoriano.

— Que?

— Você, Castiel. Está preocupado com Nathaniel, não está? – a fala de Lysandre era calma e serena, totalmente diferente da expressão de raiva que o rosto do representante (que, no momento, encarnava seu amigo) fazia.

— Que merda você está falando, Lysandre?!

— Que você está preocupado com o representante. E com as coisas que acontecem com ele. Agora você está passando pelo o que ele passa, na pele dele.

Tsc, não seja ridículo! – Resmungou mais uma vez. Castiel sem resmungos não era Castiel, afinal. Mesmo que estivesse ‘no corpo’ do loiro. – Eu estou mais preocupado com a minha vida. E outra: Eu tenho um acordo com esse idiota. Se eu cometer qualquer deslize estando no corpo dele, ele já deixou claro que não vou me poupar também.

— Mesmo? Será mesmo que é só isso, Castiel? – Os olhos de Lysandre o encaravam de uma maneira profunda. E encarar aqueles olhos de cores distintas era tão... Paralisante.

Será mesmo que era só isso?

Que droga, por que estava caindo nos joguetes de Lysandre?! É obvio que era só por causa de si! Unicamente por causa de si e de seu próprio ego! Pouco lhe importava como era a vida do representante ou como ela vai ser depois que destrocarem os corpos. Mas, enquanto estiver na pele dele, Castiel não quer aguentar aquela família chata. Era só isso!

Somente isso. Certo?

Ah, cacete! Nem deveria estar pensando nisso tudo! Lysandre estava apenas confundindo sua cabeça. Afinal de contas por que iria se preocupar com a vida daquele trouxa?

— Eu não- - Já ia abrir a boca e soltar vários escárnios em direção ao amigo, e dizer que ele estava ficando completamente maluco e idiota. Entretanto, Lysandre o cortou com a sua voz serena e firme.

— Você precisa se libertar desta prisão que você mesmo construiu ao seu redor, Castiel. E eu não estou apenas falando de sua teimosia, meu amigo. – Lys aproximou-se um pouco mais do loiro e tocou seu peito, de uma maneira gentil. – Estou falando da sua ruína amorosa. Pense nisso. – E após dizer estas coisas, Lysandre simplesmente saiu dali, com seus passos calmos e elegantes, deixando para trás um Castiel silencioso e pensativo.

Por que Lysandre tinha que falar dessas coisas? E por que Castiel tinha que ficar pensativo?

Que droga!

Por que...?

♥ ♡

Nathaniel sabia que não era legal esconder aquelas coisas de Castiel. Mas, bem... Ele tinha fé. Tinha fé que Castiel continuaria assim, distante de todos da sua casa, sem se meter em nenhuma encrenca.

Eu sei que eu deveria falar sobre os problemas familiares que tenho. Mas... O que Castiel faria se soubesse? Será que ele ia rir de mim? Ou caçoar...  Era o que a mente de Nath pensava enquanto andava distraidamente pelos corredores da Sweet Amoris. Havia terminado a prova relativamente cedo, então poderia ir logo para casa, para treinar um pouco mais as melodias na guitarra de Castiel.

Entretanto, seus planos estavam por mudar drasticamente, ao escutar a voz tão irritante e conhecida da diretora chamar por Castiel. Nath suspirou pesado, nem querendo imaginar o que ela queria. Bom... Se bem que estava no corpo do delinquente, então ela não ia lhe mandar fazer um monte de serviços e outras coisas mais que ela adorava o mandar fazer.

— Castiel! Não está me escutando, garoto?!

— Sim? – O ruivo virou o rosto para fitar a velha mulher que vinha logo atrás de si, em sua direção. E ela estava com cara de poucos amigos. – Desculpe, eu não escutei a senhora me chamar...

— Engraçadinho você, garoto! – A velha ficou mais perto, e dava para visualizar melhor como ela parecia um búfalo raivoso. – Não adianta fingir boa educação, Castiel. Sei muito bem que foi você que andou riscando os muros de trás da escola!

— Os muros de trás...? – Nath ergueu uma sobrancelha, meio que perdido na indagação dela.

— Não se faça de desentendido, garoto! Se não quer que eu ligue para seus pais ou levar uma suspensão, trate de ir até a dispensa e dar um jeito naquela sujeira toda!

— Mas não fui eu que-

— Limpe logo aquilo, rapaz! Ou irei ligar para a senhora Valérie agora mesmo! Já deve saber qual o caminho da despensa do colégio! – A velha senhora diretora o cortou, e sequer parou para refletir no fato de ele estar educadinho demais. Talvez só quisesse se safar do seu castigo, mas ela sabia muito bem que aquele tipo de coisa era do delinquente da Sweet Amoris! Então foi bastante rigorosa e não esperou uma segunda resposta, saindo dali e indo para sua sala.

Que merda!

Nathaniel não se lembrava de ter feito algo do tipo. E é óbvio que ele não ia fazer aquele tipo de coisa! Isso deveria ser obra de Castiel, aprontar aquele tipo de atitude idiota sabendo que a culpa cairia em si, já que estava encarnado no corpo daquele maldito guitarrista!

Sem esperar mais um minuto sequer, Nath pegou o celular e discou seu número, que agora era o primeiro das chamadas rápidas no celular de Castiel. E não tardou muito para ele ser atendido.

— O que é? – a voz sem muito entusiasmo falou do outro lado da linha ao atender ao telefone.

— Por que você riscou os muros da escola?! Só porque sabia que EU é que ia limpar por você? – Nath perguntou indignado. E zangado também.

— Que merda você ‘ta falando? – Perguntou entediado. Estava voltando para casa, sem Ambre, pois não estava nem um pouco afim de ficar escutando aquela voz irritante daquela loira azeda.

— A diretora acabou de me mandar limpar os muros da escola, que foram riscados! Quem mais faria isso?!

Castiel apenas riu do outro lado da linha. Uma risada banhada de escárnio.

— Como se eu soubesse. Boa sorte com os muros, e com a raiva de saber que vai ter que limpar a merda de outra pessoa que você não faz a menor ideia de quem seja. – Falou totalmente convencido. Afinal, quantas vezes já não teve que fazer aquilo? Tudo bem que algumas vezes foi obra sua mesmo. Mas nem sempre!

Após desligar o maldito telefone, Nathaniel bufou com muita raiva, pegando um balde, sabão e alguns outros produtos e objetos necessários para a limpeza daquele maldito muro, começando a fazer aquilo. Preferia estar com uma pilha chata de papel bem na sua frente a ter que fazer aquele tipo de coisa. Estava realmente irritado!

E a situação toda começava a o estressar! Estava sozinho em casa novamente, tinha que cuidar de Dragon e limpar toda a sujeira dele quando chegasse, além de tocar guitarra (coisa que ele não fazia muito bem) por horas e horas na vã tentativa de tentar pegar aquela música! Será que Deus o odiava? Só poderia ser isso!

Suspirou ao passar a esponja no azulejo com um pouco mais de força ao notar que a maldita mancha não saia fácil. E eram rabiscos tão idiotas que nem dava para entender o que a pessoa que riscou pretendia com aquilo. Colocou força no que fazia e olhou fixamente para a parede. Se não foi Castiel quem fez... Então, quem será que foi?

Outro suspiro pesado saiu de seus lábios. Não importava. O pior é que tinha que levar a culpa por aquilo. E isso não era justo!

Mas... Espera...

— Você fez aquela sujeira toda no muro de trás da escola, Castiel! Agora vai ter que limpar, ou a diretora vai ligar para seus pais. – O loiro ditou firmemente com seu tom de voz imparcial, bem como era preciso usar contra Castiel, além de ter que saber se impuser como o presidente do grêmio estudantil.

— Eu não vou limpar porra nenhuma! Já disse que não fui eu que pichei aquela merda de muro, representante!

Logicamente Nathaniel não acreditou naquilo.

— Você que decide então. Mas será a diretora que vai ligar para seus pais. – Respondeu com firmeza. Depois deu mais uma olhada nele, não se sentindo nem um pouco intimidado com aquela carranca raivosa que ele fazia. – Deveria assumir suas responsabilidades, Castiel.

— Vai se foder, representante! Já disse que não vou fazer essa merda, então me deixa em paz!

E naquele dia Nathaniel saiu cheio de raiva, e no fim a própria diretora foi mandar o delinquente limpar o muro.

— Será que não foi ele também, naquele dia...? – murmurou para si, pensativo.

Espera... Calma lá, Nathaniel!

Estava começando á acreditar em Castiel! Não poderia se deixar levar até esse ponto. Pff... Que idiota! Riu de si mesmo e terminou aquilo. Entretanto, agora que havia feito um serviço por culpa de uma indisciplina de outra pessoa, não conseguiu parar de pensar nessa probabilidade.

Quantas vezes havia julgado Castiel errado, afinal?

Mordeu o lábio inferior e, após guardar toda a tralha de limpeza na dispensa depois de limpar o muro, resolveu ir para casa. Havia ficado bem tarde, o sol estava quase indo embora. Quanto tempo ficou fazendo aquela limpeza toda?!

Quanto tempo ficou fazendo algo por culpa de outra pessoa?

Quantas vezes ele pagou por outras pessoas...?

— Por que eu estou pensando tanto nisso? – Resmungou para si mesmo, baixinho, enquanto andava e colocava a jaqueta sobre os ombros.

Nathaniel imaginava que a situação não tinha como piorar naquele dia: Dores de cabeça, prova, preocupações, reflexões sobre contar seus problemas familiares para Castiel, limpar a sujeira dos outros...

Podia piorar?

Sim, podia. E ele teve a certeza disso ao parar de caminhar subitamente ao ver uma garota bem diante de si, que parecia esperar por sua saída.

— Hey Castiel... Podemos conversar? – Debrah falou mantendo aquela distancia, mas olhando fixamente para os olhos acinzentados do ex-namorado.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

GENTE, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO. Deixem a opinião de vocês nos comentários, preciso saber se me abandonaram ;-;

CONVITE ESPECIAL: galera, eu fiz uma nova oneshot(de dois caps -q) CasNath, e queria MUITO ver vocês por lá! Eu escrevi a fic com outro estilo e gostaria de opiniões, então por favor, se puderem passem por lá e deixem vossas lindas opiniões, plisss. Aqui está o link:
https://fanfiction.com.br/historia/683556/Distopia/

Ps: Responderei os comentários amanhã, pois estou indo dormir agora :c

Isso é tudo, pessoal o/



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