Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 15
♥ Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Então, nem demorei dessa vez, né? Bom, como sempre, quero deixar aqui minha falácia antes de começar o capítulo. Primeiro vamos com os agradecimentos:

OBRIGADA LÓTUS E CAROL2508, SUAS LINDAS, PELA RECOMENDAÇÃO! Sério, esse capítulo será dedicado á vocês duas. Suas recomendações me deixou nas nuvens e cheia de inspiração! Estou até com parte do capítulo 16 pronto, graças á vocês! s2

TAMBÉM QUERO AGRADECER A VISITA DAS NOVATAS: Carol2508, seja bem vinda, flor! Também a Lótus, como citei ali em cima, e a I am Kira (que apareceu no cap 8, me fazendo uma adorável surpresa, hihi). E agradecer a
Marcella di Ângelo Valdez e Ringo sama, por saírem da zona fantasmagórica e comentarem. Não sabem como eu fico feliz por isso! ^-^

Sem mais delongas, acho que é isso. O mesmo de sempre: Qualquer erro, desculpas e avisem que eu ajeito.

Boa leitura! s2



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♥ Capítulo 15

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Não tinha como a situação ficar mais esquisita. Nathaniel já havia pensado nisso em outros momentos em meio á esta situação na qual ele e Castiel estavam. Entretanto, agora a coisa pareceu ficar bem mais complexada. Momento atrás estava beijando seu próprio corpo (com a mente de Castiel), e agora havia voltado para a casa dele,onde os pais dele esperavam por ele para o jantar.

Será que as coisas podem ficar ainda mais esquisitas? (Era melhor nem perguntar isso, pois sempre ficavam!).

Porém, para Nathaniel, o mais esquisito não era tudo isso. O estranho é toda essa convivência... Eles eram tão divertidos. Durante o jantar, o casal parecia não perder por um minuto sequer o senso de humor, principalmente Valérie.

E eles pareciam gostar de verdade do filho, e se preocupar também. Nath não soube ao certo como reagir quando eles perguntaram sobre os estudos, sobre como estava sendo aquele mês, e etc. Respondia o básico do básico, e quase sempre com monossílabos (muitas vezes até fazendo questão de manter a boca cheia para não responder nada).

Mas a melhor parte de todo aquele jantar era o senso de humor de Valérie. Ela era uma mulher muito engraçada, de verdade. Teve que prender o riso várias vezes durante as suas histórias sobre as viagens, porque até mesmo o jeito de ela falar era engraçado e contagioso.

Nathaniel não se lembrava de quando foi a última ver que teve um jantar tão divertido e agradável assim. Talvez nunca tivesse tido...

Entretanto, como tudo não é sempre flores, eles dois logo tocaram num assunto que não parecia muito bom de escutar. “Estamos partindo hoje”, eles disseram.

– Pegamos o voo nesta madrugada. – Jean Louis explicava enquanto comia a sobremesa, um pudim que, apesar de ter sido feito por sua esposa, estava muito bom. O homem falava calmamente, parecia sempre estar calmo e relaxado, apesar de parecer ligeiramente preocupado também. Era quase como se ele estivesse ponderando sobre ir embora ou não. Ele certamente se preocupava muito com o filho...

– Você vai ficar bem, Cassy? Sabe que qualquer coisa pode ligar para nós. Ah, e não pense que eu me esqueci da última ligação da diretora, mocinho! – A ruiva falava sem parar, mas no final acabava sempre preocupada e perguntando se ele estava bem e se não precisava de alguma coisa.

– Vai ficar tudo bem, mãe. – Nath respondeu todas aquelas perguntas num único murmuro meio deslocado com a situação. Rapidamente pegou mais um pedaço do pudim, levando até a boca para mantê-la ocupada. Por mais que não gostasse de doces, era melhor que ficar falando. Até por que... Os pais de Castiel pareciam mesmo se preocupar de verdade com ele. E isso parecia ser tão... Inimaginável. E tão inteligível.

Após o jantar Valérie fez questão de ir organizar a cozinha, apesar de parecer não estar muito animada para isto. E Nathaniel preferiu ir para o quarto. Ficar trancado no quarto era a melhor opção. Não tinha que falar nada, não tinha que agir como Castiel agiria com eles. Não tinha que ter um pouco de relação maternal e fraternal com eles. Definitivamente, ficar no quarto era a melhor opção.

Optou por tomar um banho rápido antes de deitar-se com uma roupa confortável. Então era essa a rotina de Castiel? Ficar largado fazendo o que quisesse; depois receber os pais em um fim de semana aleatório, ficar com eles por uns dois dias, e novamente as coisas voltavam ao normal? Mas espera... Seria então a solidão do ruivo o “normal” na sua rotina?

Nath mordeu o lábio inferior. Era a segunda vez que pensava naquilo. E não devia se importar tanto. Aquela não era a sua vida. Não era da sua conta.

Fechou os olhos outra vez, se deixando levar pelo o sono que aos poucos ia tomando conta de si. Entretanto, quando estava quase dormindo, escutou a porta de seu quarto sendo aberta. Normalmente, quando estava em sua casa, passava o dia inteiro no quarto, trancado. Mas desta vez havia se esquecido de trancar a porta. Que vacilo...!

– Filho...? – Valérie entrou no quarto de mansinho, não querendo fazer barulho.

Nathaniel não queria ter que fazer aquilo, mas achou melhor fingir que dormia. Afinal, não queria cometer algum deslize estando no corpo de Castiel, justamente na frente de sua mãe. Quanto menos diálogo, melhor.

Ao ver que o mais novo dormia, a ruiva apenas se aproximou e beijou o topo de sua cabeça, ajeitando melhor o lençol que o cobria durante seu sono.

– Eu te amo, filho. – Sussurrou baixinho, a voz transbordando seu sentimento maternal, enquanto fazia uma leve carícia no cabelo tingido do mais novo, antes de sair do quarto novamente. Só queria vê-lo novamente antes de sair. Sempre fazia aquilo, afinal, ficavam dias e semanas sem ver seu Cassy.

Quando Valérie saiu e fechou a porta novamente, Nath abriu os olhos acinzentados e ficou observando a porta.

O ruivo suspirou pesado e ficou observando o nada. Aquilo estava errado, muito errado. Não deveria ter inveja da vida alheia daquela forma... Não deveria.

♥ ♡

No dia seguinte acordou cedo.

Nathaniel lavou o rosto e, antes mesmo de tomar banho ou começar a se arrumar para ir para á escola, foi direto para a cozinha.

Estava vazia.

Escutou apenas os latidos de Dragon, mas por alguns minutos sequer ligou para isto. Encostou-se a parede da cozinha, lembrando-se de ontem, logo quando acordou. A cozinha estava uma algazarra com as doidices de Valérie e as risadas discretas de Jean-Louis. Mas agora estava vazia. Simplesmente vazia.

Então era assim.

Ele simplesmente deveria se acostumar com aquilo. Poucos dias com a companhia de seus pais e muito tempo com a solidão.

Nathaniel nunca sentiu a solidão pesar tanto quanto agora. E pensar que Castiel sentia aquilo quase sempre...

♥ ♡

E o domingo de Castiel também não foi dos melhores.

A convivência na casa de Nathaniel era... Nem sabia como explicar. Era como se toda aquela gente não fosse realmente uma família. Castel imaginava que, por ter os pais sempre presentes em casa, a vida do loiro era bem mais suave e fácil que a sua.

Ledo engano.

A mãe de Nathaniel mandava-o fazer quase tudo, e bastava olhar feio para ela ou abrir a boca para falar algo que, antes mesmo de dizer qualquer coisa, a loira sempre vinha com o mesmo discurso: “Sabe como as coisas estão”, “Você sabe que vai mudar, é só uma questão de tempo”, “quando as coisas no trabalho de seu pai estiverem mais tranquilas, tudo vai melhorar. Só tenha paciência”.

O problema é que Castiel não fazia a mínima ideia de que coisas eram essas que ela estava falando. Nathaniel não dizia nada. Castiel não sabia o que fazer, então tinha que pagar o papel de Gata Borralheira que Nath parecia prestar em casa, enquanto Ambre se divertia por ai e seu pai lhe olhava com cara feia.

O loiro estava quase encontrando o fim de seus limites. Na verdade, Castiel já havia se superado. Não imaginava que pudesse suportar tanto tempo assim calado.

Não é como se Nathaniel lhe importasse. Mas... Realmente não seria legal de sua parte foder a imagem do loiro na frente dos pais, enquanto Nath se esforçava na sua casa e na escola para não desfazer a sua reputação. Não que Castiel se importasse em ser legal com alguém. Mas não era um filho da puta. Teria que aguentar.

Só não sabia até quando.

Cas preferiu nem jantar com aquele pessoal. Após arrumar algumas coisas pela sala, á pedido de Adélaide, ficou no quarto alheio, resmungando qualquer coisa. Mas não ficou muito tempo ali. Logo a fome apertou, e o tédio começou a incomodar, então o loiro saiu para ir até a cozinha comer qualquer coisa.

Só que ele não esperava encontrar o pai de Nathaniel encostado no balcão de mármore da cozinha, com um copo que aparentava ser de alguma bebida alcoólica (uísque talvez, pela cor amarelada do líquido). E o velho não parecia nem um pouco feliz.

Cas olhou para ele por breves instantes e depois voltou á ir fazer o que realmente queria: Foi até a geladeira pegar qualquer coisa que pudesse comer, ignorando o mais velho. Nathaniel parecia ser do tipo caladão em casa mesmo, então nem fez questão de falar nada. Apenas abriu a geladeira, pegando uma maçã e dando uma mordida. Que droga, sinto falta de comer comida de verdade, pensou.

– Não pense que eu me esqueci daquela sua nota patética, Nathaniel. – Francis fitava o garoto com o copo de uísque na mão, de uma maneira nem um pouco agradável.

E foi então que Castiel notou que aquele velho chato não havia tirado os olhos de si um segundo sequer, desde que entrou na cozinha. Aquele velho era sinistro...

– Hm? – Apenas ergueu uma sobrancelha, não entendendo o que ele queria dizer. Será que ainda era sobre aquela nota de matemática? Puta merda, que cara mais chato!

O homem mais velho terminou de beber o restante do líquido âmbar de uma só vez e em seguida colocou o copo sobre a bancada. Andou até o mais novo, que não estava muito longe e segurou fortemente o antebraço do loiro, pegando Castiel desprevenido. Certamente Cas não esperava por aquilo.

– Não se faça de idiota! Eu não pago as suas contas e sustendo um filho meu para ele ser um incompetente! E não venha agir desta forma atrevida comigo, Nathaniel. Você sabe muito bem que eu detesto qualquer tipo de comportamento inadequado, seu garoto insolente...! Você merece uma lição de moral para aprender á ser alguém na vida!

Castiel estava tão surpreso com a ação exagerada do mais velho, que por um momento ficou assim, inerte. Em seguida, tentou puxar o braço, e foi então que notou que ele realmente o segurava forte, já que não conseguiu se soltar do agarre.

– Mas que merd- - E antes que pudesse terminar de perguntar que merda ele estava falando, o toque do celular do mais velho quebrou o momento, o fazendo soltar o seu braço e pegando o aparelho do bolso.

Francis, ao ver que era um superior na chamada, olhou ainda mais feio para o mais novo antes de atender o celular, saindo da cozinha enquanto falava, deixando Castiel sozinho e sem entender nada do que havia acontecido ali.

Castiel realmente estava tentando parecer Nathaniel. Sim, estava tentando de verdade. Porém, não ia ficar ouvindo desaforos em silêncio. Não mesmo!

O que aquele velho idiota pensava que estava fazendo?!

– Mas que merda essa cara queria?!Será que estava bêbado?! – Perguntou á si mesmo e voltou á comer sua maçã, indo de volta para o quarto chato e tedioso do representante.

Ao entrar no cômodo e trancar a porta, Cas sentou-se na cadeira da escrivaninha e observou que seu braço havia ficado avermelhado e dolorido com aquele agarre repentino. Que tipo de pai era aquele homem, afinal?!

Que merda estava acontecendo? O que tanto a mãe de Nathaniel dizia? Por que aquele cara era insuportavelmente chato e violento daquele jeito?

Será que a vida de Nathaniel era sempre insuportável assim? Castiel sempre pensou que ele não passava de um garoto engomadinho e mimado pelos pais. Sempre pensou isso... Até agora.

Até quando Castiel ia ter que aguentar aquela casa e aquela família insuportável? Ou melhor... Até quando Nathaniel ia ter que aguentar aquilo? Essa pergunta, por algum motivo, não saiu tão facilmente de sua cabeça...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi bem simples, só o fiz porque é uma transição importante e eu não queria que o ano acabasse sem eu postar mais um capítulo em dezembro. Espero que gostem!

GENTE, EU TENHO UM CONVITE ESPECIAL PARA VOCÊS: Eu criei um grupo no face, chamado CasNath Lovers, com mais duas amigas, e estou aqui divulgando para vocês. Lá a gente posta fics, vai ter dicas de fanfics, falamos de yaoi e mais um monte de coisas! O grupo está no começo, mas já tenho vários planos para ele. Entra lá que eu aceito todos: https://www.facebook.com/groups/1653336831607302/

Bem...Feliz natal(atrasado) eum bom ano novo para todos! Espero que não me abandonem! :'3

Isso é tudo, pessoal o/



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