Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 14
♡ Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

EU SEI QUE ISSO TA FREQUENTE, MAS DESCULPEM A DEMORA. Como eu já repeti milhares de vezes, eu não vou desistir dessa história, então não se preocupem, a fanfic não entrará em hiatus ou será abandonada. Eu só ando com uns probleminhas... Eu até tinha começado á escrever o capítulo, mas recentemente queimei dois dedos da mão direita, enquanto estava na cozinha, e isso dificultou um pouco a minha vida de escritora. Desculpem pessoal :(
Espero que não tenham desistido de mim! ;-;

Bem, antes de iniciar o capítulo, quero agradecer imensamente os comentários de quem não desistiu de mim, e dar boas vindas á quem chegou agora: Morckingjay Flamejante, Unleashed e Reyna Lovegood Prior. SEJAM BEM VINDXS, E OBRIGADO POR COMENTAREM! Ah, e mais uma coisa importante: Graças á leitora nova Reyna, descobri que tenho alguns comentários em capítulos passados nos quais eu esqueci de responder. Desculpem minha leseira, eu sou muito lerda mesmo, mas eu já os vi e vou responder tudo, viu? Não me odeiem, por favor, pois eu amo todxs vocês que leem e comentam! Isso me ajuda muito!

Bem...Acho que é isso. ESTE CAPÍTULO ACABOU DE SER FINALIZADO E EU NÃO REVISEI (por pura preguiça, confesso), ENTÃO ME AVISEM DOS ERROS PARA EU CORRIGIR, POR FAVOR! Obrigada e boa leitura :D
(Ps: Quem não curtir o shipp dos capítulos especiais, pode pular esse capítulo 3)



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Capítulo 14 – Especial 01.

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Lysandre sempre foi um rapaz muito reservado. E, devido á esta sua característica, sempre teve um pouco de dificuldades em fazer amigos. Não digo colegas, pois colegas ele tem vários na escola. Falo de amigos, companheiros de verdade. Isto já é bem mais difícil para o albino.

E o pior de tudo agora era toda essa confusão que estava acontecendo. Veja bem, Castiel é seu melhor amigo. O garoto de olhos diferenciados tinha o ruivo como melhor amigo, e gostava do mesmo como um irmão, assim como Leigh (seu irmão mais velho que também era um de seus poucos amigos com quem podia realmente contar). Mas no caso de Castiel, ele era como um irmão mais novo, por mais que tivessem a mesma idade. Entretanto, mentalmente falando (sem querer ofender) Castiel era bem mais infantil e criança, e no fundo era divertido ter um melhor amigo que se assemelhava á um irmão caçula que Lys nunca poderia ter.

Era uma boa amizade. Ele sabia disto.

E exatamente por isso que se sentia mal nesses últimos dias. Depois de descobrir toda essa overdose de loucura que seu melhor amigo e o representante estavam passando, Lysandre sentia-se péssimo em não poder ajudar.

Seu melhor amigo, que agora era o representante (?), não tinha mais tempo para as músicas e ensaios, e também não havia mais tanto contato com ele devido á tudo isso, sem contar a apresentação de ouro que estava á cada passo, mais perdida. Mas claro, sabia que a culpa disso tudo não era de Castiel, e nem de Nathaniel. Era de algo absurdo que aconteceu entre os dois e que ninguém fazia a mínima ideia do que fosse e de como reverter essa loucura toda. Entretanto, não havia como não ficar triste pelo seu amigo, e até mesmo pelo representante. Sem contar a confusão mental que isso tudo lhe causava. Era comum chegar á Nathaniel achando que era Castiel, e vice versa. Era algo bem difícil de fixar na cabeça, muito confuso!

Mas isso não significava que estava sozinho! Ainda tinha a preciosa companhia de seu bloco de notas, aquele velho bloquinho de páginas levemente amareladas que (quase) sempre estavam consigo. Também tinha as palavras, suas tão adoradas companhias quando ficava só. E ali, naquele velho bloco cheio de palavras aleatórias e músicas autorais, Lysandre conseguia desabafar um pouco sobre tudo o que sentia. Por mais que fossem em formas de poemas, poesias, ou letras de música, ele poderia conversar sobre algo sobrenatural com alguém que não o achasse estranho. Seu velho bloco de notas jamais o acharia esquisito por, ultimamente, o foco de suas palavras serem coisas místicas, sobrenaturais e levemente absurdas. Tudo isso porque, em meio á essa confusão com Castiel e Nathaniel, ele não conseguia pensar em outras coisas senão tudo isso.

Ali, naquele velho bloquinho, Lysandre poderia se perguntar sobre as coisas sem parecer um maluco. Sua maluquice não seria julgada.

Mas...

– Onde está meu bloco de notas? – perguntou para si mesmo ao notar a ausência do objeto, logo quando chegou ao jardim da Sweet Amoris onde pretendia escrever mais um pouco sobre suas atuais maluquices.

Entretanto, reparou que seu bloco não estava consigo. Vasculhou pelos bolsos de sua roupa, em sua mochila que levava á escola, mas... Não encontrava em lugar algum. Havia perdido, mais uma vez, o seu bloco de notas? Essa não...! Queria muito escrever, precisava daquele bloco de notas e não iria sossegar enquanto não o encontrasse.

– Talvez a Lynn me ajude á encontrar... – Pensou com seus botões ao procurar, pela terceira vez, o bloco em suas coisas e não encontrar, suspirando pesado. Odiava quando isso acontecia, era maçante. Mas, por sorte, tinha Lynn como amiga que sempre o ajudava á procurar seu bloco de notas de bom grado. Talvez Lynn fosse uma das poucas pessoas na qual podia chamar de amiga. E isso era bom.

Sorriu consigo mesmo ao pensar nela como uma adorável amiga, para em seguida fechar a mochila, colocá-la nas costas e andar levemente apressado pelos corredores. A aula já havia terminado, e o albino temia que a garota tivesse ido para casa e ele tivesse que procurar o bloco sozinho. Lys não gostava muito de andar assim, quase correndo, por achar deselegante e correr o risco de tropeçar em algo (do jeito que era distraído...). Entretanto...

... Não foi realmente sua deselegância ou um possível tropeço que o deixou atordoado após ele virar bruscamente por um corredor. Após dobrar aquela esquina de corredores, o albino meio que sem querer esbarrou numa outra pessoa, o fazendo quase ir ao chão após um esbarrão. Quase.

Sentiu quando seu antebraço foi segurado firme, o impedindo de cair pateticamente no chão. Já havia até fechado os olhos para se preparar para a queda, mas... ?

Foi quando abriu os olhos, deparando-se com o rosto do garoto novato, que carregava consigo um semblante preocupado. Ele segurava seu antebraço. E a sua forma de segurar era firme, como se jamais fosse permitir que Lysandre pudesse cair.

– Você está bem? Desculpe-me... – O garoto de longas madeixas castanhas disse. Sua voz era ligeiramente rouca e arrastada, e ele tinha um sotaque de francês bem diferente. Será que ele é inglês?

– Ah... – Lys murmurou ainda ligeiramente atordoado com a situação, olhando de seu braço, que ainda era segurado firmemente, ao rosto do rapaz. – Sim. Estou bem...

– Desculpe-me. – O rapaz repetiu mais uma vez.

– Eu que devo me desculpar. – Lysandre falou ligeiramente sem jeito. Afinal, ele era o culpado daquela situação desagradável. – A culpa foi minha. Eu estava andando de forma inapropriada pelos corredores, me desculpe.

– Tudo bem. – O rapaz sorriu de um modo quase imperceptível, demonstrando que realmente estava tudo bem, que não havia se zangado, o que aliviou o albino. Afinal, aquela era a primeira vez que tinha algum diálogo com o novato e, sinceramente, não queria ter um primeiro contato assim com alguém.

Lys pediu desculpas mais uma vez, antes de pedir licença para sair dali, voltando á andar pelo corredor agora de um modo mais calmo. Ainda precisava encontrar Lynn, pois ela o ajudaria á encontrar seu bloco de notas.

– Espere...! – O de longas madeixas castanhas virou-se para o albino, que já se distanciava um pouco de si. Mas ao pedir para que esperasse, o mesmo parou e virou para si, fitando-o com aqueles olhos surreais que o deixava intrigado. Bastante intrigado.

– Sim?

– Desculpe-me a intromissão, mas... Seu nome é Lysandre, não é?

O albino apenas afirmou com a cabeça, sem saber realmente como agir diante daquela situação incomum em seu cotidiano.

– Então creio que isto seja seu... – falou após a confirmação, tirando do bolso de seu grande sobretudo vitoriano um bloco de notas pequeno, apontando para Lysandre.

Lysandre olhou um pouco surpreso para a mão do outrem. Ele segurava seu bloco de notas e, por um instante, Lys sentiu um grande alívio. Sorriu educado para o novato, aproximando-se novamente dele e pegando o bloco de notas até então perdido. Era notável o seu alívio em conseguir aquele precioso objeto de volta.

– Obrigado. Eu... Não sei como agradecer. – Sua voz era suave e melódica, como lhe era característico.

– Tudo bem. Apenas tome mais cuidado. – Disse roucamente. O de longos cabelos castanho-acinzentados era possuidor de uma bela e enigmática voz na qual Lysandre não saberia descrever em palavras, apenas conseguia apreciar.

– A propósito... Eu acho que ainda não sei o seu nome. – Lys voltou a falar antes que o outro saísse.

– Eu me chamo Dimitry. – Disse educadamente.

– Obrigado Dimitry. Este bloco de notas é muito importante para mim. Muito obrigado por encontrá-lo. – Lysandre sorriu com sua serenidade, e seu sorriso foi devolvido pelo outro, apesar de que o sorriso de Dimitry era bem fino e discreto.

♡ ♥

Mas, afinal, o que é estranho?

Enquanto houver sentimentos,

Enquanto existir uma essência,

Enquanto durar as sensações,

A estranheza será apenas um ponto de vista.

Lysandre passava os olhos pela última coisa que havia escrito em seu bloco de notas. Entretanto, já não lembrava mais o que queria escrever. Estava distraído. E se alguém lhe perguntasse no que ele pensava, ele não saberia dizer.

Franziu o cenho, olhando fixamente para o papel, sentindo-se inquieto. Ele sabia muito bem o peso de palavras que não saiam. Era complicado, mas ainda mais complicado era sentir o peso de tais palavras, sem saber realmente quais eram elas.

E isto era algo que apenas ele compreendia. Ele era o único com alma de poeta entre todas aquelas pessoas, afinal.

– Não consegue escrever? – A voz veio do outro lado da sala de aula, e só então que Lysandre notou não estar sozinho ao levantar a cabeça e fitar o dono dos olhos castanhos, igualmente ás madeixas.

Desde quando ele havia entrado ali? Sequer havia notado...

– Desculpe a intromissão. Imaginei que a classe estivesse vazia, mas o vi aqui. E como notei que estava concentrado, não quis atrapalhá-lo. – Dimitry logo tratou de pedir desculpas.

– Tudo bem. - Lysandre sorriu com um aspecto cansado.

Era mais um final de dia. Mais uma aula que havia chegado ao fim, e naquele dia, Lysandre havia ficado na sala de aula, deixando que todos saíssem, para tentar escrever um pouco. A escola era tranquila após o horário das aulas, e diante de tal tranquilidade e silêncio era mais fácil de concentrar-se. Porém, estava carregando uma inquietude consigo. Não conseguia escrever absolutamente nada.

– Creio que irá me achar um intrometido, mas... – Dimitry voltou á falar. Não era muito dado á conversas, mas desde o dia do bloco de notas havia ficado intrigado. – Bem, quando eu encontrei seu pequeno bloco de anotações, eu tive que abri-lo para ver se encontrava o nome do dono escrito em algum lugar. E acabei por ver algumas coisas... – Revelou, sentindo-se mal educado por ter feito aquilo. Mas foi necessário.

Lysandre permaneceu em silêncio, sem entender aonde ele queria chegar. Ele havia visto todas suas poesias? Sentiu um pequeno desconforto. Aquelas coisas eram meio que suas. Não gostava muito quando alguém abria para ler.

– Você leu algo? – O albino perguntou.

– Apenas passei os olhos pelas primeiras e últimas folhas. – Disse. – E não pude deixar de notar que tu és um grande apreciador de ficções sobrenaturais.

Lys ficou em silêncio por breves instantes. Estava sentado em uma das cadeiras do canto da sala, enquanto Dimitry permanecia de pé, do outro lado da sala, encostado na parede. Talvez agora ele o achasse um desatinado, não é?

– Deve estar pensando que sou um maluco. – Á julgar pelas últimas coisas que havia escrito, poderia ser facilmente confundido com um poeta fora de si.

Dimitry apenas negou com a cabeça. Desencostou-se da parede e andou até o mais novo, suavemente.

– Na verdade, estou pensando que tu és, assim como eu, um apreciador de histórias que vão além de nossa resumida realidade.

O de cabelos platinados permaneceu em silêncio, observando-o se aproximar e ficar na distancia de uma mesa de si.

– Afinal, por que se resumir á uma “realidade” tão pequena? Ou melhor... O que é ‘estranho’? Talvez apenas um ponto de vista.

Lysandre sorriu discretamente. Ele havia lido aquilo. Não sabia bem como reagir, mas ele não parecia zombar da sua cara, e Lysandre parecia não se importar por ele ter lido aqueles versos.

– Não acho que estava se intrometendo. Estava apenas procurando o dono do bloco de notas. Eu que fui descuidado... – Voltou a olhar fixamente para os olhos alheios. Ele tinha um olhar castanho, mas só agora Lysandre notou o leve brilho escarlate que havia em meio àqueles olhos.

– Tudo bem. – O outro lhe falou com suavidade. – Agora me diga: Por que gosta tanto de coisas sobrenaturais?

– Você me acharia um maluco se eu contasse. – Lysandre falou com uma graça melancólica.

E ali se iniciou uma conversa sobre ficção, livros e até alguns assuntos incomuns em qualquer cotidiano tido como ‘normal’.

♡ ♥

– Sabe Lysandre... – Dimitry falava enquanto andava ao lado de Lysandre. Haviam conversado um pouco na sala de aula vazia, e Dimitry fez questão de oferecer sua companhia para ir com ele até em casa, visto que tinham ficado na sala de aula até escurecer e julgava perigoso ele andando sozinho pelas ruas mais escuras. – Eu acredito que esta realidade seja muito limitada. As pessoas acham que temos a obrigação de nos mantermos limitados. E eles julgam de loucos, malucos e desatinados aqueles nos quais não se permitem manter-se preso á uma forma tão limitada de pensar.

Lysandre afirmou com a cabeça, andando sem pressa ao lado do outro. E por um momento, gostou de ouvir aquilo.

– Você acredita em maldições, Dimitry?

Os passos de ambos eram lentos. Era como se não quisessem chegar logo em casa para não ter que se despedir.

– Sim. – Disse, o olhando nos olhos. – Maldições... É claro que existem. – Sua voz parecia mais melancólica agora.

– E acredita que elas possam ser sanadas? – Lys perguntou ainda voltado na questão de maldições.

– Algumas sim, outras não. – Pararam de andar, chegando frente á casa do mais novo. – Porém... Acredito que jamais você deva parar de lutar contra elas. Contra os instintos que ela lhe causa. Jamais deve se deixar submeter á qualquer tipo de maldição.

Lysandre também parou de andar e ambos ficaram se olhando fixamente. Ele sorriu, meio sem graça, mas satisfeito com a companhia. Dimitry era muito mais agradável e compreensivo do que pensava.

– Obrigado por me acompanhar até aqui.

O sorriso de Lys era gentil. Tão gentil que fazia Dimitry pensar que toda aquela solidão, durante tanto tempo, agora parecia valer á pena. Apenas para ver um sorriso tão suave e calmo. Aquele jovem parecia acalmar algum tipo de animal sanguinário que vivia dentro de si. Uma maldição que ele sentia em seu âmago, como falavam á instantes atrás...

– Até amanhã. – Ele simplesmente acenou com a cabeça e correspondeu como pôde o sorriso sereno. Em seguida, após vê-lo entrando em casa, deu as costas e saiu dali.

Lysandre ainda virou mais uma vez, antes de entrar realmente em casa, para ver Dimitry se afastando. Mas ele já havia sumido de sua vista.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi meio parado porque é apenas a introdução deles. Como eu disse, os especiais vão vir em capítulos assim, do nada, então estejam preparados para isto. Não se preocupem que o próximo volta ao nosso tão bom e velho CasNath :D

Galera, espero que não tenham desistido de mim. Vocês andam aparecendo menos, e confesso que isso me desanima um pouco (sou meio sentimental e.e'). Mas vou continuar por aqui, jamais irei abandonar vocês, viu?

E então, o que acham do nosso casal extra? Deem suas opiniões e sugestões! Ah, e garanto que o próximo extra não será igual á introdução, vai ser um capítulo bem mais ativo! Só preciso me acostumar á saber fazer o Dimitry, uhauhahuahua
Acham que pode rolar alguma coisa entre os vitorianos? Algum clima? Acham bizarro? Nada a ver? Mereço pedradas ou cupkacezadas? -q Comentem! :D
(ps: o poeminha do Lys foi eu que fiz, ficou meio gay, eu sei kkkkkk)

Isso é tudo, pessoal! o/



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