Intercâmbio no Ouran escrita por Lefisilva


Capítulo 24
Capítulo 24 - As complicações que vivemos, mesmo não querendo.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para alegrar a todos que estão lendo ^^
Boa leitura :D



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Terça, 15/03/16

Faltava apenas um tempo de aula para as aulas da manhã acabarem e eu não via a hora de ser liberada por enquanto. Assim poderia voltar para casa, almoçar, voltar para a escola, ter mais três tempos de aula, voltar para casa, passar o resto das horas do dia completamente só e, no dia seguinte, repeti tudo de novo. Desde que sai do Japão, essa vem sendo a minha rotina nos dias de aula e nos fins de semana passo todo o tempo tentando me distrair com livros e mangás, mas nunca consigo ficar mais do que 10 minutos lendo, porque sempre minha mente viaja para as meninas, o pessoal do clube e, principalmente, para o Hikaru.

Dei um longo suspiro e continuei tentando prestar atenção a aula de português. Não sei como meus colegas de sala aturam tanto uma professora que parece ter dupla personalidade. Uma hora ela está bem, no instante seguinte, só falta ela matar alguém da sala. Nunca vou entender.

—Letícia, algum problema? –a professora me perguntou.

—Não, só estou distraia, desculpa. –eu respondo num tom cansado.

—Deve ter sido por causa dessa distração que ela foi expulsa do intercambio... –ouvi alguém cochichar, mas não me importei. Comentários assim tem se tornado bastante frequentes desde que voltei.

Flashback on

—Letícia?! O que está fazendo aqui?! –indagou minha diretora surpresa quando cheguei ao meu antigo colégio ainda com minha mala. –Aconteceu alguma coisa?!

—Bem... –eu comecei a dizer, mas parei para pensar numa desculpa. Afinal, do jeito que esse colégio é, nunca iriam acreditar que eu sai por livre e espontânea vontade de um intercambio. –Digamos que vou ter que passar uns tempos aqui no Brasil, mas assim que possível, vou voltar para o Japão, tudo bem?

—Ah, Letícia.... –a diretora disse e depois suspirou. –Nunca achei que você seria expulsa de lá, sabia?

—Mas eu não fui.... –eu comecei a dizer, mas ela me interrompeu.

—Não precisa explicar nada, querida. –ela disse me dando um abraço. –Eu devia saber que seria pressão demais oferecer um intercambio para vocês. Mas não se preocupe, ninguém vai ficar te julgando por ter falhado. –e me soltou dando um sorriso encorajador. Foi se sentar na sua cadeira e me olhou. –Quando as meninas e o Damon voltam?

—Não vão voltar! –eu disse num tom irritado, mas respirei fundo para me acalmar. –Antes, deixe-me falar, por favor. Sim, eu voltei, mas não porque fui expulsa. Eu...estava tendo uns problemas por lá e, por minha decisão, decidi voltar para cá. Mas o quanto antes estarei retornando ao Japão. Nós quatro estamos tendo ótimas experiências no Colégio Ouran, e não queremos sair tão cedo. –e sorri.

—Bom, então fico feliz e aliviada de você não ter falhado. Sabe como a reputação do colégio cairia se isso tivesse acontecido? –ela me perguntou retoricamente.

“-Nossa, seria mesmo uma tragédia...”—eu pensei sarcasticamente enquanto revirava os olhos.

—Mas, infelizmente, vou ter que lhe dar uma má notícia. –ela disse me olhando um pouco triste.

—Qual? –eu perguntei apreensiva e ela suspirou, apoiando o queixo nos dedos das mãos.

—Como você deve bem lembrar, geralmente os intercâmbios tem a duração de um ano e bem…irá fazer um ano em maio e vocês quatro terão que voltar ao Brasil.

—Como?! –me soltei do abraço e a olhei chocada.

—Calma, tem uma outra notícia. Por conta do resultado dos quatro, eu estava pensando em fazer um acordo com o pessoal que fez o concurso e estender o tempo, mas até agora não obtive uma resposta deles. –ela disse.

—I....isso não está certo! –eu berrei chocada. –Nós quatro estamos nos esforçando ao máximo! Por favor, convença o pessoal do concurso a deixar-nos cursar o ensino médio todo lá, por favor!

—Bom, não vejo problema nenhum de tentar falar com eles novamente para que os deixem por lá. –disse sorrindo de leve. –Afinal, os quatro são responsáveis e estão realmente tendo excelentes resultados pelo que ando acompanhando. Isso está elevando bastante a procura de novos alunos para estudarem aqui, sabia?

—Acha que consegue convence-los? –perguntei esperançosa.

—Não tenho certeza, mas farei o possível. –ela disse e pegou uns papéis. –Agora me diga, o que pretende fazer enquanto você não “volta” para o Japão? –perguntou.

—Posso continuar estudando aqui até que eu possa voltar? –perguntei revirando os olhos quando percebi que ela tinha feito aspas com os dedos quando disse o verbo voltar, e suspirei. Eu sabia que ela também não acreditaria plenamente no que eu disse.

—Claro! Você é sempre bem-vinda! Fora o fato de que sua sala ficou perdida sem sua orientação e a das suas amigas. –ela disse sorrindo digitando algo no computador dela e me entregando alguns dos papeis que segurava.

—Minha sala é um caso perdido pelo visto.... –eu disse baixinho. –E eu não vou me matricular totalmente, afinal oficialmente ainda sou aluna do Ouran. Devo ficar aqui por no máximo…um mês e meio.

—Você não trancou a matricula de lá?! –ela me perguntou surpresa. –Ai, ai, ai…você está me arranjando problemas. E não tenho fazer uma matrícula só com esse tempo, você sabe o regulamento daqui. É um semestre ou um ano.

—Bom, deve ter algo que você possa fazer. –eu disse dando de ombros.

—Você que decide as coisas e sou eu que tenho que resolver?! –ela me perguntou chocada, mas depois suspirou. –Vou abrir uma exceção para você e deixar ficar por aqui durante esse tempo sem ter que se matricular, mas se esse tempo acabar, vai ter que se matricular e não poderá voltar para lá por um ano, tudo bem? Só não conte isso a ninguém, senão teremos problemas com os meus superiores, ok? Se bem que o dono do colégio te conhece por conta dos anos que estuda aqui, então se descobrir, não deve dar tanto alvoroço assim.

—Obrigada. –eu disse sorrindo.

—Agora vá para casa e esteja aqui amanhã de uniforme, por favor. Você vai entrar no segundo ano junto com sua antiga turma, a sala ao lado da sua antiga. –ela disse sorrindo também.

—Até amanhã. –eu disse pegando minha mala e indo em direção a minha casa. Assim que cheguei, cai exausta no sofá e dormi o restante do dia, já que não tinha dormido nadinha no avião.

No dia seguinte acabei acordando um pouco cedo demais, me arrumei e fui andando até a escola tranquilamente. Eu sabia que teria que passar por uma enxurrada de perguntas quando entrasse na sala, mas tentava não pensar muito nisso. Assim que entrei, para meu alivio, a sala estava vazia, como sempre ficava, já que eu era uma das primeiras que sempre chegava no colégio. Me acomodei em uma cadeira, peguei um livro para tentar esconder um pouco o meu rosto, e me pus a lê-lo. Eu podia escutar vários cochichos enquanto todo mundo entrava na sala, mas nem por um momento me desvencilhei do livro, apenas o larguei quando um professor chegou.

Assim que o fechei e o guardei na mochila, a sala inteira me olhou em completo silencio, como se estivessem vendo um fantasma. Apenas continuei olhando para frente, tentando não retribuir os olhares curiosos e de deboche direcionados a mim. Quando o professor em questão começou a falar, todos começaram a prestar atenção nele e eu suspirei de alivio. Eu sabia que alguma hora, todos os 37 alunos que se encontravam ali, iriam começar a enxurrada de perguntas, então apenas prestei atenção as aulas e me preparei.

—Então, você desistiu. –uma das garotas veio até a minha cadeira quando todas as aulas acabaram e todos da turma começaram a prestar atenção em nós.

—Não, não desisti. Apenas estava tendo uns problemas por lá. –eu disse calmamente enquanto guardava meu material.

—Problemas? Você foi expulsa, né? –ela perguntou rindo. –Não se preocupe, todos nós sabíamos que iria acontecer. Você é mais fraca que as suas amigas nas matérias, principalmente em matemática, não?

—Apenas não fale o que não sabe! Eu não desisti e não fui expulsa, ok?! –eu disse revirando os olhos e colocando a mochila nas costas. –Se vão acreditar ou não, isso é com vocês, mas eu tenho meus motivos para estar aqui agora. –e sai da sala.

—Com certeza ela foi expulsa. –ouvi alguém falar num tom de deboche e algumas pessoas começaram a rir baixinho. Comecei a andar mais rápido até chegar em casa.

Flashback off

—Letícia! –ouvi a professora me chamando e me tirando dos meus devaneios. –Caramba, hoje você está totalmente distraída, garota! Preste atenção nisso que vai cair na prova de sábado.

—Essa matéria vai estar na prova?! –ouvi um garoto perguntando chocado. –Isso não é justo!

—Eu decido o que é justo ou não! –disse a professora. –Apenas fique quieto e preste atenção! –e voltou a anotar algo no quadro.

Suspirei e comecei a anotar o que estava no quadro. Uma das coisas que não tinha pensado quando voltei é em como senti um pouco de falta de falar português. Fiquei meses apenas falando japonês, até mesmo com as meninas, o que acarretou de eu acabar vez ou outra errar ou esquecer alguma palavra em português. É totalmente estranho quando você fica muito tempo sem falar sua língua nacional e depois esquece algumas coisas dela.

—Estão dispensados. –ouvi a professora dizendo e no mesmo momento mais da metade da turma saiu praticamente voando. Guardei minhas coisas calmamente e me dirigi a saída.

Outra coisa que não tinha pensado antes de voltar, estamos no verão aqui e o calor está insuportável, principalmente por causa da blusa de manga, calça e tênis que somos obrigados a usar todos os dias que temos aula ou prova, que ocorre todo sábado. Isso me fez pensar que prefiro mil vezes ter aula aos sábados do que prova, mas isso era algo que o colégio nunca iria aceitar como no Ouran.

—Está viajando de novo? –ouvi alguém perguntando e me virei.

—E se eu estiver, qual o problema? –eu perguntei ríspida para a garota que me encarava.

—Ui, está irritada porque foi expulsa, é? –ela perguntou sorrindo com deboche.

—Já não basta você falando o tempo todo que fui expulsa durante todas as aulas, não? –eu perguntei ficando mais irritada.

—Apenas estou dizendo a verdade... –ela disse e começou a andar, rindo com alguns de nossos colegas que estavam com ela. Fui andando até em casa totalmente furiosa, mas acabei preferindo ficar pelo parque que tinha perto dela por um tempo. Me sentei em um banco que estava embaixo de uma árvore e tentei me acalmar.

—Eu não estou mais aguentando.... –eu disse respirando fundo e soltando o ar devagar. –Já faz um mês que estou longe de todo mundo, tenho que aturar gente engraçadinha, esse calor está cada dia pior e só tenho mais duas semanas até que o acordo que fiz com a diretora acabe! –bati no banco com um punho. –Será…que eu estava errada? –me perguntei deitando no banco. –Será que tudo não foi coisa da minha cabeça? Será que o Takuya e a Akemi não estão juntos? Ai…são tantas perguntas sem resposta.... –eu disse e suspirei olhando para as folhas da árvore. –Será que eu ligo para algum deles? –peguei meu celular e na mesma hora o guardei novamente. –Não, eu tenho que confiar neles. Se tivessem descoberto algo, eles me ligariam. –de repente me levantei rapidamente do banco. –Será que ainda não encontraram meu bilhete? –fiz uma cara um pouco triste. –É....deve ser isso.... –voltei a me deitar. –Mas eu deixei num lugar tão fácil! Elas olhariam com certeza a gaveta da cabeceira da cama que eu estava! Ou será que não? Argh, isso é tão frustrante! –respirei fundo e me levantei do banco de vez. Ficar ali não me traria nenhuma das respostas que eu queria.

Entrei em casa e fui logo fazer algo para comer antes que o horário das aulas voltasse. O bom de se morar sozinha é que não tem ninguém para reclamar sobre o que você pode comer ou não, mesmo que você seja uma pessoa que tenta sempre manter o peso e só as vezes coma uma coisa com algumas calorias a mais. O ruim de se morar sozinho é que quando você quer conversar ou precisa de um pouco de atenção, você não tem alguém ali para fazer essas coisas. É nesses momentos que mais sinto falta dos meus pais e das meninas. Elas, as vezes, me faziam companhia nos meus momentos de fossa, era bom tê-las por perto quando a solidão me abatia. Tirei esses pensamentos da mente, comi rapidamente o que fiz e voltei para a escola.

—Finalmente acabou! –eu disse feliz enquanto me espreguiçava e saía do colégio depois de assistir três horas de aula de geografia. –Agora posso ir para casa e ficar de bobeira a vontade.

—Cuidado para não ser expulsa daqui também, viu? –a garota que estava me irritando mais cedo disse enquanto passava ao meu lado.

—Sério, qual o seu problema comigo?! –eu gritei quando já estávamos fora da escola. –Desde que voltei você fica soltando essas piadinhas! Cansa ok?! Ao invés de ficar dizendo coisas pelas minhas costas, fala na minha cara!

—Você quer realmente saber qual o meu problema? –ela me perguntou retoricamente. –Você e suas amigas acabaram ganhando esse intercambio e todos nós tivemos que ficar aqui! Eu até entendo o porquê delas terem ido, já que são boas em algumas matérias, mas você é mediana em quase todas. EU sou mais inteligente que você e não ganhei a droga do concurso, até acho que foi armação de vocês!

—Ok, primeiro abaixa o tom de voz. –eu disse e ela cruzou os braços fazendo uma cara de impaciência. –Segundo, nunca armaríamos algo assim, e nem teria como, já que todos os testes foram corrigidos por professores E por computadores, caso não saiba. Terceiro, foi nos dado esse intercambio por conta das nossas notas de conhecimentos gerais, as outras tiveram outro peso, ok? E pare de se achar superior só porque você tem excelentes notas!

—Você não manda em mim, ouviu? E se eu quiser continuar falando mal de você, problema meu! –ela disse e na mesma hora senti uma forte vontade de lhe dar um tapa, mas respirei fundo e apenas a encarei. –O que foi? O gato comeu sua língua? Não vai me responder como sempre faz?

—Prefiro não me rebaixar ao seu nível. –eu disse começando a andar, mas parei e a encarei. –Você mudou, não sei porque, mas mudou. Antes a gente mal conversava, mas você era simpática comigo. A inveja te corroeu por dentro pelo que percebi. Espero que volte a ser como era, antes que perca mais amizades. –e voltei a andar, onde ninguém me seguiu.

Voltei para o parque que fui mais cedo e me deitei de novo no banco, pegando o livro que estava lendo no momento. Depois de ler umas cinco páginas, o larguei e fiquei apenas olhando para o céu, ou pelo menos o que eu conseguia ver devido as folhas das árvores por incontáveis minutos.

—Está anoitecendo.... –eu murmurei depois de um tempo, me sentando e vendo o sol se por. -Melhor ir para casa, ficar aqui está me deixando mais triste ainda.... –e fiquei de pé, virando para a direção da minha casa, mas na mesma hora congelando no lugar. A poucos metros de mim, e de costas, estava alguém sentado num banco também olhando para o céu. Por um momento, pensei que conhecia aqueles cabelos que balançavam com a leve brisa da tarde, mas fiz com que minha mente raciocinasse e parasse de me pregar peças. Mesmo assim fui andando em sua direção já que teria que passar por onde a pessoa estava para poder chegar em casa.

—Acho que entendo porque você ficou tanto tempo observando o céu... –ouvi a pessoa dizendo quando passei por ela e paralisei. Aquela voz...não, não poderia ser, mas continuei parada, apenas esperando que a pessoa continuasse.

—É....é mesmo? Então me diga sua o..opinião. –eu disse um pouco nervosa e ansiosa já que a pessoa não falou mais nada.

—Ele dá uma sensação de paz, uma tranquilidade. Como se te renovasse as esperanças de que algo bom vai acontecer. –a pessoa disse virando o rosto e me encarando com um sorriso. –É um pouco diferente do que se sente quando olha lá do Japão, não acha?

—Tem razão…é totalmente diferente. –eu disse sorrindo de leve e o olhando fixamente. –Principalmente quando vemos com alguém especial, né Hikaru? –ele sorriu mais ainda e se levantou, vindo para o meu lado. –Mas sinceramente, já estava perdendo as esperanças. Você demorou demais para o meu gosto, sabia?

—Vamos para a sua casa e lá vou explicar tudo, ok? –ele disse pegando uma das minhas mãos. Apenas concordei com a cabeça e fomos até minha casa. Assim que abri a porta e entrei, fui jogada violentamente no chão por duas pessoas me abraçando fortemente.

—MENINAS! QUE SAUDADES QUE EU ESTAVA DE VOCÊS! –eu disse abraçando elas.

—NUNCA MAIS FAÇA UMA IDIOTICE DESSAS, OUVIU?! –gritou Yza me dando um tapa de leve no braço.

—Você devia ter nos contado que estava tão preocupada assim conosco! –disse Jenny com uma cara emburrada.

—Foi mal, mas funcionou? O Takuya deixou vocês em paz?! –eu perguntei curiosa.

—Por enquanto aquele traste não deu as caras novamente. –disse Damon encostado num canto e nos olhando.

—Deve então ter dado certo... –eu disse suspirando aliviada.

—Na verdade, temos ainda uma coisa que precisamos resolver. –disse Kaoru indo até onde eu estava e me dando um leve abraço quando as meninas me soltaram. –O Hikaru ficou doido de preocupação contigo, sabia? Mal foi para o clube por três semanas.... –cochichou Kaoru no meu ouvido e eu dei uma risada, me soltando dele.

—É bom saber que sou assim tão importante. –eu disse olhando para Hikaru e ele apenas desviou o olhar meio sem graça.

—LETY! –berrou Tamaki se jogando em cima de mim e me esmagando num abraço. –AINDA BEM QUE VOCÊ ESTÁ BEM! QUANDO SOUBE QUE TINHA VOLTADO PARA O SEU PAÍS, QUASE PEGUEI UM DOS AVIÕES DA MINHA FAMÍLIA E VOEI PARA CÁ PARA TE TRAZER DE VOLTA! NOSSA FAMÍLIA FICOU MUITO INFELIZ QUANDO VOCÊ SE FOI! –e começou a chorar.

—Calma Tono... –eu disse fazendo carinho na cabeça dele.

—Lety-chan, Lety-chan! –me chamou Honey-sempai e eu o olhei sorrindo. –Nunca mais faça isso conosco, senão eu e Takashi teremos que te castigar! –disse sorrindo e Mori-sempai assentiu. Na mesma hora, senti um frio na espinha.

—Desculpa Honey-sempai e Mori-sempai, não ocorrerá novamente! –eu disse dando um sorriso de medo, mas feliz. –Agora, se me dão licença, eu preciso desesperadamente comer alguma coisa.

—Eu, Yza e Haruhi fizemos algumas coisas para comermos! –disse Jenny animada. –A gente imaginou que você estaria com fome depois de ficar tanto tempo no parque.

—Perai, desde quando vocês chegaram?! –eu perguntei surpresa por eles saberem que eu tinha ficado tanto tempo no parque.

—Faz algumas horas... –disse Yza. –A gente até pensou em te fazer uma surpresa no colégio, mas pensamos melhor não levar todos esses doidos para lá.

—Ainda bem que não levamos mesmo! –disse Jenny aliviada.

—Por que? –perguntou Haruhi quando saiu da cozinha e me deu um leve abraço.

—Levar seis, digo, sete caras lindos para um colégio cheio de garotas taradas nunca é uma boa ideia! –eu e Jenny dissemos juntas.

—É capaz de todas as pessoas da escola e da rua pararem apenas para vê-los. –disse Yza suspirando. –Agora vamos comer, que estamos todos famintos!

—Mas então, vocês descobriram alguma coisa? –eu perguntei quando todos nós estávamos espalhados pela sala com um prato de macarronada com almôndegas. Essa visão me fez rir, lembrando do nosso primeiro dia no Japão.

—Você nem imagina o quanto.... –disseram os gêmeos e começaram a me contar tudo que aconteceu e descobriram no último mês.


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer pelos reviews que recebo, são poucos, mas preciosos demais para mim *---*
Até a próxima :3



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