Segunda chance escrita por MylleC


Capítulo 6
Aquela idéia estranha que acaba sendo a melhor coisa


Notas iniciais do capítulo

Eaeee genteeee. Vocês estão preparados? Porque esse capitulo inicia a loucura dos próximos kkkk
Desculpa não ter postado semana passada. Fiquei sem internet até sábado de manhã e eu reeeeealmente precisava atualizar algumas séries e arrumar algumas coisas do capitulo. Então deu uma atrasada. Enfim, la em baixo eu falo mais. Boa leitura!



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Tudo está escuro

É mais do que você pode aguentar

Mas você pega mais um raio de luz do sol

Brilhando

Brilhando no seu rosto

Seu rosto

Em seu rosto

(In my veins)

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Pov Felicity

O celular em cima da mesa começou a tocar e eu rapidamente identifiquei como o celular em que Capitão Lance usava para se comunicar com a gente.

Oliver pegou o telefone e atendeu, colocando no viva voz.

–Capitão.

“-Temos um problema, e por você não ter aparecido, presumo que não tenha ficado sabendo. O que deve ser por causa da Srta.Smoak ainda e coma, vocês estão bem bagunçados por ai, não?”

Oliver suspirou cansado e me olhou enquanto respondia.

–Um pouco. O que houve capitão?

“Uma serial Killer perigosa escapou da prisão de Iron Higts e duas pessoas foram assassinadas por ela. Sabemos que é ela pela forma que as vitimas morreram, fomos até a prisão confirmar e ela realmente escapou.

–Qual o nome?

–Manoela Bernadette

–Vou ver o que posso fazer.

Oliver desligou o telefone e pegou o seu, provavelmente ligando para Diggle.

–Jhon, temos uma serial killer pra pegar. –Depois de Jhon dizer algo em resposta Oliver pediu para ele avisar Roy e Laurel e desligou o telefone indo até seu traje para vesti-lo.

Xxxxx

–Porque uma pessoa assassinaria médicos? –Roy perguntou, depois de Lance ter explicado a Oliver o porquê a tal Manoela estava matando médicos.

–Lance disse que o marido e a filha dela sofreram um acidente de carro, mas os médicos não conseguiram salvá-los. Ela se revoltou.

Jhon suspirou e girou na cadeira para encarar os demais na sala.

–O programa de Felicity de reconhecimento facial não está encontrando nada.

Mexi nervosamente meus dedos, pensando em algo para ajudar. Já estava cansada disso de só observar.

–Oliver. –Chamei. Ele me olhou discretamente. –Senta na cadeira e faz tudo o que eu mandar.

Ele me olhou confuso e eu andei até a cadeira.

–Anda logo, vou tentar ajudar vocês a achá-la.

–Ann, Jhon, me deixe tentar uma coisa. –Disse Oliver, se sentando na cadeira no lugar de Jhon que o olho sem entender.

–E você por acaso sabe mexer direito nessa coisa? –Perguntou.

–Oliver, abre aquele programa com o símbolo laranja. –Pedi. Me lembrando de usar uma “linguagem” do tipo que ele entenderia.

–Vi Felicity fazer isso muitas vezes, vou pelo menos tentar. –Respondeu Oliver, enquanto clicava na onde eu havia falado.

–E tentar o que exatamente?

–Não faço idéia. –Sussurrou para apenas eu ouvir.

Sorri e me concentrei no que falar para ele fazer.

Alguns minutos se passaram, talvez uma meia hora para enfim ter concluído a pesquisa. Estava realmente difícil de ditar tantos códigos e comandos á Oliver, ele ficava pelo menos dois minutos procurando as teclas que eu falava. Mas enfim, supomos que Manoela estava na casa antiga em que ela morava com a Familia e que não tinha sido posto a venda nem para aluguel. A casa era bem grande e supomos que deva existir certos esconderijos que a policia não conseguiu achar.

Oliver, Roy e Laurel partiram para a missão enquanto Jhon os guiava. E novamente la estava eu, sem poder falar propriamente com Oliver pelo comunicador e torcendo para nenhum deles se machucar. A maluca da Manoela estava na casa, em um esconderijo dentro de seu armário onde no fundo havia uma parede falsa.

–Pensei que seria mais complicado. –Disse Roy quando os três chegaram depois de Lance e o resto da policia terem ido pegar Manoela. –Até me fez lembrar de quando Feli... –Interrompeu a frase no meio e uma sombra se passou por seu olhar ao mesmo tempo em que seu semblante ficava sério.

Diggle apertou seu ombro.

–É, sabemos. –Confirmou. –Parece até que tinha baixado um espírito nerd no Oliver. Eu nunca reparei em todas aquelas coisas que Felicity fazia no computador Oliver. Muito menos decorei aqueles códigos.

Oliver estava apreensivo. Isso era visível, pelo menos para mim era.

–Eu ann, é. Foi estranho. –Limpou a garganta e foi em direção as escadas. –Vou sair, dar uma volta. Acho que já podem voltar para casa descansar. Não acho que vai aparecer mais nada hoje.

Eles assentiram e Oliver me olhou, pedindo com o olhar que eu o seguisse. O fiz rapidamente, correndo para alcançá-lo.

–Hey. –Chamei. –Tudo bem?

Ele abriu um sorriso enquanto me olhava. Saímos da verdant caminhando pela rua escura.

–Sim, quero te levar a um lugar.

–Onde?

–Você vai ver.

Andamos mais um pouco com um silencio confortável entre nós. Estava curiosa para saber onde ele estava me levando, mas sabia que ele não diria se eu perguntasse, então apenas me mantive em silencio e o acompanhei.

Pov Oliver

Não era grande coisa o lugar para onde eu a estava levando, mas eu queria fazê-lo mesmo assim. Chegamos em um dos prédios mais altos que havia em Starling, perdendo apenas para a QC. Subimos até o telhado e eu estou realmente surpreso por Felicity não ter insistido o caminho todo para que eu contasse aonde iríamos.

–Então... Tudo isso para subirmos no telhado de um prédio? - Perguntou confusa.

Sorri enquanto caminhamos até a beirada certa do edifício. Observei ela enfim apreciar a grande vista que tínhamos dali. Os prédios, as casas, os carros e bem la atrás o oceano.

–Gosto de vir aqui ás vezes, quando não consigo dormir principalmente. É onde posso ver a cidade toda e observar em como ela está tranqüila e me sinto bem em saber que eu contribuo para que ela permaneça assim.

–Contribui? –Felicity riu sarcasticamente. –Você é a razão por ela estar assim Oliver. –Disse.

A observei, sentindo meu coração se aquecer com visão de Felicity ali e atrás todo o cenário da cidade. Como se ela fosse a peça que faltava para a visão ficar perfeita e agora ela estava.

–O herói da cidade é sempre o responsável por ela estar bem. –Continuou. Alheia a mim observando-a.

Felicity se virou para mim ao notar meu silencio. Nossos olhares se encontraram e nenhum de nós ousou quebrar esse contato.

–Sabe, estive pensando esses dias em como éramos antes do seu acidente. –Comecei a falar, Felicity me olhou intrigada pelo assunto, mas não me interrompeu. –Nas brigas bobas que tínhamos.

–A culpa era toda sua. –Acusou, mas um sorriso brincava em seus lábios rosados. –Sempre invocando com Barry. E teve aquela vez em que o Sr. Palmer pediu para conversar comigo depois que vocês terminaram a reunião.

–É, isso tudo parecia mesmo discussões sem sentido nenhum.

–Parecia?

–Me deixe terminar. –Briguei com ela, antes que me perdesse no que iria falar.

Sorrindo, assentiu com a cabeça me deixando prosseguir.

–Como eu dizia. Pareciam ser discussões sem sentido, mas pensando esses dias, enfim achei uma explicação boba para todas elas.

–Ah, você achou? Adoraria saber, Oliver.

Sorri e mexi nervosamente em meus dedos. Pensei por onde começar.

–Você sabe, eu costumava ser um playboy inconseqüente que saia com muitas garotas.

–Sei. E o que isso tem a ver?

–Felicity, com todas as garotas em que eu sai por uma noite, ou algumas que duravam mais alguns dias, tem uma coisa que eu nunca senti por nenhuma delas. Nem mesmo por Laurel que eu cheguei a ter um relacionamento por um tempo. Apesar do meu grande histórico com mulheres, tem um sentimento que eu não senti por nenhuma, nunca na minha vida até você aparecer.

Ela franziu o cenho intrigada, ansiosa por minha revelação e eu ri nervosamente. Respirando fundo e soltando de uma vez.

–Ciúmes, Felicity.

Felicity sorriu incrédula.

–Impossível Oliver, impossível uma pessoa nunca ter sentido ciúmes na vida.

–Bom, nunca tive motivos para isso. Talvez ciúmes de irmão, por Thea algumas vezes, mas com as outras pessoas eu nunca tive motivos e nunca tive um “surto” de ciúmes ou coisa assim. E acho que esse foi o motivo por eu demorar tanto para entender o porquê de não querer nenhum cara perto de você e de ter todas aquelas discussões bobas com você. Ciúmes.

Felicity engoliu em seco. Seus olhos brilharam com um “que” a mais de alguma emoção indefinida. Sua boca abriu e fechou enquanto ela parecia procurar as palavras.

–Isso não faz sentido Oliver. –Disse. –Po-Porque você teria ciúmes de mim?

–Porque você é especial. – Disse com sinceridade. Ela pareceu chocada pela resposta direta, mas não me interrompeu – Você é especial e eu não queria qualquer um se engraçando pra cima de você. Eu sei que tecnicamente não tenho direitos para isso, sentir ciúmes ou interferir em sua via amorosa. Mas, é algo mais forte do que eu. Simplesmente não consigo ver alguém se aproximar de você dessa forma e ficar sem fazer nada, porque você é boa demais para qualquer um deles e só eu sei o quanto eles não te merecem. –Falei, um tanto possessivo. –Você é boa demais até pra mim, mas já não é mais algo que eu possa controlar.

–Controlar o que? –Sua voz era fraca, sussurrada e emocionada.

–Meus sentimentos por você. –Revelei. Sentido cada músculo do meu corpo enrijecer. Eu estava falando para ela. Planejava contar apenas quando ela acordasse, mas eu não sabia o que aconteceria depois, o que aconteceria amanhã ou no minuto seguinte. Eu tinha que dizer enquanto eu tinha tempo e não deixar para depois. –Demorei um pouco para perceber e me sinto idiota por isso. Mas é a verdade, eu... Eu amo você.

Felicity passou a ponta da língua nos lábios, umedecendo-os. Me aproximei, sentindo meu coração bater no peito, acelerado. Desesperado e ansioso.

–Oliver... Eu... Não sei o que te dizer. –Sussurrou.

Sorri e me aproximei mais. Normalmente, pela proximidade já éramos para sentir o calor um do outro, mas isso obviamente não aconteceria agora. Apesar disse meu cérebro parecia não querer raciocinar esse grande detalhe de que não conseguiríamos nos tocar. Como se essa parte que pensava nisso estivesse dormindo e não fosse acordar tão cedo.

–Você não precisa dizer nada agora. Apenas eu estou falando e não estou exigindo uma resposta agora, apenas queria que você soubesse. –Sussurrei.

Felicity sorriu, parecendo sem palavras. O olhar grudado ao meu. Brilhando, dizendo o que sua boca não conseguia pronunciar. Sorri e me aproximei mais um pouco, parando a centímetros de sua boca. Esperando.

Ela mordeu o lábio inferior e novamente passou a ponta da língua sobre ele. E enfim se aproximou de mim, encostando levemente nossos lábios e como acontecia com nossas mãos quase podíamos sentir. Fechamos os olhos, tentando capturar cada mínima sensação do quase encostar. Definitivamente uma experiência que ninguém nunca teve na vida. Sorrimos ao mesmo tempo, nos separando alguns centímetros. Abrindo os olhos que transbordava de múltiplos sentimentos juntos.

Olhei novamente para a vista de toda a cidade, percebendo o sol que começava a nascer, uma vista perfeita em um lugar perfeito com a pessoa perfeita. Senti Felicity juntar levemente nossas mãos e sorri uma vez mais.

Meu celular tocou depois de algum tempo em que ficamos ali, em silencio apreciando a vista. O peguei contrariado e estranhei ao ver o nome de Donna no visor. Felicity me olhou igualmente preocupada e confusa.

–Alo. - Atendi.

–Ann, Oliver. Não sei como dizer isso... –Ela parecia nervosa e isso me preocupou.

–Aconteceu algo com Felicity? –Perguntei, já sentindo o pavor tomar conta de mim.

–Sinto muito Oliver, sinto mesmo. Mas, eu tinha... –Ela parecia estar a beira das lagrimas. A voz trêmula e embargada. -Eu preciso fazer o que é melhor para minha bebê e ela precisa... Ela precisa descansar. Eu assinei os papéis, Oliver.

O ar a minha volta pareceu ficar mais denso e mais difícil de se respirar. Entrando acidamente em meus pulmões, ardendo tudo por dentro, meu coração doeu ao bater acelerado em meu peito e minha mão quase soltou o celular, segurando-o fragilmente entre os dedos. Isso não poderia estar acontecendo. Troquei um olhar extremamente aflito com Felicity.

–Vão desligar os aparelhos ao meio-dia. –Donna explicou. –Todos estão vindo se despedir.

Desliguei o telefone, olhando sem chão para Felicity a minha frente.

–Não... –Sussurrei.

–Oliver, calma. –Ela tentou me acalmar, mas também estava muito apreensiva.

–Não Felicity, isso não pode acontecer, meu Deus... Temos que fazer algo.

–Fazer o que? Oliver, não podemos fazer nada, eles vão... –Felicity levou as mãos ao rosto, cobrindo-os. –Eu vou morrer... –Sussurrou. –De verdade.

Queria pode abraçá-la, beijá-la de verdade. Apertá-la contra mim e repelir qualquer pessoa, qualquer coisa que tentasse tirá-la de mim. Mas eu não podia fazer isso, o desespero dentro de mim piorando. Meu coração cada vez mais comprimido e enfim as lagrimas se fizeram presentes.

–Nã-Não posso aceitar isso. –Sussurrei.

Felicity me olhou impaciente.

–Vai ser feito Oliver, não podemos fazer nada. –Se aproximou de mim e parecia ter o mesmo desejo que o meu. Me abraçar e ficarmos ali, aproveitando o pouco de tempo que restava. Mas não era possível.

Algumas lágrimas rolavam pelo seu rosto e percebi as minhas próprias escorrerem.

–Obrigada Oliver. –Disse, a voz embargada, mordeu o lábio brevemente antes de tomar fôlego e continuar. –Obrigada por me fazer ter a melhor ultima noite que eu poderia ter. E Está tudo bem. Eu vou ficar bem. Acho que apesar de tudo, enfim chegou a minha hora, mas ainda podemos aproveitar essas ultimas horas, ficar aqui. E aconteça o que acontecer... Vou sempre ser a sua garota, Oliver.

Não sei ao certo o que fazer ou dizer, minha mente entrou em um torpor parcial onde eu queria fazer tudo e nada ao mesmo tempo. Processei suas palavras, a realidade caindo em cima de mim em um baque surdo. Eu iria perdê-la.

–Pra sempre. –Foi apenas o que consegui pronunciar.

Repetindo o gesto de antes ela se aproximou de mim, fazendo novamente o quase contato de nossos lábios unidos. Em uma despedida parcialmente negada. Como eu viveria sem Felicity Smoak em minha vida, como?

–Eu não posso perder você. –Sussurrei ao nos separarmos novamente. Não me importei com minha voz que saiu embargada pelas lagrimas incontidas –Não posso amor.

–Queria que tivesse algo que pudéssemos fazer... Mas não tem. –Murmurou.

Suspirei, minha mente trabalhando a mil e a inconformidade crescendo cada vez mais dentro de mim. Não cheguei até aqui para desistir agora. Eu não faria isso, não ficaria sentado esperando que a matassem. Pelo amor de Deus, eu sou o Arqueiro, não vai ser a assinatura em meia dúzia de papeis que vai tirar a garota que eu amo de mim. Eu vou salvá-la, nem que eu tenha que atirar flechas com sedativo em cada médico daquele hospital.

–Na verdade tem sim algo que posso fazer. – Falei completamente decidido.

–O que? –Felicity perguntou hesitante, temendo minha resposta. E ela deveria.

Respirei fundo e olhei profundamente em seus olhos.

–Eu vou roubar o seu corpo.

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Lágrimas escorrem pelo seu rosto

Quando você perde algo que não pode substituir

Lágrimas escorrem pelo seu rosto

Bem lá em cima ou lá embaixo

Quando você está apaixonado demais para desistir

Mas, se você nunca tentar, nunca saberá

Exatamente qual é o seu valor

( Fix you )


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Notas finais do capítulo

Eaeeee. Vai ter prévia do proximo capitulo que vou postar amanhã. Eaeee gostaram? Próximo capitulo está insano. Muita correria, muita loucura, muitas lágrimas, muita emoção.
Não teve declaração dela nesse, mas quem sabe no próximo?
Enfim, ai vai a prévia.

“-Nem que eu fique a vida toda na cadeia, o que me importa é você permanecer viva.”

“-Talvez pra quem esteja em toda essa loucura com você desde o começo.”

“-Você vai tentar isso outra vez? – Felicity falou, indignada.
—Eu preciso. (...)”

“(...)Estou dentro.
—Beleza, estou dentro também. –Concordou animado.”

“-Oliver, rápido. Faltam vinte minutos.”

“-Prontos? –Liguei o comunicador e os dois fizeram o mesmo. –Em três...Dois...Um.”

“Meu desespero aumentava e empurrei a maca pelo corredor, chegando á grande sala da recepção onde só se aglomerava mais dos seguranças que chegavam de toda a parte.”

“(...)Anunciando os batimentos que caiam cada vez mais. E por um momento esse foi o único barulho que preenchia o local.”

“-Não, não, não, não, não. Felicity!”

“–Eu amo você.”

Eaeeee, gostaram? Obrigada a todos que estão comentando, favoritando, recomendando. Muito mesmo, fico muito feliz com eles. Continuem comentando, favoritando, recomendando kkkk amanhã tem mais, bjsss.