Segunda chance escrita por MylleC


Capítulo 5
Toda provocação tem suas consequencias


Notas iniciais do capítulo

Eaeee gentee. E essa terça que não chega né? Chegou eeee e aqui estou eu com mais um capitulo.
Mas, antes e qualquer coisa. Eu quero dar uma mordida na bochecha da fofa da Paloma que fez uma recomendação na fic, muuuuuito obrigada amore, amei.
Espero que gostem do capitulo. Boa leiitura!



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Ter Felicity no meu dia-a-dia era algo maravilhoso. Eu não conseguia ficar bravo ou estressado, pois ela sempre conseguia me fazer rir e relaxar. Me despreocupar com o que quer que fosse. O maior motivo de estresse no momento era o maldito documento que Donna tinha que assinar para desligarem os aparelhos de Felicity, ela ainda não havia assinado, mas também não descartou essa possibilidade. Já discuti com ela sobre isso duas vezes nessa semana, mas nada é resolvido. E pela primeira vez a discussão chega em Jhon.

–Ela só está tentando fazer o que é melhor para Felicity, Oliver. –Disse.

–Como que o melhor para ela pode ser... Morrer, Diggle? Não concordo com isso e ponto.

Ele bufou, parecendo desistir de discutir. Me virei revoltado para ele, não entendendo em como ele estava aceitando tudo isso.

–Oliver, não faz isso. –Disse Felicity ao meu lado, percebendo minha intenção de discutir. A ignorei, a revolta estava me sufocando demais.

–Como pode concordar com isso Jhon? Como pode concordar que a matem?

Ele me olhou chocado e ofendido.

–Eu não quero que isso aconteça Oliver, mas você já deu uma boa olhada em Felicity naquela cama? Meu... Meu coração se despedaça sempre que vejo minha amiga naquela situação e tudo o que eu quero é que ela acorde, mas então eu olho para seus aparelhos. O coração fraco o cérebro não responde e tudo o que eu quero é que ela saia daquela cama, mas... Isso está a cada dia mais impossível. Eu tentei Oliver, estou tentando não perder as esperanças, mas é difícil e você sabe. Agora sempre que a olho daquele jeito eu quero que ela tenha paz! Que descanse. Não que passe o resto dos anos em uma cama.

Parou de falar com a respiração ofegante, esperando minha reação. Olhei Felicity ao meu lado, tão atônita quanto eu.

–Ela vai acordar. –Foi tudo o que eu disse. –Ela vai.

–E como pode ter tanta certeza? Eu sinceramente e infelizmente estou perdendo as minhas esperanças Oliver.

–Já te disse como eu sei. –Soltei.

–De novo não... –Ouvi Felicity murmurar ao meu lado.

–Ah, me esqueci. Você a vê. –Disse Jhon. –Oliver, a pior parte é que eu acho que você não está olhando a realidade.

–Jhon...

–FELICITY NÃO ESTÁ AQUI. –Gritou. Respirou fundo, tentando se acalmar. –Ela não está Oliver, você tem que parar de acreditar que a está vendo. É apenas a maneira que seu cérebro criou para te ajudar a passar por isso, mas não está te deixando ver a real situação. –Ele se aproximou de mim e me olhou de forma pesarosa. –Felicity está morrendo. -A dor estampada em sua voz denunciava que dizer aquilo doía nele. –Infelizmente é a verdade, e está na hora de você começar a aceitar isso.

–Nunca vou aceitar isso. –Afirmei.

Me virei e subi as escadas até a boate e sai pela porta. Ouvi Felicity atrás de mim e apenas diminui o passo quando já tinha andando uma boa parte pra longe da Verdant.

–Isso tudo está errado. –Disse para Felicity, que agora andava ao meu lado. –Acha que sua mãe assinaria aquilo? –Perguntei.

Felicity me olhou em duvida, mordeu o lábio inferior brevemente e pareceu pensar.

–Não sei. Uma parte de mim diz que não, mas a outra diz que sim. Eu realmente não sei. Talvez, se ela realmente acreditar que isso é o melhor pra mim.

–Talvez eu deva contar pra ela também. –Sugeri.

Felicity arregalou os olhos e me encarou desesperada.

–Pelo amor de Deus Oliver, não! Ela não vai acreditar. Não vamos passar por isso de novo.

–Então não sei o que fazer.

–Talvez esquecer um pouco isso.

A olhei surpreso por essa sugestão. Com esquecer?

–Essa semana foi estressante com tudo isso, vamos sei la. Relaxar um pouco, só esquecer. –Sorriu para mim, esperando uma resposta.

Senti meu coração acelerar e respirei fundo.

–Okay, tudo bem, vamos relaxar um pouco. Onde a senhorita fantasmagórica quer ir? –Brinquei.

–Oliver! Você vai ver a “Senhorita fantasmagórica” jaja quando eu te atravessar e te dar uma dor de cabeça até amanhã.

Me lembrei da nossa ultima “discussão” quando eu novamente me esqueci e fechei a porta antes que ela passasse. Resultado: Ela teve que atravessar a porta e, furiosa, meteu a mão na minha cabeça e a ficou atravessando até eu reclamar de dor de cabeça.

–Você não faria isso de novo. –Duvidei, erguendo uma sobrancelha em sua direção.

–Não duvide de mim. Eu faria sim.

Passamos por um pequeno parque donde haviam crianças correndo, pessoas tomando sorvete, conversando e fazendo todas essas coisas que as pessoas fazem em parques.

–Daria tudo por um grande sorvete de chocolate. –Comentou Felicity, quando já estávamos quase terminando de passar o parque.

Fiz uma careta. Odeio sorvete de chocolate.

–Odeio sorvete de chocolate. –Comentei.

Ela me olhou incrédula.

–Como pode odiar chocolate?

–Não odeio chocolate. Odeio sorvete de chocolate. Não é a mesma coisa, e não que isso importe, mas só pra você saber muitas pessoas não gosta de chocolate.

–Tudo bem, senhor anti sorvete de chocolate. Do que gosta?

–Baunilha ou de coco.

–Não gosto de coco.

–O que? Como pode? –Repeti sua pergunta de antes.

–Odeio comer as coisas com coisinhas no meio. Não é o gosto o problema. O problema é o coco e seus cisco pequenos no meio das comidas.

–Isso é estranho Felicity, não tem coisinhas algumas, é só... Coco.

Ela me olhou fazendo uma falsa expressão ofendida.

–Não é nada estranho, muitas pessoas não gostam de coco e... –Ela parou de falar e se encolheu, fechando os olhos enquanto um cara louco corria em sua direção e passou diretamente por ela.

Felicity abriu os olhos e podia jurar que se ela pudesse estaria vermelha de raiva.

–Essas pessoas não respeitam mais os fantasmas alheios?

–Hey, você pode se auto chamar de fantasma e eu não?

–É claro. Eu posso, você não. Eu espero que aquele cara tenha uma baita dor de cabeça.

Meu celular tocou e eu o atendi rapidamente. Era um dos acionistas que concordou em fechar contrato com o projeto do departamento de ciências, apresentado na reunião da semana passada.

–Quem era? –Felicity perguntou quando desliguei o celular.

–Fechei mais um contrato com o projeto do departamento de ciências. – Contei feliz. A empresa estava voltando a dar certo e isso era ótimo.

–Isso é ótimo Oliver. –Compartilhou da minha alegria. O que me fez lembrar de algo da semana anterior.

–Eu tenho uma pergunta. –Falei. Felicity me olhou esperando. –Como você sabia daquela minha reunião? Você não me contou. Não tinha como você mexer no computador ou na agenda. O que você fez? Possuiu a minha secretária? –Epa, acho que não devia ter dito isso.

Felicity abriu a boca para responder, mas a fechou depois de raciocinar o que eu disse. Me olhou com um olhar assassino e parou de andar, se virando para mim e apontando um dedo em meu peito.

–O que você acabou de dizer pra mim, Oliver Queen? – Estava quase gritando. Segurei o riso, notando novamente o quanto ela ficava adoravelmente assustadora brava. –Eu não... Eu não possui ninguém. Eu sou um, sei lá, fantasma, espírito. Não um demônio, você perdeu a cabeça?

–Felicity... –Tentei desconversar, ainda contendo o riso que queria sair. Tenho que admitir que realmente gosto de provocá-la com isso.

–Não! –Sorriu diabolicamente para mim e desfiz o sorriso que nem percebi que tinha escapado e se desenhado em meu rosto. –Acabei percebendo ultimamente o quanto você adora me provocar. Ótimo, minha vez de me divertir Queen.

–Felicity... –Dei um passo para trás. –O que você vai fazer?

–Não tinha pensado em tentar possuir alguém, até você me dar essa brilhante idéia.

–Hey, espera... Você não pode fazer isso. Felici... –Tarde demais. Ela avançou em minha direção e senti meu corpo se arrepiar, gelado. Uma estranha sensação de náuseas.

Okay, a coisa mais estranha foi depois disso quando minhas pernas, sem eu mandar, deram meia volta e começaram a correr desajeitadas, pela resistência da minha parte, em direção ao parque.

–Felicity... –Disse com dificuldade.

Paramos em frente ao vendedor de sorvete. Não, ela não faria isso.

Minha mão foi até em cima do desenho da casquinha de chocolate que haviam no carrinho do vendedor.

–Não, não, não, não! –O vendedor me olhou confuso pelo o que eu queria.

–Quer o de chocolate senhor?

Tentei dizer que não queria sorvete nenhum, mas minha cabeça apenas balançou positivamente.

–Espera... –Murmurei. Mas o homem já preparava meu sorvete, parecendo querer ignorar minha esquisitice. Minha mão foi até o bolso e tirou de la uma nota de um dólar.

Estendi contrariado a nota de dinheiro ao homem e peguei o sorvete. Me afastando.

Não tomaria aquilo. De jeito nenhum, ela não iria me obrigar a fazer isso. Nota mental: Não deixar Felicity realmente irritada nunca mais.

O sorvete veio em direção a minha boca, mas eu não a abri, travei com toda a força que consegui reunir. O que fez o sorvete lambuzar minha boca um pouco. Em um momento de distração, pelo choque do que ela havia feito, me esqueci de manter a força e deixar a boca fechada e acabei a abrindo. O que fez o sorvete vir em minha direção novamente.

Senti o gosto ruim do chocolate. Diferente do chocolate de verdade, o chocolate do sorvete era ruim, pelo menos para mim. Felicity fez o sorvete me lambuzar mais um pouco e enfim saiu de dentro de mim. Rindo alto e se dobrando parecendo sem fôlego.

Fiz uma carranca, percebendo que de um lado meu, um pouco afastado, tinha duas crianças rindo muito da minha cara. E alguma mães sentadas no banco me encarando de forma estranha. Me virei de costas para elas e comecei a andar. Felicity ainda ria e enfim parei, quando os outros já não podia mais me ver.

–Hey, dá pra você parar. Felicity, você é maluca.

–Oliver... –Conseguiu dizer em meio ás gargalhadas. Eu queria rir, mas me concentrei em permanecer com a carranca. –Nunca pensei que seria tão divertido possuir alguém. Olha para você, está todo lambuzado de sorvete.

Enfim cedi á cena e ri junto com ela. Okay, minha cara devia estar engraçada toda lambuzada de sorvete feito uma criança. Tirei o papel que envolvia a casquinha e o passei em meu rosto,limpando o Maximo possível e jogando os dois no lixo.

–Nunca mais faça isso. –Disse em meio ao riso junto com ela.

–Você quem provocou. –Respondeu.

Nos acalmamos e voltamos a andar, percebendo que estávamos na margem do grande lago.

–Isso foi assustador Felicity, aquele sorvete é horrível.

Felicity riu mais um pouco, respirou fundo e me olhou divertida.

–Imagina que máximo se passasse nos jornais amanhã. “Arqueiro é atacado por sorvete do mau” ou “Oliver Queen e a revolta do sorvete” – Voltou a rir da própria piada. –Você viu só aquelas crianças rindo de você?

–Meu Deus, Felicity. Eu espero que ninguém tenha me reconhecido!

–Ah, fica tranqüilo. Ninguém imagina que Oliver Queen vai ter tempo de ir ao parque passear e ser atacado por um sorvete.

–Tudo bem, Você está impossível hoje. –Falei, mas sem conseguir desmanchar o sorriso sincero em meu rosto. –Okay, agora me conta como você sabia da reunião.

–Ah. –Começou, gesticulando com a mão como se não fosse uma grande história. - Como eu disse, eu sai de madrugada para dar um volta na empresa. Quando já era de manhã e o movimento começou passei no departamento de ciências. E o gerente, aquele cara estranho que sempre esqueço o nome. Estava com a secretária dele que estava repassando os compromissos dele do dia. Então ela mencionou a reunião. Eu voltei correndo... Ou quase. Porque eu não corri exatamente e...

–Felicity!

–Certo, eu voltei e te avisei. Já que você dormia feito uma pedra.

–Eu não dormia feito uma... –Me lembrei que realmente dormi muito aquele dia. A noite toda sem acordar nem uma vez. –Tudo bem, talvez um pouco.

–Sim, você roncava. –Revelou.

A olhei chocado, eu não roncava!

–Não, eu não roncava coisa nenhuma. –Parei, me virando para ela e cruzando os braços.

Percebi o sorriso em seu rosto e sorri.

–Você só está me provocando. –Constatei.

–Talvez um pouco. –Admitiu. -Relaxa Oliver, você não faz um único som enquanto dorme. –Riu, enquanto voltávamos a andar.

Percebi que já começava a escurecer.

–Temos que voltar para a cave. –Comentei.

–Claro. –Concordou. Felicity parou de andar e eu também parei e me virei.

–O que? –Perguntei.

Ela riu e voltou a andar.

–Tem sorvete no seu nariz.

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–Pensei que não viria hoje. –Disse Diggle quando cheguei na cave.

Não estava mais irritado pela briga de mais cedo, pelo contrario. Ainda mantinha o sorriso em meu rosto sem conseguir desfazê-lo. Mas, é melhor evitar falar no assunto. Decidi que por enquanto vou deixar isso de lado e só vou me desesperar novamente se por acaso Donna resolver assinar os papeis. O que vou fazer agora, é manter a torcida para Felicity acordar. E quando ela o fizesse eu tentaria ter uma vida com ela.

Quer dizer, eu nem ao menos sei se ela sente algo por mim, mas eu posso tentar, certo? Como um relacionamento normal. Ter um encontro e essas coisas. E então dizer a ela como me sinto. Isso está me enlouquecendo. Eu quero dizer logo a ela e saber de uma vez qual a sua reação e sua resposta. Mas não é a hora ainda. Quero fazer as coisas certas, esse amor todo que estou sentindo é maior do que eu imagino e na verdade eu ainda estou tentando entender como isso funciona. Felicity desperta todas essas sensações em mim que nenhuma outra mulher nunca conseguiu. Há algumas horas atrás eu estava tão irritado que queria que o mundo explodisse, mas então foi só passar um tempo com ela que toda a revolta se dissipou e ela só conseguiu me fazer rir o tempo todo. Me fazer feliz como eu não tenho sido a muito tempo.

Estou voltando a me lembrar de como é bom ser Oliver Queen, além do arqueiro. Me distrair para variar. Me permitir sorrir e brincar com outra pessoa. Me permitir ser Feliz. Felicity está trazendo essa parte de mim de volta, e eu não quero perdê-la novamente. E é isso que vai acontecer se eu perder Felicity. Vou voltar a ser apenas o arqueiro e esquecer Oliver Queen.

–É, eu também achei. –Enfim respondi a Diggle. –Mas a cidade precisa do Arqueiro agora.

Encontrei o olhar de Felicity que estava sentada na cadeira olhando e sorrindo pra mim. Sorri de volta me esquecendo completamente de que Diggle estava ali.

–Oliver, isso na sua camisa é sorvete? –Diggle perguntou.

O olhei chocado. Ah não, achei que tinha limpado tudo. Felicity desatou a rir e dei um sorriso forçado a Jhon.

–É... Tive um acidente bem estranho hoje. – Olhei significativamente para Felicity. – Que eu espero que não se repita.

–Eu não prometo nada. –Disse Felicity.

Sorri, indo até meu traje de Arqueiro. Tinha que me preparar par apegar alguns bandidos.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Espero que sim. Comentem, favoritem, recomendem (Pra eu ter mais bochechas fofas para morder igual a da Paloma kkkk) Quem quiser deixar sugestão também, fique a vontade.