Por Eduarda:

As mãos deles segurando minha nuca, enquanto seus lábios macio tocavam os meus e sua língua passeava por cada canto da minha boca, naquele momento parecia que ele nunca tinha ido, que era o meu Lucas que estava ali comigo.
_Não pede desculpa.- falei quando ele se afastou.
_Não vou pedir, agora descansa, amanhã voltamos para casa.- fala passando a mão em meu rosto.
_Vai ficar aqui comigo?
_Vou, não vou te deixar, lembra?- ele pegou a poltrona que estava no canto e colocou perto de mim, começou a passar as mãos em meus cabelos.
“Como eu amava quando ele fazia isso. Estava com tantas saudades de seus carinhos.”
Fechei meus olhos e comecei a pensar nos momentos em que passamos juntos, depois de algum tempo acabei adormecendo.

Por Lucas:

Como ela era linda, queria tanto me lembrar dela, dos nossos momentos. Mesmo não a conhecendo, já sinto alguma por ela e vê-la assim, tão vulnerável me deixa mal e saber que tenho um pouco de culpa disso ainda me deixa pior, pois foi que não tive cuidado na estrada e coloquei a vida dela e do meu filho em perigo, quase os matei. Passei as mãos em suas barrigas e me permiti deixar algumas lágrimas cairem. Olhei para seu rosto e tive uma ideia.
“Vou recomeçar nossa história.”
Sei que fazendo isso, vou acordada o amor que está aqui dentro, e quero demostrar, quero que ela se sinta protegida e amada.
Olho para o relógio que tem ali no quarto e vejo que já são 6 horas da manhã, não dormi nada, mas isso não importar, vou aproveitar para fazer uma coisa.
Quando conversei como meu pai ele me deu um cartão, mesmo eu falando que não precisava.
Saiu daquele hospital e pergunto para um desconhecido onde tem uma floricultura, ele me explica o caminho e vou até lá. Compro um buquê de rosas brancas com vermelho, quando estou saindo vejo uma joalheria do outro lado da rua. Na vitrine mesmo, me apaixono por um cordão, ele tem um pingente com um menininho, pago ele e volto para o hospital, assim que abro a porta vejo Eduarda arrumada e visivelmente preocupada.
_Onde...- ela para de falar quando vê o boque e abri um sorriso lindo.
_O que?- falo me aproximando dela.- para você.- falo colocando o buquê em suas mãos.- gostou?
_São lindas- fala ficando com as bochechas rosadas.- obrigada.- ela me abraça.
_Agora me explica o que a senhora está fazendo em pé e arrumada? Você tem que ficar de repouso. R-e-p-o-u-s-o, dona Eduarda.
_Calma, não me levantei sozinha, uma enfermeira me ajudou a levantar e tomar banho. Mas o senhor me deixou bem preocupada, sumiu do nada.
_Relaxa, não vou fugir. Agora a senhora vai se sentar aqui e vou buscar uma cadeira de rodas, você não pode fazer nenhum tipo de esforço e o médico já assinou sua alta.- a ajudo sentar e vou buscar a cadeira, quando voltei vi ela acariciando sua barriga e conversando com nosso filho, resolver para na porta para ouvir.
_Agora o papai tá aqui com a gente, tudo vai ficar bem meu amor. Sabe meu anjo, eu tinha tanto medo dele não conhecer você... Mas agora ele está aqui, isso que importa e sei que vamos ser muito felizes, que mesmo ele não lembrando da mamãe, ele vai te amar muito.
_E vai amar muito a mamãe também.- falo entrando e a beijando, mas ela me afasta.- que foi?
_Tenho medo Lucas, você não se lembra de mim, não lembra do nosso amor, você pode muito bem se apaixonar por outra, amar outra.- ela abaixa a cabeça e vejo uma lágrima cair de seu olho.
_Ei?- falo levantando sua cabeça e limpando seu rosto.- me escuta, aqui dentro da minha cabeça não pode se lembrar de você, mas já aqui no meu coração sim, pois toda vez que me aproximo de você ele acelera e não quer sair de perto de você, eu não vou me apaixonar por outro, porque sempre vai ser você, você é a dona do meu coração e sempre vai ser. E tenho certeza que vai chegar um dia e vou olhar nos seus olhos e falar que te amo, não duvide disso.
_Não vou duvidar, eu acredito em você meu amor.- assim que ela acaba de falar junto nossos lábios novamente.
_Bora para casa, já está passando da hora de você comer alguma coisa.
_Vamos, acho que estou com vontade de comer alguma mesmo.
_Então vamos, meu filhão aqui deve estar morrendo de fome. Né meu garotão?- falo com voz de criança, acariciando sua barriga.
_Sempre bobão.- ela fala rindo.
_Vem, vou te ajudar.- a levanto e a ajudo a colocar na cadeira de rodas e com cuidado a coloco no carro.-está se sentindo bem?
_Estou, só quero chegar em casa.
_Então vamos.
Chegamos em casa e Cida me ajudou a subir com Eduarda, depois levei o café para ela.
_Estava com fome mesmo em?
_Nem vem, lembra que eu como para dois, e tenho certeza que ele puxou a você.- ela fala gargalhando.
_Ae? Por que?
_Toda hora está com fome.
_Eu sou assim?
_Uhum, toda a noite você levantava para beber leito e comer alguma coisa, sempre fazia bagunça e me acordava.
_Por isso quando fui beber água ontem, peguei um doce que estava em cima da bancada.
_Sabia que iria ficar com fome, por isso pedir a Cida para colocar lá.
_Obrigado. Você vai querer mais alguma coisa?
_Estou com um pouco de sono, mas queria tomar um banho antes. Pede a Cida para me ajudar?
_Não precisa, se você não se importa eu te ajudo.
_Jura?- ela dá um sorriso envergonhado.
_Juro, vou levar essa bandeja lá em baixo e já volto. Não se levanta.
_Tudo bem.- coloquei a bandeja na cozinha e subi correndo, mas antes de entrar no quarto, vi uma porta meio aberta e entrei, era o quarto do meu filho, e perto do seu berço havia uma foto minha e de Eduarda, nela estávamos em uma praia e eu estava deitado com a cabeça em sua perna beijando sua barriga, enquanto ele me olhava sorrindo. Peguei aquela foto e acabei derramando algumas lágrimas, senti uma coisa forte vendo aquela foto. Limpei minhas lágrimas e voltei para o quarto.
_Desculpa a demora.
_Não tem problema, aconteceu alguma coisa?
_Não, vamos tomar banho?
_Você vai também?
_N-não, só vou te ajudar.-A ajudei levantar e a levei até o banheiro.- como tira esse vestido?
_Só puxar para cima.- tirei seu vestido com delicadeza, e observei cada traço do seu corpo.
“Meu Deus, como ela era linda, tive sorte de ter ela.”
A ajudei a tomar banho, passei os sabonete pelo seu corpo e um fogo subiu em meu corpo, acabei a ajudei colocar seu pijama e deitar.
_Precisa de mais alguma coisa?
_Você.
_Eduarda..
_Só fica aqui comigo, não quero ficar sozinha.
_Tudo bem, vou tomar um banho e já volto.- tomo um banho rápido e quando voltei ela ainda estava acordada.- tenho um presente para você.
_O que ?
_Quando fui comprar as flores, vi esse colar na joalheria e lembrei de você.-falo colocando o cordão nela.
_Am... Lucas, é lindo. Obrigada, de verdade mesmo, eu amei.
_De nada min... Du, que bom que você gostou. Agora deita aqui, você precisa descansar.
_Obrigada por tudo, nunca vou cansar de te agradecer.
_Nem eu, deita aqui no meu peito para mexer em seu cabelo.- ela sorriu e se deitou, mexi em seus cabelos e logo ela adormeceu.
_Eu sei que te amei muito e ainda te amo pequena.