Um mês já tinha se passado, e a cada dia mais Lucas e Eduarda se aproximavam, eles estavam recomeçando sua história. Lucas sempre foi meigo e cuidadoso com ela, mas nunca igual está sendo agora, o medo de a perde, fez com que seu cuidado com ela dobrasse. Eduarda não se levantava ou comia sem ajuda dele, ele não ficava longe dela por nenhum instante, e ela amava aquele cuidado dele por ela, amava pensar que ainda existia amor entre eles e em cada beijo que eles davam parecia que aquela paixão crescia mais.
Todos estavam ansiosos para a chegada do pequeno João Eduardo, mas também estavam aflitos, pois tinham medo do que podia acontecer, Eduarda e Lucas eram o mais aflitos de todos, ela tinha medo de nunca conhecer o rosto do filho, e ele tinha medo de perde os dois, ele se culparia pelo resto da vida, mesmo não sendo culpada de nada.
Desde que Lucas chegou, hoje era o dia em que ela estava passando mais mal, seu enjoo tinha aumentado, ela sentia uma forte dor na barriga e seu filho estava agitado, não parava de mexer, a agonia tomava conta dela, várias vezes Lucas insistiu para que a levava no médico, mas ela falava que estava tudo bem e que não precisava.
_Du... Acorda, você tem que comer alguma coisa, já são 15hrs da tarde e você não colocou nada na boca ainda.
_Não quero Lucas, agora que estou melhorando.
_Não importa, tem que comer Du, você não pode ficar fraca.- ele levanta e pega a bandeja que estava do outro lado da cama.- olha, a Cida fez a sua sopa favorita, come só um pouquinho, por favor.
_Ta bom Lucas, só um pouco.- assim que ela coloca a primeira colher na boca a ânsia de vômito voltou.- Lucas...- ela aperta seu braço e ele entende, a pega no colo e a leva correndo para o banheiro.
_Eu vou te levar no médico.
_Nã... Aí- ela fala colocando a mão na barriga.
_O que foi?
_Nada, só quero me deitar.- Lucas a pegou no colo e a levou até a cama. Eduarda acordou era umas 20hrs com uma forte dor na ponta da barriga, se virou e viu que Lucas dormia ao seu lado.
_Lucas me ajuda, tá doendo muito.- Eduarda falava desesperada, olhou para suas pernas e viu que estava sangrando muito.- Eu vou perde nosso filho Lucas...- assim que ela acabou de falar desmaio e Lucas a pegou a levando correndo para carro, no caminho ele avisou sua família e o hospital que estavam chegando. Lucas não continha as lágrimas, cada vez mais o medo tomava seu coração.
Assim que chegou ao hospital a qual os médicos estavam a par de sua situação ela foi levada para emergência.
Eles conseguiram reanima-la, porém teriam que fazer um parto de emergência, pois se não tirassem o bebê ele iria morrer dentro da barriga dela.
_Lucas?
_Como ela estar?- a família toda voltou sua atenção ao médico que estava em sua frente.
_Ela quer te ver antes do parto.- Lucas apenas assentiu e foi em direção ao quarto onde ela estavam.
_Oi minha linda.- Lucas se aproximou dela e lhe depositou um beijo em sua testa.- o que você quer falar comigo.
_Eu quero que você entre comigo, quero também que você me prometa que se acontecer alguma coisa comigo, vai cuidar muito bem dele.
_Eu te prometo amor, mas nada vai acontecer com você nem com ele, vocês dois vão ficar bem, eu te prometo isso.
_Eu te amo amor.- ele apenas a beijou e passou as mãos em seu rosto enquanto a levaram.
_Você vai acompanhar o parto.
_Vou.
_A enfermeira vai te levar para trocar de roupa. Não demore.- ele assentiu e foi trocar sua roupa.
Seria uma cesariana, por causa dos riscos, Lucas chegou e lhe deu um beijo.
_Vai da tudo certo amor.- ela lhe deu um sorriso e a anestesia foi aplicada nela.
Quando o choro do seu filho ecoo pela sala, lágrimas vieram nos olhos dos dois, no momento que o médico entregou o filho para Lucas, tudo veio em sua cabeça, cada detalhe de sua vida com o amor da sua vida veio naquele momento, sua lagrimas se intensificaram, mas foi tirado do seu pensamento quando Du pediu para ver o filho. Quando ele a mostrou chegou perto do seu ouvido.
_Eu te amo, minha vida.- nesse momento ela olhou admirada para ele e logo após olhou para o filho, lhe deu um sorriso e devagar fechou seus olhos.
Os médicos tiraram rapidamente Lucas dali, pegaram seu filho do seu colo e levaram par limpar e ver se está tudo bem.
Eduarda tinha dado uma hemorragia e os médicos estavam tentando reverte a situação, mas não estava fácil, ela corria risco de vida. Enquanto isso Lucas andava sem parar em círculos, ele não fazia ideia o que estava acontecendo e isso o deixava com mais agonia, queria saber como estar a mulher, queria ve-lá, abraçar, contar que se lembrava de tudo, principalmente do amor deles.
Depois de algumas horas o médico da família aparece.
_Como ela está?
_A Eduarda teve uma hemorragia, revertemos a situação, mas ela está em coma.
_O que?- naquele momento o seu mundo tinha caído, isso não poderia estar acontecendo, não agora.- deixa eu ver ela, por favor.
_Ela está na UTI, mas eu vou liberar você.- era demais para ele ver ela assim, ele não conseguia pensar que poderia perder ela assim.
_Amor...- ele passava a mão em seu rosto.- não me abandona, não me deixa, nosso filho precisa de você, eu preciso de você. Sei que não tenho direito de te pedir isso, pois te deixei por meses, mesmo você pedindo para voltar, mas por favor, seja forte e volte pra gente, se não for por mim, que seja pelo nosso filho... Sabe, eu me lembrei de tudo, a gente já passou por tantas coisas, vamos passar por isso também, tenho certeza que você vai ficar boa, eu te amo muito, minha vida, não sei se consigo sem você, não sou forte igual a você. Volta pra mim, minha vida.- Lucas falava em desespero, enquanto chorava debruçado em cima do corpo dela.
“Como ele iria viver sem ela, se ela era a vida dele.”