Solaria escrita por itsbenhe


Capítulo 3
Capítulo 2 - Raio de Sol


Notas iniciais do capítulo

"She's one in a billion with lips of vermillion
She created the heavens, baby goes to eleven
When she rides beside me her bright lights will hide me
She is one with the heavens, baby goes to eleven

She's shining a light brighter than a million suns
I can't sleep tonight knowing she's the only one"
— Baby Goes To Eleven, Superdrag.



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Após o festejo, os dias passaram-se rapidamente, entre aulas de valsa e boas maneiras, conhecimento geográfico e histórico de Asgard e corridas de cavalo com meus irmãos.

Aos 16 anos, eu finalmente me sentia uma verdadeira princesa e era tratada como uma, gerando alguns desconfortos vez ou outra. Meus irmãos já acompanhavam o Pai de Todos em batalhas e eu tinha que ficar em Asgard com minha mãe.

– Uma boa rainha tem que ser paciente e deve estar em seu reino para mantê-lo em ordem até o retorno de seu rei. Devemos estar aqui para recepcionar seu pai, querida. – minha mãe sempre falava quando eu parecia infeliz ou entediada.

Sempre que eles estavam fora, passava a maior parte do tempo observando Bifrost, que era o portal para os outros mundos, a única coisa poderosa o suficiente que pode levar e trazer pessoas através dos nove mundos. Era linda e seu poder poderia ser sentindo por todo o reino.

Certa vez, aproveitei que minha mãe estava ocupada com algum assunto real e fui à Bifrost. Heimdall via tudo, ouvia tudo, mesmo sem realmente ver nada. Uma coisa que eu jamais entendera.

– Princesa. – ele me reverenciou – O que a traz a Bifrost?

– Apenas passando o tempo... Asgard fica um pouco tediosa quando meus irmãos não estão. – falei, me abraçando. Ele sorriu.

– Esteja a vontade a vir sempre que quiser, princesa. – me reverenciou mais uma vez e voltou a sua posição, olhando o universo e vendo sempre algo mais.

Continuei ali, em silencio, absorvendo todos os detalhes enquanto caminhava pelo local. Era impressionante como havia tecnologia ou magia juntas em todos os cantos de Asgard.

Fui despertada de meus devaneios por Heimdall se movendo. Ele fincou sua espada a sua frente, então toda Bifrost brilhou e se moveu para um único ponto. Os guerreiros, meu pai e meus irmãos atravessaram calmamente o portal, sem perceber que uma criatura os seguira.

Me desesperei e gritei. Todos me olharam e me cumprimentaram, enquanto a criatura grotesca vinha rapidamente em minha direção. Fiquei aterrorizada ao perceber que ele tentaria me acertar com algo que parecia uma espada feita de ossos.

O calor que outrora senti dentro de meu ser apareceu repentinamente, e me tomou sem demora. Ouvi uma explosão, e os outros falando coisas que não entendia, mas não via nada além da luz que emanava de mim.

Quando a luz cessou, pude ver o que restara da criatura: uma mistura de poeira e gosma verdes, e a enorme espada de ossos. Todos me olhavam sem se mover. Eu também estava paralisada. Aquele monstro tinha sido dizimado e... Eu o fizera.

Foi a primeira vez que entendi a manifestação de meus poderes. A partir daí, comecei a treiná-lo com a ajuda de minha mãe e de um ancião guerreiro, descendente direto de Teslan, que, assim como todos os seus descendentes, eram treinados para treinar a nova esperança.

Anos treinando para finalmente conseguir controlar meus poderes custaram uma paciência enorme não só minha, como dos meus irmãos também. Eles sempre sofreram com meu humor confuso e meus acessos de raiva acompanhados de muita luz e calor.


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