Solaria escrita por itsbenhe
– Essa foi a pior sensação. – Barton disse.
– Se acalme, logo você estará cem por cento. – Natasha disse, dando um copo de água a ele.
– Você não sabe o que é ter seu cérebro tirado de você e brincarem com ele; ser tirado de você e colocarem algo no lugar. – ele falou, ainda ansioso, e ela lhe lançou um olhar significativo.
Eu estava de pé, olhando a cena do outro lado do quarto. Para os dois, parecia que eu era invisível. Me sentia envergonhada por Loki ter feito tantas coisas ruins e angustiada por não poder fazer nada eficaz para ajudar.
– Natasha, quantos agentes eu... – ele começou, interrompido por ela.
– Não, Clint, não faça isso com você. – ela se sentou o seu lado – Monstros alienígenas e magia, não somos treinados para lidar com isso.
– Peço desculpas por tudo. – me abracei, encolhida contra a parede e a janela do pequeno quarto. Os dois me olharam – Ele é um dos nossos... Me desculpem.
– Nada disso não é culpa sua. – Barton se sentou, me olhando – Você não tem culpa por ele ser louco.
– É verdade, mas nós temos que ir atrás dele, temos que captura-lo. – Natasha falou, nos olhando.
– Nós? Nós quem? – ele perguntou.
– Quem restou... – ela falou, me olhando.
– Onde está Thor? – comecei a sentir um desespero profundo.
– Ele caiu da nave na luta contra o Hulk. – ela falou – Precisamos de sua ajuda.
– Por mim tudo bem... Se eu acertar uma flecha no olho do Loki, vou dormir muito melhor. – Barton disse, me olhando em seguida – Com todo o respeito.
Mesmo um arrepio percorrendo minha espinha ao ouvir sua ameaça, sorri de leve com a educação dele. Não entendi ao certo o que iria acontecer, mas eu deveria parar Loki.
– Agora parece você, Clint. – a ruiva disse ao se sentar.
– Você vai realmente querer entrar nessa guerra, Natasha? – eles voltaram à conversa e eu me senti invisível novamente – Você é uma espiã, não um soldado...
– Eu tenho. Minha conta está no vermelho. – ela tentou soar dura, em vão – Fiquei exposta. – Barton ia para o banheiro enquanto a escutava.
– Hora de ir. - Capitão Rogers aparecera com seu uniforme e disse.
– Para onde? – Natasha me olhava.
– Conto no caminho. Sabe pilotar um desses jatos? – ele falou com toda a sua liderança.
Era estranho estar no meio deles sem meu irmão. Me sentia em desvantagem, frágil. Como se meus poderes não fossem nada.
– Eu sei. – Barton voltara do banheiro. Todos se olharam.
– Tem um traje? – Capitão perguntou e o outro assentiu – Então vista.
Olhei para os dois assim que o Capitão Rogers saiu. Eu não sabia o que fazer, não sabia o que falar. Sentia minha energia já recomposta pulsando dentro de mim.
– Não sei o que você está pensando, mas nós vamos pegá-lo. – Barton disse parado a minha frente – Você vem com a gente?
Assenti. Os segui até a sala de armamentos enquanto eles se vestiam e se armavam. Eu já estava pronta: tinha meus poderes e meu cetro, Lysstyrke. Após um breve momento, fomos os quatro para um avião. Um “soldado” (palavra nova que aprendera ouvindo o Capitão) tentou nos impedir, em vão.
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