Solaria escrita por itsbenhe


Capítulo 13
Capítulo 12 - Bravo -e doce- guerreiro




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Certo dia após um treino, quando Fandral me acompanhava até meu quarto, reparei que, apesar de ser um bravo guerreiro, ele era um homem gentil e agradável. Não era bruto como Volstagg nem escorregadio como Hogun; era adorável e encantador demais para um guerreiro tão mortal.

Passamos pelos corredores de pinturas e uma me chamou a atenção. Odin, Frigga, Thor, Loki e eu, sorridentes em um dos jardins do palácio. Nunca tinha reparado como os olhos de Loki brilhavam naquela cena imortalizada, e como o sorriso era sincero.

– Você sente falta dele, não é? – meu acompanhante disse, olhando o quadro.

– Impossível não sentir... – respirei fundo ao fim da frase.

Talvez por educação, seguimos ao saguão em silencio. Reparei que ele andava como um lorde, majestoso, cabeça erguida, e que seus olhos eram do mais límpido azul, assim como os de Thor, mas com uma profundidade extraordinária.

– Princesa... – ele falou para obter minha atenção – Você sabe que pode contar comigo para o que precisar, não é? – ele pegou minha mão e a segurou – Não só sou seu guardião no quesito segurança física, - ele sorriu carinhosamente - sou seu amigo também.

– Eu sei, Fandral. – sorri, surpresa com suas palavras, e o abracei – Você tem sido meu único amigo de verdade aqui, desde que... – suspirei – Thor é meu irmão, mas somos tão parecidos que acabamos nos desentendendo...

Nos afastamos e ele assentia. Ele me olhava com admiração, tinha um sorriso bobo no rosto. Acho que não estava acostumado com atos carinho. Ficamos nos olhando em silencio por alguns instantes, até que eu comecei a me sentir confortável com aquilo.

– Eu confio em você, guerreiro. – sorri e pisquei, pra quebrar o clima estranho.

– Sua confiança será honrada, princesa. – ele me reverenciou e riu orgulhoso.

De lá, segui para meu quarto. Tomei banho, me troquei e desci para o jantar. Todos os guerreiros, meus pais e Thor estavam lá. Era uma noite de alegria, após uma terrível batalha ser travada e finalmente finalizada

Mas eu não estava acompanhado aquela animação em sua totalidade. Estava feliz, não animada. Não tinha animo há algum tempo e por mais que a tarde de ensinamentos tivesse me animado um pouco, ver aquela mesa repleta de gente me doía.

Eles falavam alto e riam, então segui para a grande varanda da sala de jantar. Encostei-me em uma das pilastras e fiquei observando a ponte Bifröst quebrada. Meu coração estava igual, e metade dele tinha caído junto com Loki.

– Princesa? – Fandral se aproximou com uma reverencia. Ele sempre me fazia sorrir com esse ato – Algum problema? – ele me analisava discretamente – Posso ajudar em algo?

– É só saudade... – sorri de leve – Só de você estar aqui e se import... – dizia, quando fui interrompida.

– Fandral, meu caro amigo, você vai acabar mimando demais essa menina! – Thor veio falando alto, com um tom carinhoso ao se referir a mim – Ou ela vai enjoar de você, assim como enjoou de mim... – e fez uma cara triste.

– Mas como é ciumento, esse meu irmão. – ri dos dois – Não enjoei de você, irmão. Você que anda ocupado demais... – nós nos abraçávamos.

– Acho que a Princesa me diria se eu estivesse sendo inconveniente, caro amigo. – Fandral olhou para Thor com uma cara séria, zombando.


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